domingo, 30 de outubro de 2011

A escuridão solar..





O Sol mergulha na escuridão, o grande escorpião o devora. O universo perde o equilibrio entre a fantasia e a realidade, tornando sonhos em realidade, reavivando memórias a muito enterradas. Hoje é o regresso dos mortos.
O brilhante senta em seu trono de ossos e a carcereira das almas abre o portão, tudo é uma assustadora festa , celebração nefasta, um dia de crueldades mágicas, tributos funestos, alegria mortuária.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O herdeiro de Okanur ...










Criatura vil de principios honrados, vingança é o atributo entranhado aos seus instintos bestiais, guardião noturno, age entre as nevoas do mistério, seu ataque é mortífero, não existem testemunhas dos seus feitos, apenas as brumas podem narrar suas lendas, ouvindo-as, aprendi sobre esse terrivel ser, homem ou lobo, não se sabe, sua crueldade ofuscou qualquer senso de humanidade e seus instintos superaram a definição animal.
Nascido do ventre da ultima loba negra das cavernas, sob a lua de sangue, tendo a nevoa como manto. Reia presente, o consagrou e disse:

“ Eis meu filho, o ultimo lobo do útero de pedra, éis o meu ódio, o ódio de Reia, seu manto é a noite, suas garras são a escuridão, éis Garra-Sombria. O ódio de Reia...”

Ainda pequeno, foi deixado por sua mãe loba, cumprindo as ordens de Reia, na tenda de um temido cavaleiro negro, um mercenário que vagava pelos campos de batalha com sua tropa nefasta, entrando nas guerras , a favor de quem lhe pagasse mais, haviam muitas lendas sobre Okanur, diziam que ele era pactuado com a morte, já arrancaram-lhe a cabeça no meio da batalha e seu corpo a colocou no lugar e continuou a lutar. Okanur quando viu a criança, a pegou no colo, com um cuidado espantoso, mandou as cortezas sairem da tenda , era dia de festa no acampamento, comemoração de mais uma guerra vencida e recompensa conquistada. faziam honrarias ao Deus Thanatos, Divino cultuado por Okanur e centro dos mistérios de sua imortalidade. No centro de seu acapamento havia uma enorme fogueira e seus guerreiros dançavam em volta, tomados por uma força desconhecida, giravam e batiam as mãos no chão e gritavam por Thanatos,naquela noite, nunca se viu tantos lobos e corvos, a morte era o ar que todos respiravam naquele momento. Okanur saiu de sua tenda com a criança, todo o corpo da pequena criatura estava desenhado com simbolos, o pulso do terrivel cavaleiro estava imolado, todos deduziram que aqueles simbolos foram feitos com o sangue de Okanur.

No auge da dança , ele expoe a criança , a levanta, mostrando-a ao céu noturno, e ele proferi emocionadas palavras...

Okanur...
-Comunguei com a terra , pedi a Mãe de tudo que me desse essa graça, um filho, um sucessor, uma criatura da guerra, movida pelo ódio e protejida pelo manto de meu pai, Thanatos. Apresento meu filho à mãe Noite, a meu pai, a Morte, neste momento onde a fogueira de Saturno, queima nossa existência, transformando nossas almas, aquecendo nossas mentes para futuras conquistas. Fui agraçiado por Reia, os Deuses enviaram aquilo que sacrifiquei a muito tempo, o sentido de minha existência, minha alma, a extensão do meu legado.

Em muitos anos de fúria e confrontos, seus corajosos soldados presenciam um raro momento em suas vidas, o grande Cavaleiro Okanur, derrama lágrimas, num súbito surto de aparente e feroz alegria, naquele momento, seus homens sentem a importância que essa criança tem para a continuação de tudo que eles conquistaram.

Um forte sopro norte percorre o acampamento, as chamas no centro e pilar da festividade tremulam como se o próprio fogo sentisse medo de algo ao redor. logo a fogueira infla de uma só vez e o lugar escuresse , pois o fogo se torna negro como a noite e forte e escuro tom de azul assume a natureza ignea, os corvos mergulham em direção a fogueira, as aves noturnas e o fogo giram em circulos, numa dança assustadora, das cinzas surge um ser sinistro com um manto e grande capuz sobre o rosto, aquele vento era provindo de suas grandes asas cinzentas. Okanur se ajoelha de fronte ao mistério , materializado naquele instante, de joelhos, beija a extremidade do manto em sinal de devoção...

Okanur...

