domingo, 30 de outubro de 2011

A escuridão solar..





O Sol mergulha na escuridão, o grande escorpião o devora. O universo perde o equilibrio entre a fantasia e a realidade, tornando sonhos em realidade, reavivando memórias a muito enterradas. Hoje é o regresso dos mortos.
O brilhante senta em seu trono de ossos e a carcereira das almas abre o portão, tudo é uma assustadora festa , celebração nefasta, um dia de crueldades mágicas, tributos funestos, alegria mortuária.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O herdeiro de Okanur ...










Criatura vil de principios honrados, vingança é o atributo entranhado aos seus instintos bestiais, guardião noturno, age entre as nevoas do mistério, seu ataque é mortífero, não existem testemunhas dos seus feitos, apenas as brumas podem narrar suas lendas, ouvindo-as, aprendi sobre esse terrivel ser, homem ou lobo, não se sabe, sua crueldade ofuscou qualquer senso de humanidade e seus instintos superaram a definição animal.
Nascido do ventre da ultima loba negra das cavernas, sob a lua de sangue, tendo a nevoa como manto. Reia presente, o consagrou e disse:

“ Eis meu filho, o ultimo lobo do útero de pedra, éis o meu ódio, o ódio de Reia, seu manto é a noite, suas garras são a escuridão, éis Garra-Sombria. O ódio de Reia...”

Ainda pequeno, foi deixado por sua mãe loba, cumprindo as ordens de Reia, na tenda de um temido cavaleiro negro, um mercenário que vagava pelos campos de batalha com sua tropa nefasta, entrando nas guerras , a favor de quem lhe pagasse mais, haviam muitas lendas sobre Okanur, diziam que ele era pactuado com a morte, já arrancaram-lhe a cabeça no meio da batalha e seu corpo a colocou no lugar e continuou a lutar. Okanur quando viu a criança, a pegou no colo, com um cuidado espantoso, mandou as cortezas sairem da tenda , era dia de festa no acampamento, comemoração de mais uma guerra vencida e recompensa conquistada. faziam honrarias ao Deus Thanatos, Divino cultuado por Okanur e centro dos mistérios de sua imortalidade. No centro de seu acapamento havia uma enorme fogueira e seus guerreiros dançavam em volta, tomados por uma força desconhecida, giravam e batiam as mãos no chão e gritavam por Thanatos,naquela noite, nunca se viu tantos lobos e corvos, a morte era o ar que todos respiravam naquele momento. Okanur saiu de sua tenda com a criança, todo o corpo da pequena criatura estava desenhado com simbolos, o pulso do terrivel cavaleiro estava imolado, todos deduziram que aqueles simbolos foram feitos com o sangue de Okanur.

No auge da dança , ele expoe a criança , a levanta, mostrando-a ao céu noturno, e ele proferi emocionadas palavras...

Okanur...
-Comunguei com a terra , pedi a Mãe de tudo que me desse essa graça, um filho, um sucessor, uma criatura da guerra, movida pelo ódio e protejida pelo manto de meu pai, Thanatos. Apresento meu filho à mãe Noite, a meu pai, a Morte, neste momento onde a fogueira de Saturno, queima nossa existência, transformando nossas almas, aquecendo nossas mentes para futuras conquistas. Fui agraçiado por Reia, os Deuses enviaram aquilo que sacrifiquei a muito tempo, o sentido de minha existência, minha alma, a extensão do meu legado.

Em muitos anos de fúria e confrontos, seus corajosos soldados presenciam um raro momento em suas vidas, o grande Cavaleiro Okanur, derrama lágrimas, num súbito surto de aparente e feroz alegria, naquele momento, seus homens sentem a importância que essa criança tem para a continuação de tudo que eles conquistaram.

Um forte sopro norte percorre o acampamento, as chamas no centro e pilar da festividade tremulam como se o próprio fogo sentisse medo de algo ao redor. logo a fogueira infla de uma só vez e o lugar escuresse , pois o fogo se torna negro como a noite e forte e escuro tom de azul assume a natureza ignea, os corvos mergulham em direção a fogueira, as aves noturnas e o fogo giram em circulos, numa dança assustadora, das cinzas surge um ser sinistro com um manto e grande capuz sobre o rosto, aquele vento era provindo de suas grandes asas cinzentas. Okanur se ajoelha de fronte ao mistério , materializado naquele instante, de joelhos, beija a extremidade do manto em sinal de devoção...

Okanur...

- Como não posso admitir, hoje é o dia mais feliz em minha existência, foi agraçiado com um herdeiro e a oportunidade de beijar o manto do meu senhor e poder venerá-lo de joelhos...

O ser ...

-Okanur, o nefasto, meu raro e fiél servo, veio dizer-te sobre tal benção..Essa criatura é sua maior dávida, mas será seu fim, pois no futuro, ela se voltará contra ti, e suas garras rompem as sombras, rompem os encantos e mistérios por trás do véu das eras, ela rasgará sua carne e minha benção não impedirá que seu sangue jorre ...

Okanur...

-Meu senhor , todos nós temos nosso tempo e eu já percorri muitas terras, conquistei e profanei muitos reinos, ceifei muitas vidas em sua honra meu Deus. Creio que ele seja o meu fim, mas o começo de algo maior, permita-me doutriná-lo nas artes da espada e nas artes negras que o senhor me ensinou...

O ser...

- Permito tal ato,creio que tenha vontade de regressar ao abismo comigo. Venho pessoalmente buscar sua essência Okanur, pois será meu servo pra eternidade, logo nos encontraremos novamente, pela ultima vez nessa casca ...

O destino estava selado, o pequeno homem provindo do útero de uma loba, abençoado por Reia, será doutrinado nas artes do anjo sinistro e seu mestre será o mais cruel dos cavaleiros ...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Seres do passado . Anjos do presente...



Anjos de Virtudes ..

Tais anjos são conhecidos como os músicos celestiais, poétas divinos e guardiões da criatividade e grandes inspiradores, responsáveis pela manifestação da graça divina que seria atráves do canto e sons de instrumentos , harpas e flautas são os mais comuns entre as pinturas inspiradas pela figura angelical dessa casta. Entre os nórdicos haviam lendas sobre os cantores e músicos, que seriam descendentes dos povos feéricos e seu dom de encantar atráves do som viria dessa ligação ancestral. tais castas feéricas nórdicas possuem uma iconográfia bastante parecida com as fadas cantoras e os elfos músicos.














Originalmente, os querubins são seres polimórficos, seus corpos eram composto de uma serie de partes animais, tais figuras foram bastantes populares na antiguidade, suas imagens eram postas nos portões de templos, residências imperiais,quiméras, esfinges e grifos são profundos exemplos disso. Com o desenvolvimento das tradições cristãs na idade média, tais seres foram físicamente auterados, devido a agressividade de suas imagens, ligação cultural e mística com as antigas tradições pagãs das familias imperiais de várias partes do mundo pré-cristão, com essas modificações, criou-se o querubin atual, uma figura alada, proterota da inocência e integridade dos pequenos seres humanos.

Observemos as características de tais seres com o povo feérico, os conceitos de proteção e zelo por filhotes ( Integrando as crianças humanas ao termo) e a figura feérica de menor constituição fisica e aparência infantil.












Anjos guerreiros. Fadas. Valquirias e as bençãos da guerra ...

Dentro da literatura medieval existem muitos relatos sobre a raros guerreiros que foram abençoados por fadas, ganhando atributos mágicos e armas abençoadas por elas, o Rei Arthur é um belo exemplo. no decorrer do tempo, no periodo medieval encontramos muitos relatos de guerreiros que foram abençoados por anjos no calor da guerra, em momentos delicados, onde tais forças foram cruciais para a vitória. O maior exemplo de coorelação iconográfica, encontra-se na mitologia nórdica, sendo as valquirias, a origem primordial das características físicas dos anjos guerreiros.

“A magia tornou-se religião, religião virou ciência, assim transformando tudo em fato...”

(Carlos Rabelo )

@CarlosTheFool

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lilith. Imperatriz do obscuro discernimento..









   "A evolução da consciência é necessária para percorrer os caminhos abissais, pois, todo segredo é oculto pela escuridão : Guardiã dos mistérios de si mesmo."









Lilith é uma Deusa fiél, conhecida em tempos arcaicos, como a Mão de Inanna. Sua fidelidade é evidenciada num dos contos com seu maior envolvimento, quando seu consorte, Zu,o Deus dragão das nuvens e tempestades, tentou tomar pra si as tabuas que proporcionam o controle do universo ao Deus Anu, sendo pego, foi sentenciado a destruição física e sua alma seria presa a uma figueira, lilith, totalmente fiél a seu marido,um dos descendentes da Divina senhora que fora o sacrifício para a constituição do céu e da terra, destemidamente pediu a Anu o mesmo destino, para seguir aquele com quem decidiu viver a eternidade... Era conhecida como a Pomba sublime, era representada como uma pomba branca nos tempos antigos. A Deusa do céu e da casa dos mortos.. pra recuperar o seu corpo e o do marido, fez um acordo com Erishkigal e tomou pra si o fardo de Rainha do inferno, mundo subterraneo , casa dos mortos e acabou sendo inculbida da morte dos filhos indesejados por Naamah. em acordo, Erishkigal, conhecedora da ciência celeste da criação, reconstituiu os corpos do casal.


   






A ligação de Lilith com a obscuridade é relacionada com a abdicação do Sol, da fonte que todos dependemos, da coletividade que escraviza a maioria dos homens, consagrando-a como a imperatriz do caminho de mão esquerda, o caminho individual, sendo próxima da perfeição, regente do céu e do submundo, reino das preciosidades, ícone do equilíbrio conquistado por vias "sinistrais" e métodos proibidos. sendo assim a peregrina das trevas, é uma estrela que brilha entre as esferas, entre o céu e a terra, que explora os abismos da mente, o mais profundo que algum ser pode explorar. Suas asas apontadas ao chão e as mãos aos céus, demostram essa inversão de energias, padrões, que podemos encontrar muitas respostas, onde podemos definir que pode existir muita luz nos lugares improváveis ... Talvez a busca não comece em direção a luz, interpretando a escuridão como o inconsciente, podemos achar muito de nossa pureza, naquilo que foi ocultado, estagnado, através da "evolução" humana.

Podemos compreender, interpretando-a que a busca começa dentro de nos mesmos, a coragem reside dentro dos reinos do medo, daquilo que enfrenta, as dificuldades e batalhas são seus maiores professores, seu inimigo lhe ensina como se defender, pois, ele desperta o instinto inconsciente que habita dentro dos mistérios da mente.

