segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lilith. Imperatriz do obscuro discernimento..









   "A evolução da consciência é necessária para percorrer os caminhos abissais, pois, todo segredo é oculto pela escuridão : Guardiã dos mistérios de si mesmo."









Lilith é uma Deusa fiél, conhecida em tempos arcaicos, como a Mão de Inanna. Sua fidelidade é evidenciada num dos contos com seu maior envolvimento, quando seu consorte, Zu,o Deus dragão das nuvens e tempestades, tentou tomar pra si as tabuas que proporcionam o controle do universo ao Deus Anu, sendo pego, foi sentenciado a destruição física e sua alma seria presa a uma figueira, lilith, totalmente fiél a seu marido,um dos descendentes da Divina senhora que fora o sacrifício para a constituição do céu e da terra, destemidamente pediu a Anu o mesmo destino, para seguir aquele com quem decidiu viver a eternidade... Era conhecida como a Pomba sublime, era representada como uma pomba branca nos tempos antigos. A Deusa do céu e da casa dos mortos.. pra recuperar o seu corpo e o do marido, fez um acordo com Erishkigal e tomou pra si o fardo de Rainha do inferno, mundo subterraneo , casa dos mortos e acabou sendo inculbida da morte dos filhos indesejados por Naamah. em acordo, Erishkigal, conhecedora da ciência celeste da criação, reconstituiu os corpos do casal.


   






A ligação de Lilith com a obscuridade é relacionada com a abdicação do Sol, da fonte que todos dependemos, da coletividade que escraviza a maioria dos homens, consagrando-a como a imperatriz do caminho de mão esquerda, o caminho individual, sendo próxima da perfeição, regente do céu e do submundo, reino das preciosidades, ícone do equilíbrio conquistado por vias "sinistrais" e métodos proibidos. sendo assim a peregrina das trevas, é uma estrela que brilha entre as esferas, entre o céu e a terra, que explora os abismos da mente, o mais profundo que algum ser pode explorar. Suas asas apontadas ao chão e as mãos aos céus, demostram essa inversão de energias, padrões, que podemos encontrar muitas respostas, onde podemos definir que pode existir muita luz nos lugares improváveis ... Talvez a busca não comece em direção a luz, interpretando a escuridão como o inconsciente, podemos achar muito de nossa pureza, naquilo que foi ocultado, estagnado, através da "evolução" humana.

Podemos compreender, interpretando-a que a busca começa dentro de nos mesmos, a coragem reside dentro dos reinos do medo, daquilo que enfrenta, as dificuldades e batalhas são seus maiores professores, seu inimigo lhe ensina como se defender, pois, ele desperta o instinto inconsciente que habita dentro dos mistérios da mente.

Em seus aspectos iconográficos, encontramos esporões abaixo dos joelhos, instrutura óssea muito comum entre os répteis pré-históricos,asas cobertas de penas,corpo humano e uma especie de elmo,simbolizando a preservação de sua intocável, incorruptível e pura consciência, toda essa conjunção de formas e períodos da evolução biológica numa só criatura, nos passa a ideia do total equilíbrio mental,físico e espiritual.Podemos dizer que Lilith foi o primeira criatura a conquistar o seu equilíbrio e existência plena em todos os padrões,graus e fatores compreendidos pelas mentes despertas...

“Os princípios do verdadeiro entendimento estão relacionados com aquilo que não deve conhecer ou aprender, caso contrário, estaria exposto como tudo que pode ver...”

(Carlos Rabelo)

@CarlosTheFool

3 comentários:

  1. Parece que se confundiu a figura mitológica Líliti que é uma figura mítica judaica e está relacionada com o Gênese bíblica, com uma das lendas relacionadas com Astarte, ou Astaroth.

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    1. O desmembramento cultural incessante das antigas civilizações do Oriente médio contribuíram negativamente para a perpetuação da condição Divina de muitos seres conhecidos pela crença oriunda da corrupção do período do Patriarcado ( Quando os Semíticos abandonaram seus hábitos nômades e fundaram civilizações fixas) Criando critérios e éticas falocêntricas impostas na cultura e crenças da época, exaurindo muitos seres dos seus cultos, expulsando a mulher do seu pilar como a representante espiritual e líder tribal, assim, criando o primeiro período demonizador de uma cultura, efetuado pelos pertencentes da mesma. Na minha subjetiva opinião, baseado em meus estudos e pesquisas, não há relação ou qualquer fusão entre a Lilith Judaica ( Sendo a mesma uma adaptação cultural negativista e corrupta ) ou a Astarte Cananeia, com a Lilith Suméria exposta nas tábulas do Rei de Assurbanipal ( Que refutaram muitas traduções errôneas em conformidade com a corrupção ocorrida no período do Patriarcado) são seres que possuíram mitos, crenças e cultos individualizados em seus respectivos períodos cronológicos, com fundamentações específicas, evidenciadas claramente nos achados arqueológicos. Um fraterno abraço e obrigado pela contribuição...

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    2. Inanna, Lilith, Ishtar e Astarte são Deusas de períodos diferentes, com a mesma iconografia.

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