- Como não posso admitir, hoje é o dia mais feliz em minha existência, foi agraçiado com um herdeiro e a oportunidade de beijar o manto do meu senhor e poder venerá-lo de joelhos...

O ser ...

-Okanur, o nefasto, meu raro e fiél servo, veio dizer-te sobre tal benção..Essa criatura é sua maior dávida, mas será seu fim, pois no futuro, ela se voltará contra ti, e suas garras rompem as sombras, rompem os encantos e mistérios por trás do véu das eras, ela rasgará sua carne e minha benção não impedirá que seu sangue jorre ...

Okanur...

-Meu senhor , todos nós temos nosso tempo e eu já percorri muitas terras, conquistei e profanei muitos reinos, ceifei muitas vidas em sua honra meu Deus. Creio que ele seja o meu fim, mas o começo de algo maior, permita-me doutriná-lo nas artes da espada e nas artes negras que o senhor me ensinou...

O ser...

- Permito tal ato,creio que tenha vontade de regressar ao abismo comigo. Venho pessoalmente buscar sua essência Okanur, pois será meu servo pra eternidade, logo nos encontraremos novamente, pela ultima vez nessa casca ...

O destino estava selado, o pequeno homem provindo do útero de uma loba, abençoado por Reia, será doutrinado nas artes do anjo sinistro e seu mestre será o mais cruel dos cavaleiros ...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Seres do passado . Anjos do presente...



Anjos de Virtudes ..

Tais anjos são conhecidos como os músicos celestiais, poétas divinos e guardiões da criatividade e grandes inspiradores, responsáveis pela manifestação da graça divina que seria atráves do canto e sons de instrumentos , harpas e flautas são os mais comuns entre as pinturas inspiradas pela figura angelical dessa casta. Entre os nórdicos haviam lendas sobre os cantores e músicos, que seriam descendentes dos povos feéricos e seu dom de encantar atráves do som viria dessa ligação ancestral. tais castas feéricas nórdicas possuem uma iconográfia bastante parecida com as fadas cantoras e os elfos músicos.














Originalmente, os querubins são seres polimórficos, seus corpos eram composto de uma serie de partes animais, tais figuras foram bastantes populares na antiguidade, suas imagens eram postas nos portões de templos, residências imperiais,quiméras, esfinges e grifos são profundos exemplos disso. Com o desenvolvimento das tradições cristãs na idade média, tais seres foram físicamente auterados, devido a agressividade de suas imagens, ligação cultural e mística com as antigas tradições pagãs das familias imperiais de várias partes do mundo pré-cristão, com essas modificações, criou-se o querubin atual, uma figura alada, proterota da inocência e integridade dos pequenos seres humanos.

Observemos as características de tais seres com o povo feérico, os conceitos de proteção e zelo por filhotes ( Integrando as crianças humanas ao termo) e a figura feérica de menor constituição fisica e aparência infantil.












Anjos guerreiros. Fadas. Valquirias e as bençãos da guerra ...

Dentro da literatura medieval existem muitos relatos sobre a raros guerreiros que foram abençoados por fadas, ganhando atributos mágicos e armas abençoadas por elas, o Rei Arthur é um belo exemplo. no decorrer do tempo, no periodo medieval encontramos muitos relatos de guerreiros que foram abençoados por anjos no calor da guerra, em momentos delicados, onde tais forças foram cruciais para a vitória. O maior exemplo de coorelação iconográfica, encontra-se na mitologia nórdica, sendo as valquirias, a origem primordial das características físicas dos anjos guerreiros.

“A magia tornou-se religião, religião virou ciência, assim transformando tudo em fato...”

(Carlos Rabelo )

@CarlosTheFool

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lilith. Imperatriz do obscuro discernimento..









   "A evolução da consciência é necessária para percorrer os caminhos abissais, pois, todo segredo é oculto pela escuridão : Guardiã dos mistérios de si mesmo."