Em seus aspectos iconográficos, encontramos esporões abaixo dos joelhos, instrutura óssea muito comum entre os répteis pré-históricos,asas cobertas de penas,corpo humano e uma especie de elmo,simbolizando a preservação de sua intocável, incorruptível e pura consciência, toda essa conjunção de formas e períodos da evolução biológica numa só criatura, nos passa a ideia do total equilíbrio mental,físico e espiritual.Podemos dizer que Lilith foi o primeira criatura a conquistar o seu equilíbrio e existência plena em todos os padrões,graus e fatores compreendidos pelas mentes despertas...

“Os princípios do verdadeiro entendimento estão relacionados com aquilo que não deve conhecer ou aprender, caso contrário, estaria exposto como tudo que pode ver...”

(Carlos Rabelo)

@CarlosTheFool

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Semelhanças entre seres folclóricos de culturas diferentes...






“ Existe uma antiga lenda entre os indios Amazonicos, sobre a visita de um ser, numa noite abençoada pela lua cheia, um homem provindo da luz da lua, esse ser, era nitidamente humano com a mesma estatura e integridade corporal. Segundo a lenda , ele possuia uma peculiar coloração de pele, definida pelos indios, como a cor da luz lunar, seria alvo e brilhante, tinha asas com uma estrutura bastante semelhante com as asas que comummente observamos nas libelulas, este homem foi denominado pelos indios como Sila.”

Nessa prévia e resumida definição, já conseguimos observar uma similaridade gigantesca com as caractéristicas típicas das criaturas feéricas normalmente citadas nas lendas européias e nórdicas, indo mais a fundo e observamos certas características dessa criatura, podemos encontrar mais semelhancias:

“Segundo as lendas, esse ser ensinou aos indios como encontrar a cura nas plantas e mostrou como comunicar-se com a terra com o intuito de achar as especificas plantas para cada enfermidade, pediu a eles para respeitar aquele inseto, a libelula e declará-la sagrada entre os seus. Ensinou sobre a alma, sobre aquela luz que tomava ele inteiramente, evidenciando o fato que a mesma, habitava o interior deles.”

Podemos evidenciar clara e perfeitamente a unidade que se forma entre as propriedades iconográficas e filosóficas deste ser e a figura feérica encontrada nas lendas Célticas e Nórdicas, envolvendo uma sociedade com questões como o respeito ao meio ambiente, dogmatias sagradas e o processo de adequação humana ao caminho de evolução pessoal, coletiva e espiritual.









“Nos antigas lendas célticas encontramos uma figura habitante dos bosques de características inconformistas que possui uma constituição pédiosa inversa, mesmo assim, sendo um hábil velocista e defensor do território natural contra figuras hostis ao seu instinto de preservação natural.”

Podemos compará-lo com a figura folclórica indigena denominada curupira, devido a estrutura fisica semelhante e os conceitos ideológicos em profunda sintonia.











“ Diz uma antiga lenda que um homem foi banhar-se num pequeno lago, formado por uma queda de cachoeira, foi retirar do seu corpo, o sangue de uma prospera caçada. das profundezas daquela água, habitava uma linda encantada, Uiara, irmã de Jaci, a Deusa da lua. Uiara ficou encantada pelo homem, sentiu tanto amor que não suportou e surgiu das águas, o homem, encantou-se no mesmo instante e ali copularam e decidiram viver juntos. Uiara, mudou de forma e permaneceu muito tempo com pernas humanas, sendo ela originalmente, metade peixe. formaram uma familia, tiveram filhos e moravam próximos da aldeia onde o seu amor nasceu, seus filhos casaram-se. Com o tempo, o amor que o homem sentia foi perdendo a força e Uiara foi traída, seu ódio foi tanto que Uiara voltou pra cachoeira, abandonou a forma humana e prometeu nunca mais tornar a ter pernas e se apaixonar, invocou uma forte chuva que elevou o nivel do rio, dizimando toda uma aldeia, inclusive os filhos e o homem que tanto amou.”

Absurda e gritante semelhança com as terriveis sereias européias, autoridade sobre o seu elemento primordial, reforça a idéia, a incrível semelhança psicológica e iconográfica é assustadora.

As três lendas são de antiguidade anterior às desbravações maritimas européias, algo peculiar a ser levado em consideração.








"Para criar um mundo de paz , união e justiça, teremos de abandonar o egoísmo e abraçar o senso coletivo, ou seja , abandonar aquilo que mais nos atrapalha, a humanidade, e seguir juntos para a elevação, aceitando o que realmente somos abolindo a fraqueza que muitos chamam de consciência.
Seguindo os instintos primordiais, deixando a besta interior dominar e nos guiar além das limitações da realidade " ( Carlos Rabelo)




" O tempo é o maior impecilio das mentes eternas , rival inevitável da condição carnal. Transpor o tempo é romper o tecido de seu coração, é despejar o rio vermelho da vida sobre tudo aquilo que há no passado , destruindo o vinculo da alma com a cela primordial, abrindo as portas do seu próprio paraíso, tomando a pose do trono cósmico, tornando-se o seu próprio Deus, seu próprio destino , o seu acaso iminente, ser todas as direções do vento , ser a respostas do pendulo.
Meus olhos serão as estrelas, meu mistério, além delas, meu temor é o tempo , minha vontade destroi o relogio das eras " ...





"Ouso os barulhos,são os cascos dos cavalos que impulsionam a Carruagem da Morte. Sua foice divinamente afiada, com as rochas que um dia fora o principio da criação, vejo que em pouco tempo , completará sua missão mãe sombria , não descordo dos seus desígnios, pois tu és o próprio destino, não há nada que posso fazer, serei espectador de seus golpes , verei de perto a ação de sua foice e nada fazer. A senhora sempre esteve comigo,hoje e outrora, desta vez não pude mudar suas ações , não tive argumentos, começa a era do tormento para todos que magoaram minha alma , a morte está a espera , amolando sua foice com dura pedra que um dia foi meu coração "... ( Carlos Rabelo )

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Confronto noturno: A fome da floresta..



Os assassinos do sagrado coração...

especula-se muito sobre a origem e finalidade desse grupo de inquisidores, existem vários relatos sobre seus atos sanguinolentos, dizimaram familias pagãs que ainda perpetuavam o culto aos antigos, torturaram uma infinidade de pessoas pelo simples ato de pensar diferente ou por ter uma filosofia de vida contrária aos ensinamentos da “doutrina sagrada”. Pouco sabe-se da ideologia e conceitos desses homens, é notório que são peritos na arte da guerra e no combate contra forças ocultas, muitos deles são grandes soldados, sensitivos, até magos que foram poluídos pelo medo e se curvaram diante o trono do Deus invisível.

( Rouge Rote. Grão-sacerdotiza da L.L.L )

Mesmo com a densa neblina em volta deles, com o auxilios de sensitivos, os inquisidores poderam encontrar o grupo de pessoas incomuns que caminhavam pela noite Parisiense rumo ao Sacre Messaline, bordel da senhorita Rouge Rote, ainda um pouco perdidos devido a dificuldade visual, mas como lobos na penumbra, foram de encontro com Samira e os recentes conhecidos.

Bem próximo do grupo, todos ouvem o baralho de bater de asas, causando estranhesa:

Capitão Calith:
- Niila, dissipe a neblina agora!

Quando a neblina se vai, todos observam um pássaro no ombro de Calith, no seu bico havia um emaranhado de cabelos, rapidante o nefasto corsário, retira um boneco de palha que estava num dos bolsos da longa e grossa capanga negra, e enfia os cabelos dentro do misterioso artefato de palha. Num simples olhar do velho homem, seus servos se prostam em possição de combate, observando atentamente tudo a sua volta, virados em direções diferentes.
Calith profere uma lingua estranha e como efeito de seus dizeres mágicos, o boneco entra em chamas em suas mãos, mesmo queimando, ele segura o objeto sem nenhum medo, demostrando seu total controle sobre o fogo que não surtia danos a ele. Ouve-se não muito longe dali, gritos vindos do escuro bosque bem próximo às escadarias, logo todos percebem o clarão vermelho rapidamente vindo em direção a eles, neste momento descobre-se a finalidade do boneco, eram dois homens de armadura gritando desesperadamente, encendiados cruelmente pelo capitão Calith que sorria com uma satisfação tremenda ao ver tal cena. Os passos tornam-se rápidos e o eminente ataque está começando.

Eles observam três homens na parte superior da escada, armadurados e armados com brilhantes espadas. Abaixo, um homem de vestes claras portando uma bésta dourada e um distinto senhor com um grosso livro pendurado por uma tira de couro entrelaça em seu corpo, muita movimentação do bosque, insitando a suspeita que havia muitos homens de tocaia no local.

Samira:
Eu cuido dos covardes no bosque! Niila! cubra toda a mata com a mais densa neblina que puder criar !

Niila olha sutilmente pra Calith e ele move o rosto, num sinal de aprovação.

Niila:
- Vamos Samira, eu serei a própria neblina !

Samira vorazmente retira seu vestido, quase a ponto de rasgá-lo e segue nua ao combate, escorre sangue pela sua face, são lágrimas vermelhas de puro ódio. Niila some no ar e densa névoa toma todo o bosque.

Niila:

-Sou eu Samira, nesta forma posso sussurar em seus ouvidos, vou esfriar o ar a niveis extremos pra dificultar a respiração dos inimigos ocultos no bosque, consegue suportar?

Samira:

-Faça desse lugar um inferno de gelo !!!

Niila transforma o lugar numa tenebrosa floresta congelada,anda assim, coberta de névoa, Samira corre entre as árvores colocando as mãos nos troncos, como se procurasse algo. Gritos determinando avanço ecoam pelo ar e muitas flechas surgem, Niila empoe sua autoridade mágica sobre o vento e provoca forte corrente de ar contrária, dificultando o avanço das setas assassinas. Samira ao tocar uma árvore parece que encontra o que tanto procurava, fica de joelhos em frente a ela e abraça seu tronco, o pequeno pelotão avança dentro do bosque, mesmo com o frio e o forte vento contra eles.

Samira entra em transe e começa a cantar, sua voz é suave e fascinante, parando os inimigos que por instantes, admiram a beleza daquela canção que poderá ser a ultima de suas vidas.

Samira:

- Driádes ! Acordem irmãs, e nos ajudem a liquidar aqueles que me fizeram perturbar vossos sonos..

No mesmo instante, as árvores começam a estalar, como se rachassem de dentro pra fora...

Samira:

-Niila, volte ao normal e venha pra perto de mim.

Niila rapidamente obedece a bruxa que envocou as amas guardiães dos bosques.

