segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uma lenda cigana interessante..




Safira Samira, a Cigana Vampira. Uma vez um grupo de ciganos resolveu acampar numa vila da Romênia.
Dentre eles estava Safira Samira, uma excelente cabeleireira. Esta cigana gostava de fazer diversos tipos de tranças e tratar dos cabelos do seu povo. Muitas vezes os penteados que inventava fazia sucesso entre as nobres dos lugares em que passava. Uma de suas características mais marcantes é que ela tinha um colar de ouro com um pingente, em forma de trança, feito da mais pura safira. Porém num castelo perdido na floresta da Romênia havia o conde Vlad que virava um vampiro de noite. Há meses ele sonhava com uma cigana que veria de longe só para ser amada por ele. Então, na noite da mesma data em que chegou, o grupo de ciganos resolveu apresentar um espetáculo de dança. O show começou e as pessoas se aglomeraram ao redor. No meio da apresentação, Vlad misturou-se à multidão para assistir ao bailado, apaixonou-se por Safira Samira e pensou: – Esta é a cigana que aparece nos meus sonhos e pesadelos! – Por isto, morderei esta donzela e ela será minha para sempre. Após a apresentação Safira Samira estava admirando as estrelas, sozinha, atrás de sua tenda. Quando de repente o vampiro chegou e, com os seus dentes afiados, exclamou: – Quero ver o lindo colar em seu pescoço! A moça, percebendo a má intenção, afastou-se e gritou: – Pare! – Eu nunca virarei uma vampira e nunca serei seduzida por você, criatura das trevas! O monstro fez uma cara de demônio, agarrou a jovem e falou: – Morderei o seu pescoço assim mesmo. Mas, como você recusou-se a ser minha, depois da minha mordida você será uma “morcega” noturna, que nunca se transformará em mulher novamente. Seu destino será sugar o sangue dos cavalos no campo. Assim a donzela respondeu: – Posso até virar uma “morcega” como você disse. Porém, nunca deixarei de fazer o que gosto: tranças. Farei este tipo de penteado nem que seja nas crinas dos cavalos. Após falar estas palavras, a garota foi mordida por Vlad e virou uma “morcega” sugadora de sangue. Desta maneira ela voou até uma fazenda e fez tranças nos cavalos com suas asas, enquanto sugava os seus sangues. Por causa deste conto existe uma lenda afirmando que quando os cavalos amanhecem com as crinas trançadas foi obra de algum morcego, descendente de Safira Samira, que trança as crinas dos eqüinos enquanto suga o sangue.

sábado, 23 de outubro de 2010

Saint Germain . O conde imortal...





Há uma grande quantidade de testemunhos sobre a existência atual do Conde de Saint Germain.
Começemos pelo encontro que o famosíssimo e sério escritor Giovanni Papini teve com o Conde em 15 de Fevereiro de 1939, a bordo do navio "Prince of Wales", durante uma viagem pelo Oceano Índico, rumo à India. Esse encontro está documentado no livro "Gog" de Giovanni Papini com as seguintes palavras:

"Conheci estes dias o famoso Conde de Saint Germain. É um cavalheiro muito sério, de estatura mediana, de aparência robusta e vestido com refinada simplicidade. Não parece ter mais de cincoenta anos de idade".

"Nos primeiros dias da travessia não se aproximava e não falava com ninguém. Uma noite em que me encontrava só na cobertura e olhava as luzes de Massaua, apareceu de improviso junto a mim e me saudou. Quando me disse seu nome acreditei que se tratava de um descendente daquele conde de Saint Germain que ficou famoso no século XVIII por seus mistérios e com a lenda de sua longevidade. Há pouco tempo havia lido num magazine, um artigo sobre o conde "imortal" e por sorte não fui colhido de surpresa. O Conde mostrou satisfação ao saber que eu conhecia algo daquela história e se decidiu a fazer-me a grande confidência".

- Nunca tive filhos e não tenho descendentes. Sou aquele mesmo, se você acredita, que foi conhecido no século XVIII com o nome de Conde de Saint-Germain. Você deve ter lido que alguns biógrafos "me fazem morrer" em 1784, no castelo de Eckendoerde, no ducado de Achleswing. Porém existem documentos que provam que fui recebido em 1786 pelo imperador da Rússia. A condessa de Adhémar me encontrou em 1789 em Paris, na igreja de Recoletos. Em 1821 tive uma demorada conversação com o conde de Chalons na praça de São Marcos em Veneza. Um inglês de nome Vandam, me conheceu em 1847. Em 1869 começou minha relação com Annie Besant. A senhora Oakley tentou em vão encontrar-me em 1900, porém, conhecendo o caráter dessa boa senhora, consegui evitá-la. Encontrei alguns anos depois o sr.Leadbeater, que fez de mim uma descrição um pouco fantástica, porém no fundo, bastante fiel. Depois de uns sessenta anos de ausência, quis voltar a ver a velha Europa: agora regresso à India, onde se encontram meus melhores amigos. Na Europa de hoje, dessangrada e enlouquecida pela guerra, não há nada que fazer.

- Porém, se as notícias que eu tenho são exatas, em 1784, na época da sua presumida morte, você já tinha mais de cem anos...

- O Conde sorriu docemente.

- Os homens - respondeu - são muito desmemoriados e infantis para orientarem-se na cronologia. Cem anos, para eles, é um prodígio, um portento. Na antiguidade, e inclusive na Idade Média ainda se recordava algumas verdades, que a orgulhosa ignorância científica se esqueceu. Uma destas verdades é que nem todos os homens são mortais. A maioria morre depois de setenta ou cem anos; um pequeno número segue vivendo indefinidamente. Dentro deste ponto de vista, os homens se dividem em duas classes: a imensa plebe dos extinguidos e a reduzidíssima aristocracia dos "desaparecidos". Eu pertenço a essa pequena elite e em 1784 já havia vivido não um século, mas vários.

- Então você é um imortal?

- Não disse isto. É necessário distinguir imortalidade de imortalidade. As religiões sabem há milhares de anos que os homens são imortais, quer dizer, que começam uma segunda vida depois da morte. A um pequeno número destes está reservada uma vida terrestre tão longa que aos vulgos lhes parecem imortais. Porém, assim como nascemos num momento dado do tempo, é bastante provável que mais cedo ou mais tarde também deveremos morrer. A única diferença é esta; que nossa existência se mede por séculos e não por anos. Morrer aos setenta anos ou morrer aos setecentos anos não é uma diferença tão milagrosa para quem reflete sobre a realidade do tempo.

Se vossos semelhantes conhecessem melhor a história, não estranhariam certas afirmações. Em todos os países do mundo, antiguíssimos e modernos, há uma firme crença de que alguns homens não morreram, mas sim foram "arrebatados", isto é, desaparecem sem que se possa encontrar seu corpo. Estes seguem vivendo escondidos e incógnitas, ou talvez adormeceram e podem despertar e voltar de um momento a outro. Na Alemanha, próximo de Salsburgo, se espera há séculos, aparentemente adormecido, Carlos Magno; o Kyfhauser, onde se refugiou esperando Frederico Barbaroxa; e o Sudermerberg que ainda hospeda a Enrique o assassino. Na India dirão que Sahib, o chefe da sublevação de 1857, desaparecido sem deixar rastro no Nepal, ainda vive escondido no Himalaya. Os antigos hebreus sabiam que evitaram que o patriarca Enoch morresse. Esperou-se durante séculos que Alexandre Magno reaparecesse na Ásia, como Amilcar, desaparecido na batalha de Panormo e foi esperado pelos cartagineses. Nero desapareceu, sem submeter-se a morte. E todos sabem que os britânicos não acreditaram nunca na morte do rei Arhur, nem os Godos na de Teodorico, nem os daneses na de Holger Danske; nem os portugueses na do rei Sebastião, nem os suecos na do rei Carlos XII, nem os sérvios na de Kraljevic Marco.

Todos estes monarcas se encontram adormecidos e escondidos, porém devem voltar. Ainda hoje os mongóis esperam o regresso de Gengis Kan.

Uma interpretação plausível de certos versículos do Evangelho fez crêr milhões de cristãos que São João nunca morreu, mas sim que vive ainda entre nós. Em 1793, o famoso Lavater estava seguro de havê-lo encontrado em Copenhaguen. Porém bastaria o exemplo clássico do Judeu Errante, que sobre o nome de Ahas Verus ou de Butadeo, foi reconhecido em diversos países e em diversos séculos e que conta atualmente mais de mil novecentos e oitenta anos. Todas estas tradições, independentes uma das outras, provam que o gênero humano tem segurança ou ao menos pressentimento de que há verdadeiramente homens que sobrepassam muito o curso ordinário da vida e eu, que sou um destes, posso afirmar com autoridade que esta crença corresponde a verdade. Se todos os homens desfrutassem dessa longevidade fabulosa, a vida se faria impossível, porém é necessário que alguns de quando em quando, permaneçam: somos, em certo modo, os notários estáveis do transitório.

- Sou indiscreto e lhe pergunto. Quais são suas impressões como imortal?

- Não imagine que a nossa sorte seja digna de inveja. Nada disso. Na minha lenda diz-se que conheci a Pilatos e que assisti a Crucificação. É uma mentira grosseira. Nunca alardiei essas coisas que não são verdade. Todavia, há poucos meses completei quinhentos anos de idade. Portanto, nasci em princípios dos anos quatrocentos, em tempo de conhecer bastante a Cristóvam Colombo. Porém não posso agora contar minha vida. O único século no qual frequentei mais a sociedade, como você sabe, foi o dezoito e posso lamentá-lo. Porém ordinariamente vivo em solidão e não gosto de falar de mim. Experimentei nestes cinco séculos muitas satisfações e em especial não faltou alimento para a minha curiosidade. Vi o mundo mudar de cara; pude ver no curso de uma só vida a Lutero e a Napoleão, Luis XIV e Bismarck, Leonardo e Beethoven, Miguelangelo e Goethe. E talvez por isso me livrei das superstições dos grandes homens .Porém estas vantagens custaram um preço muito alto. Depois de um par de séculos, um tédio incurável se apodera dos desventurados imortais. O mundo é monótomo, os homens não ensinam nada, e em cada geração se cai nos mesmos erros e horrores; os acontecimentos não se repetem, mas se parecem; o que me faltava para saber, tive bastante tempo para aprendê-lo. Terminam as novidades, as surpresas, as revelações. Posso confessar a você, agora que só nos escuta o Mar Vermelho: minha imortalidade me causa aborrecimento. A terra já não tem segredos para mim, e já não tenho confiança em meus semelhantes. E repito com gosto as palavras de Hamlet, que ouví pela primeira vez em Londres em 1594: "O homem não me causa nenhum prazer e a mulher muito menos.

