terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nergal : Senhor da morte afligida...








 Filho de Marduk, executor Celestial, poderoso guerreiro das estrelas,  aclamado como o Deus da morte, contudo, existe uma complexidade no conceito de sua atribuição conceitual, o Deus guerreiro Sumério, é considerado o "senhor da morte afligida". Divindade da execução, da ação mortífera, intimamente ligado a guerra, sendo sua atribuição divina secundária, possuindo a dominância da arte de matar, desferir o golpe final.





Fome/ Guerra : Senhores da morte afligida : 



 Na antiga Suméria e nos reinos provenientes da desmembração da mesma, a benção e presença de Nergal ao lado do seu exercito numa guerra, era a vitoria iminente, garantida e anunciada previamente, pois, o Deus era soberano sobre os Sebettu Ilu ( Sete Deuses do mal / Vide : Texto com o mesmo nome  ), arautos da fome e destruição, agentes de Erra ( Senhor da fome e carnificina ), filho de An : Deus do céu, o mesmo era profunda e intimamente ligado a Nergal, considerados a mesma Divindade em certos períodos e possuindo individualidade entre eles em outros períodos de culto e desenvolvimento das crenças Sumérias e posteriores civilizações mesopotâmicas derivadas. Um exemplo interessante que mistura as duas Divindades mortíferas,  é a metodologia ritualística das crenças Babilônicas, mais exatamente, na cidade de Kutha, onde, tanto Erra, quanto Nergal, eram cultuados no mesmo templo, com características ritualísticas semelhantes, tradições iguais, ora como Deuses diferentes ou como o mesmo Deus em períodos míticos distintos. 




Os Guardiões da terra sem retorno : 



 Deuses gêmeos cultuados na Babilônia antiga, no período de Ur III,  Guardiões do portão da " Terra sem retorno " : Reino de Ereshkigal ( Deusa Suméria do Submundo ), agora, qual é a relevância desses Divinos guardiões, ligando-os  a Nergal ? Nosso assunto central. Lugalirra e Meslamtaea foram Deuses antigos sincretizados com Nergal,  fundidos ao mesmo, nos contos sobre Nergal e sua união com a Deusa do submundo, tornando-o o Rei da terra sem retorno. O Deus da morte afligida é ligado profundamente a Meslamtaea ( Deus guardião do lado esquerdo do submundo / Onde habitam as feras, espíritos mais violentos e sanguinários da terra sem retorno) Esse sincretismo tornou-se bastante forte, devido a junção  sistemática e iconológica dos rituais deles e principalmente pelo fato do culto central dessa Divindades serem no mesmo templo em Kutha, inclusive, o nome do templo é uma forma de honraria ao Deus guardião ( E-Meslam : Casa de Meslam ), outro ponto muito peculiar é sua dominância sobre os espíritos da destruição e carnificina ( Belletu Ilu ), tal característica rara e única, tornam suas existências Celestiais aproximadas em demasia.

 O sanguinolento misticismo de Nergal : 



 Nergal é uma Divindade evocada principalmente em momentos de guerra, onde seus atributos e particularidades conceituais estão impregnados na realidade, um Deus impetuoso e completamente impiedoso, possuindo atributos naturais hostis, ligado aos princípios decompositores da existência vital, possuindo ligações, similaridades e equiparação de poderes com Deuses arcaicos que personificam a fome, carnificina e violência que habita em todas as mentes, sendo a ação, uso e dominação de tais atributos, alguns textos admitem o mesmo como o grande executor Celeste, ministro das execuções de Marduk, seu pai, nos evidenciando uma analogia com a vontade incorrupta e irrefreável,  atitude visceral apoiada pela força destemida, proporcionado a vitoria sem ligar para as consequências. 

Seu simbolo, entre Babilônios, Assírios e Neo-Assírios, é a cimitarra. Nos textos e cultos anteriores, a maça aparece como seu instrumento mortífero e ícone de presença. 

Seu animal, seguindo a cronologia dos antigos povos habitantes da Mesopotâmia, inicialmente é o lobo, serpente, escorpião, o leão de duas cabeças e o touro. 

Sua iconografia é humanoide em interpretações mais recentes e zoomórfica, nos cultos mais antigos, representado com chifres curtos e corpo humano, como um homem com duas cabeças leoninas, outras vezes com cabeça humana e corpo de leão.  

Em conformidade com seus aspectos de atuação celestial, existem algumas questões ritualísticas expressadas por antropólogos que nos levam a uma reflexão sobre o valor da própria existência e nossa parte com o ciclo da vida. Por muitas vezes, vemos o Deus Nergal, ligado a arquétipos hostis como a fome, violência, morte afligida, logo, encontramos nessas questões, os indícios de métodos que fazem parte da adoração do Celeste mortífero : 



*Ascetismo ritual( O flagelação como desenvolvedor da vontade de fronte à personificação da dor e violência sobre tudo que é vivo ).

* Privação do sono e jejum ( A prontidão e a fome em tempos de guerra ) .

*Confrontar as adversidades da vida, com coragem , abdicando o medo de sua existência, mostrando ao Guerreiro Celestial, sua dignidade para merecer as  dádivas do Senhor da morte afligida. 


  

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nabu : Ministro de Marduk . Deus da linguagem universal ...








 Deus supremo de Borsippa, uma das regiões mais importantes da antiga Suméria, era uma região dedicada a religiosidade, uma enorme cidade-templo dedicada ao senhor da escrita, dito em algumas interpretações como o filho de Marduk. Nabu, o escrivão celestial,  dominador de todas as linguagens do universo, herdou seu posto e cargo, do seu antepassado Divino Enki, apontado por especialistas na área, como seu avô, pai de Marduk. 













 Referências a Nabu :




 Nabu foi popularizado com uma Divindade de importante relevância entre os Semitas do oeste em relação ao equilíbrio do cosmos. Dito como filho primogênito de Marduk, conjuntamente com seu pai, formam a dupla soberana sobre o universo, regentes fundamentais de tudo que existe, promovendo a continuidade dos fatores entrópicos e garantindo a perpetuação da existência.   









Irmão de Nergal : Senhor da guerra, irmãos  agindo como forças celestiais opostas e ao mesmo tempo conjuntas num ciclo.  Nabu representa a contemplação, conhecimento e sabedoria estratégica, pensamento, ideia fundamental que origina as atitudes. Nergal é a ação sobre a realidade, mantendo a ordem e o caos no seu eixo, maneira convicta e definitiva de resolução das necessidades  que mantem a hegemonia de Marduk e Nabu sobre o cosmos. 







 Nabu é sincretizado com Ninurta ( Deus da agricultura e fertilidade ) e Samas ( Deus da Justiça ) Celestiais que possuem culto entre Sumérios, semitas e crenças de civilizações derivadas da desconfiguração  das cidades centrais da mesopotâmia. 




 Nabu possui controle sobre o poder da Luz e Escuridão, pois, o mesmo é senhor das linguagens do universo, conhecimento sobre todas as coisas terrenas e Divinas. 



 Conhecido como o Ministro de Marduk, conselheiro Celeste e Sábio dos sábios, conhecedor de todas as coisas, arauto do equilíbrio, aquele que habita em todos os tempos e conhece o princípio, meio e fim. 


 Seu símbolo é a tabuleta e a cunha em mãos. 


 Nabu é geralmente representado sobre Mushussu ( Dragão protetor, também usado como um símbolo de proteção do mesmo ). 


 Nabu é representado  possuindo um roupão simples de longas franjas, com uma saia de fenda e um elmo longo e retangular, as vezes, com uma constituição mais arcaica, semelhante aos Deuses Sumérios ( Inúmeras asas pequenas formando um elmo encobrindo a cabeça ).