Samira:
-Me abraçe ! Vou usar um encanto de invisibilidade, elas vão devorar todos que estejam nas matas, mesmo eu ou você, se ficarmos aparentes, elas não perdoariam...

As palavras de Samira faziam total sentido, os gritos eram pavorosos e as driades agarravam os homens e puxavam para o interior dos troncos das árvores que logo regeneravam-se, depois de pouco tempo, não havia mais ninguém na floresta, os espiritos da terra devoraram o corpo e a alma de todos aqueles que elas encontraram.

Niila:
-Nunca vi driades tão pavorosas, nem pareciam minhas irmãs da terra.
Samira:
-Devido o crescimento da cidade e a mudança de padrões, o medo e a fome do povo, as árvores captaram toda essa energia e as driades foram corrompidas pelos sentimentos negativos e acabaram regredindo sua consciencia a niveis ferais influenciadas por toda essa força mental. Até eu não aprecio importuná-las, sabendo disso, mas não tive outra opção, eram muitos e mesmo transformada em névoa elas sugariam você pra dentro de seu reino primitivo e seria parte do banquete.

Niila:
- Obrigada, agora voltemos, para ajudar meu senhor...

Samira:

- Já fizemos nossa parte, agora deixei-os cumprir a deles, estou exausta, fiz dois encantos poderodoros numa única noite, tenho que recuperar minhas forças , entrar em focus, zele pelo meu corpo, não irá demorar...

Niila:
Tudo bem, confesso que não estou bem, não seria útil, farei o que pede.

Samira, exausta entra em meditação para revitalizar-se, Niila entra em oração pedindo forças aos elementos. Nas escadarias, Calith parece surpreso com a figura em sua frente.

Capitão Calith:
- A quando tempo não encontro com um Mago branco, concordemos que esse lugar não é adequado a nossa embate.

O mago:

-Abrirei um portal, e nos enfrentaremos numa zona dimensional neutra, sem vantagens para nenhum de nós.

Capitão Calith :

-Parece justo:

Então os dois se teletransportam para um local desconhecido e os homens entram em combate corporal com os paladinos acima e o arqueiro que acompanhava o mago...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A caminhada ...


Caminhando pelas vielas Parisienses , rumo às escadarias de Mont’Matre, como sempre lotadas de bêbados e poetas decadentes, falando de amor e liberdade, rotineiro costume dos indulgentes bohemios. Samira ainda irritada pelo dano em seu vestido negro preferido, profere lamurias e rabugisses ao Capitão Calith, enquanto ele está conversando com Niila que está se metamorfozeando numa mulher de cabelos castanhados e vestes gregas típicas, conforme anda em com o grupo com calma e paciência, protegidos pela neblina por ela evocada.

Samira:
- Era realmente necessário me atacar? Eu poderia ter matado seus lacaios, caso eles não fossem homens enfeitiçados pelo voodoo.
Capitão Calith:
- Conhece a arte voodoo? Como obteve tal conhecimento?
Samira:
-Minha ama de leite e mestra de bruxaria, em sua juventude, foi casada com um corsário mouro, chamado de Barão Lacroix, era um grande mestre e a ensinou essa arte, conheço muito pouco, somente contos e como se defender dela.

Calith fica calado e com um semblante estranho, mas permanece em silêncio, olha sutilmente para Niila e ela balança seu rosto suavemente concordando com algo.
Samira:
- Minha ama está muito velha meus caros, anda vagarosamente, devido ao seu peso excessivo. Voar nem pensar, já quebrou dezenas de vassouras (Risos) ...

Misteriosamente, eles não quizeram continuar com o assunto referente a ama Brigith, provocando uma maliciosa suspeita em Samira.

Niila. A ninfa...
-Até hoje, senhorita Samira, você foi a única que conseguiu proferir encantos dentro da Acqua Cúpula, até nosso primeiro encontro, eu acreditava que esse encanto era o mais poderoso escudo neutral. Estou completamente impressionada com sua capacidade extrema de controlar os morcegos, além de controlar seus instintos, manipula a estrutura físico-espiritual do animal.

Samira:
-Sou jovem, mas , por essas andanças aprendi muitas coisas interessantes, pra sobreviver a certos acontecimentos, tive que tomar atitudes enérgicas e decisivas que me acarretaram dons estranhos para muitos misticos.
- O mais estranho é que ainda estou sentindo mais presenças e tenho certeza que são inquisidores.
Capitão Calith:
-Eles estão nos procurando, um de seus sensitivos conseguiram captar a minha energia e a aura de Niila, eles pensam que eu sou um demonio, devido a minha aura vibrar em sintonia similar, Niila chamou muito a atenção deles, pois quase todas as ninfas já penetraram em portais e se isolaram em dimensões paralelas, te-la , seria um deleite para os alquimistas seguidores do Mago nazareno.
Samira:
-Malditos sejam, se eu ver um deles, vou disimá-los com todo o prazer, meus filhos irão beber gota por gota desse sangue miserável...

Chegando nas escadarias, os assassinos de Deus atacam !!!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sangue. Circo e a triste alegria...






Havia um fabuloso circo nos tempos antigos, Paris ainda pairava em sombras e vastos bosques, naquela grande tenda encantada , sempre houve luz e alegria, pessoas sorrindo , embora sem dentes , não se importavam, sensações indescritíveis eram manifestadas pelo espetáculo, com seus artistas maravilhosos que trabalharam em prol do entretenimento. Naqueles picadeiros, muitos impressionaram-se com a expantosa força do "Ogro", emocionaram-se com as profecias da vidente, ficaram amendrontados com as façanhas do mágico, mas, dentre todos os personagens, uma pessoa chamava atenção, o palhaço, o auge da felicidade de um picadeiro, embora fosse a maior atração, não tinha essa mesma energia em sua vida.
Stanley sempre se recusou a tirar a maquiagem , nunca quis voltar a ser o que era, nunca aceitou provocar tanta alegria e saber que isso não era um atributo da sua vida. Quando chegavam em grandes cidades, sua primeira procura era um lugar pra inebriar-se, beber pra esquecer sua tristeza que o assola desde os primórdios da sua existência , foi numa dessas andanças, onde ele descobriu a terrivel atitude ,algo inumado e sádico, o despertar de sua alegria,grande sorriso e satisfação.
Numa noite sem luz, ele experimenta o néctar do ódio, a maldade pura que logo corromperia sua alma triste. Crianças sorrindo era sua maior revolta, ele ligou isso a sua insatisfação e começou a cobrar da inocência algo que o destino lhe privou, tornou as lágrimas e o desespero das pequenas vítimas de sua alma atormentada, a fonte de suas gargalhadas...
No começo de sua busca por aquela sensação , ele era envolto de remorso, devido a suas atitudes monstruosas, seu ato demoníaco, sua única fonte de paixão, como toda ação, com o tempo se torna algo cotidiano, quando regido pelos prazeres insanos e desejos corrompidos.

" O ultimo sorriso de um palhaço insano "

Suas apresentações estavam no auge, Stanley nunca tinha ouvido tantos aplausos, desde o principio de sua conduta insana, parecia lhe dar forças, lhe proporcionava ânimo pra viver e fazer seus expetadores chorarem de tanto gargalharem, mas sua tristeza, logo aparecia e ele vagava pelas noites, buscando uma única inocência pra ceifar, lágrimas pra saciar sua sede infernal. Vagou pela penumbra da noite e não encontrou seu desejo, se viu em desespero, consumido por sua insatisfação, se tornou o que era novamente, havia muito tempo que seu rosto não era manchado pelos rios da angustia, encontrava-se em choque, consumido pela insatisfação e ódio, por não conseguir consumar o ato que ele imaginava como a única fonte de alegria que lhe restava na vida. A noite começava a abandonar aquelas terras, ele não tinha outra escolha, senão esperar sentando naquele cruzamento, o Sol e a lua estavam um de frente ao outro e no horizonte, parecia enxergar o que ele via como sua fonte de alegria, vindo da noite , inocência de cabelos loiros e vestes alvas, tranquilamente para no mesmo cruzamento em busca de flores que bela visão para os olhos de um homem de alma corrompida.

Stanley...
-quer brincar?
Inocência ...
-Sim, vamos pra minha casa,aceita ir pra lá, Stanley ?
Stanley...
-Como sabe o meu nome?
Inocência...
-Gostei muito de você...

Desde então, ele nunca mais foi visto vagando pela noite, buscando suas vitimas, foi levado por seu maior desejo , devorado por sua loucura...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sacré Messaline . O antro de Satã...




" Contarei uma duvidosa lenda sobre um discreto bordel Parisiense, frequentado por grandes homens da sociedade européia e por pessoas misteriosas, sociedades secretas com critérios etéreos além da compreensão do mundo se encontravam e discutiam o destino e princípios de assuntos não-convencionais, há muitos segredos guardados por aquelas paredes, elas escutam muito bem , mas seus lábios são selados. Posso dizer que tudo pode ter acontecido no fim do século 14 , não confirmo e nem atribuo a verdade ao conto , porem, não duvido dos meus sonhos"

Muitos atribuem as lendas e mistérios do Bordel a uma mulher , Rouge Rote, a dama de negro que administra com punho de aço a magnifica casa de diversões profanas para cavalheiros e damas inclinados a saborear do prazer infernal que as lindas mulheres daquela casa podem proporcionar, os mais poderosos homens já se apaixonaram pelas mulheres da casa , alguns dizem que elas não envelhecem, existem fregueses de décadas , com suas barbas brancas constituídas pelo rigoroso passar dos anos que atestam que são clientes da mesma mulher a mais de 40 anos e ainda não viu um fio grisalho em suas belas madeixas.
Um velho homem , seus 70 anos ,numa roda de amigos,num dos cantos do Bordel, conta um antigo rumor que ele presenciou na sua juventude, o evento que incitou essa lenda, diz que foi um dos primeiros clientes daquela casa e esteve na inauguração , onde Rouge Rote exerceu o oficio de meretriz pela primeira e ultima vez, naquele dia, Rouge foi a estrela da noite , brilhante em meio a tanta escuridão e luxuria , parecia um anjo imaculado, sua virgindade foi negociada, entre os poderosos homens de Paris.

A generosidade do alto escalão social estava em fúria , os homens mais poderosos da Europa estavam cobiçando o corpo da virgem Rouge como templários em busca do Santo Graal , altos lances embalavam a noite com a esperança de emacular aquela que definiam como um anjo na terra, com seu olhar inocente e seu sorriso sádico, parecia ser a pura mistura entre o céu e o inferno. homens enlouquecidos esqueciam o valor do dinheiro e os critérios do limite, os lances já beiravam uma considerável fortuna e o embate conduzido pelo desejo ainda estava indefinido. Rouge era pra eles a maça dos contos de adão e eva, mas não contavam que a serpente teria uma conduta diferente naquela noite.