O conde de Saint Germain pareceu-me esgotado,como se por momentos fosse tornando velho. Permaneceu em silêncio por mais de um quarto de hora contemplando o mar tenebroso, o céu estrelado.

- Dispense me - disse finalmente - se meus discursos te aborreceram. Os velhos quando começam a falar, são insuportáveis.

Até Bombaim, o conde de Saint Germain não voltou a dirigir-me a palavra, apesar de que tentei várias vezes iniciar uma conversação com ele. No momento de desembarcar saudou-me cortesmente e o vi afastar-se com tres velhos hindús que se encontravam o esperando no cais.

Em outra obra muito famosa se afirma:

A existência histórica do conde se iniciou em Londres no ano de 1743. Lá pelo ano de 1745 teve certas fricções com a Justiça, pois era suspeito de espionagem. Horace Walpole fez esta observação a respeito: Está aqui há dois anos e não quer revelar quem é nem qual é sua origem se bem que confessa que utiliza um nome falso. Descrevia o conde como um homem de estatura mediana, rondando os quarenta e cinco anos, muito amável e conversador. Sabe-se que Saint Germain era um pseudônimo, porque ele mesmo disse em certa ocasião ao seu protetor,o "landgrave de Hese:

- Chamo-me Sanctus Germanus, o irmão santo.

Também se sabe que depois de passar vários anos na Alemanha, em 1758, se apresentou na corte de Luis XV. Madame de Pompadour deixou-nos uma descrição de Saint Germain: O conde parecia um cinquentão; tinha um ar fino, espiritual, vestia-se simplesmente, porém com gosto. Nos seus dedos brilhavam formosos diamantes, a tabaqueira e o relógio. Aquele forasteiro, aquele desconhecido cujo título de nobreza era muito duvidoso e cujo nome parecia incerto, de alguma forma soube abrir caminho para entrar no círculo íntimo de Luiz XV, quem lhe concedeu várias audiências privadas. E essa ascendência sobre o rei foi o que irritou sobremaneira o Ministro Choiseul e o que provocou o exílio e desgraça de Saint Germain. Finalmente se sabe que o conde passou a última época da sua vida no castelo de Landgrave de Hese, onde, segundo se diz, morreu em 27 de Fevereiro de 1784. Todavia, observamos que essa "morte" se sucedeu durante uma das raras ausências do Landgrave, ocasiões em que somente rodeavam o conde umas quantas mulheres facilmente subornáveis.

Se conhece sua história entre os anos 1743 e 1784. Pois bem, busquemos agora os testemunhos de pessoas fidedignas que o conheceram antes ou depois dessas datas limite. A condessa de Gergy, embaixadora da França próxima do estado veneziano, nos dá o primeiro informe. Viu a Saint Germain na casa de Madame Pompadour e, aparentemente ficou estupefata. Segundo suas próprias manifestações, recordou haver conhecido em Veneza lá pelo ano de 1700, a um aristocráta extrangeiro cuja semelhança com o conde Saint Germain era assombrosa, apesar de que tinha outro nome. Ela lhe perguntou se não seria seu pai ou outro familiar próximo.

- Não Madame - respondeu o conde com grande calma - Perdi meu pai há muito tempo. Porém vivi em Veneza entre o final do século passado e princípios deste. Por certo que tive a honra de fazer a corte, e você pode encontrar algumas canções populares compostas por mim e que ambos costumavamos cantar juntos.

- Perdoai minha franqueza, porém isso não é possível. Aquele conde de Saint Germain tinha então, quarenta e cinco anos, e você essa idade agora.

- Madame - respondeu sorrindo o conde - eu sou muito velho.

- Mas de acordo com esses cálculos você tem agora quase cem anos.

- Isso não é impossível.

Então, o conde enumerou ante a Madame de Gergy uma infinidade de detalhes relacionados com a estancia de ambos no estado de Veneza. E se tivesse alguma dúvida, se ofereceu a recordar-lhe certas circunstâncias, certas observações, etc.

- Não, não - lhe interrompeu apressadamente a embaixadora anciã - você já me convenceu completamente; porém você é um "diabo realmente extraordinário" (Citado por Touchard Lafosse em Croniques de l’oeil de Bouef)

Lá pelo ano de 1785 encontramos uma nova intervenção do conde, que não parece deixar dúvidas. O ano seguinte a sua morte oficial participou da convenção maçônica de Paris celebrada em 15 de Fevereiro de 1785.

Há outra pessoa cuja afirmação de haver conhecido o conde Saint Germain não se pode por em dúvida. Se trata de Wellesley Tudor Pole, viajante e industrial a quem lhe foi conferida a Ordem do Império Britânico e foi um acreditado estudioso de arqueologia, fundador da Big Ben Silent Minute Observance, presidente do Chalice Well Trust de Glastonbury e governador da "Glaston Torn School for Boys."

Em seu livro The Silent Road, Tudor Pole descreve um extranho encontro enquanto viajava no Orient Express. Era a primavera de 1938, e se dirigia a Constantinopla, lendo o Inferno de Dante.

Numa parada na Bulgária, Tudor Pole olhou pela janela e viu um homem de idade mediana, bem vestido e adornado, que caminhava sobre a neve, na plataforma da via férrea. O homem sorriu e saudou com a cabeça ao surpreendido viajante inglês. O trem partiu e logo entrou no túnel, porém o vagão de Tudor Pole seguiu com as luzes apagadas. Quando o trem saiu do túnel, o desconhecido estava sentado no lado oposto. Então viu a obra de Dante que Tudor Pole estava lendo e iniciou uma fascinante conversação sobre o problema do céu e o inferno e o enigma do nosso atual estado de existência.

Tudor Pole disse que seu companheiro de viagem falava com impecável sotaque, porém evidentemente não era inglês. Algo sugeria que ele poderia ser muito bem húngaro. Convidou o desconhecido a comer com ele, o qual replicou surpreendentemente que não comia manjares.

Um pouco atrapalhado e compreendendo que aquele homem não era um viajante comum, Tudor Pole se dirigiu ao carro restaurante. Quando voltou, uma hora mais tarde, seu misterioso visitante se havia ido.

Uns dias depois, Tudor Pole estava na plataforma de Scutari, junto ao Bósforo. Sua bagagem já estava no trem.

Voltou a aparecer meu amigo do Orient Express; estava entre a multidão, a certa distância de mim, e sacudia vigorosamente a cabeça. Desconcertado, deixei que o trem partisse sem mim. Pouco depois, este trem sofreu um acidente a uns 50 kilometros de onde eu me encontrava. Finalmente recuperei minha bagagem. Parte dela estava manchada de sangue.

Tudor Pole não identificou o desconhecido em seu livro, porém Walter Lang, que escreveu a introdução e também uns comentários sobre outro de seus livros, perguntou a Tudor Pole: Sabe quem era o homem do trem? Tudor Pole respondeu: Sim. Era Saint Germain.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010




“Ela monta a cavalo sobre a Besta; na sua mão esquerda ela mantém as rédeas, representando a paixão que os une. Na sua direita ela mantém no alto o cálice, o Santo Graal ardente de amor e morte. Nesta taça são misturados os elementos do sacramento da Eternidade (Aeon)"

Trodown. O gnomo consumido pelas sombras..




Em eras passadas, o reino de elfame era pacifico e longe de confusões e guerras místicas, havia um gnomo diferente de todos os seus irmãos, seu nome era Trodown, um pequenino muito inteligente e talentoso nas suas artes, tinha um conhecimento profundo sobre magia e os outros planos, sempre pesquisando e viajando entre as dimensões em busca de matéria e conhecimentos que poderiam implementar suas teorias e projetos. Trodown, como sempre ambicioso e sedento de saber, buscava mais e mais as respostas para suas perguntas, sua genialidade era admirada por poucos e invejada por muitos.
Ele se dedicou a um projeto que ele mesmo admitia ser o fim das preocupações para o povo de seu mundo, ele estava projetando uma tecnologia que iria conceder ao seu povo o controle sobre a síntese energética da realidade mística de seu mundo, uma forma de canalizar a energia mágica daquela dimensão para fins protetores. Trodown ficou um árduo período cronológico de sua dimensão projetando e avaliando os processos de sua invenção e grande descoberta. Ele teria descoberto uma forma de seu povo também conduzir a magia com maestria, teoricamente os gnomos também seriam respeitados como magos. Com a excessiva exposição à energia pura de seu plano, trodown ficou cada vez mais fragilizado, causando a ele um envelhecimento precoce. Conforme as pesquisas e testes foram ficando mais intensos trodown se tornou um canalizador vivo da energia de seu plano, absorvendo de forma involuntária o maná de seu mundo, isso acabou alterando sua energia e ele teve que proceder a tecnologia secretamente em seu próprio corpo para conter a evolução do acumulo de energia mágica, obcecado ele não parou seus experimentos e continuou até concluir o projeto.
Trodown ao concluir seu invento, rapidamente tomou a atitude de mostrar sua grande descoberta aos quatros ministros do reino e a sua rainha, todos ficaram admirados com o invento, menos o ministro Gob, rei dos gnomos e duendes, ele logo atentou a rainha e aos seus irmãos de ministério o perigo que seria todo aquele poder nas mãos de seu povo, seria uma total catástrofe na opinião do Ministro da terra, todos concordaram com sua afirmação para a ira de Trodown. A Rainha elfame, então decretou que todo o invento fosse confiscado e guardado e que trodown esquecesse tudo aquilo, Trodown se, pois num estado de suplica aos pés da rainha, falando que aquilo era o trabalho de toda a sua vida e o motivo de sua existência, a rainha compadecida consolou Trodown, mas não mudou seu decreto, trodown foi tomado pelo ódio e acabou dando as costas aos ministros e os ofendendo, o Ministro Gob não admitiu a insolência provinda de um de seus irmãos e logo projetou um feixe de energia provindo de seu bastão que atingiu um dos núcleos de contenção de energia de trodown, a energia que trodown conteve, logo entrou em colapso, provocando um prenuncio de inevitável destruição, rapidamente elfame abriu um portão sem pensar, jogando trodown num plano inferior, sem escolha, Eles baniram trodown de seu mundo e o jogaram em planos inferiores.
Trodown permaneceu inerte por muitas eras pairando na imensidão de sombras que o consumia, graças ao grande acumulo de energia Trodown sobreviveu muitas eras nesse plano nefasto. Logo ele retomou a consciência e expressou um pedido de ajuda emanando o fim de sua energia como um feixe de luz projetado para o nada, foi nesta ultima atitude que ele encontrou sua danação.


