segunda-feira, 17 de maio de 2010






Num dia totalmente sem sentido, sem razões para pensar em qualquer coisa, me deparo com a vontade de rezar por você. Por muito tempo, venho refletindo por tudo que não faz, parece estranho, mas penso nas coisas que não faz, me preocupo, quando não vejo seu sorriso acanhado, por não estar perto pra te ouvir, ou falar o que penso.
Em meus sonhos, a vejo chorando por não ser quem é, dificil escolher mudar nossa fonte de felicidade e desejo. A minha é a amizade, pois, como já sabe, meu maior medo é a solidão. Sempre aumejei pelo firmamento de nossa amizade , queria que estivessemos untados de ambar, sabe, aquela substância que preserva tudo por milhões de anos.Minha amizade por você, poderia estar encoberta do mesmo.
Me preocupo, pois a distância eo tempo traz a frieza e o esquecimento, também traz a nossa maturidade a tona, revemos nossos conceitos e analizamos certas questões, meditamos nas escolhas a fazer, no meu caso, medito no fato de você ser a minh melhor amiga, por que isso aconteceu? Em meio a tantas mentiras verdadeirasa, verdades tortuosas, me encontro com esse texto, escrito ao som de Radio Head, não consigo
chorar mais, só o lamento me vem, somente.
Como as cordas de nossos destinos romperam? Como? Você é parte das minhas maiores preocupações. Estimo, torço pela sua felicidade, sendo quem você é.
Fui até as altas nuvens , no castelo flutuante, pedir conselhos a uma senhora sabia, quando cheguei, tudo estava em destroços, queimando, ela ainda estava em seu trno , não conseguiu falar, sem forças, ela sussurrou em meu ouvido:

"Me Ajude, parte de mim está morrendo".

Hoje eu entendo, neste exato momento, eu sei o que ela quis dizer.

22:24 17/5/2010

sábado, 15 de maio de 2010





Quero te entender ó desdém,
Escondida nas sombras,parece não estar nesse mundo;

Quero dar em suas mãos,minhas lagrimas de sangue.Quero entender;

Sonho com suas estradas,Caminhando sozinha,
Te encontro na encruzilhada de nossas vidas;

Avisto seu sorriso que outrora era presente ao meu olhar,
Agora vejo suas costas, ao longe, além do horizonte,Adeus minha amiga,como você nunca terei em minha vida, minhas lágrimas são suas,essas palavras são minhas.
Em seus passos vejo dois dragões, em você o diamante brilhante,essa luz me cativa,amizade distante..



Deitado,adormeço em consciência, tentando ir ao encontro do castelo flutuante, voando para a eternidade insana das eras mil vezes esqueçidas. percorro os setes céus, sendo banhado pelas lágrimas de Malach Taws, o caído. Chego ao destino infinito, me deparo com a mesma quantidade de portas, minha escolha independe de portas, todas me levarão onde minha absoluta vontade proclamar, busco a estrada da imaginação, em suas bordas seguem sabugueiros, em seus troncos, fitas roxas cruzam, formando circulos de fé e desejos , pedidos a rainha do castelo entre as nuvens. Estrada sem fim , chego ao meu desejo, por escadarias de pedras, eu subo para reencontrar a rainha das bruxas. Ao adentrar no seu castelo , me deparo com o silêncio da morte e a calma agonizante, outrora lindo e enfeitado, agora so vejo fogo e destroços, e a velha Rainha em seu trono. eu a vejo nesse estado, desaparecendo, pois, sua fantasia está desacreditada, por fim eu choro e abraço minha nobre amiga e conselheira, e digo em seu coração que a sua vingança chegará, lhe dou de beber, lagrimas de unicornio e de comer, ofereço minha alma.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O nascer de etérea..

























