terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O culto aos mortos :




Desde os mais remotos tempos, deram estas crenças lugar a regras de conduta. Como, entre os antigos, o morto necessitasse de alimento e de bebida, concebeu-se ser dever dos vivos satisfazer-lhe esta sua necessidade. O cuidado de levar aos mortos os alimentos não foi relegado ao capricho ou aos sentimentos variáveis dos homens; foi obrigatório. Assim se estabeleceu uma verdadeira religião da morte, cujos dogmas logo desapareceram, perdurando, no entanto, os seus rituais até o triunfo do cristianismo.

Os mortos eram considerados criaturas sagradas (1). Os antigos davam-lhes os epítetos mais venerandos que encontravam no seu vocabulário: chamavam-nos bons, santos, bem-aventurados (2). Dedicavam-lhes quantas venerações o homem pode dedicar à divindade que ama ou teme. Para o seu pensamento cada morto era um deus (3). Esta espécie de apoteose não era apanágio dos grandes homens; entre os mortos não havia distinção de pessoas. Cícero diz-nos: "Os nossos antepassados quiseram que os homens que deixassem de viver fossem contados entre os deuses (4) . Não era mesmo necessário ter sido homem virtuoso; tanto era deus o
mau como o homem de bem; somente o mau continuaria na sua segunda existência com todas as suas más inclinações já reveladas durante a sua primeira vida (5).

Os gregos davam de boa mente aos mortos o nome de deuses subterrâneos. Em Esquilo, um filho invoca seu falecido pai com estas palavras: "ó tu que és um deus sob á terra". Eurípides, falando de Alceste, acrescenta: "Junto do teu túmulo o viandante parará e dirá: Aqui vive agora uma divindade ditosa" (6) . Os romanos davam aos mortos o nome de deuses manes. Prestai aos deuses manes todas as honras que lhes são devidas, diz Cícero, são homens que abandonaram esta vida terrena; reverenciai-os como criaturas divinas" (7).

As sepulturas eram os templos dessas divindades. Por isso tinham a inscrição sacramental Diz Manibus. O deus permanecia encerrado no seu túmulo, Manesque sepulti, no dizer de Virgílio (8). Diante da sepultura havia um altar para os sacrifícios igual ao que há em frente dos templos dos deuses (9).

Achamos o culto dos mortos entre os helenos, os latinos, os sabinos (10) e entre os etruscos; encontramo-lo também entre os árias da índia. Os hinos do Rig-Veda fazem-lhe referências. O livro das leis de Manu menciona este culto para no-lo apresentar como o mais antigo culto professado pelos homens. Viu-se já neste livro como a idéia da metempsicose não tomou conhecimento desta velha crença; e, apesar de a religião de Brama já anteriormente estar estabelecida, contudo, sob o culto desta religião como sob a doutrina da metempsicose, subsiste ainda viva e indestrutível a religião das almas dos ancestrais a forçar o redator das leis de Manu a levá-la em consideração e a admitir ainda suas prescrições no livro sagrado. Não é singularidade menor deste livro tão esquisito conservar as regras relativas às antigas crenças, sendo evidentemente redigido numa época em que já prevalecem crenças inteiramente opostas. Isto nos prova que, se é necessário muito tempo para as crenças humanas evoluírem, ainda muito mais tempo se torna necessário para as práticas exteriores e as leis se transformarem. Mesmo em nossos dias, depois de tantos séculos passados e de tantas revoluções, os hindus continuam fazendo as suas oferendas aos ancestrais. Essas idéias e esses rituais são o que de mais antigo encontramos na raça indo-européia, sendo também o que ali apresentaram de mais persistente.

0 culto na índia era o mesmo que na Grécia e na Itália. O hindu devia oferecer aos manes o alimento denominado sraddha. "Que o chefe da casa faça o sraddha com arroz, leite, raízes e frutos, a fim de conseguir a benevolência dos manes. O hindu acreditava que, quando oferecia o repasto fúnebre, os manes dos ancestrais vinham sentar-se ao seu lado e aqui comiam o alimento que lhes era oferecido. Acreditava ainda que esta refeição proporcionava aos mortos grata alegria: "Quando o sraddha é oferecido segundo os rituais, os ancestrais daquele que oferece o repasto experimentam uma sensação inalterável" (11).

Desta sorte, em sua origem, os árias(*) do Oriente pensaram como os do Ocidente, em relação ao mistério do seu destino para além da morte. Antes de crerem na metempsicose, que supuseram distinção absoluta existente entre a alma e o corpo, acreditaram na vaga e indecisa existência da criatura humana, invisível mas não imaterial, exigindo dos mortais alimento e bebida.

O hindu, como o grego, encarava os mortos como seres divinos que gozavam de uma existência bem-aventurada. Contudo era necessário preencher-se uma condição indispensável para sua felicidade; era imprescindível que em tempos oportunos os vivos lhes trouxessem suas oferendas. Quando se deixasse de trazer o sraddha ao morto, a alma desse morto deixava a pacífica morada, e tornava-se alma errante, atormentando os, vivos; destarte, se os manes eram verdadeiramente deuses, eram-no tão-somente enquanto os vivos os venerassem com o seu culto (12).

Eram exatamente estas as opiniões a tal respeito formuladas tanto por gregos como por romanos. Ao deixarem de oferecer aos mortos o repasto fúnebre, deixavam estes seus túmulos; como sombras errantes, ouviam-nos gemer pela calada da noite silenciosa. Censuravam os vivos por sua negligência ímpia; procuravam puni-los enviando-lhes doenças ou castigava-nos com a esterilidade da terra. Enfim, não davam descanso aos vivos até o dia em que se restabelecessem os repastos fúnebres (13), O sacrifício, a oferenda de alimentos e a libação faziam-nos voltar ao túmulo e proporcionavam-lhes o repouso e os atributos divinos. O homem estava então em paz com os seus mortos (14).

Se o morto cujo culto se descurara tornava-se uma criatura malfazeja, um outro que se honrava era sempre um deus tutelar que amava aqueles que lhe ofereciam alimentos. Para protegê-los, continuava a tomar parte nos negócios humanos, neles desempenhava com freqüência o seu papel. Embora morto, sabia ser forte e ativo. Dirigiam-lhes súplicas, pedindo-lhe seu auxílio e os seus favores. Quando se encontrava algum túmulo parava-se e dizia-se: "Tu, que és um deus sob a terra, seja-me propício" (15).
Podemos avaliar o poder atribuído pelos antigos aos mortos, por esta prece dirigida por Electra aos manes de seu pai: "Tende piedade de mim e de meu irmão Orestes; fazei-o voltar a este país; atende a minha súplica, ó meu pai; atende os meus votos recebendo as minhas libações". Esses deuses poderosos não proporcionam apenas bens materiais; porque Electra acrescenta: "Dai-me um coração mais puro do que o de minha mãe, e mãos mais cândidas do que as suas" (16). Do mesmo modo, o hindu pede aos manes 'que aumente em sua família o número de homens de bem e se lhes conceda multo para ofertarem'.
As almas humanas divinizadas pela morte os gregos denominavam-nas demônios(**) ou heróis (17). Os latinos denominavam-nas de lares, manes. (18), gênios. "Os nossos ancestrais creram, diz Apuleio, que os manes, quando malfazejos, deviam ser denominados de larvas, reservando-se-lhes o nome de lares só para os benfazejos e propícios (19). lê-se noutra parte: Gênio ou lar é o mesmo ser: assim o creram os nossos antepassados" (20) ; e em Cícero vem: Aqueles que os gregos chamam demônios, damo-lhes o nome de lares (21).
Essa religião dos mortos parece ter sido a mais antiga que existiu entre estes povos. Antes de conceber e de adorar Indra ou Zeus, o homem adorou os seus mortos; teve-lhes medo e dirigiu-lhes súplica. Parece que o sentimento religioso do homem tenha tido origem com este culto. Foi, talvez, à vista da morte que o homem teve pela primeira vez a Idéia do sobrenatural e quis confiar em coisas que ultrapassavam a visão de seus olhos. A morte teria sido o primeiro mistério, colocando o homem no caminho de outros mistérios. Elevou o seu pensamento do visível ao invisível, do passageiro ao eterno, do humano ao divino. ("A Cidade Antiga" de Fustel de Coulanges)

