sábado, 4 de setembro de 2010

O silêncio do sábio




Louco mundo de castelos esquecidos em meio a brumas imaginarias lutas invisíveis de pessoas insanas desde o maldito berço. Nuvem cinza ao longe, união de lacaios do acaso, do destino sem retorno, da vida sem portas para aqueles que acreditam no começo e no fim. Tempo, o que é tempo? Multidões acreditam em seus ponteiros enquanto poucos ditam suas paradas. Acreditar em si mesmo é o que não se pode fazer, foi-se o verdadeiro tempo, onde éramos conduzidos na penumbra, apenas pelo brilho da lua e o instinto de nossas idéias, devaneios e transes ao girar nas fogueiras do autentico orgulho de ser o que é, Tornou-se patológico, o ato de olhar para dentro de si e pronunciar as palavras esquecidas pelo homem, ouvir não é mais atributo dos sábios, falar se tornou cansativo, inútil, livros não são mais queimados, porem, somente a lembrança dos apaixonados pelo sábio pode sentir o calor, era melhor usar as fogueiras, emanavam o calor da genialidade com mais força e presença, hoje impor as pétalas de lótus, se tornou inviável, contornável, dispensável, pelas mentes que prezam isso que eles chamam de praticidade, a informação é banalizada, como as sagradas minhocas, pisadas, sem algum valor para aqueles que não acreditam em suas anteriores existências.
Não posso colocar a figura do Caos em evidencia nessa trama do esquecimento, lamento dos ouvidos que sangram, pois, destruir é a transformação, o que vejo é a simples ação do tempo ditado por aqueles proclamados “Deuses encarnados”, quer a inércia como artifício de sua evolução, quer o sábio somente pra si e nada mais. Prisão de teias finas, A grande aranha do espaço nada faz, observa atenta, detentora de todos os fios, não dita às formas, nem os meios do livramento, grilhões invisíveis continuam sólidos como a rocha que constitui o Himalaia, leve como as gigantescas fadas das tempestades. O ser submisso como os anjos do sagrado Uno, calado, não se ouve seus comandos, o sábio parou de ler seu livro infinito.

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