Um delírio noturno, me fez acordar para acontecimentos jamais pensados por mim ou por qualquer pessoa, assim presumo. Em meio a um turbulento sonho me deparo com grande caos, céu rasgado, era mais que um simples fim do mundo, era o fim de tudo que existia nessa realidade, bilhões de anos retrocedendo ao zero, em segundos de desespero e muita luta, avisto grandes guerreiros que tentam impedir a grande tragédia, onde até a existência Divina é ariscada, momentos onde a carne e o espírito lutam juntos. Os grandes ídolos divinos pisam na terra e igualam-se a humanidade em irmandade, num único propósito, descobrir um modo de sobreviver ao fim de tudo, Por que Deuses imortais temeriam o fim? A morte não é um de seus atributos. O Caos é a destruição completa de toda a forma, é o fim de um ciclo cósmico, onde tudo e todos deixam de existir para o novo surgir.
Acordo por volta das 18h00min, desanimado como sempre, meu nome é Carlos, Sou jornalista desempregado, sobrevivendo com algumas publicações e comissões por tiragens literárias de dois ou três livros publicados, levando em consideração que a critica odiou, ainda consigo me sustentar em nível precário com essa humilde quantia. Sinto-me perturbado com esses sonhos que tenho tido, tem anos que esses sonhos envolvendo Deuses e energias cósmicas e questões relacionadas não me assolavam, minha velha insônia me pegou, já faz dois meses seguidos que não durmo a noite, nunca fui fã do dia e do sol, sou um homem noturno que não vê graça na noite, como uma coruja dentro de uma gaiola aberta, deliberadamente não querendo sair, trabalhei a noite anterior inteira escrevendo para uma revista esotérica idiota sobre como se livrar do mal, patuás e encantos medíocres que eu mesmo inventei, muitos enviam emails dizendo o quanto estão agradecidos pela sabedoria mística, isso me enoja, o ultimo problema que eu tive com o mal, foi um demônio batendo na minha porta, literalmente e não estava querendo tomar um café ou fazendo uma simples visita. As coisas estão meio que agitadas no mundo atual, cada vez mais aparições, assombrações cada vez mais poderosas e Deuses omissos e fazendo a velha vista grossa. Como eu aprendi a odiar os Deuses, com suas lindas dimensões moldadas por mágica celestial, odeio mais a humanidade por saber que a maioria deles não eram divinos originalmente, foram sujeitos a essa condição por devoção, idolatria, você não tem idéia o que milhares de pessoas, milhões gritando que você é um Deus pode fazer com seu corpo astral, é uma carga do suco divino, a fé que nos desperdiçamos eles fazem bom proveito e eles estão fortes e imortais e nós a mercê do mundo e das dificuldades.
Moro num pequeno apartamento perto da central do Brasil, que não tem mais relógio, por sinal, depois que as facções criminosas resolveram manter vínculos estreitos com as organizações terroristas do oriente médio, eles aprenderam a explodir as coisas. Estamos no terceiro prefeito em seis meses, é um ótimo numero levando em consideração o ano passado, estou otimista.
Noite de sábado, 19h10minh, uma amiga de longa data me convidou para almoçar com ela e alguns dos nossos amigos, mas, como sempre eu não pude ir, estava muito ocupado sonhando com o fim da existência em todos os graus, padrões dimensionais e energéticos. Ela me ligou muito aborrecida como sempre, dizendo que precisa conversar comigo sobre assuntos espirituais, odeio essa parte das nossas conversas, pois eu não posso dar as costas e sair andando como sempre faço com a maioria das pessoas que tentam entrar nesse assunto comigo pelo simples fato dela ser minha grande amiga, praticamente uma irmã. Ela me pergunta se eu quero sair com ela, pra conversar, coisas de amigos. Lapa as 22h00min, eu aceitei, foi uma feliz surpresa pra ela, que me esperaria em frente à Boate Moon, ambiente rock popular aos admiradores do gênero musical. Estou pensando seriamente na possibilidade de não ir ao encontro marcado com ela, tenho tantas coisas para pensar, estou numa fase pouco inspiradora, nenhum otário se envolveu com magia esse mês, sempre tem um desse tipo para arrancar dinheiro, na maioria das vezes são coisas simples, algum tipo de sacrifício sempre resolve a brincadeira, ou quando a figura em questão é um velho conhecido meu, uma conversa basta. Eu adoro os demônios, eles sabem viver a vida, nunca acreditei nas estórias bíblicas, baboseiras sem sentido, são espíritos humanos bem antigos, já ouvi falar de contatos de seres humanos atualmente com demônios de procedência pré-diluviana, Alguns admitem serem antigos sacerdotes atlantes, ou meros animais daquela época, vai entender o que leva esses tipos de seres chegarem ao extremo da polaridade negativa.