 Seu nome é derivado da raiz Semítica, originada da linguagem Suméria : nb que significa nome/indigitado ( Que pode ser interpretado no sentido de locutor, arauto. 



Fonte  :  Antigos Deuses e Deusas da Mesopotâmia 
              
 ( Pomponio/1978) 


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Daemons e Gênios onde tudo começa... (Parte II)














 Indulge genio, carpamus dulcia, nostrum est
quod uiuis, civis et manes et fabula fies;
Vive memor leti, fugit hora, hoc quod loquor inde est.

(Aulo Pérsio Flaco)




 Sê indulgente com teu Gênio, desfrutemos os prazeres; a vida que usufruis é nosso único bem: tu te converterás em cinza, manes, objeto de conversação. Vives pensando na morte: as horas passam, o que eu estou dizendo já é coisa do passado.
O estoico Pérsio, poeta romano, nos fala da importância que tem, a expressão romana “ Indulgere genio” algo como seja complacente com o seu gênio, leve uma vida alegre, seja feliz ainda que a vida seja dura, dedique alguns momentos para o prazer, pois tudo que seu Gênio quer para você é uma vida prazerosa e repleta de felicidade. Esta é uma das principais atribuições do Gênio.
O Gênio é concebido no mesmo instante que o humano, gestam no ventre da mãe e na hora do nascimento, o humano nasce como matéria e ele nasce como espírito e sai junto com a placenta, e passa a viver ao lado do seu duplo material.
Para os antigos, quando os nenéns sorriam olhando para o nada é porque brincavam com o seu Gênio, mais tarde quando as crianças brincam com o seu amigo invisível, elas brincavam com seus gênios. Era o gênio que guiava os humanos, era o que hoje chamamos de nossa intuição, proteção e olhos para o invisível.
Eram tão normais e cotidianos, que pouco eram relatados como algo misterioso, mágico ou religioso. Eles faziam parte do nosso dia a dia, como nos relata Homero: quando Agamêmnon se desculpa com Aquiles, na famosa e estudada “Apologia de Agamêmnon”, se esquiva de ter ofendido seu oponente, dizendo ‘não sei o que se passou, o Daemon nublou minha visão’. Bastou isto e todos, inclusive Aquiles, aceitaram isto como fato e se reconciliaram e Aquiles retornou a luta para completar seu destino.

 Para nós atualmente, depois de dois milênios de cristianismo, mal ouvimos falar em Gênios e Daemons, no seu sentido original, pois as manifestações mais evidentes do gênio acontecem na infância, e nem mesmo os religiosos as atribuem aos anjos da guarda, mas sim a algo psíquico que passara com o tempo ou a alguma medicação resolverá o problema.


Assim, a terceira parte do ser humano estaria completamente esquecida, mas com esta pequena retomada da religiosidade pagã, eles deveriam ter retornado a pauta, mas infelizmente não foram, e quem sabe por isto, vemos tanta picaretagem e enganos no neopaganismo.


Como disse a pouco, os Gênios, fazem parte dos seres humanos, são nossa intuição, protetores e nossos olhos para o invisível, sem eles, ou melhor, sem nossa conexão com eles nossa percepção do divino reduz sensivelmente. Sim, como falei no final da primeira parte deste artigo, os Gênios e Daemons, são responsáveis por nossa ligação com as divindades indo europeias. Sem este intermediário, só podemos imaginar o contato com os deuses, sem nunca os realizarmos. Esta é a grande causa do paganismo moderno, ter tantas contradições, sem os olhos para o invisível, como podemos saber se quem recebe nossas oferendas é o deus que as oferecemos?
Creio que a razão disto é a falta de conhecimento das lideranças pagãs, que por ignorância excluem o contato com o Daemon e o Gênio da formação do Acólito em sua preparação para a iniciação. Algo que nas religiões afros, mais firmadas na tradição, existem rituais para firmar ou ligar novamente o indivíduo ao seu Daemon, talvez por isto o paganismo no Brasil, venha gradativamente perdendo membros para os ilês de candomblé.