(*) Hoje os chamamos de Indo europeus
(**) Daemons
(1) Plutarco, Sólon, 21.
(2) Aristóteles citado por Plutarco, Quest. rom., 52; grecg., 5, Esquilo. COM., 475.
(3) Eurípides, Fenle., 1.321. - Odisséia, X, 526: - Esquilo, COM., 475: "ó bem-aventurados os que habitais sob a terra. OUVI a minha invocação; vinde em socorro de vossos filhos e dai-lhes a vitória". - E em virtude dessa idéia que Virgílio chama por seu pai morte de Senste parens, dlvinus parens; Virgílio. En., V, 80; v, 47. Plutarco. Quest. rom., 14. - Cornélio Nepote, Fragor, Xll: Parantebis miei et Invocabis deurn parentem
(4) Cícero, De legibus li, 22.
(5) Santo Agostinho, Cidade de Deus, VIII. 26; ,'C, ll.
(6) Eurípides, Apeste, 1.015.
(7) Cícero. De legibus, li, 9. Varrão, em Santo Agostinho, Cidade de Deus, Vil], 26.
(8) Virgílio En.. IV, 34.
(9) Eurípides. Troiana,, 96. Electra, 505-510. - Virgílio, En., VI, 177: Aramque te. pulcri; 111, 63: ~ Manibus arae; 111, 305. Et geminas, causam lacrlmls, sacraverat aras; V, 48; Divini ossa parentia condimus terra maetasque Isacravimus aras o gramático Nónio Marcelo diz que os antigos chamavam templo ao sepulcro e realmente encontramos em Virgílio o vocábulo templum como designando o túmulo ou cenotáfio por Dido erigido e seu esposo ( Eneída IV, 457). - Plutarco, Quest ~, 14: Continuou a chamar-se ara pedra erigida sobre o túmulo (Suetônio, Nero, 50). Esta palavra é aplicada nas Inscrições fúnebres, Orelli n? 4.521, 4.522, 4.826.
(10) Varrão. De língua latina. V, 74.
(11)Leia de Manu, 1, 95; III, 82, 122, 127, 146. 189, 274.
(12) Esse culto tributado aos mortos exprimia-se em grego pelas palavras enaghízo, enaghismós. Pólux, VIII, 91; Heródoto, I. 167. Aristides, 21; Catão, 15; Pausânias, IX, 13, 3. A palavra enaghízo designava os sacrifícios oferecidos aos mortos; thyo os oferecidos aos deuses do céu: esta diferença acentua-se em Pausânias, li, 10. I, e no escoliaste de Eurípides, Fenic., 28. Cf. Plutarco Quest rum., 34.
(13) Vide em Heródoto, 1, 167, a história das acmes dos fócios que assustaram um pais Inteiro, até se lhes dedicar um aniversário de morte; multas outras histórias semelhantes se encontram em Heródoto e em Pausânias, VI. 6. 7. Do mesmo modo, em Esquilo, Clitemnestra, advertida de que os manes de Agaménon estavam Irritados com ela, apresse-se em anular-lhes alimentos ao seu túmulo. Vida também a lenda romena que Ovídio nos narra, Fastos, 11, 549-556: 'Tendo-se, certo dia, esquecido o dever de Parsntalla, as almas deixaram os túmulos e viram-nas correr gritando peles ruas de cidade e pelos campos tio Lácío até que os sacrifícios as obrigaram e voltar 8a suas sepulturas". Cf, a história que noa narre ainda Plínio, o Moço. Vil, 27.
(14) Ovídio, Fast., 11, 518: Animas placate paternas. - Virgílio, Em., VI, 379: Osu piabunt st statuant tumulum et tumulo solemnia mlttsnt. - Comparar o grego hiláskomai (Pausânias, VI, 6. 8). - Tito Livio, I, 20: Junta funebria placar,~ manes.
(15) Eurípides, Alceste, 1.004 (1016). - *Crê-se que quando não temos nenhum
(16) Esquilo. COM., 122-145.
(17) E possível fosse o sentido original do termo héros o de homem morto. A linguagem das Inscrições, exprimindo-se no vulgo e sendo, ao mesmo tempo, aquela em que o sentido das palavras se conserva por meta tempo emprega algumas vezes héros com a significação natural que nós atribuímos à palavra defunto. Boeckh, Corp. inscr. n . 1.6'29, 1.723, 1.781. 1.782. 1.784. 1.788. 1.789, 3.398; F. Lebas, Monum. de Moréia. P. 205. Vide Teógnio, ed. Welcker, V, 513, e Pausânias, VI, 8, 9. Os tebanos empregavam uma velha expressão com o significado de morrer, héros ghónesthal (Aristóteles, frag., ed. Heitz, t. IV, p 280; Cr. Plutarco, Proverb. galhos Alex. uni sunt. e. 47). - Os gregos devam também à alma do morto o nome de dálmon. Eurípides, Alceste, 1.140 e escoltastes. Esqui. lo, Persas, 6'20. Pausânias, VI, 8.
(18) Manes Vlrginae (Tifo Lívio, lll 58). Manas contagia (Virgílio, VI. 119). Pauis anchidae Manas (ia., X, 534), Manes Hectoris (Id., lll 303). Dia Manibus Martialis Diz Manibus Acutiae Orelli n .-s 4.440, 4.441, 4.447, 4.459, etc.). Valerii deos manas (Tifo Livro. lll t9).
(19) Apuléio. De dão Socratis. Servio, ad Eneid., 111, 63.
(20) Censorinus, De dia natali, 3.
(21) Cícero, Timeu II. - Dionisio de Halicarnasso traduz Lar familiaris por Kát okían héros (Antlq. rom., IV, 2).


 ( Cezar Drake)


Fonte : https://www.facebook.com/odragaoeseuslabirintos

Daemons e Gênios onde tudo começa : (Parte I)




Para as religiões indo-europeias o valor máximo está na trindade. Nas religiões antigas da Europa ocidental a trindade é a supremacia para encabeçar os panteões. Junto aos gregos eram duas trindades, os crônidas, comandavam o mundo, Zeus , Posídon e Hades, e a Feminina Hera, Deméter e Héstia. Entre os Romanos a Tríade Capitolina Formada por Júpiter, Juno e Minerva. Entre os celtas e germanos os registros das trindades se perderam, mas víamos a triplicidade entre deusas e deuses.

A trindade era tão forte para os povos que vieram dos Indo-europeus que para a aceitação do cristianismo pelos europeus foi criada a Trindade Cristã Pai, filho e Espírito Santo.
Para nós humanos existia também uma trindade, segundo os gregos éramos formados por Corpo Alma e Daemon, para os romanos Gênios (pronuncia-se Guenios). Esta divisão do ser humano permaneceu até o cristianismo primitivo, onde o Paulo descrevia o ser humano como Corpo Alma e Espírito, depois foi alterado, mas ainda podemos encontrar isto nas epístolas de Paulo, no novo testamento.

Assim, temos o Corpo, a matéria, carne e osso, a Alma, Anima a nossa parte divina e o Gênio, afinal quem ou o que é este tal de gênio, ou espírito como chamou Paulo?
Para os antigos europeus, como bem explicavam os romanos: “tudo que nasce tem gênio, tudo que se cria tem gênio”.
Deuses tem gênios, pessoas tem gênios, cidades tem gênios, templos e edifícios também os tem. Ao contrario do que pode parecer, o nome Gênio, nada tem haver com a “genialidade”, mas sim, com genialis lectus, ou a cama de casal, leito nupcial ou seja o gênio está te acompanhando desde nossa concepção. Uma semente da divindade universal, que os romanos chamavam Nume.

Segundo o atual dicionário Houais é espírito que, segundo os antigos, regia o destino de um indivíduo, de um lugar etc., ou que se supunha dominar um elemento da natureza, ou inspirar as artes, as paixões, os vícios etc.

O imperador Juliano, O Apóstata, Dirigiu Roma (361 - 363) Buscando restaurar os Cultus Deorum Romanorum, sem sucesso. Em seus relatos conta as longas conversas que ele tinha com o Daemon da cidade de Roma, que previam a queda da cidade em breve, caso não fossem restaurados os antigos deuses. Mostrando como os Daemons e Gênios eram uma realidade no mundo antigo.

