segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mammon. O senhor da ganância







 Muitas culturas possuem definições e encaixes em suas mais variadas questões sobre o temido conceito/espírito/Deus/Demônio, migrando entre conceitos espirituais e materiais com uma facilidade extrema. Ao procurar informações concretas sobre a mítica criatura, encontramos uma gama demasiadamente plural sobre sua atuação, condição e interação arquetípica em relação ao mesmo. Nesse texto, explorarei os meandros marginais de Mammon, procurando visar as ideias gerais sob uma ótima peculiar, vagando sobre o contingente literário, buscando definições incomuns sobre ele, através da visão analítica livre de limitações morais e religiosas, expandindo nossa experiência com ele, em amplos aspectos.



  A maioria dos adeptos de crenças sinistras já estão familiarizados com a funcionalidade do culto e influencia do senhor da ganância, sua marca registrada está completamente focada nas questões materiais e capacidades ligadas as mudanças entrópicas financeiras. Atualmente, encontramos muitas vias de definição onde abordam a figura de Mammon, como um conceito econômico e financeiro, ligando-o ao ato fanático de beneficiação gananciosa e inconsequente em sua característica mais egoísta . O senhor da ganância é personificado pela figura máxima comandante de potências materiais, o homem de negócios audasíoso e capaz de atitudes inconsequentes para manter seu controle sobre a sociedade da qual ele interage com intuitos pessoais e ambições demasiadamente empíricas.

  Encontramos sobre sua dominância, o metal mais cobiçado em todas as possíveis referências mitológicas. O ouro, minério mais valorizado e abundante nas raízes terrestres , foi basicamente, o material possuidor da referência mais antiga de posses, valores existente nos mitos arcaicos da primeira civilização  humana. Os Anunnakis, civilização celeste colonizadora e criadora da humanidade, imigrou para o planeta terra, com o objetivo principal da obtenção do ouro em nossas regiões inferiores. Os mitos admitem o fato, onde eles fundaram a primeira civilização organizada e humana, ensinaram os ofícios primordiais relacionados com seus interesses e princípios básicos para a perpetuação de uma espécie inteligente no meio ambiente, com o intuito de obtenção do ouro em nosso solo, utilizando dessa espécie para obter tal intuito. Observando tal necessidade, creio eu que o interesse e noção de preciosidade ligada ao ouro e suas múltiplas funcionalidades não é um atributo exclusivamente humano. 

Encontramos uma vasta coleção de cobiçados artefatos divinos feitos de ouro, o mais notável em todos esses mitos, é a ferocidade gigantesca que os Deuses defendem e guardam tais objetos e suas funções místicas :

Mitologia Grega 

Pomo de ouro :

Fruto de uma das árvores do jardim de Hera, os mitos afirmam o seu extremo valor, devido a capacidade de adquirir a imortalidade consumindo-o. Hera defendia e preservava os pomos com muito zelo, colocando dragões poderosos para guarda-los.


Pomo da Discórdia:


  A maça de ouro, sob o domínio de Éris, sua presença causava conflitos entre Deuses e desencadeava o Caos sobre a realidade. Os mitos afirmam que o motivo principal para a guerra de Tróia em si, não foi Helena, e sim, a maça dourada.

Mitologia Hebraica

A arca da aliança  :

  Uma misteriosa caixa feita do mais puro ouro, era considerada e utilizada, segundo os mitos, como um meio de comunicação imediata entre Deus e seu povo eleito. Foi perdida no período de invasão a Jerusalém feita pelo Rei Nabucodonosor.


  São alguns de muitos exemplos da funcionalidade demasiada do ouro e seu envolvimento em tramas egoístas, promotoras do escravagismo e da compulsão pessoal por controle e poder em alguns mitos, onde observamos a influência da emoção envolvida e impregnada profundamente no coração de homens e Deuses.







                                                             A ganância...


  Mammon é dito como o Deus da riqueza, senhor da ganância e todo e qualquer negócio que envolva algum tipo de beneficiação pessoal, tal sentimento é interpretado por vias psicológicas como uma forma  poderosa e desenfreada de desejo e compulsão.



Mammon possui origem nominal na linguagem Aramaica, tendo como nomenclatura original : 'Mammona', a tradução deste nome, para as linguagens recentes é interpretada como a frase : Tesouro subterrâneo/Soterrado. Em hebraico encontramos o termo 'Matmon', palavra que possui o sentido de riqueza, posses, tesouros quando traduzido para linguagens latinas.


Afirmam em estudos demonológicos, a posição de Mammon, como o segundo demônio mais importante e atuante agente infernal, pertencente a trindade suprema de 'Lucifer', personificando, dominando uma das características fundamentais do ciclo existencial.

Asmodeus : Senhor dos desejos : Demônio da influenciação ( Mente )

Mammon, : Senhor da ganância : Demônio da obsessão ( Corpo )

Belzebuh : Senhor da idolatria: Demônio do oculto ( Espírito)


O culto de Mammon sobreviveu desde os primórdios culturais nômades do oriente médio, até aos períodos relativamente recentes em comparação a origem do mesmo,impregnado aos obscuros cultos do oriente Europeu. Os Cartaginenses foram os disseminadores desse culto na Europa, possuidores de uma tradição notável de resgate de cultos sanguinolentos , nossos irmãos responsáveis pela disseminação de tradições pagãs remotas como a de Moloch, por exemplo, trouxeram essa figura controversa, integrando-o a sua cultura. Foram encontrados referencias desse culto em regiões Romanas e norte Europeias.