 Na próxima e última parte falarei da reaproximação com o Daemon ou Gênio e dos benefícios que eles podem trazer para os novatos, e mesmo para alguns ditos sacerdotes...


(Cezar Drake)






quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O Totem. O Caminho. O Xamã ( Parte 2)









   O místico primitivo, baseava-se na contemplação, observando os processos da natureza e sua correlação consigo mesmo, dando atenção aos mínimos detalhes da realidade, interpretando, compreendendo as alterações causadas pelas cadeias vitais e atuações ambientais,  buscava entender sua posição na realidade, colocando-se em diversas posições focalizando sua mente numa reta psicológica desprovida de egoísmo, espelhando-se em animais, plantas, rochas, elementos  em estados evolutivos primários ou desenvolvidos, estados vibratórios e esferas de atuações diversas, intensas ou brandas, todas as formas de vivenciar o todo a sua volta era de suma-importância, para a elucidação do mistério da Vida/Sonho/Morte (Eternidade) , usando de métodos de alteração da consciência para literalmente incorporar a essência das formas e penetrar no sentimento vibrante das forças que regem a existência, através de uma gama diferenciada de procedimentos ritualísticos que expandiam suas capacidades Mentais/Oníricas/Espirituais, possibilitando uma jornada insólita por reinos tecnicamente impossíveis de se envolver ou relacionar sob uma ótica cética, possibilitando novos tipos de interpretações, elucidações sobre o mundo, utilizando de referenciais múltiplas, obtendo conceitos e visões diferentes de sua própria vida, possibilitando uma existência mais ampla e compreensiva em relação a si mesmo e a tudo que está a sua volta, nos agraciando com a perda de muitos critérios limitantes da interpretação viciosa humana, nos livrando das amarras do comodismo mental e do individualismo utilizado de maneira errônea na maioria das vezes, misturado a orgulhos e  egos inflados num mundo onde uma rocha possui o mesmo valor, teor energético e faz parte do mesmo ciclo, igualmente. 




  A jornada Xamânica é mais complexa do que a simplicidade prática encontrada nesses cursos e vivências oferecidos comumente, com intuitos curativos, equilibradores, evidenciando formas de contato com sua força-interior, animais de poder, onde na maioria das vezes, tais projetos se limitam a isso, não há problema, creio eu, são atitudes dignas, promovendo a mente humana rumo à sua verdade pessoal, contudo, evidencio que tais atos  constituem o ciclo inicial da caminhada do auto-conhecimento e universalismo consciente, quando focada evolutivamente na experimentação dos fluxos 'quânticos'  das pluri-esferas psíquicas da natureza, a infinidade de relações da nossa mente com o todo,  desenvolvem a ampliação das possibilidades espirituais em conjunto com seu ser, possibilitando o progressismo ideológico, intencional  e místico da questão :




"Eu como um universo, onde você é o caminhante e ao mesmo tempo a caminhada, seu corpo segue em frente pisando, respirando, comendo, sentindo, interpretando, transmutando, experimentando a si mesmo na totalidade existencial, onde cada estrela que avista está brilhando no seu interior, cada planeta  gira ao redor da terra que você faz parte. O Sol emanando luz é para o nosso sistema, tal como o coração impulsionando sangue por todo seu corpo."