Poderia falar muito mais e o falarei caso haja interesse de vocês saberem mais do assunto, mas por hora preciso falar um pouco na influencia e da importância do Daemon ou Gênio na vida dos humanos e nas religiões pagãs.

Devo alertá-los, que Gênios ou Daemon, nada tem com os demônios cristãos, e que na verdade os demônios cristãos só herdaram destes seres benfazejos o nome e nada mais assim como o Diabo, o chefe dos demônios herdou de Pan, apenas a aparência. Os Daemons em suas funções dentro do paganismo estão mais para os “Anjos da Guarda” cristãos do que para algo do mal.

Como vocês verão a seguir, os Daemons e Gênios São gerados, nascem e vivem conosco até a nossa morte. Posso adiantar que sem os Gênios e Daemons, não existem contato dom as divindades, já que estes são quem nos ligam a eles...

( Cezar Drake )  


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ego é tudo. Ego é nada :

  






  No decorrer da minha historia como pesquisador de métodos e práticas ocultistas, eu encontrei uma vasta gama de sistemas que introduzem conceitos e  práticas mentais, apoiando-se na psicanálise com alta influência  filosófica oriental, encontradas nas doutrinas do Budismo e  Hinduísmo, por exemplo. Crenças que valorizaram as questões da mente desde os seus primórdios, priorizando primariamente tais formas de interagir e interpretar a realidade humana, toda essa  mistura gerou inúmeras linhas de pensamentos dentro de vertentes mágicas e sistemas que através dessas questões, definiram retas ideológicas, é interessante observar que muitos sistemas mágicos possuem características arquetípicas voltadas a critérios altamente céticos como o estudo do comportamento humano e conscientemente e/ou incoscientemente sintetizam pilares fundamentais nisso.  





 O termo Ego é o rei supremo dentro das linhas de prática e discussão sobre a mente e sua atuação no quesito Magia e Misticismo, encontramos um aglomerado colossal de interpretações dos conceitos psicológicos nesse tema, usados como  definições concretas em relação a intenção evolutiva dos mais variados tipos de caminhantes em sendas mágicas e místicas através desse universo maldito e  completamente maculado pela relatividade irritante, cruel e indiferente.  Dentro desse blá blá blá psico-mágico, onde muitos procuram inflar e sustentar suas convicções, existe uma complicação generalizada, pois, nos enxergamos claramente a atuação de morais fundamentadas através de conceitos metodológicos pessoais e/ou coletivos oriundos de suas ideias estimuladas por linhas conceituais, agora, nessa balburdia psicanalística, quem estaria certo ? 







 
Alguns afirmam com veemência que a dissolução do Ego ( Estado transitório da razão consciente e inconsciente ) é um caminho  de destruição/transformação / alquimia  da pseudo-realidade pessoal, assim, permitindo a interação mental do ser humano com sua essência mental incorrruptível, abrindo portas para esses estados de consciência mais profundos ou elevados, dependendo da linha de raciocínio e influência das crenças,filosóficas integradas a conformação psicológica das pessoas. Observando comportamentos gerais e muitos textos sobre o tema, encontramos o Id como o estado mental suprassumo de muitas vias sistêmicas, considerado como a antítese do Ego, todos olham para ele como se estivessem com a pedra filosofal enfiada nas profundezas da mente inconsciente e a penetração nesses reinos fossem o estado mais elevado de conquista que todos poderiam almejar, parece que a destruição de Ego, pra muitos,  resultaria num "Psico-Loop" levando-os para o reino animalesco interno onde lutaria com todas as suas realidades nefastas para conquistar a coroa imperial dos dêmonios pessoais, posteriormente voltando para sua realidade como um ser imponente e cheio de cicatrizes, conquistador de si mesmo, uma espécie de " New Satanás sem os chifres", contudo, se não há mais a atuação do Ego ( Ilusório para alguns, necessários para outros ) nos encontramos num paradoxo estático, onde tudo voltaria para o zero e você simplesmente teria que recomeçar sua vida amnética ou continuar lutando com sua realidade psico-jurássica enquanto enfermeiros e psiquíatras  estão cuidando do seu corpo em surto, enchendo seu organismo de anti-psicóticos. 








 Sabemos através da psicanálise que o Ego derivou-se do Id e interage com o mesmo, pois, a razão é sintetizada através das experiências e assimilações da realidade, contudo, também há sua parte intocável provinda do âmago selvagem da mente, integrando o Superego nessa história, encontramos a Trindade Mental absoluta num grande ciclo harmônico e caótico dependendo das necessidades alquímicas da mente, até por que, nem só de paz vive o homem, necessitamos de períodos críticos e tempestuosos para decompor, destruir e transformar idéias nessa tortuosa trama que é a vivência dos fatores mentais e suas influências em vários estados de nossa realidade multiversal. Fatores morais são profundamente ligados com o Superego : Ele é aquele velho arrogante que sabe de tudo e sempre está dando conselhos restritivos e quando tudo dá errado, ele também é aquela voz dizendo : Eu avisei ! Garantindo que você não faça nenhuma asneira e ponha em risco sua capacidade evolutiva, embora, o mesmo também funcione como um adverssário notável, conformando sua consciência num estado estático de realidade, senhor do moralismo, atuando como o único pai severo que vai continuar implicando com suas roupas, maneiras de agir até o ultimo momento da sua vida. 





A palavra dissolução é o conceito central que é utilizado por todos nessa "reta", bem, estou cansado de escrever e o meu Superego está enchendo o saco querendo escrever, então vai lá : 



" Pega a palavra dissolução e faz a desgraça de uma pesquisa comparativa em concordância cronológica, buscando a resposta em conformidade conceitual, pois, muitos utilizam dessa palavra dentro do assunto, sob uma ótica diferente, assim, ferindo o conceito geral da questão! E não diga que eu não avisei." 




Conclusivamente, creio que a "dissolução" do Ego seja uma ação constante e cíclica da nossa realidade, completamente necessária para a perpetuação da nossa evolutividade e transformação das idéias como um todo, com a finalidade primordial de sempre progredir, pois, as questões da vida externa e internas estão constantemente sendo alteradas, mutadas para permitir a evolução do ser humano em conformidade com o Todo, tudo nessa desgrama de Universo muda, vibra e se transforma e nossa mente não se afasta dessa regra, então, em vez de procurar um estado vegetativo, busque a renovação, um caminho árduo e totalmente edificante dentro do quesito Magia e Misticismo, ninguém é o senhor da razão, tudo é contraditório e dual, podemos encontrar diversas formas de pensar sobre a mesma coisa, contudo, o mais importante é você seguir em frente, buscando sua  forma pessoal, irrestrita de conceitos exteriores, sua pureza mental está na compreensão da sua realizade psíquica, não na destruição consciente da mesma, até porque, mentes não estão a venda, é insubstituível .


 Id'Ego'Superego-mente : Coney Quantic ... ( Nop Nop ) 



"Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de Universo, é uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiencia a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto - uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por umas poucas pessoas próximas. Nossa tarefa deve ser a de nos libertarmos dessa prisão alargando nossos círculos de compaixão para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza em sua beleza. Ninguém pode conseguir isso totalmente, mas a luta para a realização desta façanha, em simesma, é parte da libertação e base da segurança interior." 

 ( Albert Einstein  ) 

Obs : Acho que ele escreveu isso antes de idealizar a tal reação atômica / Booommmm  xD ... 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dimensões paralelas : As fendas entre os mundos ...











  Nexus/ Nexions são fendas trans-dimensionais, rupturas no tecido metafísico da realidade ligando planos através de uma estruturação energética neutra e "totipotente", são parte recorrente do desenvolvimento das múltiplas realidades sem distinção polar ou qualquer restrição existencial, alguns estudos apontam a origem cíclica dessas fendas oriundas da expansão do tecido exoesqueletal que sustenta e liga as esferas multi-versais  de maneira sub-atômica. O tecido exoesqueletal  tecnicamente é o corpo estrutural das dimensões, a sustentação do espaço-tempo em termos metafísicos, sua atuação não possui limitações dimensionais, pois, sua estrutura age  e se prolifera por canais ínferos entre os planos, expandindo-se por  poros de ligamento e proporcionando a comunicação entre as realidades, atuando como um sistema nervoso colossal armazenando, captando e enviando informações referentes a realidade e promovendo o mesmo ato em níveis vibracionais mais brandos entre as condições existenciais paralelas.








