terça-feira, 30 de setembro de 2014

Behemoth e os irrefreáveis


 "É a obra-prima de Deus, o seu criador o ameaça com a espada, à sombreira do lótus, entre o junco do pântano e debaixo do salgueiro, como sua morada"

 (Bíblia de Jerusalém, p.569) 


Pretendo neste texto, inicialmente explicar algumas conotações gerais sobre a figura da mítica besta encontrada em mitos Judaicos, contudo, possuindo algumas ligações com definições de outras culturas nos contos e trechos atribuídos a ele, acredito que essa variação pode ser bem condicente ao tema, devido ao extenso contato inter-cultural feito pelos Hebreus e sua assimilação de muitos mitos de variadas culturas, incorporando-os na sua própria narrativa mitológica.  






Beemot/Behemoth/Beremoth  vive à sombreira do Lótus, simbolo da pureza e da presença Divinal, a flor do firmamento celestial, encontrada sob os passos dos iluminados unos com o Todo e abaixo das manifestações da Divindade nesse universo, como seus assentos, representando a total harmonia dos seres celestiais sobre a natureza e a realidade como de uma maneira geral, o mesmo vive à sombra do Celeste, logo, existe a afirmação sobre a condição sombria da besta, Deus afirmando-o como um habitante do lado sombrio, sendo a manifestação da força divina obscura. 










No Midrash ( Livro Judaico) Behemoth é dito como o regente e protetor da terra, uma força irrefreável da existência, único ser capaz de enfrentar Leviatã, o regente das águas e manifestação da fúria marítima de forma igualitária. Os dois representam e regem as duas potências elementais imprescindíveis sob um arquétipo cataclísmico do mesmo, atestando a atuação soberana e carácter imperador das potências sombrias sobre o aspecto físico da realidade.  





Em vários textos encontrados na cultura Judaica e suas variantes religiosas no decorrer da historia conhecida, vemos Elohim ( Deuses )  exilar Behemoth e as outras bestas semelhantes em poder e atestar a excelência criacionista de seu feito, dando-lhes um título de grandeza suprema, sendo tais Bestas, a maior criação já conhecida, nas afirmações dos mitos citados, onde tal sintetização singular manifestou sobre a  existência, seres de inigualável poder que não podem ser vencidos. 








  Ciclos existenciais cataclísmicos : 

 Nos deparamos com o fato dessas bestas supremas serem a máxima expressão destrutiva da realidade empírica, habitando a sombra da perfeição ( Criação ), de acordo com essas afirmativas, podemos atestar o fato deles perpetuarem sua vivacidade através das suas implicações físicas, representados por tais manifestações em conformidade com suas características potenciais, em retilínea harmonia com esse conceito, ao pensar sobre sua condição exilada na "sombra" da existência, nos deparamos sobre a condição imaterial dos mesmos e a impressionante ideia contextualizada de maneira  não-convencional da interação de seres de força e capacidade colossal habitantes de uma dimensão caótica paralela a nossa. Engrandecendo ainda mais a questão, ao refletir sobre as condições trans-dimensionais de seres desse nível vibratório, afirmasse uma ligação mais próxima do que imaginamos entre o Plano físico e planos paralelos habitados por criaturas de extrema influência sobre as  modulações do estado material. 


"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima." 
  (Hermes Trimegistos)
 




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