-Onde estou?
-Nos reinos de Abbadon, recinto da morte das almas.
-Quem é você?
-Samira Melabeth
-Pode me ajudar? Estou morrendo..
-Não sei como um gnomo conseguiu sobreviver nesses reinos, mas pelo seu mérito, tem algum valor, não foste o melhor dos pequeninos para estar aqui, logicamente é um pária. Vou te levar a minha Deusa, ela pode lhe ajudar, em troca de devoção eterna.
-Eu faço tudo para todos aqueles que renegaram minha genialidade pagarem pelo seu feito...
-Quem é sua Deusa?
-Lilith...
-Nossa Deusa...
-(Risos)...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Samira ..




Incinerada com vestes impuras eu fui, com todo o negro da noite sobre meu admirável corpo, mesmo em chamas, os homens ainda olhavam minhas curvas, abraçada pela minha pura e imaculada irmã, seu gesto foi fiel e totalmente irrelevante, não alterou nossa condição, nosso destino, não lamento pelo meu começo, assim interpreto minha morte, apenas como principio da minha estrada sem fim, ainda caminho nas noites desse mundo tocando minha sinfonia, não posso me queixar das dores causadas pelas chamas, pois o ódio não deu lugar a essa agonia, foi como arder em ódio puro, minhas lagrimas corriam como lava.
A morte foi um alivio simples artimanha do universo, para me encaixar na grande dança cósmica, como arauto das maculas noturnas, assim me defino. Eu provoquei muita dor em vida e prometi continuar a minha dança sepulcral, rodeada de meus queridos morcegos que me seguem desde meu nascimento, me reconhecem como sua imperatriz. Eu, Samira Melabeth abdiquei a luz do Sol de minha vida e morte, me entreguei a Lua e a noite como minhas soberanas e o Caos como meu ministro.
Tocar minha sinfonia é o que faço. Ouça...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010





Um tipo de “piranha” conhecido como peixe-tigre gigante, fisgada no rio Congo, na África, impressiona mais por seu tamanho que pela característica carnívora.

O peixe, capturado pelo pescador profissional e apresentador de televisão Jeremy Wade, é uma das espécies de água doce mais temidas no mundo. Wade precisou ter coragem e ignorar os afiados dentes do animal para exibir a fera diante das câmeras que o acompanham nas gravações de seu programa.

O caçador de peixes gigantes disse ao jornal Daily Mail que o tipo fisgado pesava cerca de 45 quilos e media quase 2 metros de comprimento. “O peixe tinha 32 dentes semelhantes aos de um grande tubarão branco”, conta.

Para os que se interessarem em ir a caça de um animal como esse, Wade adverte para o perigo. “Este peixe tem uma mordida muito poderosa e costuma abocanhar presas do mesmo tamanho que o seu. É preciso cuidado, pois ataca pessoas e até crocodilos”, afirma.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O encantador de leões...



Kevin Richardson, de 34 anos, se considera um "encantador" de leões. E quem o vê ao lado do grande predador em um parque de preservação próximo a Joanesburgo, na África do Sul, fica boquiaberto com a amizade que ele mantém com os leões, segundo o jornal inglês "Daily Mail".
Richardson diz que faz amizade com os animais, ao tratá-los com "amor e respeito". Ele compartilha uma ligação profunda com as feras e pode até mesmo passar a noite com elas. Na última segunda-feira (11), ele posou montado em um grande leão e tocou a língua de outro.



A mãe terra vive...

domingo, 10 de outubro de 2010

Aracne




Minerva (Arena), a deusa da sabedoria, era filha de Júpiter, Além de padroeira das artes úteis e ornamentais, tanto dos homens - como a agricultura e a navegação - quanto as das mulheres - como a fiação, tecelagem e trabalhos de agulha -, era também uma divindade guerreira: só protegia, porém, a guerra defensiva, e não simpatizava com o selvagem amor de Marte (Areu) pela violência e derramamento de sangue. Atenas era seu santuário, sua cidade, que lhe fora oferecida como prêmio de uma disputa com Netuno (Posseidon), que também aspirava a tal glória.

Houve, porém, outra competição em que uma mortal se atreveu a concorrer com ela. Essa mortal foi Aracne, uma donzela que atingira tal perfeição na arte de tecer e bordar, que as próprias ninfas costumavam deixar as grutas e fontes para ir admirar seu trabalho, que era belo não somente depois de feito, mas também ao ser feito. Dir-se-ia que fora a própria Minerva a sua mestra, quando se observava como pegava a lã para formar novelos, ou separando-a com os dedos e cardando-a até que se tornasse leve e macia como uma nuvem, ou então tecendo um pano e enfeitando-o com os seus bordados. Mas ela negava, não querendo ser discípula nem mesmo de uma deusa, e dizia: “Que Minerva compare sua habilidade com a minha”.

A deusa ouviu essas palavras e ficou indignada. Por isso, tomando a forma de uma velha ela procurou Aracne e aconselhou-a. “- Tenho muita experiência e espero que não desprezes o que lhe digo. Desafia os mortais como tu, mas não te atrevas a competir com uma deusa. Ao contrário, recomendo que te desculpes pelo que disseste, e, como a deusa é misericordiosa, talvez te perdoe”. Ao ouvir tais palavras, a moça interrompeu o trabalho que fazia, encarou a velha e respondeu visivelmente irritada: “- Trata de dar conselhos às tuas filhas e servas, pois quanto a mim, sei o que dizer e o que fazer. Não tenho medo da deusa, portanto, que ela mostre sua habilidade, se por acaso se atrever”. Minerva então retrucou, livrando-se do disfarce: “- Ela aqui está”.

As ninfas curvaram-se, reverentes, assim como todos os demais presentes. Apenas Aracne não se atemorizou. Na verdade, um rubor coloriu-lhe as faces, que em seguida tornaram-se muito pálidas. A jovem, porém, manteve-se firme, e levada pela louca confiança em sua habilidade, enfrentou o destino. Minerva, esgotada a paciência, já não lhe deu novos conselhos.

As duas iniciaram a competição. Cada uma toma sua posição e coloca o fio no tear. Ambas trabalham com rapidez, suas ágeis mãos movendo-se céleres, e o ardor da disputa torna leve o trabalho. Os fios purpúreos contrastam com os de outras cores, que confundem seus matizes de tal modo que os olhos não percebem onde se unem. Como no longo arco que colore o céu, formado pelos raios de sol refletidos na chuva, no qual as cores combinadas, quando se juntam, parecem a mesma, mas a pequena distância do ponto de contato são inteiramente diferentes.
Minerva bordou em seu tecido a cena de sua disputa com Netuno. Estão representados doze dos poderes celestes. Júpiter (Zeus), com augusta gravidade, se acha sentado no meio. Netuno, senhor do mar, segura o tridente e parece ter acabado de golpear a Terra, da qual saltou um cavalo. A própria Minerva apresenta-se com o elmo na cabeça, o peito protegido pelo escudo. Assim era o círculo central: nos quatro cantos estavam representados incidentes mostrando o descontentamento dos deuses com mortais presunçosos que se atreviam a concorrer com eles. Eram advertências de Minerva à sua rival, no sentido de desistir antes que fosse demasiadamente tarde.

Aracne escolheu para seus bordados assuntos destinados a provar os enganos e erros dos deuses. Uma cena representava Leda acariciando o cisne, sob cuja forma Júpiter havia se disfarçado; outra, Danae, na torre de bronze em que seu pai a havia aprisionado, mas onde o deus conseguiu penetrar sob a forma de uma chuva de ouro. Outra, ainda, mostrava Europa, iludida por Júpiter sob a forma de um touro. Encorajada pela mansidão do animal, Europa aventurou-se a cavalgá-lo e Júpiter, então, entrou no mar e levou-a a nado para Creta. Tinha-se a impressão de que era um touro de verdade, tamanha a naturalidade e realismo com que estavam representados ele, ela e a água em que nadavam. Europa parecia olhar com ansiedade para a praia de onde saíra e pedir socorro às suas companheiras. Mostrava-se horrorizada com as ondas e encolhia os pés, para afastá-los da água.

Aracne cobriu o pano com tais bordados bem-feitos, mas deixando patente sua presunção e impiedade. Minerva não pôde deixar de admirar, mas sentiu-se indignada com o insulto. Investiu contra o tecido e fê-lo em pedaços. Em seguida, encostou a mão na fronte de Aracne, fazendo-a sentir-se culpada e envergonhada, a tal ponto que, não podendo mais suportar, enforcou-se. Minerva compadeceu-se dela ao vê-la pendurada em uma corda, e por esse motivo exclamou: “- Viva, mulher culpada! E, para que seja conservada a lembrança desta lição, continuarás pendente, tu e toda a tua descendência, por todos os tempos futuros”.

Aspergiu-a com o suco de acônito (planta venenosa utilizada na antiguidade para ungir as pontas das flechas antes de ir à caça), e imediatamente seus cabelos caíram, do mesmo modo como desapareceram o nariz e as orelhas. Seu corpo encolheu e sua cabeça tornou-se ainda menor; os dedos colaram-se aos flancos, transformando-se em patas. Todo o restante dela mudou-se no corpo do qual ela tece seu fio, suspensa na mesma posição em que se encontrava quando Minerva a tocou e metamorfoseou em aranha.


Fonte: Livro de Ouro da Mitologia, de Thomas Bulfinch

Balton e as corujas gêmeas ..