Tabeliã:

-Aqui estamos , nos últimos estantes do leilão, oferecendo a virgindade de minha mais nova aquisição a casa, senhorita Rouge Rote, deem seus últimos lances

A multidão de pessoas davam seus lances, eram tantos que era difícil acompanhá-los, mas, havia uma distinta dama sentada entre os homens , vestida com o mais vermelho dos tecidos, elegante chapéu e longa piteira, cabelos loiros contidos por um penteado conservador, seus olhos ocultados por um pequeno véu.

A dama de vermelho:

-Ofereço seu peso em ouro...

Por breve momento, todo o salão fica em silêncio e a tabeliã e dona do estabelecimento fica realmente impressionada com a oferta, desacredita que tal oferta seja verídica.

Tabeliã:

- Pode provar que possui tal riqueza, distinta dama ?

A dama de vermelho:

- Providencio , muito mais do que o peso desta jovem neste exato momento !

A dama de longo vestido cor de sangue caminha em direção ao pupito e suavemente apoia seus dedos no queixo da dona do bordel e lhe concede um beijo calmo e suave, logo a mulher de corpo farto se torna uma estatua de puro ouro e com um estalar de dedos, ela faz a estatua em pedaços, ela calmamente segura em uma das mãos de Rouge Rote e sobe as escadarias do Bordel retirando suas roupas no caminho , suas vestes pareciam cair conforme ela andava, seus cabelos soltos foram ao chão, dourados como o Sol. Os homens, até os mais ricos , foram tomados pela ganância e lutaram por pedaços daquele ouro, mas quando retomam a consciência , deparam-se com a mais pura bestialidade, pedaços do que um dia foi aquela mulher em suas mãos , uma imensidão de homens ensopados de sangue.

" Diz o velho homem para seus amigos : Aquela mulher é Lilith, ela tomou pra si Rouge Rote como sua filha , observo Rouge e a vejo como há quarenta anos atrás, a única coisa que não sobreviveu , foi seu olhar angelical,depois daquele dia , seu semblante tornou-se completamente frio .. Rouge é a filha da Rainha do inferno, Fez sexo com a própria mãe e lhe foi concedida a longevidade e o dom de tornar longa a vida de quem a segue, já vi os mais poderosos homens ficarem na miséria, ao se encantarem por Rouge, tornando-se escravos a merce de suas vontades, ela é a perdição renascida em corpo de mulher" ..

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Samira. O confronto noturno ..



Samira corre por vielas e ruas clandestinas, reduto de mendigos e ladrões, todos se escondem, temendo o que poderia acontecer , pois aqueles que andam pelas noites, sabem do que se trata, exausta numa escura encruzilhada, parada, observa atentamente todos os lados, muita nevoa cobria a região, ela não sabia ao certo se era simples artificio da natureza ou fora evocada pelos inquisidores, que eram dotados de muito conhecimento sobre magia, muitos eram antigos feiticeiros que voltaram seus dons contra seus irmãos. Ao longe ela observa três fortes homens alinhados a frente de uma carruagem que avança em direção ao seu destino com misteriosa lentidão. O primeiro carrega a perigosa clava que desmantela magia, dizem que foi feita com metais das estrelas, o segundo tem longos cabelos, seus olhos brilham no meio da névoa, parece fitar seus olhos, mesmo estando ofuscada pela escuridão, o terceiro tem uma aura densa e nefasta , como um mestiço, filho de algum demônio.

homem com a clava.

-Pelas leis da sagrada santa inquisição, está sentenciada a morte, Samira , deve se entregar pacificamente ou temos ordens para eliminá-la de imediato caso descumpra a vontade de Deus.

Samira permanece estática, olhando atentamente , seu olhar nunca teve tanto ódio aparente.

Samira.

-Não tenho pretensão de me entregar, agora somente a morte pode me parar.

Os homens avançam , o espadachim lança suas espadas ao ar com uma força estrondosa em direção a ela. O forte mouro investe num combate físico com sua clava.
Samira pára as duas espadas no ar ..e lança contra seu portador, ele desvia com espantosa facilidade, ela observa o terceiro oponente parado, sem interferir no duelo. Logo o forte mouro investi contra Samira um poderoso golpe com a clava. Samira escala o grande homem e o abraça pelas costas colocando suas mãos em suas têmporas, o homem subitamente pára como se ela fosse um verme preso em seu corpo e controla-se sua mente.

O forte mouro, controlado por Samira em suas costas, é usado como um cavalo montado por ela, avança em direção ao espadachim de grandes cabelos, tentando acertá-lo com a clava , mas a rapidez de seus movimentos esquivos o livra da morte, o espadachim lança dois golpes atingindo a barriga do mouro, mas, isso não quebra o controle de Samira sobre ele , o rápido espadachim tem sucesso numa serie de golpes contundentes e Samira perde o controle sobre ele , devido a exaustão e a evidente morte do mouro. O Homem toma pra si a clava e tentar acertar Samira que avança sobre ele com suas unhas estendidas e afiadas pela sua capacidade de acelerar o crescimento e características delas.

Exaustiva dança esquiva acontece entre eles , no seu máximo, Samira não consegue controlar sua forma, devido ao uso de seu sangue bestial , provindo do pacto com o rei dos morcegos e pouco a pouco seu corpo entra em metamorfose , suas orelhas crescem sua fase se torna completamente semelhante a de um morcego e seus movimentos se tornam mais rápidos, superando a velocidade do homem oriental, ela rompe sua garganta com um rápido passar de suas garras, ele cai de joelhos, ela ainda descontrolada, avança sobre seu pescoço , sugando seu sangue,seus cabelos crescem e se tornam vermelhos, conforme ela se alimenta do néctar da vida ..

Logo ela deixa o estado feral , ao acabar de saciar a fome de sua contra-parte bestial.O terceiro caminha tranquilamente, Samira consegue vê-lo com mais exatidão, é um homem de idade mediana, provavelmente uns quarenta e cinco a cinquenta anos, acima do peso , manca de uma perna , vestido como um corsário, seu chapéu de longas abas, seus cabelos enfeitados , com ossos, uma bengala como apoio, ela sente magia fluido a cada vez que ele a apoia para andar melhor.

Homem de aura nefasta.

- Incrivel capacidade a senhorita tem, espantoso como derrotou o dois melhores assassinos da irmandade.
Samira .
-Odeio inquisidores , odeio ainda mais feiticeiros , magos que trabalham pra igreja, vamos acabar com isso seu traidor ..

Samira grita de uma maneira avassaladora , parece surgir das profundezas da sua alma tal grito que provocaria pavor ao mais corajoso dos homens, subitamente , barulhos acontecem em todas as direções , uma infinidade de morcegos brota das trevas da noite, como uma torrentes de crianças noturnas obedecendo o chamado da mãe.
Toda a nevoa se torna mais densa até o branco predominar no ambiente, ela ouve a batida da bengala e logo toda aquela nevoa se transforma em água e se moldar como uma redoma impedindo a entrada dos morcegos.
Samira balança seus braços , como uma dança e grita novamente , os morcegos explodem e ela mancha toda aquela água de vermelho, ela atrai o fluido da vida para sua volta como um manto protetor , pairando ao seu redor, houve aplausos vindo do homem de aura nefasta e ouve de sua boca, estranhas palavras.

-Sou Calith, o corsário , vim dos mares para te encontrar , mulher de ódio espantoso, sou um mestiço como já pode sentir, filho da fúria do mar, quero te fazer uma proposta, estou procurando força e poder , para uma viagem arriscada começar. Não sou um inquisidor, tudo isso foi um teste , bem sucedido como posso ver .

Logo os dois homens levantam, evocados da morte, a redoma flui a um unico lugar,condensando toda a água ,toda aquela água se acumula e se transforma numa mulher.

- Sou Niila, a ninfa . Assim como eu controlo as águas , você tem o controle sobre os morcegos, pode conduzir com sua vontade até a ultima gota de sangue de seus fiéis defensores, é uma grandiosa arte ...

A mulher de aspecto anfíbio , cumprimenta Samira com a educação de uma mulher da corte.

Samira se acalma e num súbito desejo , lança o sangue por todas as direções retornando para os ossos dos morcegos e em instantes, eles voam em direção aos cantos escuros,regenerados, voltados a situação , espreitando .

Calith..
- Temos muito a conversar , onde teria um bom lugar para beber rum?

Samira...
- Levarei vocês ao Bordel de Rouge Rotte, lá podemos conversar , vocês me pagaram muitos licores , pra compensar essa situação! Quero um vestido novo !!!!!

Calith...
-Justo .

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Perseguida pelos "Assassinos de Deus"..












Que noite tumultuada, estou cansada , meu vestido está um trapo ! tive que rasgá-lo ao meio e fazer uma fenda pra poder correr , não posso ignorar o ar e seguir voando, eles tem um sensitivo muito poderoso, posso sentir seu dom percorrer os ventos em todas as direções a minha procura, não posso usar magia, sou uma mulher correndo na noite. Falta uma boa distância até chegar no Bordel e pedir ajuda a Ama Rouge Rotte.
Malditos assassinos de Deus , inquisidores , mas parecem demônios e eu uma virgem santa perseguida pra ser sacrificada pelo singelo valor da minha vagina imaculada. Estou escondida entre as arvores, seguindo pras partes baixas de Montmartre, mais conhecida como o antro do Diabo, espero que tenham amigos nas vielas espreitando , talvez alguns vampiros para me ajudarem , espero que Nicolas esteja na cidade. Salomé, sempre temerosa é pacifista já deve estar a léguas de distâncias, poderia usar seu dom de abrir portais no tempo-espaço pra me tirar dessa enrascada, muitas pessoas me veem em mente, mas no final de tudo parece que sei que não encontrarei ninguém. Sinto a presença de um batedor, aquela maldita clava feita com metal provindo das estrelas faz um estrago em escudos mágicos e ainda sua própria presença nos enfraquece ( Vamos Samira, pense numa saída ). Chega !Vou enfrentá-los , em nome de Lilith ...

domingo, 5 de junho de 2011












Como cidadão Brasileiro orgulhoso de meus traços indígenas e cultura ancestral, não quero acreditar que os nossos "governantes" são os inimigos de nossa própria identidade,pois, quando agredimos aquilo que faz parte de nosso equilíbrio, estamos mutilando nossa historia, nossa memória. Fragmentado nossa terra, deixando o que chamo de "Ovelhas mutantes sedentas de verde" entrarem de maneira legal no coração natural deste país. Existem mil coisas a fazer pra produzir energia, eles preferem acabar com uma cultura e parte de nosso orgulho ...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A destruição da vida . A mutação da alma...

