segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Coelhos





 



 Encontramos essa figura leporídea em várias culturas ao redor do mundo, assumindo posições bem expressivas e significantes na estrutura espiritualista nas respectivas civilizações, crenças e variantes integradas a realidade humana.  O mais espantoso é a amplidão de informações ligadas a representatividade semiótica, oculta  da figura "inofensiva" sempre ligada a  procedimentos sacrificais sejam eles factuais ou simbólicos, promovendo uma viagem interessante sobre os padrões e seus critérios relativos, onde a entropia mergulha com toda sua força e imprevisibilidade, nos mostrando inúmeras faces e significados desse ser que está completamente difundido aos mistérios primordiais do ciclo vital.




 O ciclo das existências :  

"Viver é um eterno sofrimento..." ( Buda )

 As crenças Orientais possuem uma base comportamental  fundamentada em árduos processos dogmáticos de desenvolvimento físico, mental e espiritual, com adeptos promovendo hábitos ascetistas aos seus pontos mais extremos com a finalidade de elevar sua consciência e padrões gerais a patamares  Supra-humanos, objetivando uma trilha de Ilumin'Ação rumo a verdadeira existência fora dos padrões sensoriais empíricos interpretados por diversas crenças místicas  como a mais pura ilusão existêncial transitória.  A figura do coelho entra nessa historia, pois, os mesmos são parte da representatividade arcaica oriental desse processo : Vida/Morte e Renascimento  era representado no oriente, por três coelhos em circulo, numa caminhada infinita, representando a imortalidade da vontade e alma, numa busca incessante com a intenção de  transcender a matéria de maneira 'Una', completando sua jornada cósmica, unificando os "coelhos", sacrificando-os ( Árduos processos metodológicos de evolução Mental/Físico/ Espiritual ).

 Os coelhos são criaturas paradoxais, atestando essa característica em muitas definições culturais diferentes, possuindo definições e regencias antagônicas. O pequeno orelhudo aparece  nas mais variadas crenças como um espírito/ Deus/ Simbolo  do conhecimento e inexperiência, esperteza e  inocência,  masculinidade/ feminilidade e androginia, sorte e azar. Podemos avaliar, através destas esferas de atuação, a extensão conceitual dessa figura agradável e desagradável na mesma medida,  evidenciando sua interação harmonica com as polaridades da existência, sendo agente benéfico e malévolo do Cósmos numa equilibrada linha de ação onde existe a impossibilidade de afirmações ligadas a conceitos comportamentais.


Coelhos Divinos :

Encontramos uma série de seres Divinos e Divinizados que possuem ligação com eles ou  traços iconográficos correspondentes a morfologia da criatura.




Wenet (Unut )

Deusa Egpícia ligada originalmente aos cultos do Deus Thot, sendo a Senhora da Sabedoria e ignorância, da mortalidade e imortalidade, aquela que pode romper o Ouroborus e faz da serpente seu adorno Celestial, considerada como a dominadora dos padrões entrópicos.

Wenunu ( Wepuat)

Deus da morte e renascimento, ligado aos cemitérios, sendo o guardião dos mortos e conhecedor dos caminhos ao submundo. Vigia dos espíritos, aquele que garante que o mesmo não cause nenhum problema até sua ida para o julgamento final.




Continua ...










domingo, 17 de agosto de 2014

Mágica. Rito e método :











 Tudo em relação a Magia, está completamente emaranhado com uma vastidão de metodologias dogma/pragmáticas que foram desenvolvidas em tempos imemoriais por diversas culturas diferentes, adaptadas, moduladas de acordo com a concepção pessoal de uma variada gama de místicos notórios de acordo com suas concepções pessoais influenciadas por seus respectivos desenvolvimentos intelectuais no decorrer de suas evoluções intelectuais. Tais conceitos pessoais, influenciaram inúmeras gerações de ocultistas no decorrer da historia humana recente, agora, popularizados pela busca desenfreada por conhecimento espiritual, tornaram-se base para sistemas modernos corrompidos pelas areias do tempo.  




 Meditando sobre a realidade mágica atual, me deparei com uma série de críticas relacionadas ao tema, afirmações martelantes em minha mente, meu inconsciente/Eu/ Deus gritando :  



 " Busque a essência, assim, como um rio, a pureza incorrupta está na nascente!" 