 O termo Nexus/ Nexion nesse contexto, surge na necessidade de comunicação, interferência e comunhão a nível acentuado entre duas ou mais realidades, o comportamento de comunicação multi-versal é um processo "natural", contudo, como qualquer fator, podem ocorrer instâncias  adversas, necessitando de uma interação mais expressiva e necessária para o equilíbrio sináptico multi-cósmico , assim, o próprio tecido da realidade promove a fenda, devido a perfusão energética a níveis alarmantes, promovendo uma reação de ondas informativas processadas sob forma energética e projetada pelas fissuras, formando um acúmulo de potência primordial no intervalo límbico entre as conformações físicas paralelas, criando um espaço acausal, nas mesmas condições sub-atômicas dos poros, mas, numa mega-proporção em comparação ao mesmo,  ocasionado por uma reação sub-atômica, chegando a níveis catastróficos inimagináveis, rompendo e formando uma estrutura fora dos padrões e limitações criteriosas da ordem cósmica, proporcionando um "ambiente" marginal de ligação entre os planos, usado por consciências/entidades/forças que se desprenderam dos grilhões sensoriais para conferências e viagens  a planos diversos, sejam eles físicos, oníricos, psíquicos, astrais, espirituais, etéreos, umbrais ou primitivos, uma esfera neutral entre as esferas. 







 Encontro uma vastidão informativa em relação a interação dos homens de hábitos mágicos e/ou místicos onde a sintetização de espaços mágicos pessoais em planos alternativos oriundos da extensão de sua própria realidade psíquica interna integra  parte de uma importante jornada quântica, pois, sua consciência, quando conectada a esse tipo de egregora sintética, poderá desenvolver a comunicação e comunhão com suas forças regentes ou requeridas de acentuada maneira  facilitada, em comparação àquele não possuidor da mesma construção, utilizando de sua própria evolução microcósmica para criar um Nexus/ Nexion pessoal, sua ponte dimensional particular, sendo o Eu Sou o grande regente dessa árdua e paradoxa missão. Devo salientar que, tal rede estrutural nervosa multi-versal constitui-se  de uma comunicação física e metafísica como parte de sua função Alfa e sua conformação estrutural não foge dessa comunicação e ligação sub-atômica, pois, a todo momento, tudo e todos estão trocando informações numa velocidade extremamente superior à luz, uma das ideias conceituais mais intrigantes nessa reta, é a dúvida e variadas questões promovidas por tais conhecimentos, onde, através de nossa compreensão e crítica nos perguntamos sobre nossa função nessa gama colossal sináptica que abrange não só a nossa realidade, como também, as existências paralelas do universo e de si mesmo, pensando sob essa ótica relativista obrigatoriamente imposta pela reflexão pessoal, podemos teorizar muitas possibilidades construtivas no engrandecimento pessoal, através de conhecimentos de forças, formas e realidades alternativas de si mesmo, desde Eu vivendo em dimensões imateriais,  desenvolvidos sob condições"morfológicas" com base numa evolução desprendida de conceitos físicos tridimensionais e sensoriais limitantes, até encontros com existências em planos que evoluíram através do entendimento extremo dos parâmetros empíricos, afirmo com veemência meus caros leitores e amantes da magia/misticismo :  


Comecem a jornada !!! 


 Imparcialmente : Zoran Mur 




terça-feira, 11 de novembro de 2014

Dragões : Os antigos Reis dos Céus...

  














 Dragões são criaturas encontradas em praticamente todas as culturas da terra, míticos seres entranhados aos elementos numa comunhão mágica, onde seus poderes são parte do próprio ciclo das existências e  atuantes regentes das potências naturais e sobrenaturais, firmando sobre si, a figura imponente e dominadora, conhecedor dos mistérios da terra e do além, guardiões das preciosidades e segredos mágicos dessa realidade, ferozes defensores do equilíbrio ou renovadores do mesmo. Encontramos vários tipos de atuações entre essas criaturas espetaculares, donos de incríveis histórias  e fontes de puro poder mágico, onde audaciosos magos promoveram contratos com esses seres, potencializando suas capacidades e garantindo habilidades colossais.  







 Existem inúmeros contos enlaçando nossa origem com os Dragões, colocando-os num patamar Pré-causal ou existentes nos primórdios da realidade física, sendo uma das primeiras raças a pertencer a esse plano, possuindo uma longevidade aos níveis da imortalidade numa vivência pacífica e um extremo de equilíbrio entre eles e a existência, praticamente unos aos princípios energéticos que eles estão unificados, dominando tais propriedades para cumprir seus intuitos no ciclo da vida.  Por muitas vezes, nos deparamos com essas criaturas fantásticas, sendo os representantes de renovações Eonicas caracterizadas pelo despertar dos Dragões e sua fúria implacável em relação a natureza em algum risco iminente, provocando alterações dos princípios naturais em atividades transversais cataclísmicas, buscando a destruição de uma realidade sem possibilidades existenciais, iniciando uma nova era sob os escombros da outra, transmutando toda a energia e consequente matéria para mais uma chance de evolução dos seus habitantes. 





 Os grandes répteis alados são colocados em vários patamares durante a historia humana, desde guardiões de tesouros e almas imperiais, até honráveis e impiedosos Deuses das Tempestades e outros tipos de padrões ambientais destrutivos e renovadores. O pontos mais interessantes dentro de todo o contexto citado, é sua grande atuação espiritual, muitos mitos afirmam a origem dos Dragões, como seres pertencentes a outras realidades/dimensões, são Reis dos planos espirituais mais profundos, detentores e conhecedores dos mistérios do passado sombrio do cosmos e habilidosos caminhantes entre os caminhos tortuosos da múltipla realidade a nossa volta.  





 É muito interessante vagar  entre os meandros misteriosos que envolvem as trilhas do conhecimento sobre esses seres majestosos, é espantoso como muitas culturas diferentes falam sobre os mesmos contos envolvendo esses seres de maneira tal concreta e embasa,  realidades separadas continentalmente e ainda assim,  as míticas serpentes aladas continuam a vagar pela realidade mística/mágica e fabulista de diversas culturas primitivas e modernas, abusando da resistência cronológica e sobrevivendo a milênios de adaptações, corrupções e destrutividade mágica e imaginativa.


              Dragões em todos os cantos : 

Os Dragões da Amazônia : 


 Existem relatos milenares de antigas tribos de hábitos espiritualistas, habitantes do coração da floresta Amazônica, sobre a existência desses fascinantes seres que transitam entre os planos e esferas de consciência capazes de ser igualmente percorrida pelos mestres das matas : Pajés  do coração Amazônico e os Xamãs do Alto florestal Andino,  localidade onde a tribo que mais expressa tais lendas, falam em seus ritos e historias, sobre esses seres fantásticos  expulsos de sua realidade estelar, acarretando sua fatídica  queda para a este mundo.   Os Xamãs anciãos da tribo Conibo denominavam esses seres como : " Os morcegos gigantes.", pois, em sua linguagem, não há palavra que defina o termo Dragão, logo, eles utilizaram da nomenclatura animal que mais se aproximaria da iconografia dos seres. Em seus contos, passados oralmente por seus ancestrais, é dito  que os " Morcegos Gigantes." são os  verdadeiros Senhores das trevas exteriores ( Espaço/Vácuo)  e lutaram contra uma civilização opositora do reinado dos Dragões, esses outros seres eram conhecidos pelos antigos Xamãs como os Homem-aves, pois, esses seres, são vistos como humanos de cor alva com asas penosas, muitos evangelistas e especialistas em antropologia ficaram fascinados com os mitos e as comprovações da autenticidade cronológica milenar das informações, pois, o mesmo povo preserva os desenhos de seus ancestrais, talhados nas pedras dos Andes e considerados como uma memória sagrada da alma central dos Conibos, os mesmos desenhos narram todas as informações sobre esses seres e a " guerra no céu escuro".  Os Senhores das trevas exteriores são agora seres entre-planos cativos a terra,  aprisionados pelos homens-aves a essa realidade e condenados a atuar nesse e nos outros planos dessa esfera. 