21h00min; Vitoria me liga, ordenando que eu me arrume imediatamente, digo que estou me arrumando, mas na verdade nem sai da cama ainda, invento uma desculpa sobre algo relacionado a uma doença viral, ela não acredita. Ela usa de chantagem emocional lembrando da época que eu era o amigo sempre presente, ligava altas horas da madrugada, para falar sobre sonhos e visões, experiências sobrenaturais, dos finais de semana onde minha mãe viaja e fazíamos nossos rituais, e brincadeiras mágicas. Não tenho saudades nenhuma daquela época, mas, por ela eu vou sair da minha casa.
È difícil pensar sobre assuntos espirituais tive quase uma dezena de religiões, me envolvi com uma infinidade de cultos e praticas mágicas diferentes, nada me preencheu, às vezes sentia uma ligação com uma determinada energia, Divindade, espírito, mas nada demais, sempre seguia em frente, sofrendo as conseqüências do meu caminho e as reações adversas. Nunca temi nada, nunca abaixei minha cabeça, me senti inferior a algo, sempre estive consciente, às vezes não, tinha meus transes absurdos e suspeitos, até por mim mesmo. No começo tinha a total convicção que tudo era fruto da minha imaginação fértil, era um efeito poltergeist ou coisa do gênero. A magia tem seus mistérios, Os Deuses suas excentricidades, penso em tudo isso andando em direção ao meu destino, encontrar Vitoria, Alta Sacerdotisa de uma ordem dedicada a Deusa trivia, Hecate. Eu prefiro chamar de vovó, é uma velha maneira, uma Deusa feiticeira, já não se basta o fato de ser uma divindade, tinha que ser bruxa. Na época que eu praticava bruxaria, minha devoção e foco ao Divino, era para a Deusa Suméria Lilith, Deusa da noite, misteriosa Lilith de longos cabelos alvos, me fascinava, uma fagulha de sua energia já me inebriava estado de êxtase, na maioria das vezes me fazia muito mal a sua presença, me devorava , me beijava, era a sensação de prazer misturado com desespero, parecia um turbilhão de sentimentos, ainda a amo, admito, como uma mãe...
Tentando achar roupas limpas acabei me deparando com algumas coisas no meu armário, fragmentos do passado, não me atrevo a tentar montar, não quero lembrar, é agonizante, me traz magoa, ódio, raiva transborda pelos meus olhos. Criei um ressentimento muito grande por muitas coisas acontecidas, optei pelo esquecimento, pela morte do meu espírito, ser um homem sem alma é minha vontade.
22h10min; Chego à frente da boate e me deparo com a previsível surpresa. Vitoria Sóror Gaia e meu antigo companheiro de muitos rituais, Gora. Eles estão meio espantados com a minha estética, para alguém outrora tão vaidoso, não compreendem meu estado, barba, cabelos emaranhados, pelo menos estou de banho tomado e roupas limpas de tecido pesado, incomum para o calor que faz nessa época do ano, ultimamente tenho sentido muito frio, um frio sobrenatural, rs. Minutos de reencontro já perguntam sobre meu estado, onde estou morando, como eu estou como vai meu espírito, respondo o de sempre: Ainda dentro do meu corpo, RS, fomos para um bar bem escondido, onde rokeiros, satanistas, pagãos ,se encontram, há muito tempo eu apelidei o mesmo de “Escuridão” e pegou, até hoje denominam o local assim. Vitoria escolheu este lugar, já presumo que o assunto vai ser bem acentuado para questões ocultistas, pelo simples fato que tirar um livro negro da bolsa com símbolos estranhos e colocar sobre a mesa, você não é conotado como um herege adorador do demônio, somente como mais um bruxo, ou feiticeiro entre muitos no atual mundo onde vivemos nossas vidas lastimáveis.
Chegamos à porta do escuridão, uma fila mediana está formada, tem anos que eu não veio neste lugar, de um bar num beco escuro, se tornou uma espécie de boate dark ou coisa parecida. Gorach, pelo jeito está familiarizado com o local, bastante gente o cumprimenta, não reconheço ninguém. Estou calado como sempre e Gaia animadíssima como sempre, estou com uma vontade absurda de ir embora, Vitoria vê isso em meus olhos, eu vejo nos olhos dela o desejo da minha permanência. Depois de eternos vinte minutos na fila conseguimos entrar no recinto, mudou muito, mais amplo e aconchegante, com pista de dança e uma área vip no final do longo salão, sinto uma presença familiar no local, me abstraio da sensação. Recosto-me no bar modelo americano e deixo bem claro aos meus caros amigos que não tenho dinheiro e quero beber bastante.
Vitoria:
- Você sabe como ficamos chateados com o seu sumiço, tem idéia do quanto preocupados estávamos até ainda há pouco?
- Na verdade ainda estou preocupada com você Carlos.
Eu:
Nunca deixei de atender suas ligações. A solidão foi necessária para minha evolução pessoal.
Vitoria:
- Você chama seu estado atual de evolução? O que aconteceu Carlos?