Nos seres humanos temos o hábito milenar de utilizar nossa morada maior, o planeta terra de maneira abusiva e desregrada, provocando a degradação de todo equilibrio natural, causando uma destruição ambiental a longo praso que nos dias de hoje sentimos fortemente, o reflexo real disso são as catástrofes naturais. Tudo isso foi ocasionado por nossa natureza parasitária aliada ao comodismo criado pelas classes "dominantes, que moldaram um conceito, modo de vida estagnado que serve como objetivo utópico daqueles que não tem nenhuma chance de atingir tais patamares. O modo de vida é algo fundamental para que toda a harmonia seja respeitada e seu ciclo não se corrompa. Em nosso planeta oferece atráves de seios meios , tudo o que os seres vivos precisam pra sobreviver , mas o comodismo ensinou a toda essa raça que ter alguém pra fazer algo cansativo por você é mais vantajoso, esse e mais outros fatores interligados, colaboram pra total desarmonia entre nosso ciclo natural e a plena certeza que nosso planeta não suportará esse total descaso por muito tempo.

entro nessa tema numa abordagem surreal. Fugindo contra todos os padrões aceitavés até por aqueles que aceitam determinadas questões relacionadas com o tema ...

Os Elementais e a degradação da natureza. Quando os puros espiritos enlouquecem...

Temos os sagrados guardiões e manifestações conscientes da própria natureza em si, os elementais como vitimas do descaso humano a nivel espiritual, pois, todo o processo de destruição de nosso eco-sistema não causa somente uma destruição a nivel físico , levando em consideração o fato que a existência em si, depende de um equilibrio entre a esfera fisica e a etérea. Penso nas possibilidades de reações ocorridas nesses seres tão importantes para a realidade como um todo. Rios sendo poluidos, exterminados com substâncias tóxicas quimicas e radioativas. Alguns estudos dizem que tais produtos tem alterado a composição quimica de certas substâncias naturais agredidas, tais seres elementais, fazendo parte do equilibrio são unificados a esses locais e atributos, são mortos e corrompidos por tais produtos...
Imaginem os efeitos que essas substâncias produzem a seres vivos, mutações que ocorrem aos seres vivos, vocês acham que seria diferente com eles ? É uma possibilidade que merece uma reflexão a todos aqueles que presam o lado místico da vida ...

Apep. O eterno ...




















Criatura colossal, habitante do submundo, tem como objetivo, conduzir uma onda de destruição por toda a realidade, a luz é seu maior inimigo , os Deuses são seus obstáculos, A noite ele regressa a terra e entra em combate com os Deuses . Apep sempre é destruído, morto e na próxima noite, ela regressa em seu objetivo destruidor. Apep seria um ser que nem os Deuses poderiam destruír.. Ele seria um ser além da própria existência divina de nosso universo e com a intenção de extinguir o infinito...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sagrata . A sacerdotisa de Shaitan ...















Além das ciências, num tempo onde os homens não definiam o destino através dos movimentos astrológicos. Nas eras onde Alath ainda era clamada como a Mãe da vida, Shaitan, o Deus da eternidade, foi respeitado como o Sol, Pai do fogo e senhor de tudo , nos tempos onde ele , ainda possuía as relíquias cósmicas, existia uma unica sacerdotisa que promovia seu culto, Sagrata, a Mulher eterna , viveu eras sobre o antigo solo de Acádia, Promovendo o culto de seu Deus.
A mesma , viu de perto a guerra divina entre seu Deus, contra aqueles que vieram de um mundo além dos mundos conhecidos por aquele que é tudo, viu seu senhor perder suas relíquias e ser banido para os confins de sua própria existência. Sua fidelidade era tanta que usou de suas ultimas fontes de poder mágico para se jogar nas profundezas e ser devorado pelo seu Deus, se tornando uno com seu senhor.

Os Assassinos ...




Hassassin, eram guerreiros de fama mítica que agiam de maneira furtiva e mistériosa nos arredores da Pérsia , diz as antigas lendas que eram homens predestinados a servi aos propósitos da morte, um clã de mercenários com uma ideologia sanguinária, criados por seus mais velhos , para os propósitos mais nefastos. Especula-se muitos fatos sobre esse antigo clã, muitos mitos envoltam sua historia através das eras.
Eram imunes ao veneno das serpentes, buscavam a perfeição das pericias mortiferas, espelhando-se nas viboras , falam que em seus ritos de passagem , eram mórdidos por viboras, simbolo de seu clã e somente aqueles que fossem capazes de sobreviver a isso , seriam dignos e honrados para se tornarem verdadeiros e implácaveis assassinos.
Dizem que os mesmos tinham o dom de se comunicarem com as viboras e controlá-las atráves dos seus pensamentos...

domingo, 22 de maio de 2011

O regresso do Dragão Negro ..




Sabe de uma coisa! Odeio a luz do dia, não suporto rotinas , não gosto de ser rotulado como uma pessoa de fases, me sinto fora do meu mundo ou preso a um mundo estranho de pessoas dogmáticas, morais patéticas, sufocado pela própria vida que inconscientemente escolhi , pois, me deixei ser levado por este vento. Não gosto de roupas multicoloridas e as uso, e nem sei , na verdade sei sim ! Deixei ser levado pela massa , conduzido pela manobra sistemática dessa sociedade mediucre. Estou regressando à essencia do meu ser... Nunca fui uma pessoa simpática a todos e nem quero ser, vou queimar toda a inutilidade, todo essa farsa e agir como nos velhos tempos, meus instintos me conduziram, sem razões ou emoções pra atrapalhar o meu sopro ígneo. Entrando num furação de chamas produzidas por mim, pra queimar tudo que não vale a pena ..

Lilith...




















Lilith representava um aspecto da Grande Deusa. Este mito tem origens que se situam na antiga Babilônia, onde os antigos semitas haviam adotado as crenças de seus predecessores, os sumérios, e está ligado aos grande mitos da criação, havendo estreita relação entre os cultos dos antigos que honravam a Grande Mãe chamada também "Grande Serpente" e "Dragão". O nome de Lilith tem raízes semíticas e indo-européias, ligadas às palavras "lil" que significa vento e ar, e também às palavras sumérias "lulti" (lascívia) e a palavra hebraica "lail" (noite). Ela era venerada sob os nomes de Lilitu, Lilu, Ardat Lili e Lamaschtu. A mitologia judaica coloca-a em domínios mais obscuros, como um demônio feminino do mal, a adequada companheira de Satã, que tenta os homens, assassina as criancinhas no berço, e ainda por cima é uma sugadora de sangue. Lilith seria assim o vento ardente que segundo a crença popular, punha as mulheres em febre logo após o parto, matando-as assim como a seus filhos.
Inscrições descobertas nas ruínas da Babilônia (Biblioteca de Assurbanipal) esclarecem a origem de Lilith, cortesã sagrada de Inana, a Grande Deusa mãe, também conhecida como a "Rainha dos Céus", enviada por esta para seduzir os homens na rua e levá-los ao templo da Deusa, onde se realizavam os ritos sagrados de fecundidade. Os costumes sexuais sagrados eram a dádiva de Inana para a humanidade. Em seus templos se praticava a prostituição sagrada e suas sacerdotisas eram conhecidas como Nu-gig. Os homens da comunidade buscavam a Deusa nessas sacerdotisas e o ato sexual era sagrado, proporcionando a cura física e espiritual. Esses ritos também se davam com o propósito de render boas colheitas, o ato sexual estava relacionado também com a fecundidade da terra. Inana era a deusa do amor, da fertilidade e também da guerra.
Confundiu-se Lilith, denominada "A Mão de Inanna", com a deusa que ela representava, pois a Deusa também recebia às vezes o título de "Prostituta Sagrada". Também não é incomum que se confunda Lilith com Ishtar ou até mesmo com Ísis pela ligação destas com a morte. Segundo a tradição o culto à Lilith também possuiria relações com o período mestrual, por isso as mulheres a cultuavam durante a Lua Nova, pois em muitas culturas era comum associar as fases da lua com a mulher, quando a Lua Nova chegava costumava-se dizer que a Deusa estava com as regras. Assim, o período normalmente dedicado a Lilith, naquela época, era exatamente o período menstrual. O momento em que as mulheres poderiam ter relações sexuais livres da possibilidade de gravidez e, por isso, tais relações estariam exclusivamente ligadas ao prazer (e não à procriação, como era a perspectiva patriarcal). Assim, muitas vezes, se referiu a essa Deusa como o "Espírito Menstrual".

quinta-feira, 19 de maio de 2011












Quando tudo se tornar um só , quando os pobres comerem o que caçar , os ricos revirarem os dejetos, por não saberem lutar pela vida com as próprias mãos, quando a Mãe Divina estiver mais próxima dos seus filhos,as lobas voltarem a amamentar nossos filhos. Quando a luz do astro Rei for branca como as nuvens de primavera , viveremos a margem de tudo.
As portas nos levaram a todos os lugares , os animais serão nossos guias pelas florestas densas. Os Deuses retornaram, mostrando o valor das flores e dos mares , rios e lagos. Saberemos o que é a vida ...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Voltando pra escuridão ...







Por muito tempo, andei ofuscado pela luz,
Reneguei as sombras, evitei os bosques escuros,
Segui em frente deixando meu manto nas estradas,
Abandonei meu cajado nas cavernas nefastas;
Invoquei a luz das estrelas,
Clamei pelo fogo do Rei dos astros,
Mas, somente Erebus me contemplava,
Viajei entre os caminhos do meu mundo interno,
Tentei encontrar minha centelha iluminada,
Tentei encontrar a força que me define,
Minha alma é mistério, como as palavras da Esfinge;
Minha alma guardada dentro de um sarcofago,
Ela urrava, pedindo escuridão e ódio.


"Minha aura é meu manto, meu pensamento minha espada, meu coração é o caldeirão, minha alma é Deus neste sagrado ritual"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Banimento ...