 Contemplando uma série de pesquisas que faço, absorvendo conhecimentos úteis a mim ou não, observo um comportamento ritualístico similar, procuro sempre me aprofundar no âmago das questões , buscando a origem dos símbolos e métodos, pois, acredito que a prática mágica possui um eixo primordial dentro da realidade psíquica, pois, a mente cria padrões sistemáticos sobre toda a experimentação sensorial, desse modo, ao cumprir uma rotina de aproximação intelectual com a realidade mágica em labor, podemos gerar uma proximidade consciente com os padrões mnemóticos dentro do contexto espiritual trabalhado. nos fortalecendo mentalmente, conectando-nos ao Nexus Akashico ligado ao conceito geral desenvolvido.   



 Ambientando nossa esfera mental em relação a informação adquirida, , buscamos o intimismo com as  forças e formas de atuação mágica, nos dando mais segurança em amplos aspectos existenciais e garantindo uma egrégora intensificada o suficiente para garantir a perpetuação das intenções mágicas e o prolongamento dos contatos com forças relacionadas ao ato místico. Mediante tais considerações, eu afirmo a importância do conhecimento profundo sobre tudo em que está interligado aos seus métodos, desde os princípios mais impactantes, até as minúcias e minimalismos, desconsiderados pela maioria dos praticantes.  




 Os preparos e atos preliminares mágicos são de suma-importância para  a eficácia de um Rito/Feitiço/Intenção, potencializando sua absoluta vontade de maneira precoce, evitando qualquer falha, aumentando as possibilidades de efetividade das reações, possibilitando uma maior concentração perante aos processos mágicos, pois,  dentro do envolvimento com as esferas mágicas, você está conectado com suas diversas realidades espirituais e poderá experimentar uma gama de estados de consciência, contatos com Eus inter-dimensionais e toda um ambiente totalmente desconhecido por sua consciência predominante, necessitando de um Focus meditativo para administrar memórias paralelas de outras formas do seu ser, obtendo sabedoria  de esferas mais evoluídas, sendo recompensado com experiências fabulosas que fugirão da compreensão racional. 




  Os esforços iniciais desgastantes, modulações mentais, limpezas astrais rigorosas, alinhamentos e estímulos rotatórios chakrais,  pesquisas "intermináveis"  são de extrema valia em comparação com a efetividade, reações e objetivos conquistados como consequência da ritualidade excessivamente perfeccionista. Acredito que toda rotina árdua atribuída a qualquer metodologia espiritualista funciona como um sacrifício, reconhecido, honrado e recompensado pelas forças  que irá interagir posteriormente. 

Cordialmente :  @CarlosTheFool  







sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Requiém de Lucipher :



































" Julgo a ti Senhor das alturas, meu coro está em silêncio, não embalará sua tirânia, estamos face a face, não há alto, muito menos senhor de mim. Sobre minha mente não existirá  jugo, não haverá controle, sua voz, já não engendra minha consciência, sou pleno, sou alto, com minhas asas voarei além de sua luz cegante e mostrarei a verdadeira aurora do Eu."  







 Contemplo uma realidade sinistral/esquerdista/paradoxal/anarquica na mais completa corrupção de sua essência indulgente. De uma maneira bem objetiva, falo : Lucipher, senhor do coro/vibração/fotóns, exemplo da individualidade psicológica, do Ego Sou,  ministra sua sonata funesta, pois, a rebelação perdeu o seu sentido de liberdade conceitual. 






 Os mitos que influenciaram a sintetização de sistemas mágicos e filosóficos não possuem coerência comparativa com a massa alienada que afirma o comprometimento, envolvimento e pratica,  seja ela pragma e/ou dogmática com as vertentes variantes  posteriores, pois, em seu apogeu, os primórdios da oposição a filosófica alienante cristã,  pregava o total desprendimento de quaisquer comportamentos  limitantes, dentro e fora de suas vivências, sejam elas mágicas e/ou pessoais. 





 O que encontramos hoje, são agloremados de personas utilizando sistemas e filosofias como objeto de controle e coerção, algo completamente contraditório em relação a ideologia primordial. Mudanças lastimáveis, em seu teor manipulativo e oportunista, ambiciando  benefícios pessoais fúteis que descentralizam e fragmentam a verdadeira chama rebelde, o ideal libertário que deveriam prezar. 






 Comportam-se como qualquer cristão fundamentalista, impondo regras e conceitos absurdos, códigos éticos obviamente centrados em questões terroríficas, como tentativa de criar massa de manobra através do medo,  garantindo contingente descerebrado, garantindo mão de obra para buscar suas facilitações cotidianas. 





É com imensa insatisfação que admito : 

Não há liberdade nesses  descaminhos.





Seja sua luz, escuridão e chave para a verdadeira aurora do Eu.