Esse tipo de conversa cheia de perguntas já é praxe em nossos encontros, costumo sempre contornar as perguntas com respostas lógicas sem muito aprofundamento no meu cotidiano.
Pergunto a Vitoria:
Não é o que aconteceu, é o que está acontecendo, porque tanta preocupação? Depois do seu primeiro casamento, o vinculo entre nós não foi, mas o mesmo. Subitamente depois que foi elevada ao cargo de alta sacerdotisa foi inundada com um sentimento de resgate e remorso pela negligencia social aos amigos. Minha cara amiga, meu estado é o reflexo do mundo onde eu vivo simples, suspeito e psicótico.
Ela se cala e fica profundamente triste com minhas fortes palavras, tentando se esconder atrás de uma pilha de copos de tequila. É difícil conviver com uma grande e fiel amiga que simplesmente abandona seus irmãos de coração por cada aventura sentimental que ela encontra em seu destino, sua Deusa ancestral com certeza a alertou sobre essa conduta.
Ficamos em pé conversando e jogando um nos outros nossas falhas. Em um momento de silêncio entre nós, olho ao redor e vejo a infinidade de estilos de vida integrados a sistemas mágicos, é interessante esse novo conceito de sub-cultura, Já tinha visto isso no meu tempo mais era bem precoce, não tinha essa proporção que consigo ver nesse momento. Na mesa que se encontra nas minhas costas, um grupo de mulheres com fortes maquiagens e muito dourando nas roupas e jóias, três delas com gatos de pedigree em seus colos, são feministas pagãs denominadas Garras de Bastet, Antiga Deusa egípcia da fertilidade. Muitos outros subgrupos se misturam nesse ambiente, pagãos de todas as formas e cultos. Neo-nazistas odinistas e muitos outros, pessoalmente vêem simples estética em meio a pouca magia, foi a assim no passado, é assim na atualidade.
Muitos acontecimentos desencadearam a criação de grupos, primeiro o simples fato que andar sozinho nas ruas, no andar da carruagem é loucura e o que uniu as pessoas com o misticismo foi a perca da esperança mundial no cristianismo, era fato consumado o reconectar dos seres humanos com as crenças pagãs. O ser humano é sempre assim, abraça um ideal depois vê as vantagens do outro, abandona e o segue, como um circo vicioso, não é a ultima nem a primeira vez que acontece.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Tonni