Independente das dificuldades da vida, não podemos ignorar as verdades multi-versais, convivemos com uma série de esferas, dimensões paralelas e criaturas oriundas de outros tipos de constituição mental/espiritual, ocasionando uma variabilidade física, não necessariamente ligada a características morfológicas orgânicas, as religiões em si, buscam a separação das esferas e a distância das energias, contudo, o Xamanismo, mesmo sendo uma crença tribal primitiva, conserva a unificação da realidade, como uma característica recôndita das suas tradições conservadas oralmente por milhões de anos, preparando e alterando nossa consciência para uma relação comum com as forças, formas e esferas predispostas de acordo com nossa natureza mental/espiritual. É muito importante afirmar as variabilidades da natureza interna e sua comunicação com o todo em sua amplidão peculiar, não há vibrações semelhantes, todos nós possuímos uma alma a conquistar, original, única e inconfundível, com capacidades e inclinações seguindo a mesma linhagem conceitual, é preciso atenção sobre si mesmo, conhecer-se é primordial, para desvendar a sua interpretação imanente do Eu/ Todo. 




Continua ... 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O Totem. O Caminho. O Xamâ ( Parte 1)










 Quando falamos dos totens, estamos familiarizados com a figura animal, espírito selvagem dominador dos seus atributos ferais, uma espécie primitiva de guia entre os mais variados planos de atuação da consciência humana, um defensor implacável contra as diversas formas de potências com o intuito prejudicial sobre a sua realidade como um todo, contudo, o xamanismo, nos dá uma noção bem mais complexa sobre o tema e suas características, evidenciando uma variada gama de critérios, esferas e arquétipos, ligados a todas as realidades do plano físico. 
   


 O caminhante, normalmente liga a figura totêmica quase que obrigatoriamente aos animais, um erro de visão singelo e despretensioso, ferindo profundamente as culturas ligadas as específicas formas de lidar com a espiritualidade natural, levando em consideração a ideologia panteísta de crenças tribais milenares, é algo que deve-se prestar atenção e ser corrigido no âmago de nossa busca pelo conhecimento da alma. 



 Dentro da crença Xamã, existem questões solidificadas, independente das mutações culturais e distâncias geográficas que podem elucidar nossa consciência e nos oferecer uma perspectiva grandiosa sobre os conceitos gerais do mesmo, onde encontramos as seguintes tradições : 



 O xamã é um Deus encarnado, personificação das energias nele depositadas e por ele trazidas a atuação em nossa realidade, sendo o grande maestro, hapto a tal feito, dominador do ciclo da vida.


 Tudo que há no universo possui alma, pensam, merecem respeito como parte da trilha de sincronização com as forças naturais, pedras, ventos, plantas possuem um lugar no ciclo das existências. 


 Nessa linha de raciocínio, entramos numa parte muito interessante :Os espíritos totêmicos não se restringem ao reino animal, os espíritos das plantas, minerais, estrelas, elementos, também possuem a definição e atuação totêmica. 


 Um Xamã é um curandeiro, contudo, pode ser um poderoso castigador, tendo o conhecimento, contato e interação com os ciclos naturais, ele pode evocar tanto as forças regeneradoras, quanto destruidoras da natureza. 
  
     
Os espíritos da natureza são essencialmente sábios e completamente conscientes das condições existenciais, possuindo uma coerência comportamental, onde eles sabem muito bem quando serem amistosos e completamente selvagens, de acordo com a necessidade.    

                  
  Xamãs possuem linhagens de atuação, nunca são conectados com todas as forças da natureza em si, possuem uma tradição e uma esfera de atuação, praticam honrarias e sincronizações à suas linhas espirituais, assim, promovendo a sintonia entre eles e sua espiritualidade primordial, desenvolvendo sua capacidade de interação com os mundos naturais ligados a eles, fortificando essa harmonia, melhorando seus dons. 


   O caminhante na trilha do Xamanismo, é um eterno peregrino dos mundos internos e externos, é uma jornada pela verdadeira visão, suprimida pela falta de conexão com a natureza, afastando sua alma da verdadeira ótica universal, distanciando-a de si mesmo, perdendo sua essência em comunhão com o todo, deixando de existir como um ser consciente, hapto e merecedor da sabedoria arcaica que a memória cósmica é capaz de oferecer.  

( Continua )