Expressei inúmeras vezes minha opinião sobre seus impulsos malignos, suas atitudes nefastas e seu requinte de crueldade ainda chamaria a atenção dos paladinos, o fogo que em poucas horas consumirá seu corpo físico foi provocado pelo seu ódio mal focalizado, pequena Samira Melabeth, tão jovem e já sentenciada ao destino das chamas . A fusão entre as irmãs era uma de nossas esperanças, Vejo pelos olhos de uma coruja, o palco do teatro inquisidor sendo montado. Será que sua contraparte chegará a tempo para a união mágica que poderá definir a trajetória da dança cósmica?
(Balton. Rei das corujas negras, falando sobre as atitudes de Samira Melabeth, a Rainha dos morcegos, na véspera de sua possível morte física)
Balton, um feiticeiro britânico. Homem culto, doutor em arqueologia, seu destino místico foi traçado nas escavações de um antigo templo pagão Sumeriano. Buscava incessantemente, artefatos religiosos da cultura Sumeriana, sua especialidade era roubá-los e vende-los por altos preços no mercado negro. Parece que seu habito ladino não manifestava remorso, ele simplesmente vendia o passado para garantir o seu futuro, assim, ele mesmo afirmava, mas parece que o passado lhe cobrou um grande preço por sua conduta.
Na sua ultima escavação, Balton estava exatamente nos arredores onde os mais antigos diziam ser o lugar que “aqueles que vieram das estrelas” fizeram seus primeiros contatos e levantaram seus primeiros templos, ele buscava com muita determinação e cobiça uma encomenda que lhe valeria uma considerável recompensa. Um colecionador anônimo lhe pediu um antigo artefato perdido através das eras, chamado de corujas gêmeas, seria a representação artística mais antiga dessa espécie animal encontrada em lendas e registros históricos na fase da terra. Balton tinha consciência da conotação das corujas com a Deusa da noite Sumeriana Lilith e deduziu ser um trabalho pouco complicado se focalizasse as buscas ao encontro de seus antigos templos, reuniu sua costumeira equipe de pesquisa e se dedicou arduamente a busca aos artefatos durante meses exaltantes.
Depois de muitos meses sem sucesso, Balton se viu sem escolhas, devido o termino do dinheiro investido pelo colecionador e sua posterior desistência do negocio, todos os seus companheiros foram gradativamente voltando-se contra Balton e abandonando a desbravar dos sítios arqueológicos, foi onde Balton, cada vês mais desgostoso, se entregou ao alcoolismo e caiu em decadência devido ao fracasso de sua jornada. Numa de suas ultimas noites comuns, ele tomou a maior quantidade que pode de sua bebida favorita, totalmente embriagado pelo conhaque e movido por impulsos desconhecidos, Balton seguiu as vozes originarias de sua mente e partiu para um dos templos que ele profanou, na esperança de encontrar as peças. Completamente tomado de revolta ele acabou de destruir tudo que encontrou nas profundezas da escavação, cansado e bêbado ele se deitou no chão e logo ele encontrou nessa simples atitude a complexa resposta que pelejou para encontrar, o seu peso acabou cedendo o chão que ele pisava, pensando que era simples rocha, não esperava que estivesse sobre o teto da morada do seu destino.

sábado, 2 de outubro de 2010

Ugaga...






Em épocas onde a terra não era divida ou nomeada, simplesmente percorrida por aqueles que almejavam o saber, desbravada por valentes seres que pregavam a luta e a conquista de cicatrizes, as marcas da gloria. Os homens não tinham raízes fincadas na terra, vagavam pela pele de Ugaga, em busca de bons animais para caçar, bons frutos para servir de alimento e oferendas aos seres sem carne, aos espíritos que habitavam tudo ao nosso redor. Um grupo de humanos sofria dificuldades em encontrar alimento devido ao período onde o sofro gélido de Gorhalaf cobria toda a extensão dos pastos com o medo, afastando todos os animais e matando as arvores com sua tristeza. Os humanos temiam a maldade de Gorhalaf e seu poder sobre a morte e o sofrimento, a mãe mais velha sempre alertou os mais jovem sobre o perigo desta época, todos perguntavam se existia uma forma de apaziguar o espírito que tanto temiam, a mãe mais velha dizia que Gorhalaf, tinha como sua maior oferenda, os espíritos das arvores e seres de carne que ceifava com seu hálito mortífero e que por trás de toda maldade do senhor da morte existia um antigo segredo. Todo esse ódio e desejo de morte sobre os seres provindo do sangue de Ugaga, a senhora das raízes, era devido a uma promessa não comprida por ela, nos tempos que Ugaga era jovem e caminhava por tudo que é dela, escolhendo a cor das flores e comendo de sua própria carne e bebendo de seu sangue.
A mãe mais velha, chamada pelos jovens de Ababu, escolheu quatro dos novos seres de carne que vagavam com ela para contar o segredo, os Morins (pequenos de Ugaga) seriam iniciados no segredo que ela guardou por inúmeras luas e cada um guardaria consigo uma parte desse segredo, com a finalidade de tentar acabar com a fúria de Gorhalaf e dar paz ao espírito da morte, para que nunca mais os seres de carne fossem tocados por seu sopro. Ababu afirma para os Morins escolhidos por Ugaga que conseguissem completar essa sagrada missão, não seriam tocados pela mão de Garrala, filha de Gorhalaf, aquela que tem a missão de tirar as almas dos seres de carne e devolver a Utuli, o grande muinho dos espíritos. Os quatro jovens aceitam a missão e logo são avisados por Ababu que iriam vagar muitas luas com ela para conhecer os segredos de Mutuni: A arte de se tornar um só com Ugaga e lutar com a ajuda da grande senhora das raízes.
Os quatro Morins, os escolhidos de Ugaga.
O primeiro dos morins que menciono é o misterioso e calado Huhur, criança solitária, nunca deu nenhum tipo de problema para os mais velhos do grupo, filho de Muma, Garrala a tocou no momento que gerou seu filho, perante a sabedoria imposta pelos mais velhos, uma criança que não foi contemplada pela luz do olhar de uma Aba (mãe) é uma criança de espírito negro, não foi tocada pela luz de Shambu, a senhora das lanças brancas provinda das nuvens, mãe de Shandi, a luz vermelha que consome a carne de Ugaga. Devido a esse acontecimento trágico no principio de sua existência, todos os seres de carne sempre agiram com suspeita com Huhur, devido a natureza de sua origem e o terrível destino de um Ka’aba’shambu(Negado pela mãe branca).
Diz os antigos contos recitados em noites de festa, a beira da luz de Shandi, que os Ka’aba’shambu, são espíritos negros, não aceitos pelas raízes de Ugaga, nascidos em noites sem Maaba’Tu, a irmã mais velha de Ugaga, protetora e sempre zelosa com sua irmã, pelo medo que ela tem de sua aba acordar, Shan’aba Ranubu( Mãe negra de olhos brilhantes), Maaba’Tu, desde a sua criação, ela vêem vigiando o sono de sua misteriosa e incompreendida mãe que tudo vê, a todo tempo que está acordada. O motivo dessa atenção e que Ranubu não gostou que Ugaga criou os seres de carne e os trata como seus iguais, Ela se sentiu ofendida em ser comparada a eles em tratamento, Ranubu iria rancar um de seus olhos e jogar em direção a Ugaga para acabar com todos os seres de carne, através da intervenção de Maaba’Tu, Ranubu dormiu e achou que tudo é ilusão de seu irmão Igi, o dono do mundo aonde os seres de carne vão quando dormem Maaba’Tu rapidamente aprisionou sua mãe em Hajah, os reinos onde residem os espíritos mais velhos que descansam, Utuli, o muinho dos espíritos além de Hajah, viu sua filha Ranubu e a engoliu pensando ser mais um dos espíritos dos seres de carne, isso acarretou a volta de Ranubu para dentro da teia da vida, unida com Ugaga, seus cabelos negros que formam tudo que os seres de carne vêem quando Maaba’Tu entra para vigiá-la, tornaram-se a morada do espírito de Ranubu. Num período onde Maaba’Tu não agüenta mais ficar acordada e precisa repor suas forças nos reinos de Igi, Ranubu acorda e toma para si por breve momento a consciência de sua filha Ugaga, toma o filho de uma de suas abas depositando parte do seu espírito nele, apagando a luz dentro do Morim. Os mais velhos não sabem ao certo o que acontece com os morins tocados por Ranubu, mas, o temor sobre os misteriosos poderes dela, é digno de extrema atenção, pois os piores homens que já pisaram em Ugaga, são os filhos sem a benção de sua aba.
O segundo morim escolhido foi Roh-Bu, o nascido à beira da luz de shandi, na festa de agradecimento aos espíritos dos animais pela fartura dada aos Terrahs, morin alegre e sempre sorridente, é um pequeno guerreiro de muita força, sempre está próximo aos mais velhos, ouvindo as historias, respeitoso e sempre elogiado por ajudar a todos que pode, considerado por Ababu, é filho do filho mais velho da mãe mais velha, parece ter herdado algum dom do sangue de seus ancestrais, pois os animais que moram dentro de Maio-Ma (densa floresta) nunca o atacam, ele anda pelas feras sem ser atingindo por nenhum mau e come com elas sem nenhum temor, é bem comum esbarrar com Roh-Bu com a boca totalmente suja de Mi’lii (Sangue), pois, ele tem o habito de se alimentar junto com as feras.
Roh-Bu ainda pequeno mostrou seu amor pelas feras de Maio-Ma, numa época de flores cheirosas, houve grande chuva nos arredores onde os Terrahs se encontravam, Ranubu não parava de chorar, todos os animais fugiram da região, o grupo já começava a se deslocar para algum lugar com menos chuva. Durante a longa viagem, os terrahs chegaram até as baixas regiões de Can’Ru, um lugar cheio de mistérios contados por todos os seres de carne espalhados pelos quatro cantos. Diz a lenda que o corpo de carne de Ugaga dormiu dentro de um Shuh (templo) no coração selvagem daquela Maio-Ma, não se sabe o motivo pelo qual, Ugaga adormeceu, não se tem noticia entre os praticantes de mutuni, sobre uma forma de acordá-la completamente, eles sentem, o coração de Ugaga ainda pulsa e por um breve momento, Roh-Bu ainda criança sentiu o coração de Ugaga pulsar, algo entrou em sua mente, ele pegou sua pequena lança e subitamente correu para dentro de Maio-Ma e disse para os mais velhos que iria caçar Shandra-Mamu, os guerreiros partiram rapidamente ao resgate do pequeno morim, eles se perguntavam como o garoto conhecia a historia de Shandra-Mamu, se ela nunca foi contada, pela besta-fera ter sido responsável pela destruição da carne de muitos terrahs. Diz a lenda que a besta é uma das primeiras filhas de Ugaga, ela defende o corpo de carne de sua mãe, não se sabia como era, pois nenhum guerreiro tinha voltado dessa batalha com vida antes de Roh-bu. Dizem os guerreiros que conseguiram encontrar Roh-bu dentro da floresta, viram o morin, encima das costas do animal, os guerreiros, nunca disseram como Sandra-Mamu era só falaram que sua pele era como a luz de Shandi e seus olhos brilhavam como as lanças de Shambu.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Kokugawa. O samurai-demônio...