O contato de Mammon com a cultura Europeia tornou-se de profunda importância, pois, o mesmo foi responsável pelo desenvolvimento demonográfico e arquetípico do senhor da ganância que conhecemos hoje :











Iconografia de Mammon :




Mammon era visto e cultuado de variadas formas e personalidades :

- O ave negra

foi representado como um hibrido bípede e alado > Homem-corvo/ Homem-abutre - Personificando sua ganância e obsessão por tudo a sua volta, alimentando-se de restos e profanando os mortos, caracterizando uma interpretação analítica onde o mesmo, representa a ausência de dominância do ser humano sobre sua vida, afirmando a existência empírica como uma condição impura e maligna, onde o aspecto físico e suas condições pertencem ao demônio.

- O rei obeso hermafrodita

Representado como um Rei cruel e extremamente gordo, com olhos e peitos enormes > Nos dando alusão ao sentido de acumulo de posses, a pura ganância inconsequente que prejudica o ser humano, representando o ideal pernicioso sobre as posses e conquistas alheias, personificando a inveja e o sentido de conquista fácil por vias manipulativas, pois, o mesmo não tem capacidade para conquistar por si só, devido a suas limitações físicas, então, procura meios para influenciar outros a conquistar para ele, é a personificação da liderança tirânica, da vitória desleal.

- O príncipe do Inferno

Forma que se consolidou com muita força no período medieval, onde, Mammon aparece como um nobre com seu corpo coberto de despojos, cordões, pulseiras e anéis de ouro, cavalgando um gigantesco lobo negro e sempre segurando uma reluzente e ígnea coroa dourada, simbolo de sua posição como príncipe herdeiro do trono infernal e primeiro filho do Diabo. Seu exercito é conhecido como a mais cruel e homicida horda de espíritos infernais, constituído de lobos de aparência pré-histórica, aves negras e raposas ( Interpretados como os mais astutos demônios de Mammon, os estrategistas infernais e ladinos infalíveis). Essa iconografia remete ao líder astuto e extremista, relacionado a índoles megalomaníacas com o intuito de perpetuar sua autoridade sobre tudo que almeja, buscando incessantemente o seu direito de nascença, a soberania sobre sobre a terra e tudo que está ligada a ela.










Mammon e a mente :

Tais compulsões, desejos obsessivos possuem uma procedência orgânica intra-cerebral profunda, tal como se a mítica criatura fosse personificada por um específico ciclo hormonal altamente influenciante em nossa realidade comportamental:

Dopamina :

Dopamina, é um vasopressor, estimulante cardíaco liberado pelo cérebro, desempenhando uma série de funções sensoriais, responsável por inúmeras sensações, tais como o prazer, bem-estar,memória e atenção, satisfação e motivação sob uma interpretação geral. Especialistas em bioquímica cerebral afirmam a profunda relação entre o desejo e formas variadas de compulsão sobre algo aos níveis de dopamina no organismo, sua presença em nossas funções químicas definem nossos padrões de entusiasmo e capacidades motivacionais sobre objetivos, mudando de acordo com a quantidade produzida e absorvida por nosso organismo.

O desequilíbrio de Mammon ( Dopamina):

Altas doses de dopamina no organismo nos fornece uma sensação significativa de bem-estar e elevação da interpretação sensorial de sentimentos priorizados por nossa psique. A presença abundante dessa substância química provoca a elevação de nossa concentração e foco sobre objetivos, projetos, reflexões, ações empíricas e mentais são influenciadas pelo excesso, ocasionando uma fixação compulsiva sobre tais ações.


A ausência de Mammon (Dopamina):

A baixa de dopamina no organismo provoca um total colapso depreciante nas funções psico-comportamentais do ser humano, neutralizando a sensação de bem-estar e satisfação sobre qualquer atitude, manifestando a sensação de desprazer sobre qualquer ação e desapego sobre qualquer fator. O descontrole emocional é uma característica notável, conjuntamente com a desorganização interpretativa das funções comportamentais, confundindo estados psicológicos, ocasionando paradoxos mentais e confusões conscientes.

A alteração do estado psicológico mais notável dentro do ciclo da dopamina, em sua ausência é o abandono de noções morais e a progressista eliminação do senso de certo ou errado, tornando-se uma persona sem padrões como o arrependimento e o remorso, podendo promover atitudes cruéis e impensáveis.



Aumentando a presença de Mammon ( Dopamina )



Fenilalanina e tirosina são substâncias primordiais para a produção de dopamina. Algumas fontes alimentares ajudam na fabricação da mesma:

- Maçã, beterraba, banana, mel, tofu, pepino, espinafre, queijo, brócolis, melancia, aipo, ovo e peixes variados estimulam a sintetização da dopamina, elevando os níveis da substância no organismo.

- Mirtilos e espirulina (alga azul-esverdeada) também podem ser indicadas, dependendo da necessidade, pois, tais alimentos promovem o aumento significativo da substância química em questão.

Nozes e sementes, amêndoas, sementes de abóbora e sementes de gergelim são ricas em tirosina. Outras sementes ricas em fenilalanina, outro precursor, incluem sementes de girassol, caroço de algodão e sementes de melancia seca.


Equilibrando a presença de Mammon ( Dopamina )

Existem substâncias e especiarias que auxiliam na produção de maneira mais harmônica, atuando no ciclo de sintetização e absorção da Dopamina de maneira mais suave, equilibrando o organismo e as sensações efetivadas pela substância :

- Erva de São João, Vinca (flor azul), Ayuhasca, Chá Verde, Ginkgo biloba, Ginseng, Ashwagandha, Withania somnifera e Feijão preto.

Existem vitaminas e suplementos que atuam de maneira similar em nosso organismo :

- L-Fenilalanina, L- Theanina, Mucuna, Tirosi,Fosfatidilserina, Fosfatidilcolina,vitaminas B6, B-3, B-9, B12, C e E, oléo de peixe, ômegas 3 e 6, Cobre quelado e fosfato de potássio.










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