Os Dragões da Suméria : 







 Deuses pré-existenciais, os Dragões Sumerianos eram considerados a alta casta divina original, a própria Deus/a que deu origem a realidade física : Tiamat, era um Dragão hermafrodita que representava a soberania sobre todo o Caos e Ordem., depois de muitos conceitos e culturas adaptados através dos séculos, os dragões foram perdendo a forma de culto e rebaixados a posições hierárquicas menos expressivas e atuações  mais brandas,  apontados como defensores de templos, servos dos Deuses maiores e em alguns mitos, considerados como Deuses inconformistas, lutando pela soberania da realidade, tentando reaver o direito sanguíneo dos dragões, sobre o trono que um dia pertenceu a Tiamat. O mais interessante é a similaridade entre a versão Suméria e a Conibo, ambas os mitos, encontramos Dragões sendo rebaixados e banidos dos reinos celestes por seres hominídeos alados, encontramos uma similaridade gritante que podemos entender que as duas civilizações tiveram contatos com os mesmos seres em continentes diferentes. 



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A gênesis de Pazuzu.









Son Goku/Anzu/Pazuzu e a rota da seda .... 


A rede de 7.000 milhas da Rota da Seda uniu China, Ásia Central, Norte da Índia e os Impérios Parta(Arsácida/Persa/Ashkāniān) e Romano. Ele ligou o vale do rio Amarelo para o Mar Mediterrâneo e passou por lugares como as cidades Kansu e Sinkiang, na China  e as terras que hoje são os atuais  Irã, Iraque e Síria. Em 760 AD, durante a dinastia T'ang , o comércio ao longo da Rota da Seda tinha declinado. É substancialmente revivido sob a dinastia Sung nos séculos XI e XII, quando a China se tornou em grande parte dependente de seu comércio de seda. Além disso, o comércio para a Ásia Central e Ocidental, bem como a Europa recuperado por um período de tempo de 1276-1368 sob a Dinastia Yuan Mongol da China. A seda chinesa trocados por medicamentos, perfumes, e escravos, além de pedras preciosas. 

 O comércio por terra tornou-se cada vez mais perigoso, comércio maritmo tornou-se mais popular, comércio ao longo da Rota da Seda diminuiu. Enquanto os chineses fizeram  um comércio de peles, de seda com o norte Russo da Rota da Seda original, o comércio e as viagens ao longo da estrada havia diminuído substancialmente. Deve ser entendido que a rota da seda é uma estrada real que pode ser desenhada em um roteiro. O nome foi inventado em 1877 por Ferdinand von Richthofen para descrever a rede de rotas de comércio que ligava a China com o Mediterrâneo, até que foram despedidos pelas descobertas marítimas europeias da tarde séc. 15. O nome foi adotado novamente na déc'80 pela UNESCO e agora significa um conceito mais amplo para o comércio Leste-Oeste ao invés de uma estrada específica. Estudiosos debatem sua configuração exata, há muitas descrições diferentes do percurso encontrado nos textos. Alguns textos admitem que essa rota seguiu até o Norte/Nordeste Africano. 








Anzu/Zu ( Babilônia/Suméria) 

 Deus  com cabeça de Águia ou uma águia com cabeça de leão porteiro de Enlil, nascido nas montanhas Hehe. Apresentado como o ladrão mal-intencionado no mito Sumério, mas benevolente no épico sumério de Lugalbanda. Freqüentemente mostrado na iconografia na pose de "Mestre dos Animais". No mito babilônico Anzu, ele era o vizir do deus supremo Enlil. Um dia, quando Enlil estava no banho, Anzu roubou as tábuas do destino e escapou para o deserto. Aquele que possuísse as tábuas do Destino, tornava-se o regente do universo. Ea então pede à deusa-mãe Belet-Ili para dar à luz a um herói divino capaz de derrotar Anzu. Belet-Ili dá à luz a Ninurta, mandando-o então para a batalha. Depois de uma luta eletrizante, Ninurta espeta o pulmão de Anzu com uma flecha, recapturando as tábuas do destino. O épico termina com elogios a Ninurta. Anzu aparece em mitos Sumérios mais antigos e contos Acádicos como um Deus Dragão das tempestades , dos desertos , consorte de Lilith, Senhor dos ventos e dos caminhos, tendo dominância sobre os espíritos dos ventos, assim como sua esposa: Lilith. Na Babilônia, Zu toma o papel de inimigo dos Deuses, senhor dos maus espíritos , desertos e tempestades era o Deus protetor dos ladrões e habitantes dos desertos, assassino daqueles que ousassem atravessar seus reinos sem ter feito os devidos tributos. 


 Son Goku/ Wukong (China) 

Os Chineses  eram comerciantes tradicionais e atravessavam constantemente os desertos do oriente médio para cumprir o que nós conhecemos como a "Rota da Seda". Sua cultura e tradição é marcada por um imenso respeito por questões espirituais, culto Divino e total submissão a conceitos dogmáticos. Dentro da mitologia Chinesa encontramos uma figura celeste muito peculiar, uma criatura lendária, seu nome é Son Goku, Deus das nuvens e travessuras, Rei macaco nascido nas mais altas montanhas do oriente, provindo de uma pedra mística, dominador dos ventos e água, senhor das 72 transformações, protetor dos viajantes e comerciante, aparece nas lendas tanto cometendo roubos e sendo o protetor dos larápios quanto sendo defensor dos viajantes e comerciantes contra roubos. Son Goku podia se transformar num imenso macaco em algumas lendas e em outras, metamorfoseava-se num terrível e impiedoso dragão das tempestades, foi essa característica que me fez prestar atenção nas características  entre os Deuses dos ventos Chines e Sumério, tendo os comerciantes chineses um extremo contato com a cultura Mesopotâmia, através do comércio de tecidos, expeciárias e animais com Assirio-Babilônios,Persas e Yeseds, estavam familiarizados com os costumes do oriente médio e respeitavam suas lendas, mitos e costumes, por cordialidade comercial e também, por superstição e respeito a crenças místicas, os Chineses prestavam homenagem a Zu, o mítico dragão dos desertos , para apaziguar sua fúria e permitir uma boa passagem pelo oriente médio, cercado por desertos, os orientais interpretavam Zu como figura do Deus travesso Son Goku em estado de fúria, transformado num terrível dragão evocador de tempestades. 






Foi no meio do período da dinastia T'ang, no séc:7 D.C, com a popularização do comércio marítimo e os grandes prejuízos tomados pela Rota da seda por ladrões de caravanas, tribos nômades que saqueavam os Chineses em suas peregrinações, o comércio de tecidos, especiárias e animais feito pelos Chineses perde muita força e os seus grandes clientes: os Assírios, acostumados a mistificar todos os  mistérios e questões abstratas a sua volta, juntamente com os fatos relacionados com as viagens e tradições Chinesas, criaram um ser nefasto denominado Pazuzu.
 Suas características estão criteriosamente ligadas com a rota da seda  e os comerciantes Chineses, que trouxeram a Malária para o oriente médio e Europa, nome que vem do latim e significa"Mau ar", causadora de febres mortíferas, nesse período era afirmada como uma doença cuja a transmissão acontecia pelo ar, por isso o nome. Os Assírios fizeram a fusão do seu simbolo maléfico maior:  Anzu, o grande inimigo dos Deuses e o simbolo  usado pelos comerciantes chineses, o macaco: simbolo mistico de proteção e animal muito comercializado trazido do nordeste Africano que pros Chineses  eram sagrados e proporcionavam boa sorte, prosperidade e proteção, bem cuidados, promoviam a felicidade de Son Goku, enquanto isso, pros Assírios era o motivo daquela terrível doença atingir seus reinos, a união entre dois Deuses maléficos com a intenção de dizimar sua civilização.
As imagens de Pazuzu migraram pela Rota da Seda, perpetuando um culto de medo, com tentativas de apaziguação daquela divindade que despertara a pouco tempo e seria a fonte daquela doença que assolou o Oriente Médio e a Africa naquele período. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Lua de sangue


 
  A lua de sangue é ligada a cultos ancestrais  misteriosos que desencadearam uma grande comoção de temores a esse evento astronômico belo e completamente impressionante, desenvolvendo uma rede conecta  de lendas de horror  com critérios enigmáticos no decorrer da mistificação dos terrores humanos, acarretando uma variada modificação em cultos e práticas mágicas que almejam as consequências da influência dessa energia ou buscam evitar e se proteger dos efeitos da  " Lua das feras obscuras", definindo muito bem uma das funcionalidades desse padrão lunar na magia e misticismo mundial. 