Samira - Como você pode fazer isso comigo seu ingrato, ancoro nas almas de nossos familiares desde a minha morte e assim perpetuo meus ideais, dentre todos que estabeleci minha influência, você foi o que mais simpatizei.
Eu - Por anos eu aturo suas atitudes, atráves da minha consciência, já práticou fatos horrendos e lastimáveis. No meu caminho, não vou tolerar esse tipo de conduta, principalmente provinda de uma figura tão importante pra mim. Você fez parte da minha caminhada espiritual por longos anos, mas hoje com a clareza de minha visão etérea , consigo interpretar sua presença como algo contrário aos meus intuitos.
Samira -Não admito! Ser descartada como um estorvo, como um espirito maculado, sendo banido de um jarro, de um hospedeiro.
Eu -Minha decisão está tomada e nunca irei me arrepender, assim, como não me arrependo de ter acatado tudo que me promoveu, seja bom ou ruim, nunca em minha vida, reclamei do que fez ancorado a minha consciência, agradeço por ter lapidado minhas atitudes, por ter tentado me transformar naquilo que não sou, sem a sua ambição e tentativa de me condicionar no que você é , nunca teria visto o que realmente sou e no que posso ser, muitas mudanças serão feitas daqui pra frente, agradeço a você, embora com atitudes contrárias as minhas intenções mágicas, creio que sua presença nesta trama do destino, tenha sido crucial para a compreensão da minha natureza.
Samira - Tu pagarás, seu insolente.

E assim a face de Samira muta para a sua contraparte e irmã...

Samara - Não estou aqui, meu abençoado descendente, para criticar meu destino, pois tudo está nas mãos do Uno e nosso destino é feito de seus fios, espero que daqui pra frente, tudo se torne melhor, se este paragrafo de nossas existências for necessário, que assim seja feito e que os Deuses te abençoem. Lembre-se de nós, com felicidade, pois, eu sempre fui pomderada e minha irmã.nunca conteve suas atitudes, estive com ela até o fim e continuo mesmo que tudo isso seja a ultima página de nosso livro.



Trodown - Amo, espero que a minha presença em sua vida não seja um incomodo, gostária de continuar a segui-lo e orientá-lo com minha humilde sabedoria sobre os outros planos.

Eu - Trodown, tu éis comigo, como um grande amigo( embora a sua pequena estatura,rs), desde as épocas de criança, que ficava abrindo a janela do meu quarto e me assustando de madrugada, no fundo eu adorava aquilo.

Trodown - Depois que a Suprema , banir as bruxas gêmeas, rompendo o elo mágico entre vocês, o que será delas, seram exterminadas?

Eu - Serão doutrinadas pelas bruxas anciãs, creio que não será nenhum problema para Samara, creio que Samira interpretará tudo isso como uma prisão.

Trodown - Samira vai se render as ordens e doutrinas das anciãs, o que acha?

Eu - Não. Mas fará o que pedi, se tornará distante de mim.

Trodown - Ela pode querer vingança, o que faremos?

Eu - Ela voltará muito pior, com muito ódio, mas, isso será em outro tempo, Temos muito o que fazer.

Trodown - Ela contou sobre.. Para aqueles que estiveram em sua presença.

Eu - Não. Sei que Helena sabe, mas ela descobriu por ela mesma.

Trodown - A filha de Hecate é muito esperta, mas senhor, creio que o motivo para esse banimento seja Samira, como sempre, mas, agora que o senhor está sendo regido pelos Deuses, ela estava pomderada, no passado teve motivos pra banir ela, mas agora, não vejo o por que, acho intrigante tudo isso, só se !!??
Eu - O que ? Trodown ?

Trodown - Samira ficou ancorada aos seus chacras por muito tempo, e sinto ainda muito da energia dela percorrendo sua anatomia oculta, presumo que efetuará um processo alquimico para eliminar sua energia.

Eu - Não será necessário, com o tempo tudo voltará ao normal. Sei que Safíria Samira Mello'beth fará o que pedi sem pestanejar...

Trodown - Onde em qual esfera, ou reino ela será exilada ?

Eu - Ela não será exilada , Será transformada, pois, como já sabes , nada se destroi ...

Trodown - Ela sabe ?

Eu - Não ...

Trodown - Espero que no futuro eu possa ve-las novamente
Eu - Não sei ao certo ..

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lendas do Maranhão ...









A serpente que envolta o Maranhão


Diz a lenda que uma serpente adormecida cresce pouco a pouco ao redor da ilha de São Luís, e no dia em que sua cauda encontrar a cabeça, o monstro destruirá a cidade, fazendo com que ela seja tragada para sempre pelo oceano. Afirma-se, também, que um dos locais em que é possível confirmar tal história é a Fonte do Ribeirão, onde está a cabeça do animal, e quem olhar através das grades da entrada, poderá reparar nos medonhos olhos da cobra luzindo na escuridão. Segundo a crença, a gigantesca serpente encantada habitaria as galerias subterrâneas que percorrem o Centro Histórico de São Luis, e do seu corpo descomunal a barriga encontra-se à altura da igreja do Carmo, e a cauda à da igreja de São Pantaleão.

A imaginação popular criou explicações diferentes para essas construções subterrâneas na capital maranhense. Uma garante que elas teriam funções estratégicas, pois serviriam para permitir a fuga em caso de ataques de invasores estrangeiros ou revoltas populares, já que muitas têm saída para o mar; outra afirma que elas eram usadas pelos padres para se locomoverem em segredo de uma igreja para outra, e de também promoverem por ali um rendoso contrabando de mercadorias e escravos. Na verdade, as bicas da Fonte do Ribeirão são alimentadas através dessas galerias: a principal possui dois metros de largura e suas paredes são guarnecidas dos dois lados por bacias incrustadas nos nichos de onde brota a água, que depois escorre por condu-tos laterais até sair pelas bocas das carrancas, situadas mais abaixo.

Construída em 1796 a mando do governador D. Fernando Antonio de Noronha (1792-1798), considerado o mais ineficiente de quantos estiveram à frente da administração maranhense durante o período colonial, a Fonte do Ribeirão, situada entre as ruas do Ribeirão, das Barrocas e dos Afogados, tinha como objetivo principal melhorar o saneamento da cidade através do fornecimento
de água potável à sua população, mas o passar do tempo acabou por envolver essa obra em um manto de lendas e mistérios criados pela imaginação popular. No entanto, o mais conhecido deles - justamente o da serpente encantada - já existia bem antes dessa data. O padre Antônio Vieira (1608-1697), quando chegou ao Maranhão em 1653, encontrou um estado praticamente independente do resto do Brasil, um litoral imenso que se estendia do Ceará à foz do rio Amazonas, cheio de dunas, mato fechado e pouco desbravado, um verdadeiro vespeiro, segundo seu entendimento, no qual os jesuítas se defrontavam diariamente com os colonos. Por isso, magoado com as rixas constantes que era forçado a enfrentar, ele resolveu desabafar em abril de 1654, quando ao final da missa que rezara, pronunciou um sermão purgativo.

Nele, o grande missionário afirmou que o Maranhão havia se transformado no “reino da mentira”, e lá, como no fundo dos mares, não havia solidariedade alguma, pois tal como entre os crustáceos e os peixes, imperava o canibalismo. A inconstância de tudo por lá era tamanha, dizia o jesuíta, que a baía de São Luís era a única, no mundo inteiro, onde até o sol, tão certeiro em outras latitudes, enganava os pilotos. E afirmava: “olhando o astrolábio, ora ele indicava um grau, ora dois, e o resultado era que muitos barcos encalhavam por lá”. O que o fez concluir que “até o céu mentia no Maranhão”.

Continuando, disse o padre Antônio Viera que naquela vila a mentira, não tendo para onde ir, alimentava ainda mais outras inverdades. Nasciam e ali ficavam. Lá a mentira dançava de roda. Era por isso, talvez, que o povo temia a Serpente da Ilha, monstruoso ofídio que diziam dormir ao redor de São Luís, e que se algum dia suas presas encontrassem o seu rabo, mordendo a si mesmo, ela se ergueria para devastar com tudo.

Fonte: www.patrimoniolz.com.br

LENDA DA CARRUAGEM DE ANA JANSEN











Em 1682 criou-se no Maranhão a Companhia do Comércio do Maranhão, cuja finalidade seria a de introduzir naquela região cerca de quinhentos escravos a cada ano, vendendo-os a cem mil reis cada um, bem como a de exercer o monopólio dos gêneros alimentícios. Mas ela não só deixou de cumprir o compromisso com relação aos escravos, como também vendia mercadorias de péssima qualidade a preços elevados, o que ocasionou um levante popular chefiado por Manuel Beckman, o Bequimão, colono influente e rico proprietário, que atraiçoado por um sobrinho acabou sendo preso, julgado sumariamente e executado. Subindo ao patíbulo, esse português de nascimento declarou apenas que morria contente pelo povo maranhense.

Tal época propiciou a formação de grandes fortunas no estado, administradas com mão de ferro pelos que as possuíam. Entre esses ricaços de São Luis encontrava-se Ana Joaquina Jânsen Pereira, mais conhecida como Donana Jânsen, uma comerciante poderosa e que por isso mesmo exercia forte influência na vida política, administrativa e social da cidade. Sobre ela dizia-se que era perversa ao extremo, que submetia seus escravos às mais bárbaras sessões de tortura, aplicando-lhes suplícios tão grandes que eles geralmente acabavam morrendo. Daí que de certa altura em diante o nome dessa senhora passou a ser pronunciado não com respeito, mas com evidentes sinais de medo ou pavor.










Isso aconteceu no século 19. Anos após a morte de Donana Jânsen, os moradores da Praia Grande, onde ficava o casarão que a temida senhora habitara, passaram a comentar que nas noites de sextas-feiras, principalmente nas mais escuras, uma carruagem puxada por parelhas de cavalos brancos sem cabeça, guiados por uma caveira de escravo também decapitado, desfilava em desabalada carreira pelas ruas de São Luis conduzindo em seu interior o fantasma da comerciante que assim pagava pelos pecados, desmandos e atrocidades que cometera em vida, e para os quais não encontrara perdão.

Revela a lenda que se algum infeliz retardatário tiver a desventura de encontrar-se com a carruagem de Ana Jânsen pelas ruas de São Luis, deverá incontinenti rezar uma oração pedindo que a alma da maligna criatura seja salva. Caso contrário, receberá, ao deitar-se, uma vela de cera entregue pelo fantasma, e quando o dia amanhecer, esta pequena peça terá se transformado em um osso humano descarnado.







LENDA DA MANGUDA

A crendice popular sempre foi o terreno fértil em que nasceram e cresceram as superstições e os mitos existentes com fartura em todos os povos. São incontáveis as histórias americanas, européias, asiáticas e oceanienses, que falam de fantasmas e assombrações, de criaturas fantásticas das mais variadas formas, de lugares e recantos que se tornaram mal-afamados em conseqüência de acontecimentos misteriosos lá acontecidos, e invariavelmente atribuídos ao sobrenatural, às coisas do outro mundo. Daí se poder dizer que cada localidade, cada agrupamento humano tem guardado na memória dos seus moradores o registro de fatos inexplicáveis vividos pelos seus antepassados, cujo sentido místico é resguardado sob a capa de mistério, de imponderável, de incompreensível, de enigmático.

