quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Kokugawa. O samurai-demônio...






Integrado numa família onde os preceitos eram voltados a doutrina samurai, foi o primeiro e único filho de seus pais, nascido sob a forte luz da lua prateada, na mesma noite onde a luz banhava o momento da morte de seu pai, pois misteriosos guerreiros invadiram seu lar para tomar deles o seu atual e maior bem, seu único filho.
Seu pai usou as principais técnicas de seu clã contra a corja de samurais negros, possuídos pela vontade de atingir seu filho, mas, a ambição e objetivo dos sombrios inimigos não eram detidos por sua lamina. Logo, a chuva e o vento tomaram conta de tudo, parecia que o céu noturno estava em prantos devido à luta acontecida numa noite sagrada, em meio à chuva, brotou um homem diferente dos outros, com vestimentas de um monge, e um grande e redondo chapéu de palha, um cajado com guizos indicavam sua posição na escuridão, despreocupadamente, o homem se aproximou da casa com passos tranqüilos e sincronizados, e com um leve gesto de uma das mãos os samurais pararam de atacar e ficaram de joelhos, formando um corredor que o mesmo senhor passou para chegar até o valente pai numa atitude honrosa ao proteger seu filho.
...O velho monge
-Não pode ser evitado samurai, o karma do seu sangue. A espiral do destino completou seu ciclo. O poder de Kokugawa renascerá.
O pai desesperado se ajoelha como os outros e com um gesto de clemência, chora com a cabeça apoiada ao chão, pedindo de todas as formas que o Velho monge, impeça o destino de seu filho.
...O velho monge
-Isso, é como pedir a um pessegueiro que não frutifique pêssegos.
...O desesperado pai
- Te dou minha vida como oferenda! Monge imortal.
...O velho monge
- Não mudaria nada meu caro. O karma tem que ser sentenciado.
O senhor avança em direção ao berço e pede à mãe que o pegue pelos braços pela ultima vez em sua vida, a mãe completamente tranqüila e conformada, com lagrimas percorrendo um delicado rosto entristecido, tira de seu pescoço um fino cordão com um pequeno pingente e coloca no pescoço do filho. O monge coloca a criança em seu braço e caminha em direção a floresta, nem ele nem a criança foram vistos depois disso.
Muito tempo depois, houve um boato que um vingador noturno, estaria liquidando todos aqueles que corrompem o bushido. O samurai assassino usa a mesma armadura que um antigo guerreiro lendário da região, aquela velha mãe somente diz ao seu marido.
A mãe...
-Kokugawa renasceu, seu ancestral. Hoje é seu filho meu bom homem.

O pai ....
- Naquela noite eu morri minha amada. Hoje eu finalmente vivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário