domingo, 1 de abril de 2012

A Justa enlouquece ...
















Chora rios de angústia Justiça,
Lindas lágrimas cor carmesim.
Sofrimento suprimido sob pura clareza,
Não vê, mas ouvi cada grito de terror,
Sente cada aflição, lamento e sofrimento.

Oculta seus olhos, mantêm a harmonia,
Entre gêmeos opostos por um destino,
Tanto evitou com a luz de sua espada,
Razão criada na forja do equilíbrio.


Os gritos fazem tremer seus dedos firmes,
O que sente, faz pulsar seu coração,
Outrora tranquilo, hoje em fúria.

Estes são os últimos momentos,
O véu alvo, agora carmesim,
Expressa às faces do mundo,
ocultado pelo jugo,feito a si própria.

Suportou até esta realidade,
Seu véu está caindo, sucumbindo;
Não pode largar a libra,
Nunca abandona sua espada.

Justiça, hoje seu nome é desespero,
Sua libra, fragmento do passado,
A espada em punho: Dor fulgurante !

Avista o mundo sem o véu,
Seus olhos eram a esperança preservada,
Neste momento, são possuídos pelo ódio.
Seu corpo perece, acoitado pelo caos.

Justiça enlouquecida, tomada pela impiedade,
Na antecâmara do fim abandona sua raízes,
Cai sobre o todo como árvore sem firmamento.






Um comentário:

  1. A Justiça jaz quase morta, surrada pelo homem abominável... Uma tristeza, onde agora só existe soberba!

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