sábado, 21 de junho de 2014

Genesis de Leviatã


" El, Deus dos Semitas, consagrou Yam-Nahar, como o senhor de todos os Deuses. Yam, Deus dos mares e rios, decretou sobre o mundo um governo tirânico, buscando a soberania com punho de ferro."



Yam, Divindade originada do panteão Sumério, possui uma atuação muito interessante nas lendas evidenciadas  no 'Épico de Baal', onde o mesmo usou de toda sua fúria e capacidade destrutiva para se auto proclamar o Deus dos Deuses. Baal, Deus das tempestades travou uma batalha cataclísmica com o senhor das águas, pois, Asherá, consorte de El e mãe dos Deuses, ofereceu-se como sacrifício para Yam-nahar, com o intuito apaziguador, buscando evitar a morte de sua família celestial.



Yam / Lotan / Leviatã


 No épico de Baal,  é narrado a mítica batalha entre o principe Divino, filho de El ( Deus pai entre os Semitas, comparado e identificado como um epiteto de Anu, o Deus do céu Sumério) e seu tio ( Na maioria das versões mitológicas, pois, o mesmo é comparado pelos especialistas em mitologia como  um epiteto de Ea, o Deus das águas da mitologia da qual a Semita deriva) Yam, Deus dos mares e rios, dominador das propriedades relacionadas ao seu elemento.



 As águas eram ligadas com o Caos em basicamente todas as culturas do oriente médio, pois, tais conceitos descendiam  da mitologia Suméria, onde encontramos o Caos  em sua forma original, representado como uma imensidão  aquática e seus Deuses primordiais   eram criaturas ofídicas/draconianas que personificavam o elemento e seus estados ambientais em suas iconografias e esferas de atuação.



 Yam, como descendente de Tiamat,  o mesmo fez parte da mitologia e cultura Suméria, possuindo atuação profunda nos mitos posteriores como um poderoso antagonista Divino, arauto da destruição. Demostrando sua absoluta atuação, personificando o Caos primordial, assim, como Tiamat e Apsu em mitos Sumérios, Yam incorpora seus atributos em conjunto, sendo o senhor e personificação do mar ( Tiamat ) e soberano das regiões profundas, abismais (Apsu ).



   A mãe dos Deuses, tentando terminar com o conflito, vai até ele, com o intuito de sacrificar-se para que sua família não fosse aniquilada. Baal, na tentativa de evitar a morte de Asherah e enfrentar Yam,  depara-se  com o mesmo numa forma completamente bestial definida como Yam-Lotan ( Mito que derivou o culto desse epiteto nas regiões litorâneas do mar mediterrâneo) Um Dragão cataclísmico com inúmeras cabeças, Baal decepou as cabeças com uma espada forjada por dois servos de El, até  que sobrasse apenas uma, Yam vagou para seu palácio nas profundezas do mar e  concentrou todo o poder, enfrentando Baal como uma serpente colossal ( Essa forma de Yam foi cultuada e denominada pelos povos litorâneos, tendo o culto central na antiga Ugarit, como Leviantan/Leviatã).


 Surgiu sobre o mar, provocando desastres naturais, enfrentando Baal, mas, o mesmo desferiu dois golpes brutais que fizeram Yam  entrar em torpor e desaparecer nas profundezas de Apsu ( Águas produndas/ Abismo).

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