Lilith é uma Deusa fiél, conhecida em tempos arcaicos, como a Mão de Inanna. Sua fidelidade é evidenciada num dos contos com seu maior envolvimento, quando seu consorte, Zu,o Deus dragão das nuvens e tempestades, tentou tomar pra si as tabuas que proporcionam o controle do universo ao Deus Anu, sendo pego, foi sentenciado a destruição física e sua alma seria presa a uma figueira, lilith, totalmente fiél a seu marido,um dos descendentes da Divina senhora que fora o sacrifício para a constituição do céu e da terra, destemidamente pediu a Anu o mesmo destino, para seguir aquele com quem decidiu viver a eternidade... Era conhecida como a Pomba sublime, era representada como uma pomba branca nos tempos antigos. A Deusa do céu e da casa dos mortos.. pra recuperar o seu corpo e o do marido, fez um acordo com Erishkigal e tomou pra si o fardo de Rainha do inferno, mundo subterraneo , casa dos mortos e acabou sendo inculbida da morte dos filhos indesejados por Naamah. em acordo, Erishkigal, conhecedora da ciência celeste da criação, reconstituiu os corpos do casal.


   






A ligação de Lilith com a obscuridade é relacionada com a abdicação do Sol, da fonte que todos dependemos, da coletividade que escraviza a maioria dos homens, consagrando-a como a imperatriz do caminho de mão esquerda, o caminho individual, sendo próxima da perfeição, regente do céu e do submundo, reino das preciosidades, ícone do equilíbrio conquistado por vias "sinistrais" e métodos proibidos. sendo assim a peregrina das trevas, é uma estrela que brilha entre as esferas, entre o céu e a terra, que explora os abismos da mente, o mais profundo que algum ser pode explorar. Suas asas apontadas ao chão e as mãos aos céus, demostram essa inversão de energias, padrões, que podemos encontrar muitas respostas, onde podemos definir que pode existir muita luz nos lugares improváveis ... Talvez a busca não comece em direção a luz, interpretando a escuridão como o inconsciente, podemos achar muito de nossa pureza, naquilo que foi ocultado, estagnado, através da "evolução" humana.

Podemos compreender, interpretando-a que a busca começa dentro de nos mesmos, a coragem reside dentro dos reinos do medo, daquilo que enfrenta, as dificuldades e batalhas são seus maiores professores, seu inimigo lhe ensina como se defender, pois, ele desperta o instinto inconsciente que habita dentro dos mistérios da mente.

Em seus aspectos iconográficos, encontramos esporões abaixo dos joelhos, instrutura óssea muito comum entre os répteis pré-históricos,asas cobertas de penas,corpo humano e uma especie de elmo,simbolizando a preservação de sua intocável, incorruptível e pura consciência, toda essa conjunção de formas e períodos da evolução biológica numa só criatura, nos passa a ideia do total equilíbrio mental,físico e espiritual.Podemos dizer que Lilith foi o primeira criatura a conquistar o seu equilíbrio e existência plena em todos os padrões,graus e fatores compreendidos pelas mentes despertas...

“Os princípios do verdadeiro entendimento estão relacionados com aquilo que não deve conhecer ou aprender, caso contrário, estaria exposto como tudo que pode ver...”

(Carlos Rabelo)

@CarlosTheFool

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Semelhanças entre seres folclóricos de culturas diferentes...






“ Existe uma antiga lenda entre os indios Amazonicos, sobre a visita de um ser, numa noite abençoada pela lua cheia, um homem provindo da luz da lua, esse ser, era nitidamente humano com a mesma estatura e integridade corporal. Segundo a lenda , ele possuia uma peculiar coloração de pele, definida pelos indios, como a cor da luz lunar, seria alvo e brilhante, tinha asas com uma estrutura bastante semelhante com as asas que comummente observamos nas libelulas, este homem foi denominado pelos indios como Sila.”

Nessa prévia e resumida definição, já conseguimos observar uma similaridade gigantesca com as caractéristicas típicas das criaturas feéricas normalmente citadas nas lendas européias e nórdicas, indo mais a fundo e observamos certas características dessa criatura, podemos encontrar mais semelhancias:

“Segundo as lendas, esse ser ensinou aos indios como encontrar a cura nas plantas e mostrou como comunicar-se com a terra com o intuito de achar as especificas plantas para cada enfermidade, pediu a eles para respeitar aquele inseto, a libelula e declará-la sagrada entre os seus. Ensinou sobre a alma, sobre aquela luz que tomava ele inteiramente, evidenciando o fato que a mesma, habitava o interior deles.”

Podemos evidenciar clara e perfeitamente a unidade que se forma entre as propriedades iconográficas e filosóficas deste ser e a figura feérica encontrada nas lendas Célticas e Nórdicas, envolvendo uma sociedade com questões como o respeito ao meio ambiente, dogmatias sagradas e o processo de adequação humana ao caminho de evolução pessoal, coletiva e espiritual.