O libertar das feras sombrias :

Em algumas lendas de dois continentes, distantes cultural e religiosamente, encontramos uma harmonia entre mitos, pois,  essa noite, dita em  contos passados pelas tradições orais e filosóficas, propicia a atuação de Deuses primitivos, com aspectos e comportamentos ferais e forças sobrenaturais ligadas a sexualidade e rituais orgíacos, facilitando a prática e consequente atuação desses seres pela energia desregrada de uma fase lunar intensa e vibracional, influenciando os instintos primais ocultos  através do clímax extasiante da mente evocado pelos fluxos magnéticos mais irritados de acordo com conceitos que fogem dos padrões científicos e astronômicos relacionados com a atuação do astro. 





O portal dos "Deuses vermelhos": 

 Devido a influência de uma energia Lunar que manifesta atributos ocultos do comportamento animal, causando euforia entre os mais suscetíveis a condições mentais mais odiosas e irritadiças, essa lua é considerada de grande valia para Deuses ligados aos cultos do sangue e da guerra, senhores da evolução como simbolo da luta e conquista de seu próprio lugar na existência, um marco impulsionante  na disposição humana, "eletrificada" pela motivação vermelha. E dito que atos ritualísticos envolvendo ritos de sacrifício sanguíneo são comumente  efetuados na presença dessa Lua, pois, seus efeitos e atributos arquetípicos são potencializados pelo evento.  





O poder sacro/profano-feminino de Lilith : 

As civilizações arcaicas, interpretavam essa lua como o apogeu das capacidades divinas das Deusas noturnas, interpretavam a lua de sangue, como sendo o ato menstrual da Divindade suprema noturna, despejando essa energia sobre seu astro de maior influência emocional sobre os seres vivos.  Essa lua é extremamente conhecida nos cultos à Lilith, desde suas formas mais arcaicas e essenciais, até métodos modernos do esoterismo sinistral, sistemas bruxescos neo-pagãos que prezam a honra das Deusas noctíferas, promovendo uma vasto padrão de ritualísticas que variam desde ritos sexualis, até festivais coletivos em tributo às Deusas e espíritos sombrios. 

Feiticeiros: Arautos do Destino (Parte 2)











  Fazendo um resumo rápido sobre a primeira parte desse tema interessantíssimo que abrange não só atos mágicos, mas, o cotidiano ritualístico da humanidade, cheios de manias e tradições em relação a atitudes e costumes envolvidos com as mais plurais culturas e religiosidades através desse lindo planeta, infelizmente massacrado por nossa ignorância.  A feitiçaria é a metodologia prática onde intencionamos nossa força de vontade e a projetamos  ao astral( Plano das ideias)  para conduzir alternativas pré-moldadas em nossa mente como um fator, acontecimento ou ocasião específica que necessitamos no decorrer do tão esperado futuro ao nosso modo e gosto, modulamos energias astrais, assim, influenciando as dimensões temporais necessárias, irradiando nossa energia psíquica ( Intenção/ Vontade) nos fluxos entrópicos da realidade, utilizando da cadência encontrada nos túneis quânticos de informações receptadas e enviadas para a rede de informação ( Tal como a sinapse mental, nossa instrutura também promove essa troca de informações com a realidade em sua cadeia nervosa primitiva que abrande toda a existência de maneira sub-atômica), desse modo, modificamos os padrões  de acordo com nossas ambições, desejos, necessidades, proporcionando a alteração conformativa das esferas de eventos aleatórios, assinalando para o destino, a condição essencial para você, induzindo a possibilidade mais confortável de maneira consciente, manifestando sua vontade como um decreto. 




Concentração : Buscando a mudança. 

 Existe uma interminável gama de formas de promover esse tipo de ação sobre a realidade, nos deparamos com  diversas crenças onde a promoção da vontade sobre o todo é parte atuante e necessária, contudo, o ato em si, é muito diferenciado, desde formas mais contemplativas, como a meditação profunda, um ato devotado e sério, quando o ser humano reserva sua existência  para os hábitos de equilibramento e esvaziamento mental, criando espaço para um trabalho árduo de comunhão psíquica com o todo, atingindo um grau de concentração interna e externa, onde o mesmo consegue focalizar sua realidade sobre alguma necessidade pessoal ou coletiva, logo, promovendo seus objetivos. Convenhamos que o método focado inteiramente a meditação  é o mais brando e prolongado de todos, necessitando de muita paciência e disciplina, fugindo da intenção prática e rápida que a Feitiçaria nos oferece em outras faces do método, contudo, é parte fundamental da prática, pois, a focalização da intenção é necessária em qualquer instância, seja ela totalmente voltada ao pragmatismo ou dogmática em demasia. 











Artifícios : Materializando o imaterial. 

As formas mais claras e abundantes de feitiçaria no mundo inteiro, são as relacionadas com uma grande interação com fetiches, objetos e instrumentos em geral, possuindo uma forte tradição metodológica dentro do quesito feitiçaria e a atuação do praticante, essas peças fundamentadas no âmago inconsciente da humanidade, atuando como fontes colossais de poder para a obtenção das dádivas requeridas pelo necessitado. Aprofundando nosso raciocínio nos meandros semióticos desses itens, encontramos uma ligação extremamente peculiar entre as capacidades ocultas humanas e a representatividade iconográfica dos mesmos,  remontando milênios de reflexões humanas injetadas no arquivo mnemônico Universal. 

 Exemplos básicos e não menos importantes, são as funcionalidades primordiais de materiais mais encontrados em todas as formas de feitiçaria ao redor do mundo, expressando ideias, medos, vontades, coragem e terrores ancestrais  antiquíssimos, uma vastidão de informações geradas por simples objetos, fazem toda a diferença para a mente, necessitando de meios para burlar deficiências pessoais e dificuldades involuntárias. 

A vela : 

Um dos maiores símbolos de devoção e renovação cíclica na historia da humanidade, representando o elo coletivo e a necessidade da comunhão dos vivos com os mortos, quando a sabedoria perdida é necessária no meio como uma forma de auxílio e inspiração para equilibrar alguma adversidade do qual o ser praticante tenha consciência que um ente no outro plano tenha mais capacidade e conhecimento para resolver, nos proporcionando um conforto mental onde podemos nos concentrar e alcançar a esfera vibratória, conectando nossa realidade com uma realidade Superior ( Sem distinção polar), efetivando a comunicação com seres Celestiais responsáveis pela regência de vários aspectos psicológicos, mentais, físicos, espirituais da existência. Algo visualmente mínimo, possui uma convicção gigantesca e milenar em seus "ombros" e não devemos inferiorizar o condicionamento interno e externo que a presença desse artifício pode fazer quando presente em qualquer ato mágico e/ou misticista. 





O fogo :

Como consequência das conexões entre planos atribuídas a definição mnemônica do objeto citado anteriormente, não podemos esquecer das tangentes do mesmo tema, varias são as funcionalidades do fogo dentro das práticas mágicas no mundo, contudo, vamos caminhar por critérios menos citados e destrinchar sua essência representativa : 

* Em tempos imemoriais, a descoberta desse elemento,  desencadeou uma revolução geral sobre a vida dos seres "inteligentes" dessa terra,  marcou um período, definindo a sobrevivência e a perpetuação de uma sub-parte da raça dominante, assim, ocasionando a vivência prolongada e a tranquilidade deles.  O fogo era usado inicialmente, como um simbolo de mistério, desencadeando o enigma e ao mesmo tempo, o temor sobre as mentes que desconheciam essa energia, evitando muitas intercorrências desagradáveis através da intimidação que o mesmo provocava, afastando os maus intencionados, pois, o detentor do fogo, era o dominador de uma força  Superior/ Divina que punia dolorosamente aqueles que buscavam conquistar aquilo que não os pertencia. 