A cidade de São Luís, capital do estado do Maranhão, é uma delas. Fundada em 1612 por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardiére, que veio da França com uma expedição composta por mais de quinhentos homens e se estabeleceu, de início, em uma ilha próxima ao continente - a que chamaram de São Luís em homenagem ao seu rei, Luís XIII -, ela se tornou símbolo do ardor patriótico daqueles que defendiam a integridade física do solo brasileiro: em 1615, na batalha de Guaxenduba (*), os portugueses chefiados por Jerônimo de Albuquerque, tomaram a ilha e expulsaram seus ocupantes. Livre das tropas francesas, e posteriormente das holandesas, São Luís tornou-se importante centro de comércio colonial, e foi justamente essa atividade que proporcionou o surgimento de uma das mais conhecidas lendas maranhenses, a da Manguda, que sobressaltou e encheu de pavores não só as crianças, mas também grande parte dos adultos da pacata cidade provinciana.

Em 1719 foi erguida uma capela na região conhecida como Ponta do Romeu. Anos depois, em 1775, essa pequena ermida ganhou maiores proporções e recebeu o nome de Igreja dos Remédios, o mesmo dado posteriormente ao bairro onde ela se alojava. Uma dos mais belos e conservados templos católicos da capital maranhense, a Igreja dos Remédios fica de frente para a atual Praça Gonçalves Dias, também conhecida como Largo dos Remédios justamente por causa do santuário, realizando-se ali, no mês de outubro, uma das mais tradicionais festas religiosas de São Luís.. O terreno onde ela está situada pertencera à Ordem de São Francisco, e era conhecido anteriormente como Largo dos Amores, porque a escadaria ali existente sempre foi um dos locais preferidos para encontro de namorados.

No final do século 19, o Largo dos Remédios e adjacências era uma região mal iluminada, e por essa razão evitada pela população local tão logo a noite caía. Nas imediações ficava situado o porto do Jenipapeiro, pouco fiscalizado pelas autoridades policiais porque estas, acreditando que a guarnição da penitenciária existente no lugar onde hoje funciona o Hospital Presidente Dutra, estaria se encarregando normalmente dessa missão durante o desempenho diurno e noturno de suas atividades de guarda e vigilância, consideravam tal providência como desnecessária. Mas a presunção não era correta, e sabedores desse fato os comerciantes envolvidos com o contrabando de mercadorias - especialmente tecidos europeus -, que já haviam fracassado em diversas tentativas de recebimento das cargas ilegais, perdendo-as com os flagrantes e as apreensões efetuadas pela polícia, escolheram o Jenipapeiro como ponto ideal para a entrada do contrabando que chegava nos navios vindos do exterior, evitando dessa forma o pagamento dos impostos devidos.

Para facilitar ainda mais as coisas, os contrabandistas idealizaram e executaram o plano de assombrar as redondezas da praça e da Igreja dos Remédios com uma aparição fantasmagórica: um vulto de grande tamanho envolvido em uma espécie de camisola branca, com mangas largas e compridas - daí a razão de ter sido batizada com o nome de Manguda - tendo o rosto disfarçado por uma máscara caveirosa e soltando fumaça pelo alto da cabeça. O embuste funcionou durante certo tempo, até que alguns cidadãos mais corajosos desconfiaram de alguma coisa e decidiram verificar de perto o que estava acontecendo, descobrindo que não havia nada de sobrenatural na estranha “aparição”, muito pelo contrário, ela era “humana” até demais, pois servia apenas para encobrir as atividades ilegais dos comerciantes interessados em lesar o tesouro imperial.

Mas tem gente que até hoje jura de pés juntos que a história é verdadeira.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Deus interior ..











Por eras o mundo vem experimentado evidências concretas sobre capacidades humanas além da compreensão comum, tais como, místicos hindus e a levitação através da meditação,o saudoso Aleister Crowley, provocando alterações na realidade através de sua absoluta vontade,estão entre muitas ocorrências impressionantes provocadas pelo misterioso e oculto segredo que envolve o verdadeiro potencial de nossa raça.
Lembro dos casos da idade média, onde os seres humanos tinham um contato singular com outras realidades e seres, onde o ser humano em muitas ocasiões, provocou o desejos de seres "mágicos", temos muitos eventos conhecidos pela historia e mitologia retirada dos períodos arcaicos. Deuses que se apaixonaram por humanos, Anjos que ensinaram mulheres a usar o poder da natureza para se defenderem, as mesmas que tiveram filhos com eles. Perante muitas crenças, nos seres humanos somos provindos de origens divinas, moldados, feitos da carne, do sangue de seres superiores. Seria essa a chave para a questão envolvendo os poderes ocultos do ser humano, algo profundo, envolvendo nossa origem imemorial.
Quando Aleister disse: "Não existe maior Deus, senão o homem", ele poderia estar falando sobre a chave do equilíbrio da realidade, seriamos os novos Deuses desse plano provocando de maneira ignorante a destruição de nosso Paraíso? Seriamos o encontro harmônico entre os dois planos, uma união entre dois padrões, a tentativa divina de não perder a sua essência e promover a tentativa de prosseguir com a evolução conjuntamente com aqueles que eles sempre ensinaram e protegeram.
Os Deuses estariam não só em suas propriedades , mas, dentro de nossa alma, seriam nossa essência primal. O passado seria a chave para resgatar a esperança de um futuro com consciência e potencial para sobreviver nas eventualidades que estão por vim.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Etrusquia..






Os Etruscos eram um aglomerado de povos que viveram na península Itálica na região a sul do rio Arno e a norte do Tibre, mais ou menos equivalente à atual Toscana, com partes no Lácio e a Úmbria. Eram chamados Τυρσηνοί, tyrsenoi, ou Τυρρηνοί, tyrrhenoi, pelos gregos e tusci, ou depois etrusci, pelos romanos; eles auto-denominavam-se rasena ou rašna.
Desconhece-se ao certo quando os Etruscos se instalaram aí, mas foi provavelmente entre os anos 1200 e 700 a.C.. Nos tempos antigos, o historiador Heródoto acreditava que os Etruscos eram originários da Ásia Menor, mas outros escritores posteriores consideram-nos italianos. A sua língua, que utilizava um alfabeto semelhante ao grego, era diferente de todas as outras e ainda não foi decifrada, e a religião era diferente tanto da grega como da romana.
Existem certas analogias com religiões orientais (especialmente com a de Suméria e Caldeia e mesmo a egípcia).
O tipo de religião é de revelação, e está plasmada numa série de livros sagrados, os quais têm temas tais como a interpretação dos raios, a adivinhação, a retidão do estado e dos indivíduos e até um análogo do Livro dos Mortos egípcio. Tudo o compêndio religioso é conhecido como "Doutrina Etrusca". Esta se dividia em "Doutrina Teoria" e "Preceitos Práticos", e estava dedicada à procura da interpretação de praticamente tudo fora do comum para predizer o porvir.
Os sacerdotes denominavam-se arúspices, e sempre tiveram uma posição de privilégio na sociedade. Os arúspices especializavam-se em "interpretar" o que consideravam diversos "signos" proféticos: a adivinhação a partir da observação dos fígados de animais sacrificados, a crença em que se podia adivinhar o futuro observando os raios (ceraunomância) ou outros meteoros, e a "interpretação" com intenções divinatórias dos voos das aves. Havia rituais de todo tipo, tanto dirigidos ao estado quanto aos indivíduos, extremamente minuciosos e formais, até o ponto de os considerarem como ciência.



O panteão de deuses etrusco está intimamente ligado à influência da mitologia grega, daí que for adorados deuses homólogos aos gregos, embora formasse uma tríada, similar à Creto-micênica. A mais importante foi: Tínia (Zeus), Uni (Hera) e Menrfa (Atena), que se veneravam em templos tripartites. Também existia a crença na existência de demônios maléficos, ao jeito assírio.
Os etruscos criam no mais além, daí as manifestações de grande importância nos lugares de enterramento. Um dos túmulos mais conhecidos é o Hipogeu dos Volumni, nos arredores de Perugia.
É importante salientar que o sagrado interveio sem interrupção nas suas vidas e a sua presença agoniava seus espíritos e corações, embora um jeito de paliar ou atenuar isto foi uma moral que resultava "licenciosa" para os gregos e romanos. É quase com segurança que dos etruscos tomaram os romanos a noção de "circo" já não para representações teatrais senão para lutas entre gladiadores: em efeito, entre os etruscos estas lutas costumavam fazer parte de sacrifícios fúnebres de pessoas da elite, ou uma "diversão" realizada com os prisioneiros de guerra.

Sirenas. Implacáveis seres das águas ..







As sirenas estão associadas aos aspectos negativos do elemento Água. Às vezes são representadas como mulheres-pássaro (harpias), ou ainda ninfas marinhas. Tradicionalmente, eram mulheres que cantavam e tocavam tão deslumbrantemente que seduziam os marinheiros fazendo com que seus navios se chocassem contra os rochedos que circundavam a ilha em que viviam. Mas essas histórias são essencialmente simbólicas e ilustram acima de tudo a sedução que o reino das fadas representa para os que aprendem a ouvir o seu chamado. A morte simboliza apenas o desaparecimento de alguma característica em nós para dar nascimento a novos aspectos.
O contato com as sirenas aumenta a habilidade no uso do poder mágico das palavras. elas são experts na arte do encanto e da sedução. Embora as harpias tenham sido descritas como tendo aparência horripilante, a canção que emana delas tona-as belíssimas para quem ouve. Estes seres possuem a chave para o encontro de nossa própria beleza interior, independentemente da aparência externa.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O Corpo do Caos , a criação da vida..













E o senhor prevaleceu sobre o corpo machucado de Tiamat
E com seu cruel cajado esmagou sua cabeça
Ele cortou as veias por onde passavam seu sangue
E fez o vento do norte correr por lugares secretos

Água perpetua ..