“Nos antigas lendas célticas encontramos uma figura habitante dos bosques de características inconformistas que possui uma constituição pédiosa inversa, mesmo assim, sendo um hábil velocista e defensor do território natural contra figuras hostis ao seu instinto de preservação natural.”

Podemos compará-lo com a figura folclórica indigena denominada curupira, devido a estrutura fisica semelhante e os conceitos ideológicos em profunda sintonia.











“ Diz uma antiga lenda que um homem foi banhar-se num pequeno lago, formado por uma queda de cachoeira, foi retirar do seu corpo, o sangue de uma prospera caçada. das profundezas daquela água, habitava uma linda encantada, Uiara, irmã de Jaci, a Deusa da lua. Uiara ficou encantada pelo homem, sentiu tanto amor que não suportou e surgiu das águas, o homem, encantou-se no mesmo instante e ali copularam e decidiram viver juntos. Uiara, mudou de forma e permaneceu muito tempo com pernas humanas, sendo ela originalmente, metade peixe. formaram uma familia, tiveram filhos e moravam próximos da aldeia onde o seu amor nasceu, seus filhos casaram-se. Com o tempo, o amor que o homem sentia foi perdendo a força e Uiara foi traída, seu ódio foi tanto que Uiara voltou pra cachoeira, abandonou a forma humana e prometeu nunca mais tornar a ter pernas e se apaixonar, invocou uma forte chuva que elevou o nivel do rio, dizimando toda uma aldeia, inclusive os filhos e o homem que tanto amou.”

Absurda e gritante semelhança com as terriveis sereias européias, autoridade sobre o seu elemento primordial, reforça a idéia, a incrível semelhança psicológica e iconográfica é assustadora.

As três lendas são de antiguidade anterior às desbravações maritimas européias, algo peculiar a ser levado em consideração.








"Para criar um mundo de paz , união e justiça, teremos de abandonar o egoísmo e abraçar o senso coletivo, ou seja , abandonar aquilo que mais nos atrapalha, a humanidade, e seguir juntos para a elevação, aceitando o que realmente somos abolindo a fraqueza que muitos chamam de consciência.
Seguindo os instintos primordiais, deixando a besta interior dominar e nos guiar além das limitações da realidade " ( Carlos Rabelo)




" O tempo é o maior impecilio das mentes eternas , rival inevitável da condição carnal. Transpor o tempo é romper o tecido de seu coração, é despejar o rio vermelho da vida sobre tudo aquilo que há no passado , destruindo o vinculo da alma com a cela primordial, abrindo as portas do seu próprio paraíso, tomando a pose do trono cósmico, tornando-se o seu próprio Deus, seu próprio destino , o seu acaso iminente, ser todas as direções do vento , ser a respostas do pendulo.
Meus olhos serão as estrelas, meu mistério, além delas, meu temor é o tempo , minha vontade destroi o relogio das eras " ...





"Ouso os barulhos,são os cascos dos cavalos que impulsionam a Carruagem da Morte. Sua foice divinamente afiada, com as rochas que um dia fora o principio da criação, vejo que em pouco tempo , completará sua missão mãe sombria , não descordo dos seus desígnios, pois tu és o próprio destino, não há nada que posso fazer, serei espectador de seus golpes , verei de perto a ação de sua foice e nada fazer. A senhora sempre esteve comigo,hoje e outrora, desta vez não pude mudar suas ações , não tive argumentos, começa a era do tormento para todos que magoaram minha alma , a morte está a espera , amolando sua foice com dura pedra que um dia foi meu coração "... ( Carlos Rabelo )

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Confronto noturno: A fome da floresta..



Os assassinos do sagrado coração...

especula-se muito sobre a origem e finalidade desse grupo de inquisidores, existem vários relatos sobre seus atos sanguinolentos, dizimaram familias pagãs que ainda perpetuavam o culto aos antigos, torturaram uma infinidade de pessoas pelo simples ato de pensar diferente ou por ter uma filosofia de vida contrária aos ensinamentos da “doutrina sagrada”. Pouco sabe-se da ideologia e conceitos desses homens, é notório que são peritos na arte da guerra e no combate contra forças ocultas, muitos deles são grandes soldados, sensitivos, até magos que foram poluídos pelo medo e se curvaram diante o trono do Deus invisível.