* Garantiu a existência de tribos em péssimos momentos da realidade, onde a natureza em seu estado cataclísmico, assolou o meio ambiente com temperaturas frias e mortíferas, logo, o primeiro conceito sensorial espacial em amplas proporções atribuído ao acontecimento denominado morte, foi o inverno e suas baixíssimas temperaturas que condicionavam os vivos para o fatídico final, nessa mesma linha de raciocínio, observamos o fogo como aquele que garante  e prolonga a vida, nos proporcionando uma aura de benéfica ( Calor ) que nos permite continuar a existir. Encontramos nessa análise, os conceitos duais de bem e mal em seu estado primitivo, completamente mutáveis, pois, no decorrer da evolução humana, existiram várias experiências negativas e positivas com ambos os aspectos da natureza primordial necessária, interpretando de maneira mística, encontramos um paradoxo no condicionamento e atuação desse símbolo. 

Encontramos diversos métodos ligados com a perpetuação da existência ou encurtamento do mesmo ligados ao elemento fogo, feitiços de renovação, concentração, preservação e desmantelar destrutivo de ocasiões, objetivos e pessoas, essa variabilidade tem que ser levada em consideração quando usamos um simbolo, atributo iconográfico numa prática, pois, o bem e o mal em critérios mentais são extremamente paralelos, por isso, é necessário muita atenção no que usamos de maneira ritualística e as energias universais que esses ícones podem reavivar na nossa memória inconsciente. 

Instrumentos e armas mágicas : 



 Evoluindo este texto, creio que já captaram a ideia central da linha de pensamento proposta, a importância dos mínimos detalhes, por mais simplista que seja seu ato mágico e/ou misticista, é imprescindível para a objetivação concreta e firme do que você realmente quer, pois, nos critérios e caminhos multi-versais que nos envolvemos quando estamos dispostos a interagir com a magia, compreendendo-a antes de tudo e consequentemente aceitando-a, definindo em sua mente uma ideia focalizada que irá gerar uma certeza absoluta do que está fazendo, promovendo as alterações necessárias sem se preocupar com adversidades, pois, a sistematologia tortuosa das condições etéreas funcionam como uma oposição que define os limites daqueles que realmente prezam a busca e os que almejam a trilha movidos por ideias contraditórias atestando sua própria falta de harmonia interna e externa para gerar os efeitos necessários sem desequilibrar o eixo de suas existências mágicas ou alterar condições relativas a níveis críticos, prejudicando egrégoras e outros caminhantes. 

 Instrumentos e armas, definem desde sempre o que você é em relação aos atributos que a vida cogita em suas necessidades,  como diz as palavras de Sidartta : " Você é o que você pensa" e todo o acúmulo existencial de experiências e rituais ( Atos e funções aprimoradas com atos repetitivos )  necessitam de personificações físicas ou ideológicas que representem a sua extensão mental e espiritual na realidade, quando você externiza suas ações primariamente mentais para o plano físico com o intuito de facilitar suas práticas recorrentes.  Um instrumento simboliza parte de você sendo colocado num ato,  é a promoção simbólica da alma e amor por algo sendo definida em critérios empíricos,  expressando a evolução de seus feitos e a sua dedicação, pois, o símbolo é a marca conceitual do vitorioso em suas ações voltadas a superação de si mesmo num ato de coragem e pura ousadia, seja esse ícone material ou não, pois, uma ideia, forma de atuação não possui uma necessidade obrigatória de exteriorização, pois, a marca principal, está no feito, na qualidade e na dedicação dos meios humanos de seguir em conformidade com sua evolução mental/física/espiritual em ligação com qualquer âmbito, portanto, a figuração imaterial possui tanta valia quanto a material, se sintetizada da maneira correta e desenvolvida como uma habilidade edificante para o utilizador. 

  " Sua primeira arma é a mente, sua primeira fé está no coração, sua alma é o altar primordial de sua revolução mágica."
 
  ( Carlos Henrique )

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os sete Deuses do mal.



Traduções de Placas Sumérias e Babilônicas de RC Thompson ( 1903), falando sobre a existência de sete Deuses primordiais da maldade e aspectos destrutivos da realidade, residentes da casa dos mortos e portadores de Ereshkigal, a Deusa Suméria e rainha do submundo dessa mitologia, arautos de Namtar ( Deus do Destino) filho de Enlil e Ereshkigal. 






Tempestades violentas, deuses do mal são eles 
'Demônios 'cruéis" que na abóbada celeste foram criados, são eles, 
Tempestades violentas, deuses do mal são eles
Eles levantaram a cabeça para o mal, todos os dias para o mal, seu trabalho é destruição. 


  • Destes sete, o primeiro é o vento sul...
  • O segundo é um dragão, cuja boca se abriu, ninguém pode medir.
  • O terceiro é um leopardo cruel, que leva para fora da juventude... 
  • O quarto é um terrível ancião... 
  • O quinto é um lobo furioso, que não conhece a fuga,
  • O sexto é um galopante, marchando contra Deus e contra o Rei.
  • O sétimo é uma tempestade, um vento maligno vingativo.







 Sete eles são, mensageiros ao rei Anu são eles,
De cidade em cidade, Eles trabalham na escuridão,
Um furacão, que poderosamente caça nos céus, eles são
Grossas nuvens, que trazem a escuridão do céu, são eles,
Rajadas de vento uivante, que lançam sombra sobre o dia brilhante, são eles,
Com a Imkhullu  o vento mal, forçando seu caminho, são eles,
O transbordamento de Adad  poderosos destruidores, são eles,
À direita da Adad o perseguindo, são eles,
Na altura do céu, como piscar do relâmpago, são eles,
Para causar destruição  eles saem,
No céu amplo, a casa de Anu, o rei, maldosamente eles surgem, e ninguém pode se opor. 

Quando Enlil ouviu estas novas, um plano em seu coração, ele ponderou, 
Com Ea, exaltou proteção dos deuses, 
Sin, Shamash e Ishtar, a quem ele havia criado para ordenar a abóbada do céu, 
Com Anu ele dividiu o senhorio de todo o céu,
A estes três deuses, seus descendentes
Dia e noite, sem cessar, ele ordenou a ficar de pé,
Quando os sete deuses do mal invadiram a abóbada do céu,
Antes do Sin reluzente, puseram-se com raiva, 
O poderoso Shamash, Adad, o guerreiro, eles trouxeram para  seu lado,
Ishtar, com Anu o Rei, se mudou para uma casa brilhante, exercendo domínio sobre os céus,

[Quase dez linhas aqui são ilegíveis.]

Dia e noite ele( Sin ) estava escuro , na casa do seu domínio ele não se sentou,
Os deuses do mal, os mensageiros de Anu, o rei, são eles,
Levantando a cabeça do mal, no meio da noite agitando-se, são eles,
Mal pesquisando fora, são eles,
Do céu, como um vento, sobre a corrida por terras que eles.
Enlil viu o escurecimento da Tempestades violentas, deuses do mal são eles
Demônios cruéis, que na abóbada do céu foram criados, são eles,
Trabalhadores do mal são eles,
Eles levantar a cabeça para o mal, todos os dias para o mal
Destruição de trabalhar.
Destes sete, o primeiro é o vento sul ...
O segundo é um dragão, cuja boca se abriu ...
Que ninguém pode medir.
O terceiro é um leopardo cruel, que leva para fora da jovem ...
O quarto é um terrível ancião ...
O quinto é um lobo furioso, que não conhece a fugir,
O sexto é um galopante ... que marcha contra Deus e contra o rei.
O sétimo é uma tempestade, um vento maligno, que se vinga,
Sete são eles, mensageiros ao rei Anu são eles,
De cidade em cidade, de trabalho escuridão eles,
Um furacão, que poderosamente caça nos céus, eles são
Grossas nuvens, que trazem a escuridão do céu, são eles,
Rajadas de vento levante, que lançam sombra sobre o dia brilhante, são eles,
Com a Imkhullu, o vento mal, abrindo seu caminho, são eles,
O transbordamento de Adad, poderosos destruidores, são eles,
À direita da Adad perseguição, são eles,
Na altura do céu, como piscar relâmpago, são eles,
Para causar destruição eles saem,
No céu amplo, a casa de Anu, o rei, maldosamente eles surgem, e ninguém se opõe.
Quando Enlil ouviu estas novas, um plano em seu coração, ele ponderou,
Com Ea, exaltou a proteção dos deuses,


. Sin, Shamash e Ishtar, a quem ele havia criado para ordenar a abóbada do céu, 
Com Anu ele dividiu o senhorio de todo o céu,
A estes três deuses, seus descendentes
Dia e noite, sem cessar, ele ordenou a ficar de pé,
Quando os sete deuses do mal invadiram a abóbada do céu,
Antes do Sin reluzente, puseram-se com raiva,
O poderoso Shamash, Adad, o guerreiro, eles trouxeram do seu lado,
Ishtar, com Anu o Rei, se mudou para uma casa brilhantr, exercendo domínio sobre os céus,

[Quase dez linhas aqui são ilegíveis.]