A água é o elemento criativo da vida e muitos contos e lendas narram que a vida emanou das águas espirituais. Ela é, desde muito um símbolo do ventre e da criação. Na cosmologia babilônica, os deuses filhos da Mãe Tiamat fluíram para a existência do seio das águas da vida. no folclore escandinavo, Ran, a deusa do mar, teve com seu consorte Aegir nove filhas gigantes: as ondas.
Mas a água tanto pode ser criadora como destruidora, fonte de vida e de morte.
Presente já nos fluidos amnióticos da vida pré-natal e ao longo de toda a nossa vida, a água é indispensável à existência por ser o elemento primário que circula pelas veias no interior do organismo.
Por outro lado, a morte é frequentemente descrita como o atravessar das águas. Na mitologia grega só se chega ao mundo subterrâneo dos mortos cruzando o rio Estige. Muitos dos antigos mitos atestam o poder destrutivo da água nas inundações e dilúvios.
A água é também purificadora. Possui seu próprio ritmo e movimento que representa o tempo e a mudança. Cruzar as águas significa uma profunda alteração de consciência , o que ainda pode ser entendido como iniciação.
A mais importante dessas iniciações associadas à água é o batismo. as atuais cerimônias de batismo não possuem a profundidade dos antigos batismos ritualísticos, que eram minuciosamente preparados para que, quando executados, desprendessem a teia etérica do corpo a fimd e abrir a verdadeira visão espiritual. Sua força regeneradora era tamanha que se equiparava a um segundo nascimento. Passava-se então a contemplar o mundo sob sua verdadeira luz, a espiritual, e as forças espirituais que operam no interior e através do reino físico passavam a ser claramente percebidas.
A água, como fonte da vida, foi sempre considerada misteriosa. Os oceanos e mares, mais velhosque a própria vida, estão constantemente em mutação e, contudo, são os mesmos. As civilizações vêm e vão, mas os grandes mares sempre estiveram presentes. Deles são extraídos os alimentos que perpetuam a vida, porém em suas profundezas desconhecidas muitos indivíduos perderam as suas . Para os antigos, a água era eternamente bela, sempre mutante e sem princípio ou fim.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Medo do mistério ..




Pesquisando sobre magia, bruxaria e outras vertentes do misticismo mundial, venho percebendo um parágrafo mágico que não consigo tirar de questão, levando em consideração os ritos de magia negra e seu envolvimento infernal, sempre me pego com uma incógnita, porque em todo rito de magia negra as pessoas se protegem com pentagramas , seja ele normal ou invertido? Compreendemos que o invertido originalmente também é um símbolo de proteção divina, fora os círculos protetores desenhados no chão, tanto medo para invocar as forças do Caos, será que a humanidade não está preparada para tal contato. Fico pensando em certas hipóteses baseadas em fatos ocorridos através dos tempos. Aleister morreu de maneira cruel e solitária, Helena P.B nem se fala, será que o caminho da magia é um caminho de desprendimento físico, em graus elevados, sua vida acaba se tornando algo fútil e sem sentido algum, acabamos como velhos sem aptidão para nenhum afazer desta realidade , no final de tudo a única companhia que teremos são os Deuses, Malachs e espíritos que invocados em nossos solitários procedimentos mágicos .
Que medo é esse, todos deveriam abrir seus pentagramas, libertar-se de tudo que aflige sua mente , esse terror que não deixa a humanidade evoluir, o porque de não encarar um espírito frente a frente, sem proteções , levando em consideração o fato que o corpo humano em sua conjuntura total é o próprio e perfeito pentagrama, somos abençoados com a luz divina desde a criação de nossa essência, então pense, por que ?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A antítese da realidade...



Vou expressar minhas teorias relacionadas a questionamentos de certas tradições religiosas de fundo dogmático intencionadas na promoção do medo como uma estratégia para controlar a massa que por séculos obedecem essas tradições injetadas no âmago da ignorância humana como uma forma de criar marionetes para uma civilização penitente e dependente de uma organização oportunista e convenhamos, muito inteligente.
Fiquem atentos a essas palavras, quero mostrar uma visão muito diferente de uma provável e iminente macula ao ser humano, falo agora do suposto tormento eterno aos pecadores e transgressores da divina palavra, existe de fato uma condenação para o espírito pelas condutas vivenciadas através de sua caminhada aliada a um deposito corpóreo ?
Eu digo, não!!!:


Vamos ser racionais pelo menos algumas vezes nesse mundo louco, como o seu espírito após o desligamento do seu corpo pode sofrer um suposto tormento eterno como diz aquele livro de péssimo autor, levando em consideração alguns fatos, como a definição da palavra sofrimento, creio que o mesmo possa ser imposto de várias maneiras aos seres dessa realidade, temos a tortura psicológica ( Mente, funções emotivas da mente ) e temos os flagelos físicos,como: Agressão, tortura e outros fatores relacionados, tais como acidentes e doenças que propiciam dores ou incômodos diversos. O primeiro fato é o sofrimento ligado com a pisque que é uma palavra que remete a alma , ao âmago do ser de maneira psicológica sem atribuições concretas aos estudos espirituais, através de alguns estudos relacionados com a natureza espiritual que influência os seres vivos, podemos interpretar essa questão de uma maneira bem ampla, em diversos casos estudados por especialistas, encontramos informações referentes ao uso da mente humana no momento onde um ser meta-físico está influenciando/controlando um ser vivo, em todos os casos relacionados, não é utilizado pela força extra-corpórea, as funções cerebrais referentes às capacidades sensoriais,assim, podemos atestar a insensibilidade dos seres que podem estar nos influenciando/controlando mediante intervenções inconscientes/conscientes de seres provenientes de outras dimensões. Outro fator envolvido, podendo elucidar essas questões são os processos de conformação transversais observados nos seres oriundos de outras dimensões/planos/esferas, constituídos de uma morfologia desprendida de fatores orgânicos e suas limitações, encontramos nessa questão uma polêmica e gigantesca discussão, pois, um ser vivo, possui uma unidade meta-física, um epicentro latente de energia com uma questionável interação com a comunicação sub-atômica universal, segundo alguns estudos, esta similaridade, nos coloca no centro de uma condição existencial controversa, onde nos perguntamos se a nossa condição psíquica, responsável pelos processos sensoriais são oriundas de nossa condição meta-física primordial ou essa característica é fruto da inércia evolutiva que hipoteticamente pode ter criado essa realidade sensorial limitada.


O abandono da mente consciente...

A psicologia nos dá uma versão muito interessante, não menos importante, contudo, numa trilha diferente, onde podemos observar algumas características que indiciam essa essência desprovida de sensorialismo e padrões físicos. Certas psicopatologias, ocasionadas por neuro-desiquilíbrios minerais e hormonais em eventos traumáticos do cotidiano humano ou decorrente de disfunções orgânicas diversas, provocam a fragmentação das funções conscientes da mentalidade humana, em alguns casos notáveis, essa fragmentação causa lesões psicológicas graves onde o ser vivo relacionado pode perder a capacidade consciente parcial ou totalmente. Nesses casos mais expressivos, encontramos a depressão profunda, psicopatias e esquizofrenia, agora, o que os loucos tem haver com a essência meta-física primordial ?

Em basicamente todos os casos, os seres afligidos, desenvolvem curiosos traços de ações relacionadas com o abandono das condições físicas, seja o bloqueio ou total disfunção das capacidades sensoriais : Em muitos casos, eles não obedecem as regras psicológicas involuntárias do ser vivo, perdendo funções básicas sentimentais e até mesmo, não sentindo nenhum tipo de condição emocional, tal como: carência, afetividade, padrões sociais, o mais fascinante, são os episódios onde em determinados casos, o critério da dor é invertido ou simplesmente negligenciado pela psique. Neste momento da discussão, eu abordo certos paradigmas que são interpretados com repulsa pela sociedade padronizada, nos casos mais alarmantes, onde seres humanos são completamente destroçados psicologicamente, criando uma vasta gama de assassinos, suicidas e desequilibrados, podemos ver uma questão que nos remete ao abandono da realidade sensorial, abraçando uma tentativa inconsciente de interação com a sua própria forma de transcendência, destruindo a si mesmo ou a tudo que lhe faz lembrar dos traços conscientes que um dia fora preso. Essa condição destrutiva perante tudo que é relacionado com o físico, pode ser atribuído a conceitos relacionados ao Caos primordial, sendo interpretado pelas funções conscientes que foram aniquiladas ou suprimidas pelo instinto puro e inconsciente, liberando esse desejo que tenta nos arrastar para a antítese, outrora evolutiva, hoje, inerte e rumo a total atrofia.

É claro que não podemos deixar de correlacionar, casos onde a fragmentação e aniquilação parcial da mente consciente coloca as funções do ser afligido num patamar de inversão de fatores onde prazeres e gostos são corrompidos e pessoas sintam satisfação em atitudes contrárias a tudo que foi interpretado como certo pela sociedade ou pela própria consciência assolada pela condição no decorrer de sua vivência. Nesses casos, podemos afirmar a influência sensorial, onde é descartado a influência desse impulso pré-consciente" enigmático.

Neuro-fisiologia. O plano físico, a alma é livre !

Pelo básico que conheço sobre fisiologia, para sofrer e sentir dor é preciso ter um conjunto sofisticado de receptores nervosos e um sistema nervoso central que recepta,distribui e armazena a interpretação do cérebro e o seu estimulo de aceitação, reconhecendo o feito como dor, sofrimento,etc. O espírito é de conjuntura energética e tem como fonte a propriedade primordial da consciência universal, segundo estudos, tendo uma total desligação sintética de sua contra-parte física, possuindo origens, padrões,conjunturas antagônicas. Mediante às afirmações anteriores, onde abordamos a ação da mente consciente e sua possível perda em alguns casos, observamos o abandono da função sensorial, total ou parcialmente em alguns casos e mesmo assim, o ser ainda possui desejos e atuações sem relações com suas capacidades neuro-psíquicas de raciocínio e criatividade, nesse caminho, afirmo sobre a condição ilimitada e existencial do que podemos interpretar como espírito ou por diversas formas diferentes, variando de acordo com as culturas onde o tema é abordado, sua atuação desprovida de grilhões físicos e sua capacidade ilimitada de elevação/evolução rumo ao seu mistério primordial individual.

Nesse mundo de finitas possibilidades de sensações, afirmo conclusivamente que podemos buscar caminhos pessoais que nos apontam a verdadeira evolução, livre de conceitos limitadores que sufocam as massas e trancafiam nossas almas nessa realidade que é interpreta em muitas filosofias como uma prisão, literalmente.

Através destas palavras de um suposto herege segundo a concepção da massa corrompida pela indução dos dogmas religiosos, não estou querendo dizer que pode sair por ai matando pelo amor de qualquer coisa que acreditem.

A verdadeira prova e sofrimento está na esfera física de acordo com os fatores citados anteriormente. Então , desde já comecem a barganha por suas almas, escolham suas formas e interpretações mais fieis de um contratador e de um contrato satisfatório para suas vidas físicas com o intuito de apaziguar o sofrimento que é viver, buscando o auxílio de "seres" mais experientes que já estão livres e que podem te auxiliar na fuga da maior prisão já vista na historia, a própria realidade.

“Assim como toda felicidade é passageira, nenhum sofrimento será eterno”.

Diabolus ...