( Rouge Rote. Grão-sacerdotiza da L.L.L )

Mesmo com a densa neblina em volta deles, com o auxilios de sensitivos, os inquisidores poderam encontrar o grupo de pessoas incomuns que caminhavam pela noite Parisiense rumo ao Sacre Messaline, bordel da senhorita Rouge Rote, ainda um pouco perdidos devido a dificuldade visual, mas como lobos na penumbra, foram de encontro com Samira e os recentes conhecidos.

Bem próximo do grupo, todos ouvem o baralho de bater de asas, causando estranhesa:

Capitão Calith:
- Niila, dissipe a neblina agora!

Quando a neblina se vai, todos observam um pássaro no ombro de Calith, no seu bico havia um emaranhado de cabelos, rapidante o nefasto corsário, retira um boneco de palha que estava num dos bolsos da longa e grossa capanga negra, e enfia os cabelos dentro do misterioso artefato de palha. Num simples olhar do velho homem, seus servos se prostam em possição de combate, observando atentamente tudo a sua volta, virados em direções diferentes.
Calith profere uma lingua estranha e como efeito de seus dizeres mágicos, o boneco entra em chamas em suas mãos, mesmo queimando, ele segura o objeto sem nenhum medo, demostrando seu total controle sobre o fogo que não surtia danos a ele. Ouve-se não muito longe dali, gritos vindos do escuro bosque bem próximo às escadarias, logo todos percebem o clarão vermelho rapidamente vindo em direção a eles, neste momento descobre-se a finalidade do boneco, eram dois homens de armadura gritando desesperadamente, encendiados cruelmente pelo capitão Calith que sorria com uma satisfação tremenda ao ver tal cena. Os passos tornam-se rápidos e o eminente ataque está começando.

Eles observam três homens na parte superior da escada, armadurados e armados com brilhantes espadas. Abaixo, um homem de vestes claras portando uma bésta dourada e um distinto senhor com um grosso livro pendurado por uma tira de couro entrelaça em seu corpo, muita movimentação do bosque, insitando a suspeita que havia muitos homens de tocaia no local.

Samira:
Eu cuido dos covardes no bosque! Niila! cubra toda a mata com a mais densa neblina que puder criar !

Niila olha sutilmente pra Calith e ele move o rosto, num sinal de aprovação.

Niila:
- Vamos Samira, eu serei a própria neblina !

Samira vorazmente retira seu vestido, quase a ponto de rasgá-lo e segue nua ao combate, escorre sangue pela sua face, são lágrimas vermelhas de puro ódio. Niila some no ar e densa névoa toma todo o bosque.

Niila:

-Sou eu Samira, nesta forma posso sussurar em seus ouvidos, vou esfriar o ar a niveis extremos pra dificultar a respiração dos inimigos ocultos no bosque, consegue suportar?

Samira:

-Faça desse lugar um inferno de gelo !!!

Niila transforma o lugar numa tenebrosa floresta congelada,anda assim, coberta de névoa, Samira corre entre as árvores colocando as mãos nos troncos, como se procurasse algo. Gritos determinando avanço ecoam pelo ar e muitas flechas surgem, Niila empoe sua autoridade mágica sobre o vento e provoca forte corrente de ar contrária, dificultando o avanço das setas assassinas. Samira ao tocar uma árvore parece que encontra o que tanto procurava, fica de joelhos em frente a ela e abraça seu tronco, o pequeno pelotão avança dentro do bosque, mesmo com o frio e o forte vento contra eles.

Samira entra em transe e começa a cantar, sua voz é suave e fascinante, parando os inimigos que por instantes, admiram a beleza daquela canção que poderá ser a ultima de suas vidas.

Samira:

- Driádes ! Acordem irmãs, e nos ajudem a liquidar aqueles que me fizeram perturbar vossos sonos..

No mesmo instante, as árvores começam a estalar, como se rachassem de dentro pra fora...

Samira:

-Niila, volte ao normal e venha pra perto de mim.

Niila rapidamente obedece a bruxa que envocou as amas guardiães dos bosques.

Samira:
-Me abraçe ! Vou usar um encanto de invisibilidade, elas vão devorar todos que estejam nas matas, mesmo eu ou você, se ficarmos aparentes, elas não perdoariam...

As palavras de Samira faziam total sentido, os gritos eram pavorosos e as driades agarravam os homens e puxavam para o interior dos troncos das árvores que logo regeneravam-se, depois de pouco tempo, não havia mais ninguém na floresta, os espiritos da terra devoraram o corpo e a alma de todos aqueles que elas encontraram.