Dia e noite ele estava escuro (ou seja, Sin/Nanna/ Deus Sumério da Lua), na casa do seu domínio ele não se sentou,
Os deuses do mal, os mensageiros de Anu, o rei, são eles,
Levantando a cabeça do mal, no meio da noite agitando-se, são eles,
Mal espreitando fora, são eles,
Do céu, como um vento, sobre a corrida por terras que eles.
Enlil viu o escurecimento da Sin herói no céu,
O Senhor falou a seu ministro Nusku,
O meu ministro Nusku, a minha mensagem até o mar trazer,
A notícia de meu filho Sin, que no céu foi tristemente obscurecida,
Unto Ea, no oceano, anunciá-lo. "
Nusku exaltou a palavra de seu senhor,
Para Ea, no oceano, ele passou rapidamente,
Para o príncipe, o Massu exaltou o senhor Nudimmud. 
Nusku, a palavra de seu senhor não anunciou Ea no oceano ouvi essa palavra,
Ele mordeu o lábio e encheu a boca com lamentação;
Ea chamou seu filho Marduk, e lhe deu a mensagem:


"Vai, meu filho Marduk,
Filho de um príncipe, o Sin reluzente foi tristemente obscurecido no céu,
Seu escurecimento é visto nos céus,
Os sete deuses do mal, da morte, sem medo são eles,
Os sete deuses do mal, como um dilúvio, voam, a terra que caia sobre, eles,
Contra a terra, como uma tempestade, eles sobem, eles,
Antes do Sin reluzente, puseram-se com raiva;
O poderoso Shamash, Adad, o guerreiro, eles trouxeram do seu lado. "



Tempestades destrutivas e ventos do mal são eles,
Uma tempestade do mal, pressagiando a tempestade funesta,
Uma tempestade do mal, precursor da tempestade funesta.
Crianças Poderosas, filhos que podem são eles,
Mensageiros da Namtar são eles,
Portadores de Ereshkigal.
A enxurrada através da terra são eles.
Sete deuses dos céus amplo,
Sete deuses da terra ampla,
Sete ladrões-deuses são eles. 

Sete Deuses da influência universal. 
Sete deuses do mal,
Sete demônios,
Sete demônios e violentos,
Sete no céu, sete em terra.

II
Nem homem nem mulher são eles.
Vendavais destrutivos são eles,
Tendo esposa nem filhos.
Compaixão e misericórdia que eles não sabem.
Oração e súplica, eles não ouvem.
Cavalos criados nas montanhas, hostil para a EA.
portadores dos deuses são eles.
De pé na estrada, corrompendo o caminho. O mal são eles, mal são eles,
Sete eles são, eles são sete, duas vezes sete são.

III
Os altos gabinetes, as grandes recintos, como uma inundação que o atravessam.
De casa em casa, correm junto.
Nenhuma porta pode detê-los,
Não podem transformá-los de volta.
Através da porta, como uma cobra, eles deslizam,
Por meio da dobradiça, como o vento da tempestade.
Rasgando a esposa do abraço do homem,
Pegando a criança a partir dos joelhos de um homem,
dirigindo, libertando de sua casa e família.

 A amante do mundo dos mortos, enquanto Namtar é o deus da peste.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A corrupção/trama Causal




 A lei da polaridade é encontrada em diversas analogias, sistemas sejam eles  ligados a interpretações de estados e  padrões físicos, filosofias e práticas ocultistas com princípios duais elucidados sobre a existência de um modo geral.  Sempre que nos deparamos com conceitos aversos conectados por uma forma de ciclo necessário e as vezes interpretados de maneira muito conveniente por visões pessoais,  podemos encontrar resquícios bem definidos de um comportamento muito comum , seja ele integrado ao conceito geral da questão ou ao ser que está utilizando da sistematologia  para um objetivo bem comum e previsível : 

 O controle. 

Dissertar sobre esse tema,  é absurdamente extenso , levaria uma imensidão cronológica, contudo, busco desenvolver essa questão de maneira sucinta.  A tentativa de controle é a ação culminante de toda a corrupção conceitual, cultural, arquetípica, psicológica/espiritual da humanidade em qualquer esfera de atuação que possamos  colocar nossas mentes e ações conjuntamente, almejando finalidades construtivas.  Por qualquer caminho que você decida percorrer, encontramos uma gama exagerada de paradigmas e conceitos éticos construídos com objetivos manipulativos, promovendo  a intenção oculta da permissividade coletiva, logo, existe uma necessidade estratégica e oportunista da obtenção de massa alienada por mais libertário e anárquico  que pareça,  a necessidade egoica individual por prestígio e afago em suas representatividades singulares desmantelam princípios básicos encontrados nos corpos filosóficos primários, utilizados como base para a arquitetação de sistemas, assim, trazendo a refutação dos seus próprios conceitos desde o ventre da idealização. 

"Ego" : Senhor da destruição coletiva.  

 Nesse trecho, vou enfatizar questões espirituais/ Meta-físicas, contradições que permeiam as mentes críticas e medianamente analíticas : 

Hipoteticamente : Estou num Grupo/Ordem/Coven/Conclave/Coletividade que possui um corpo filosófico e sistemático baseado em crenças e culturas evolutivas dentro do quesito Magia e Misticismo, buscando inspiração de Potencias/Consciências  Superiores ( Sem distinção Polar) com intuito de desenvolver suas capacidades intelectuais e espirituais ligadas ao caminho que  você escolheu como reta, creio eu, na minha humilde opinião que o 'Eu Superior' deveria ser interpretado e colocado em sintonia com as intenções construtivas do sistema, sem a influência das necessidades e objetivos pessoais, pois, sua busca pessoal envolvida com seus gostos, aptidões  e intuitos, são particulares e mediante o fato de fazer parte de uma coletividade ( Intenção singular potencializada por uma similaridade plural) você tecnicamente estaria se desconectando da construção inicial idealizada e buscando caminhos maliciosos de obtenção de benefícios próprios que geralmente são mesclados com tendências egoístas e medíocres em relação a grandiosidade de um trabalho mágico coletivo de proporções quânticas. De maneira alguma, estou afirmando ausência de importância nos trabalhos mágicos singulares ( Solitários ), pelo contrário, enxergo mais determinação nos praticantes em regime individual, sejam eles pertencentes a qualquer vertente, linha ou esfera de atuação do que naqueles envolvidos de maneira coletiva, pois, o ego em sua característica corruptora está profundamente relacionado com a interpretação ínfera de sua própria condição e funcionalidade dentro de um sistema, quando a auto-confiança e equilíbrio do Eu é abalado pela baixa-estima promulgada por uma auto-interpretação inconformista em relação a sua posição hierárquica, mesmo, sabendo da ausência de capacidade e conhecimento para se manter na fronte de um ideal maior, perpetuando ideias corrompidas pelo fanatismo e outras psicopatologias paranoicas sintetizadas no âmago de uma alma atormentada por sua incompetência e ineficácia para admitir que não está preparado para ser parte de uma coletividade, assim, atestando sua própria condição singular dispensável nessa linha de atuação.