Integrado numa família onde os preceitos eram voltados a doutrina samurai, foi o primeiro e único filho de seus pais, nascido sob a forte luz da lua prateada, na mesma noite onde a luz banhava o momento da morte de seu pai, pois misteriosos guerreiros invadiram seu lar para tomar deles o seu atual e maior bem, seu único filho.
Seu pai usou as principais técnicas de seu clã contra a corja de samurais negros, possuídos pela vontade de atingir seu filho, mas, a ambição e objetivo dos sombrios inimigos não eram detidos por sua lamina. Logo, a chuva e o vento tomaram conta de tudo, parecia que o céu noturno estava em prantos devido à luta acontecida numa noite sagrada, em meio à chuva, brotou um homem diferente dos outros, com vestimentas de um monge, e um grande e redondo chapéu de palha, um cajado com guizos indicavam sua posição na escuridão, despreocupadamente, o homem se aproximou da casa com passos tranqüilos e sincronizados, e com um leve gesto de uma das mãos os samurais pararam de atacar e ficaram de joelhos, formando um corredor que o mesmo senhor passou para chegar até o valente pai numa atitude honrosa ao proteger seu filho.
...O velho monge
-Não pode ser evitado samurai, o karma do seu sangue. A espiral do destino completou seu ciclo. O poder de Kokugawa renascerá.
O pai desesperado se ajoelha como os outros e com um gesto de clemência, chora com a cabeça apoiada ao chão, pedindo de todas as formas que o Velho monge, impeça o destino de seu filho.
...O velho monge
-Isso, é como pedir a um pessegueiro que não frutifique pêssegos.
...O desesperado pai
- Te dou minha vida como oferenda! Monge imortal.
...O velho monge
- Não mudaria nada meu caro. O karma tem que ser sentenciado.
O senhor avança em direção ao berço e pede à mãe que o pegue pelos braços pela ultima vez em sua vida, a mãe completamente tranqüila e conformada, com lagrimas percorrendo um delicado rosto entristecido, tira de seu pescoço um fino cordão com um pequeno pingente e coloca no pescoço do filho. O monge coloca a criança em seu braço e caminha em direção a floresta, nem ele nem a criança foram vistos depois disso.
Muito tempo depois, houve um boato que um vingador noturno, estaria liquidando todos aqueles que corrompem o bushido. O samurai assassino usa a mesma armadura que um antigo guerreiro lendário da região, aquela velha mãe somente diz ao seu marido.
A mãe...
-Kokugawa renasceu, seu ancestral. Hoje é seu filho meu bom homem.

O pai ....
- Naquela noite eu morri minha amada. Hoje eu finalmente vivo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A origem ...




Acreditar que o mundo dos sonhos é um plano paralelo ao nosso, conectado com a nossa inconsciência é um fato um tanto disseminado entre os adeptos do ocultismo e da física quântica, o fato narrado na trama Inception (A origem) estrelada pelo ator Leonardo Dicaprio, foge dos conceitos abordados sobre a dimensão dos sonhos, entrelaçando a ciência, tecnologia e técnicas relacionadas com a viagem astral e onírica, acreditar que pessoas treinadas podem invadir os seus sonhos e abranger níveis profundos da sua subconsciência e implantar idéias, indo mais longe, podem praticamente mudar o rumo das suas ações, da sua vida, realmente assusta as pessoas mais atentas a essas questões. A complexidade e a atenção sobre as condições da mente, os planos mentais e interações entre os mesmos é um dos fatores almejáveis do filme, a limitação de cada um exposta através das divisões de tarefas e alternâncias entre os “piratas da mente” é um lado muito interessante a ser explorado na analise da trama.
Pensando de uma maneira generalizada, essas questões envolvem temas conspiratórios globais, como a possibilidade de toda humanidade está sendo constantemente controlada por estímulos criativos, seria correto afirmar que existe uma perigosa rede de controle definindo o futuro das pessoas através do mundo e nos nem nos ligamos nisso, destinos predeterminados, manipulados por inteligências secretas. É muito interessante pensar nessa condição hipotética, teorizada através do filme.
Sonhos são muito mais do que pensamos...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Samira e Samara...





Na presença de sua fraqueza maior, no alvorecer, ela se encontra atada, rodeada de sabugueiro, uma ironia, a matéria de sua vassoura, agora é alimento para as chamas do seu fim carnal, revoltada, grita à lua, aos poucos a abandonando, dando espaço para seu consorte, ela pede para sua mãe ficar mais um pouco, ela quer ficar na presença daquela que sempre a confortou e ajudou nas noites mais claras, lhe doutrinou e ensinou, em fases mais sombrias, ela só quer a presença de sua mãe até o fim de sua vivência.
Samira grita aos quatro cantos, voz agonizante, regada pelo ódio, sua vontade não é sobreviver, seu sacrifício não será desperdiçado, cada gota de seu sangue, ela oferece ao fogo, pedindo a morte de todos que assistem sua execução, no seu âmago, ela não quer morrer sozinha, passou toda sua vida, independente, sempre altiva e superior a tudo, inconformista, nunca disse o que realmente sentia para alguém que realmente amou.
No ascender das tochas, no encandear da grande fogueira, sua sentença, ela se cala, por breves segundos, espantada ao ver aquela figura alva como as nuvens do céu, correndo em direção a fogueira. Samira, não sabia o que ela iria fazer. Cada vez que seus passos corridos a tornavam mais próxima, Samira sentia seu coração bater, a muito essa sensação não toma sua atenção, sentimentos a muito esquecidos, manifestavam em sua consciência os desejos perdidos nos momentos de sua maior decepção, não sabia o que a mulher desesperada representava em sua vida, mas ela emanou de seu ser o desejo de vencer a morte.
Naquele momento ela começa a proferir palavras esquecidas pela humanidade, reavivadas em sua mente pelo desejo de continuar a existir, mesmo que seu corpo não resista, sua alma grita por realidade. Aquela mulher rompe as barreiras de sua razão nefasta, confronta seus inimigos e salta para um eminente ato de suicídio, escalando o fogo para encontrar com uma figura estranha, a pele perece, seus corpos começam a se extinguir através das chamas e mesmo assim ela não desiste, abraça Samira com tanto amor, proferindo uma única frase.

-Não me conhece, não a conheço, sou Samara, somos uma.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pseudo-mundo de Morphi




Morphi é alguém que vive em minha mente às vezes, eu ouso suas criticas, como se meus olhos fossem um televisor, minha visão, seu único programa pra assistir.
Às vezes encontro com Morphi em meus sonhos, sempre emanando um ar de superioridade, já viu de tudo, conhece um pouco sobre tudo. Ele adora falar sobre as coisas erradas que faço como um psicólogo, não me faz refletir sobre nada, simplesmente, mostra sua visão ranzinza e critica sobre o mundo, como um hippie arrependido de não ter ido a guerra, não ter trocado suas flores por uma arma bem letal.
Morphi é uma mente vagante, um hippie que viajou em sua “onda” e nunca mais voltou pra casa, não é criação minha sim de uma era sangrenta, onde vagar pelo mundo era sinônimo de liberdade, mas a fome, frio e a humilhação tornaram-se marca registrada, figuras singulares nos tempos onde a flor foi devorada pela guerra dos mundos internos.
Morphi viu tudo de dentro pra fora, referencial onde as pessoas jamais percebem, pode ser apego pela pele, pelos aspectos sensoriais da vida ou simples falta de atenção pelos fatores, critérios da forma de pensar alternativa. Morphi e seu modo de buscar as respostas para o acoite de suas perguntas, agiu como um caçador de lobos, largando suas armas e munições em meio a uma noite repleta de ferozes bestas, colocando suas mãos na terá e tentando sentir a adrenalina da caça, condicionando sua mente, usando do teatro feral, uivando e caçando com os dentes da imaginação.

domingo, 5 de setembro de 2010

O Bobo aos pés do rei.




Desde os primórdios do mundo, quando reis dominavam as terras, uma única voz ditava o destino de um grande território, magos eram seus fieis conselheiros, consultados como fontes de saber e esperança de respostas. A razão sempre esteve ao lado do imperador, representado pelos velhos alquimistas, astrólogos e bruxos, mais o caos e a loucura sempre estiveram ao seu lado sem pestanejar, a todo tempo, dormindo aos seus pés, brincando, alegrando, com seu jeito inocente e despretensioso. A loucura sempre esteve balançando seus guizos e promovendo sorrisos aos poderosos Reis, ao mesmo tempo sempre esteve perto de seus ouvidos, promovendo o culto ao Caos em suas inconsciências, trazendo a tona os sentimentos profundos, a sombra, o eu oculto que promove a destruição e a evolução através do ego exaltado.
O Louco/Bobo da corte, sempre chama atenção pelas palavras sem sentido, pelo menos para os ouvidos da razão, enquanto a razão desconhece, seus instintos inflam ao sentir as vibrações promovidas pelas palavras proferidas pelos arautos da loucura, pelos filhos do Caos.
Imagine, depois dessas afirmações, quantos reinos não foram destruídos, não por exércitos, ou pela ordem de um Rei e sim pela vontade do louco/Bobo da corte, através de seus delírios, quantas tragédias foram evitadas, quantas guerras apaziguadas.
Não confie no louco, simplesmente inspire-se, preste atenção em suas palavras, não tente entender, apenas sinta a energia manifestada, o sentimento exaltado.
Quando confia na loucura, mergulha no abismo dos sentimentos insanos, poucas são as mentes capazes de voltar do mundo além do precipício da razão, se torna o jarro consagrado pelo cósmico louco, vagante entre os planos mentais, incompreendido no mundo carnal, exaltado como parte do Eterno ciclo das existências entre os seres etéreos, não como mero caminhante, sim, como parte do caminho rumo a eternidade.

A verdade sobre os lobisomens ..

































A verdade sobre lobisomens...

Os fatos e aparições vampirescas, seus indícios são raros e inconstantes, mas, nada supera a infinidades de aparições, experiências e fatos ocorridos com essa figura que salta dos princípios espirituais e se consagra como uma criatura corpórea bem evidente em todas as culturas mundiais... O Lobisomem...


O Lobisomem, ou tecnicamente licantropo (palavra derivada do nome do rei mítico Licaão), é um ser lendário, com origem em tradições européias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo, em noites de lua cheia

Fato histórico...

Contava-se que um fidalgo, não podendo ir à caça, como estava combinado, com um amigo, pediu a este para visitá-lo na noite da batida, a fim de jantar com ele. O amigo, durante a caçada, foi atacado por um grande lobo.

O fidalgo enfrentou corajosamente a fera e durante a luta decepou uma pata do lobo com a sua faca. Após a luta, guardou o "troféu" na sua bolsa de caça, com o intuito de mostrar ao amigo. À noite, antes do jantar, contou a aventura ao seu anfitrião, mandou buscar a bolsa e, com grande surpresa sua, retirou de dentro dela... Uma mão de mulher, com um anel de ouro no dedo mínimo. O amigo empalideceu ao reconhecer o anel que pertencia à sua mulher.