Niila:
-Nunca vi driades tão pavorosas, nem pareciam minhas irmãs da terra.
Samira:
-Devido o crescimento da cidade e a mudança de padrões, o medo e a fome do povo, as árvores captaram toda essa energia e as driades foram corrompidas pelos sentimentos negativos e acabaram regredindo sua consciencia a niveis ferais influenciadas por toda essa força mental. Até eu não aprecio importuná-las, sabendo disso, mas não tive outra opção, eram muitos e mesmo transformada em névoa elas sugariam você pra dentro de seu reino primitivo e seria parte do banquete.

Niila:
- Obrigada, agora voltemos, para ajudar meu senhor...

Samira:

- Já fizemos nossa parte, agora deixei-os cumprir a deles, estou exausta, fiz dois encantos poderodoros numa única noite, tenho que recuperar minhas forças , entrar em focus, zele pelo meu corpo, não irá demorar...

Niila:
Tudo bem, confesso que não estou bem, não seria útil, farei o que pede.

Samira, exausta entra em meditação para revitalizar-se, Niila entra em oração pedindo forças aos elementos. Nas escadarias, Calith parece surpreso com a figura em sua frente.

Capitão Calith:
- A quando tempo não encontro com um Mago branco, concordemos que esse lugar não é adequado a nossa embate.

O mago:

-Abrirei um portal, e nos enfrentaremos numa zona dimensional neutra, sem vantagens para nenhum de nós.

Capitão Calith :

-Parece justo:

Então os dois se teletransportam para um local desconhecido e os homens entram em combate corporal com os paladinos acima e o arqueiro que acompanhava o mago...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A caminhada ...


Caminhando pelas vielas Parisienses , rumo às escadarias de Mont’Matre, como sempre lotadas de bêbados e poetas decadentes, falando de amor e liberdade, rotineiro costume dos indulgentes bohemios. Samira ainda irritada pelo dano em seu vestido negro preferido, profere lamurias e rabugisses ao Capitão Calith, enquanto ele está conversando com Niila que está se metamorfozeando numa mulher de cabelos castanhados e vestes gregas típicas, conforme anda em com o grupo com calma e paciência, protegidos pela neblina por ela evocada.

Samira:
- Era realmente necessário me atacar? Eu poderia ter matado seus lacaios, caso eles não fossem homens enfeitiçados pelo voodoo.
Capitão Calith:
- Conhece a arte voodoo? Como obteve tal conhecimento?
Samira:
-Minha ama de leite e mestra de bruxaria, em sua juventude, foi casada com um corsário mouro, chamado de Barão Lacroix, era um grande mestre e a ensinou essa arte, conheço muito pouco, somente contos e como se defender dela.

Calith fica calado e com um semblante estranho, mas permanece em silêncio, olha sutilmente para Niila e ela balança seu rosto suavemente concordando com algo.
Samira:
- Minha ama está muito velha meus caros, anda vagarosamente, devido ao seu peso excessivo. Voar nem pensar, já quebrou dezenas de vassouras (Risos) ...

Misteriosamente, eles não quizeram continuar com o assunto referente a ama Brigith, provocando uma maliciosa suspeita em Samira.

Niila. A ninfa...
-Até hoje, senhorita Samira, você foi a única que conseguiu proferir encantos dentro da Acqua Cúpula, até nosso primeiro encontro, eu acreditava que esse encanto era o mais poderoso escudo neutral. Estou completamente impressionada com sua capacidade extrema de controlar os morcegos, além de controlar seus instintos, manipula a estrutura físico-espiritual do animal.

Samira:
-Sou jovem, mas , por essas andanças aprendi muitas coisas interessantes, pra sobreviver a certos acontecimentos, tive que tomar atitudes enérgicas e decisivas que me acarretaram dons estranhos para muitos misticos.
- O mais estranho é que ainda estou sentindo mais presenças e tenho certeza que são inquisidores.
Capitão Calith:
-Eles estão nos procurando, um de seus sensitivos conseguiram captar a minha energia e a aura de Niila, eles pensam que eu sou um demonio, devido a minha aura vibrar em sintonia similar, Niila chamou muito a atenção deles, pois quase todas as ninfas já penetraram em portais e se isolaram em dimensões paralelas, te-la , seria um deleite para os alquimistas seguidores do Mago nazareno.
Samira:
-Malditos sejam, se eu ver um deles, vou disimá-los com todo o prazer, meus filhos irão beber gota por gota desse sangue miserável...

Chegando nas escadarias, os assassinos de Deus atacam !!!