terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Daemons e Gênios onde tudo começa : (Parte I)




Para as religiões indo-europeias o valor máximo está na trindade. Nas religiões antigas da Europa ocidental a trindade é a supremacia para encabeçar os panteões. Junto aos gregos eram duas trindades, os crônidas, comandavam o mundo, Zeus , Posídon e Hades, e a Feminina Hera, Deméter e Héstia. Entre os Romanos a Tríade Capitolina Formada por Júpiter, Juno e Minerva. Entre os celtas e germanos os registros das trindades se perderam, mas víamos a triplicidade entre deusas e deuses.

A trindade era tão forte para os povos que vieram dos Indo-europeus que para a aceitação do cristianismo pelos europeus foi criada a Trindade Cristã Pai, filho e Espírito Santo.
Para nós humanos existia também uma trindade, segundo os gregos éramos formados por Corpo Alma e Daemon, para os romanos Gênios (pronuncia-se Guenios). Esta divisão do ser humano permaneceu até o cristianismo primitivo, onde o Paulo descrevia o ser humano como Corpo Alma e Espírito, depois foi alterado, mas ainda podemos encontrar isto nas epístolas de Paulo, no novo testamento.

Assim, temos o Corpo, a matéria, carne e osso, a Alma, Anima a nossa parte divina e o Gênio, afinal quem ou o que é este tal de gênio, ou espírito como chamou Paulo?
Para os antigos europeus, como bem explicavam os romanos: “tudo que nasce tem gênio, tudo que se cria tem gênio”.
Deuses tem gênios, pessoas tem gênios, cidades tem gênios, templos e edifícios também os tem. Ao contrario do que pode parecer, o nome Gênio, nada tem haver com a “genialidade”, mas sim, com genialis lectus, ou a cama de casal, leito nupcial ou seja o gênio está te acompanhando desde nossa concepção. Uma semente da divindade universal, que os romanos chamavam Nume.

Segundo o atual dicionário Houais é espírito que, segundo os antigos, regia o destino de um indivíduo, de um lugar etc., ou que se supunha dominar um elemento da natureza, ou inspirar as artes, as paixões, os vícios etc.

O imperador Juliano, O Apóstata, Dirigiu Roma (361 - 363) Buscando restaurar os Cultus Deorum Romanorum, sem sucesso. Em seus relatos conta as longas conversas que ele tinha com o Daemon da cidade de Roma, que previam a queda da cidade em breve, caso não fossem restaurados os antigos deuses. Mostrando como os Daemons e Gênios eram uma realidade no mundo antigo.

Poderia falar muito mais e o falarei caso haja interesse de vocês saberem mais do assunto, mas por hora preciso falar um pouco na influencia e da importância do Daemon ou Gênio na vida dos humanos e nas religiões pagãs.

Devo alertá-los, que Gênios ou Daemon, nada tem com os demônios cristãos, e que na verdade os demônios cristãos só herdaram destes seres benfazejos o nome e nada mais assim como o Diabo, o chefe dos demônios herdou de Pan, apenas a aparência. Os Daemons em suas funções dentro do paganismo estão mais para os “Anjos da Guarda” cristãos do que para algo do mal.

Como vocês verão a seguir, os Daemons e Gênios São gerados, nascem e vivem conosco até a nossa morte. Posso adiantar que sem os Gênios e Daemons, não existem contato dom as divindades, já que estes são quem nos ligam a eles...

( Cezar Drake )  


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