De imediato mandou chamar esta e quando ela chegou, dissimula desajeitada, sob o xale o braço decepado.

Interrogada pelo marido, a mulher confessou que se transformava num lobo. Segundo reza a história, a mulher foi entregue à justiça e morta na fogueira, em Riom, na Bretanha.


Lobisomens e criaturas metamórficas no mundo...


- América do Sul: kanima, um espírito que toma a forma de um jaguar.

- Argentina: lobisón.

- Brasil:o nome perdeu o hífem de Portugal e se tornou lobisomem. Além desse existem muitos outros como o boto, que assume a forma de um homem e o uirapuru, um pássaro marrom que assume a forma de um menino.

- Bulgária: vrkolak.

- Canada: wendigo or witiko.

- Chile: chonchon, uma bruxa que se transforma em um urubu.

- Etiópia, Marrocos e Tanzania: boudas, um homem-hiena.

- Escandinávia: varulf.

- Estados Unidos: werewolf.

- Espanha: hombre lobo, lupino.

- França: loup-garou, bisclavret.

- Grécia: vrykolaka, um nome usado para lobisomens que também serve para descrever vampiros e feiticeiras/os.

- Haiti: loup-garouque pode mudar sua forma para qualquer coisa, seja planta ou animal.

- Islândia: hamrammr, uma criatura que assume a forma da última coisa que comeu, e ganha mais poder continuando a devorar outras coisas.

- Índia: rakshasa, uma criatura que pode assumir a forma de qualquer animal desejado.

- Indonésia: layak, um espírito que pode assumir a forma do que quiser.

- Itália: lupo manero ou benandanti para pessoas que se tornam lobos permanentemente para lutar contra bruxas no submundo.

- Japão: kitsune, uma pessoa que vira raposa, também o tanuki ou minjina, uma pessoa que assume a forma de um texugo, cachorro ou castor.Em geral criaturas capazes de alterar a forma são chamadas de henge.

- Latvia: vilkacis.

- Lituânia: vilkatas.

- México: nahaul, uma pessoa que assume a forma de um lobo, gato, águia ou touro.

- Nativos Norte Americanos: limikkin ou skin walkers.

- Normândia, França: lubins ou lupins.

- Noruega e Suécia: eigi einhamir.

- Filipinas: aswang, um vampiro / lobisomem.

- Portugal: lobis-homem e lobis-homens.

- Quênia: ilimu.

- Russia: wawkalak ou bodark.

- Sérvia: vukodlak.

- Slovakia: vulkodlak.


Lobisomens espirituais:


No século XV as pessoas acreditavam que os lobisomens possuíam a capacidade física de se transformar em feras. A teoria usada desde então é a de que as pessoas não chegavam a assumir de fato a forma física da fera e sim assumiam um estado catatônico em que a alma abandonava o corpo físico e tomava posse do corpo do animal real, para que o animal fizesse a vontade daquela pessoa. O lobo, sendo o "Cão do Demônio", acabou se tornando a escolha perfeita.

O Malleus Maleficarum (O Martelo das Bruxas), publicado em 1487, possui um capítulo muito extensivo sobre os lobisomens. Ele se utiliza de cotações bíblicas do Levítico (Antigo Testamento), capítulo 26, Promessas e Maldições: "21 Se me puserdes obstáculos e não quiserdes ouvir-me, ferir-vos-ei sete vezes mais, conforme os vossos pecados. 22 Mandarei contra vós as feras do campo, que devorarão vossos filhos, matarão vossos animais e vos reduzirão a um pequeno número, de modo que vossos caminhos se tornarão desertos", e do Deuteronômio (Antigo Testamento): "Eu enviarei as presas da fera para eles" para mostrarem que era um lobo que realizaria tais atos, embora sob o controle de uma bruxa. Ele também sugere que bruxas poderiam transformar lobos em homens, mas que essa transformação é incompleta, uma ilusão, pois somente Deus pode realizar uma transformação real.


Em 1214 um monge, Philip de Bayeux, retornando de uma peregrinação passou por um vilarejo chamado Saint August.

Havia um sino tocando no castelo, que ficava situado no centro da vila, e ele ficou tão tocado pelo seu som que quis ir mostrar sua gratidão para a família real.

Ele entrou pelo castelo e se dirigiu até a capela, e lá encontrou toda a família rezando. Mas no altar, colocado na frente da cruz estava uma imagem do demônio, o anticristo.

Vendo isso o peregrino se enfureceu, destruiu o lugar e amaldiçoando a todos, até mesmo a criança mais jovem.

“E a cada sete anos vocês irão tomar o forma do lobo, e irão conseguir alimento através de presas e garras, e sua mente deverá permanecer humana para melhor saberem o horror de seu castigo!”

Eles mudaram, mas mantiveram isso em segredo.

Sete anos depois eles não tiveram tanta sorte. Os camponeses os viram em sua forma de lobo e os mataram.

Um panfleto intitulado "The Wolves of Saint August" (Os Lobos de Saint August), foi publicado em Paris em 1332, mas quando isso aconteceu o nome da cidade já havia sido mudado.

O que o monge viu e achou que fosse o anticristo na verdade provavelmente foi um antigo deus da fertilidade



Vi o maior dos rebeldes andando por uma cidade iluminada, passos despretensiosos, solitários. Ainda possui um lindo rosto, cabelos reluzentes e de grandes mechas encaracoladas, grande estrada ele percorre, sozinho. Não entendo seus passos, suas idéias, mas o amo mesmo assim.
Grande escadaria ele percorre para chegar aos confins do universo até sua antiga casa, onde ele é recebido por seu pai e melhor amigo, grande festa é feita nos arredores de seu antigo lar, seus irmãos esperam que ele volte para seu lar, mas ele sempre vai, mas nunca permanece, sempre pede a mesma coisa ao seu pai, são palavras que só eles entendem seu pai sempre responde com as mesmas palavras.

Dando as costas ao seu pai, sempre retorna, vaga pelas cidades iluminadas, buscando filhos, esposas e amantes, uma forma de matar a solidão dos sentimentos que ele abdicou ,procurando o amor que perdeu, as palavras de carinho que abandonou suas palavras sempre são como seda ao vento, pétalas de violetas na primavera. Buscando o que não consegue entender nas palavras infinitas de seu carinhoso pai.

sábado, 4 de setembro de 2010

O silêncio do sábio




Louco mundo de castelos esquecidos em meio a brumas imaginarias lutas invisíveis de pessoas insanas desde o maldito berço. Nuvem cinza ao longe, união de lacaios do acaso, do destino sem retorno, da vida sem portas para aqueles que acreditam no começo e no fim. Tempo, o que é tempo? Multidões acreditam em seus ponteiros enquanto poucos ditam suas paradas. Acreditar em si mesmo é o que não se pode fazer, foi-se o verdadeiro tempo, onde éramos conduzidos na penumbra, apenas pelo brilho da lua e o instinto de nossas idéias, devaneios e transes ao girar nas fogueiras do autentico orgulho de ser o que é, Tornou-se patológico, o ato de olhar para dentro de si e pronunciar as palavras esquecidas pelo homem, ouvir não é mais atributo dos sábios, falar se tornou cansativo, inútil, livros não são mais queimados, porem, somente a lembrança dos apaixonados pelo sábio pode sentir o calor, era melhor usar as fogueiras, emanavam o calor da genialidade com mais força e presença, hoje impor as pétalas de lótus, se tornou inviável, contornável, dispensável, pelas mentes que prezam isso que eles chamam de praticidade, a informação é banalizada, como as sagradas minhocas, pisadas, sem algum valor para aqueles que não acreditam em suas anteriores existências.
Não posso colocar a figura do Caos em evidencia nessa trama do esquecimento, lamento dos ouvidos que sangram, pois, destruir é a transformação, o que vejo é a simples ação do tempo ditado por aqueles proclamados “Deuses encarnados”, quer a inércia como artifício de sua evolução, quer o sábio somente pra si e nada mais. Prisão de teias finas, A grande aranha do espaço nada faz, observa atenta, detentora de todos os fios, não dita às formas, nem os meios do livramento, grilhões invisíveis continuam sólidos como a rocha que constitui o Himalaia, leve como as gigantescas fadas das tempestades. O ser submisso como os anjos do sagrado Uno, calado, não se ouve seus comandos, o sábio parou de ler seu livro infinito.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Belzebuh. O ódio divino ...

Teoriza-se historicamente, se baseando na cultura mesopotâmia a origem desse mistério espiritual denominado “Belzebu”. De acordo com uma antiga lenda mesopotâmia, o Deus Baal, Senhor da terra, Sol e fertilidade era o mais bondoso Deus para com seu povo, incapaz de fazer o mal a qualquer ser humano, nunca negando prosperidade e fartura a toda a raça que o seguia. O Benevolente Deus, com o passar das eras foi deparado com a descrença humana, o desapego da fé e a suas tradições, sendo inferiorizado, seus templos desrespeitados pelos próprios homens que praticavam sua devoção, maculando os templos levantados pelos seus ancestrais, destruindo-os. Sua bondade e simpatia pela raça humana era tal que Baal não conseguia castigar os que corrompiam seu nome é honra.
Diz à lenda que com o passar das eras toda a raiva, ódio e desejo de vingança retida pelo Deus, foi se acumulando dentro dele, e tomando forma, Seu desejo de destruição era tanto que ele deixou escapar essa força destrutiva, parte de sua divindade que urrava por vingança e destruição, essa energia tomou forma, um terrível inseto gigantesco, uma Vespa titânica que podia comandar todas as criaturas venenosas e insetos. Assim nasceu, forjado pelo ódio retido por um Deus Bondoso, a Vingança de Baal, o Filho do Sol, senhor da destruição, Baal-Zebuh (Belzebu é uma corruptela nominal do nome original, uma adaptação que ocorre através do tempo, misturas culturais e de linguagem).

De acordo com algumas informações Belzebu é o Demônio mais Atuante na face da terra, tendo o maior numero de registro de possessões da historia humana, registradas e autenticadas como verídicas. Com os mais fascinantes graus de demonstração de capacidade mental, distorção da realidade, materialização de objetos únicos. Uma característica única de suas aparições é o regurgitar (Vomitar) de uma espécie rara de víbora que só é encontrada em uma floresta africana. A violência da destruição ocorrida no corpo humano em caso de possessão também é singular. Uma pessoa do meio me evidenciou que ele era o Demônio favorito do Mago negro Britânico Aleister Crowley, o mesmo trabalhou muito na esfera de Belzebu, diz que esse demônio foi crucial na derrota de um oponente muito poderoso enfrentado magicamente pelo velho Aleister, O oponente era uma casa maçônica inteira que voltou às costas a Aleister devido a seus procedimentos mágicos não convencionais, amorais que sempre envolviam drogas, sexo tântrico entre outras formas de misticismo excêntrico. Ele derrotou todos eles, inclusive seu maior e mais poderoso oponente, diz o mito que ele suportou a presença de mais de 300 presenças entre demônios, e espíritos em um único ritual, marca notável e praticamente impossível, todos os seres levados por Belzebu. ( Boatos )

Belzebu já foi visto com muitas formas, entre as mais comuns estão a grande Vespa ou um grande escaravelho. A quem diga que ele também se manifeste como um homem constituído de moscas.

Mundo de Oz

Mágico de outros mundos.. Louco, homem, Deus será que o demonio é por ele ou por Deus?! Insanidade, mentira e falsidade,são de sua parte?

A bruxa.. tão proxima, fere de longe, nunca deixa a menina ir além do horizonte...

Menina perdida.. em suas aventuras, procura um rumo , será que um dia terá o seu tão amado mundo .

O espantalho,inanimado,está fora do mundo,destacado, sem realidade, busca através do caminho , algum sentido .. uma força de ser vivo

O leão covarde.. Pobre menino, medroso e fraco .. por não ter coragem cria sua própria realidade....

Como em mágico de Oz. nessa questão temos um homem de lata . Diz que ama mas na verdade não tem coração ..

Pois é fácil magoar, dicifil é sentir a magoa. Loucura de minha parte ter alguma esperança, mas na minha cartola tem a ultima mágica..

Loucura de minha parte .. acreditar que exista arrependimento , quando somente por meu ver existe existe a dor e o sofrimento.
A decepção é dilacerante, constante,se torna fatal, como espada em seu peito,quando chega aos seus ouvidos que foi feita por um grande amigo

sábado, 7 de agosto de 2010

Sábios dos bosques...

Correndo, cantando sob a lua negra, entre árvores entôo canções noturnas. Leveza, com o vento, eu percorro os jardins do mistério, festejo a penumbra, , fadas das brumas, neblina escura.
Caminho pelos bosques, saltos as raízes dançantes, Ents abençoados pela noite escura. Antigos sábios com raízes profundas. As arvores choram, lamentos ancestrais, pelos humanos que tanto destroem.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Fenix negra

Grandioso grito ecoa nas profundezas do abismo, ninho misterioso que os mais antigos espiritos temem espiar, fonte de terror para aqueles que tentam estar face a face, berço final de todos aqueles que tentaram lhe tomar uma pena de raro e extremo poder.
Detentora da fonte primordial da chama negra, seu olhar é o fitar da morte sobre a vida, Graal abismal.

Sensações de Ultra Nova...

Muitos que provaram dos deleites da vida, a pura danação do corpo luxurioso, o eu carnal alimentando-se das sensações que a vida mundana tem a nos trazer,hoje procuram novos rumos, como se as atitudes anteriores fossem um crime contra sua vida,mas continuam cometendo as mesmos e maravilhosos "delitos", só que de maneira oculta. Pessoalmente falando. Prazer. Satisfação. Ego, foram as melhores coisas que o instinto emanou para a realidade . Seria tudo isso uma fração infima que carregamos de uma força maior, uma lembrança, memoria genética de um padrão inumerado, sem explicações para nossos intelectos limitados. Poderiam existir seres que aproveitariam essas sencações sem limitações. Comparar sexo, prazer sem restrições com a ultra nova seria um pecado? Não, pelo menos pra mim que não acredito nessa insanidade dogmática.
Indo mais além , seriamos capazes de conceber a proporção e forma de satisfação, prazer em um sentido amplo dos seres evoluídos, sejam eles chamados de Deuses, Devas, Daemons,Malachs,Anunakis?
Qual seria a graça de ser um ser de magnitude quântica sem os deleites do paraiso sensorial?
Temos a quem puxar...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Desertos..



Correndo no deserto,
Pra que destino?
Correr no deserto.
Lamentações? Pra que?
Correr no deserto,
Tempestade de areia;
Cortes feitos por graus de
areia,
Gotas de sangue pintando o
mar de areia,
Teia da vida,Viuva negra;
Ultima suspiro, Oasis
perdido,
Ilusões da vida,deserto
vasto,
Agonia...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ventos pestilentos











Quantas pessoas teriam que morrer para seu destino ser comprido, levando em consideração, o destino como fato. Destino interpretado como o vento, potência elemental predominante em nossa realidade, Sua realidade conduzida pelo vento inconstante, conduzindo distâncias, e mesmo assim, predomina no ponto cuminante da questão, Ventos de má sorte, trazendo percas, falências e suicidios, ventos de esperança, trazendo a mentira que ameniza a dor. Ventos de amor, motivando a tragédia em nossas consciências,decepção em nosso karma.
Todos os ventos, são o vento, o destino são mil mundos e uma só estrada, grande e tortuoso caminho regado a dor, sangue e lagrimas,combustiveis das horas perdidas, dos abraços da covardia recebidos com a sinceridade, olhos fechados,mesmo assim enxergando a frente dos tempos dificeis, Como enxergar além do sofrimento, além dos fatos que nos tomam a atenção, como transpor os grilhões que definimos na inocência da vida como abraços,amizade, solidariedade. Existir além do manto das verdades encontradas no aço das algemas e no ferro das grades, como ir além das portas trancadas sem a chave de sua propria trilha, acredite no vento.

segunda-feira, 17 de maio de 2010






Num dia totalmente sem sentido, sem razões para pensar em qualquer coisa, me deparo com a vontade de rezar por você. Por muito tempo, venho refletindo por tudo que não faz, parece estranho, mas penso nas coisas que não faz, me preocupo, quando não vejo seu sorriso acanhado, por não estar perto pra te ouvir, ou falar o que penso.
Em meus sonhos, a vejo chorando por não ser quem é, dificil escolher mudar nossa fonte de felicidade e desejo. A minha é a amizade, pois, como já sabe, meu maior medo é a solidão. Sempre aumejei pelo firmamento de nossa amizade , queria que estivessemos untados de ambar, sabe, aquela substância que preserva tudo por milhões de anos.Minha amizade por você, poderia estar encoberta do mesmo.
Me preocupo, pois a distância eo tempo traz a frieza e o esquecimento, também traz a nossa maturidade a tona, revemos nossos conceitos e analizamos certas questões, meditamos nas escolhas a fazer, no meu caso, medito no fato de você ser a minh melhor amiga, por que isso aconteceu? Em meio a tantas mentiras verdadeirasa, verdades tortuosas, me encontro com esse texto, escrito ao som de Radio Head, não consigo
chorar mais, só o lamento me vem, somente.
Como as cordas de nossos destinos romperam? Como? Você é parte das minhas maiores preocupações. Estimo, torço pela sua felicidade, sendo quem você é.
Fui até as altas nuvens , no castelo flutuante, pedir conselhos a uma senhora sabia, quando cheguei, tudo estava em destroços, queimando, ela ainda estava em seu trno , não conseguiu falar, sem forças, ela sussurrou em meu ouvido:

"Me Ajude, parte de mim está morrendo".

Hoje eu entendo, neste exato momento, eu sei o que ela quis dizer.

22:24 17/5/2010

sábado, 15 de maio de 2010





Quero te entender ó desdém,
Escondida nas sombras,parece não estar nesse mundo;

Quero dar em suas mãos,minhas lagrimas de sangue.Quero entender;

Sonho com suas estradas,Caminhando sozinha,
Te encontro na encruzilhada de nossas vidas;

Avisto seu sorriso que outrora era presente ao meu olhar,
Agora vejo suas costas, ao longe, além do horizonte,Adeus minha amiga,como você nunca terei em minha vida, minhas lágrimas são suas,essas palavras são minhas.
Em seus passos vejo dois dragões, em você o diamante brilhante,essa luz me cativa,amizade distante..



Deitado,adormeço em consciência, tentando ir ao encontro do castelo flutuante, voando para a eternidade insana das eras mil vezes esqueçidas. percorro os setes céus, sendo banhado pelas lágrimas de Malach Taws, o caído. Chego ao destino infinito, me deparo com a mesma quantidade de portas, minha escolha independe de portas, todas me levarão onde minha absoluta vontade proclamar, busco a estrada da imaginação, em suas bordas seguem sabugueiros, em seus troncos, fitas roxas cruzam, formando circulos de fé e desejos , pedidos a rainha do castelo entre as nuvens. Estrada sem fim , chego ao meu desejo, por escadarias de pedras, eu subo para reencontrar a rainha das bruxas. Ao adentrar no seu castelo , me deparo com o silêncio da morte e a calma agonizante, outrora lindo e enfeitado, agora so vejo fogo e destroços, e a velha Rainha em seu trono. eu a vejo nesse estado, desaparecendo, pois, sua fantasia está desacreditada, por fim eu choro e abraço minha nobre amiga e conselheira, e digo em seu coração que a sua vingança chegará, lhe dou de beber, lagrimas de unicornio e de comer, ofereço minha alma.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O nascer de etérea..

























Um delírio noturno, me fez acordar para acontecimentos jamais pensados por mim ou por qualquer pessoa, assim presumo. Em meio a um turbulento sonho me deparo com grande caos, céu rasgado, era mais que um simples fim do mundo, era o fim de tudo que existia nessa realidade, bilhões de anos retrocedendo ao zero, em segundos de desespero e muita luta, avisto grandes guerreiros que tentam impedir a grande tragédia, onde até a existência Divina é ariscada, momentos onde a carne e o espírito lutam juntos. Os grandes ídolos divinos pisam na terra e igualam-se a humanidade em irmandade, num único propósito, descobrir um modo de sobreviver ao fim de tudo, Por que Deuses imortais temeriam o fim? A morte não é um de seus atributos. O Caos é a destruição completa de toda a forma, é o fim de um ciclo cósmico, onde tudo e todos deixam de existir para o novo surgir.
Acordo por volta das 18h00min, desanimado como sempre, meu nome é Carlos, Sou jornalista desempregado, sobrevivendo com algumas publicações e comissões por tiragens literárias de dois ou três livros publicados, levando em consideração que a critica odiou, ainda consigo me sustentar em nível precário com essa humilde quantia. Sinto-me perturbado com esses sonhos que tenho tido, tem anos que esses sonhos envolvendo Deuses e energias cósmicas e questões relacionadas não me assolavam, minha velha insônia me pegou, já faz dois meses seguidos que não durmo a noite, nunca fui fã do dia e do sol, sou um homem noturno que não vê graça na noite, como uma coruja dentro de uma gaiola aberta, deliberadamente não querendo sair, trabalhei a noite anterior inteira escrevendo para uma revista esotérica idiota sobre como se livrar do mal, patuás e encantos medíocres que eu mesmo inventei, muitos enviam emails dizendo o quanto estão agradecidos pela sabedoria mística, isso me enoja, o ultimo problema que eu tive com o mal, foi um demônio batendo na minha porta, literalmente e não estava querendo tomar um café ou fazendo uma simples visita. As coisas estão meio que agitadas no mundo atual, cada vez mais aparições, assombrações cada vez mais poderosas e Deuses omissos e fazendo a velha vista grossa. Como eu aprendi a odiar os Deuses, com suas lindas dimensões moldadas por mágica celestial, odeio mais a humanidade por saber que a maioria deles não eram divinos originalmente, foram sujeitos a essa condição por devoção, idolatria, você não tem idéia o que milhares de pessoas, milhões gritando que você é um Deus pode fazer com seu corpo astral, é uma carga do suco divino, a fé que nos desperdiçamos eles fazem bom proveito e eles estão fortes e imortais e nós a mercê do mundo e das dificuldades.
Moro num pequeno apartamento perto da central do Brasil, que não tem mais relógio, por sinal, depois que as facções criminosas resolveram manter vínculos estreitos com as organizações terroristas do oriente médio, eles aprenderam a explodir as coisas. Estamos no terceiro prefeito em seis meses, é um ótimo numero levando em consideração o ano passado, estou otimista.
Noite de sábado, 19h10minh, uma amiga de longa data me convidou para almoçar com ela e alguns dos nossos amigos, mas, como sempre eu não pude ir, estava muito ocupado sonhando com o fim da existência em todos os graus, padrões dimensionais e energéticos. Ela me ligou muito aborrecida como sempre, dizendo que precisa conversar comigo sobre assuntos espirituais, odeio essa parte das nossas conversas, pois eu não posso dar as costas e sair andando como sempre faço com a maioria das pessoas que tentam entrar nesse assunto comigo pelo simples fato dela ser minha grande amiga, praticamente uma irmã. Ela me pergunta se eu quero sair com ela, pra conversar, coisas de amigos. Lapa as 22h00min, eu aceitei, foi uma feliz surpresa pra ela, que me esperaria em frente à Boate Moon, ambiente rock popular aos admiradores do gênero musical. Estou pensando seriamente na possibilidade de não ir ao encontro marcado com ela, tenho tantas coisas para pensar, estou numa fase pouco inspiradora, nenhum otário se envolveu com magia esse mês, sempre tem um desse tipo para arrancar dinheiro, na maioria das vezes são coisas simples, algum tipo de sacrifício sempre resolve a brincadeira, ou quando a figura em questão é um velho conhecido meu, uma conversa basta. Eu adoro os demônios, eles sabem viver a vida, nunca acreditei nas estórias bíblicas, baboseiras sem sentido, são espíritos humanos bem antigos, já ouvi falar de contatos de seres humanos atualmente com demônios de procedência pré-diluviana, Alguns admitem serem antigos sacerdotes atlantes, ou meros animais daquela época, vai entender o que leva esses tipos de seres chegarem ao extremo da polaridade negativa.
21h00min; Vitoria me liga, ordenando que eu me arrume imediatamente, digo que estou me arrumando, mas na verdade nem sai da cama ainda, invento uma desculpa sobre algo relacionado a uma doença viral, ela não acredita. Ela usa de chantagem emocional lembrando da época que eu era o amigo sempre presente, ligava altas horas da madrugada, para falar sobre sonhos e visões, experiências sobrenaturais, dos finais de semana onde minha mãe viaja e fazíamos nossos rituais, e brincadeiras mágicas. Não tenho saudades nenhuma daquela época, mas, por ela eu vou sair da minha casa.
È difícil pensar sobre assuntos espirituais tive quase uma dezena de religiões, me envolvi com uma infinidade de cultos e praticas mágicas diferentes, nada me preencheu, às vezes sentia uma ligação com uma determinada energia, Divindade, espírito, mas nada demais, sempre seguia em frente, sofrendo as conseqüências do meu caminho e as reações adversas. Nunca temi nada, nunca abaixei minha cabeça, me senti inferior a algo, sempre estive consciente, às vezes não, tinha meus transes absurdos e suspeitos, até por mim mesmo. No começo tinha a total convicção que tudo era fruto da minha imaginação fértil, era um efeito poltergeist ou coisa do gênero. A magia tem seus mistérios, Os Deuses suas excentricidades, penso em tudo isso andando em direção ao meu destino, encontrar Vitoria, Alta Sacerdotisa de uma ordem dedicada a Deusa trivia, Hecate. Eu prefiro chamar de vovó, é uma velha maneira, uma Deusa feiticeira, já não se basta o fato de ser uma divindade, tinha que ser bruxa. Na época que eu praticava bruxaria, minha devoção e foco ao Divino, era para a Deusa Suméria Lilith, Deusa da noite, misteriosa Lilith de longos cabelos alvos, me fascinava, uma fagulha de sua energia já me inebriava estado de êxtase, na maioria das vezes me fazia muito mal a sua presença, me devorava , me beijava, era a sensação de prazer misturado com desespero, parecia um turbilhão de sentimentos, ainda a amo, admito, como uma mãe...
Tentando achar roupas limpas acabei me deparando com algumas coisas no meu armário, fragmentos do passado, não me atrevo a tentar montar, não quero lembrar, é agonizante, me traz magoa, ódio, raiva transborda pelos meus olhos. Criei um ressentimento muito grande por muitas coisas acontecidas, optei pelo esquecimento, pela morte do meu espírito, ser um homem sem alma é minha vontade.
22h10min; Chego à frente da boate e me deparo com a previsível surpresa. Vitoria Sóror Gaia e meu antigo companheiro de muitos rituais, Gora. Eles estão meio espantados com a minha estética, para alguém outrora tão vaidoso, não compreendem meu estado, barba, cabelos emaranhados, pelo menos estou de banho tomado e roupas limpas de tecido pesado, incomum para o calor que faz nessa época do ano, ultimamente tenho sentido muito frio, um frio sobrenatural, rs. Minutos de reencontro já perguntam sobre meu estado, onde estou morando, como eu estou como vai meu espírito, respondo o de sempre: Ainda dentro do meu corpo, RS, fomos para um bar bem escondido, onde rokeiros, satanistas, pagãos ,se encontram, há muito tempo eu apelidei o mesmo de “Escuridão” e pegou, até hoje denominam o local assim. Vitoria escolheu este lugar, já presumo que o assunto vai ser bem acentuado para questões ocultistas, pelo simples fato que tirar um livro negro da bolsa com símbolos estranhos e colocar sobre a mesa, você não é conotado como um herege adorador do demônio, somente como mais um bruxo, ou feiticeiro entre muitos no atual mundo onde vivemos nossas vidas lastimáveis.
Chegamos à porta do escuridão, uma fila mediana está formada, tem anos que eu não veio neste lugar, de um bar num beco escuro, se tornou uma espécie de boate dark ou coisa parecida. Gorach, pelo jeito está familiarizado com o local, bastante gente o cumprimenta, não reconheço ninguém. Estou calado como sempre e Gaia animadíssima como sempre, estou com uma vontade absurda de ir embora, Vitoria vê isso em meus olhos, eu vejo nos olhos dela o desejo da minha permanência. Depois de eternos vinte minutos na fila conseguimos entrar no recinto, mudou muito, mais amplo e aconchegante, com pista de dança e uma área vip no final do longo salão, sinto uma presença familiar no local, me abstraio da sensação. Recosto-me no bar modelo americano e deixo bem claro aos meus caros amigos que não tenho dinheiro e quero beber bastante.
Vitoria:
- Você sabe como ficamos chateados com o seu sumiço, tem idéia do quanto preocupados estávamos até ainda há pouco?
- Na verdade ainda estou preocupada com você Carlos.
Eu:
Nunca deixei de atender suas ligações. A solidão foi necessária para minha evolução pessoal.
Vitoria:
- Você chama seu estado atual de evolução? O que aconteceu Carlos?

Esse tipo de conversa cheia de perguntas já é praxe em nossos encontros, costumo sempre contornar as perguntas com respostas lógicas sem muito aprofundamento no meu cotidiano.
Pergunto a Vitoria:
Não é o que aconteceu, é o que está acontecendo, porque tanta preocupação? Depois do seu primeiro casamento, o vinculo entre nós não foi, mas o mesmo. Subitamente depois que foi elevada ao cargo de alta sacerdotisa foi inundada com um sentimento de resgate e remorso pela negligencia social aos amigos. Minha cara amiga, meu estado é o reflexo do mundo onde eu vivo simples, suspeito e psicótico.
Ela se cala e fica profundamente triste com minhas fortes palavras, tentando se esconder atrás de uma pilha de copos de tequila. É difícil conviver com uma grande e fiel amiga que simplesmente abandona seus irmãos de coração por cada aventura sentimental que ela encontra em seu destino, sua Deusa ancestral com certeza a alertou sobre essa conduta.
Ficamos em pé conversando e jogando um nos outros nossas falhas. Em um momento de silêncio entre nós, olho ao redor e vejo a infinidade de estilos de vida integrados a sistemas mágicos, é interessante esse novo conceito de sub-cultura, Já tinha visto isso no meu tempo mais era bem precoce, não tinha essa proporção que consigo ver nesse momento. Na mesa que se encontra nas minhas costas, um grupo de mulheres com fortes maquiagens e muito dourando nas roupas e jóias, três delas com gatos de pedigree em seus colos, são feministas pagãs denominadas Garras de Bastet, Antiga Deusa egípcia da fertilidade. Muitos outros subgrupos se misturam nesse ambiente, pagãos de todas as formas e cultos. Neo-nazistas odinistas e muitos outros, pessoalmente vêem simples estética em meio a pouca magia, foi a assim no passado, é assim na atualidade.
Muitos acontecimentos desencadearam a criação de grupos, primeiro o simples fato que andar sozinho nas ruas, no andar da carruagem é loucura e o que uniu as pessoas com o misticismo foi a perca da esperança mundial no cristianismo, era fato consumado o reconectar dos seres humanos com as crenças pagãs. O ser humano é sempre assim, abraça um ideal depois vê as vantagens do outro, abandona e o segue, como um circo vicioso, não é a ultima nem a primeira vez que acontece.