Na minha adolescência, eu era uma figura bem singular, nos meus 14 anos. Adotei o preto como cor padrão das minhas roupas, óculos pesados, lentes que diminuíam meus olhos. Minha mediunidade estava no auge, conseguia ver, ouvir sentir perfeitamente seres e criaturas espirituais de muitas tradições diferentes, eu costumava não me importar muito com aquilo. Numa sexta feira me lembro muito bem disso, fui à casa de um amigo de infância, gosto muito dele, considero ele, o irmão e a mãe dele desde sempre. Vi aquele garoto de cabelos lisos, branco, estatura baixa, um ar temeroso imperava no seu semblante, Não me encarava nos olhos, isso me irritava.
Sempre quando ele estava na casa desse amigo eu subitamente aparecia. Fui fazendo amizade com ele, com o tempo eu fui criando amizade com ele, um garoto extremamente católico, temente a Deus. Um dia qualquer desses quando eu fui mais uma vez na casa do nosso amigo em comum, estava ele, diferente. Não o vi com os olhos da carne, o vi com o olho do espírito. Sua aura reluzia como prata e havia um grande homem nas suas costas, cobrindo-o com as asas. Protegido por um Malach..

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Sozinho no céu ...

Caminho num vasto deserto de areia negra,vestes de lua. O vento frio como minha única companhia, atento aos sinais da noite, não quero lutar por mais nada. Quero andar para o nada, pensando em tudo. Olho para o alto e avisto as estrelas que me parecem tão sozinhas como eu, tantas estrelas, aos nossos olhos parecem ser unidas, mas, permanecem uma longe da outra. Nos humanos somos assim, como as estrelas, tantos juntos, mas, sozinhos em nosso céu.

Veneza...




Caminho entre homens e mulheres mascarados, fazendo todas as suas vontades protegidos pelo mistério sob a face. A alegria é contagiante, parece às festas na casa de minha tia Margareth, onde ouvimos somente os sons de risadas acompanhadas por violino, e castanholas. Neste caso é uma comoção de proporção bem maior.
Estou tentando descolar algum dinheiro, algo que eu possa me erguer, muitas pessoas de posses estão misturados a plebe, observo atentamente toda a imensidão de pessoas, procurando minha primeira investida. Vejo algo interessante, além das jóias, seu corpo parece brilhar como ouro polido ao meu gosto, seus olhos brilhantes e sua face expressa uma seriedade sensual, andando em direção a praça. Mulher de negro, juro que posso ouvir o atrito entre as pulseiras de ouro, refinado gosto em comunhão ao estupendo corpo. Vejo a oportunidade apropriada para conseguir todo aquele ouro e corpo, caso haja uma oportunidade afortunada. Em meio a tanta festa e alegria era totalmente incomum ver uma pessoa sem um belo sorriso, vagando entre os foliões com grande determinação parecia deslizar sem obstáculo, nada a tirava do seu destino.
Vejo-me em uma perseguição movida pela ganância e desejo. O brilho do ouro se misturando ao rebolar daquelas ancas sigo em frente tentando enxergar o ouro, mas, minha atenção é voltada pra pele, para o desejo de consumi-la como licor.
Chego mais perto e seguro-a pelo braço levemente e perguntou seu nome, pela primeira vez vejo um sorriso manifestar naquela face seria:
-Me chamo Samira.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Luz na escuridão ..




Por volta das três horas da manha de um dia muito difícil, muito cansado por estar a mais de um mês sem dormir a noite. Deito em minha cama, sentindo estar afundando nela, uma sonolência profunda me toma, a sensação de queda era apavorante, não conseguia abrir os olhos devido à pressão que esticava meu rosto. Após muito tempo eu entro em choque com o chão daquele lugar iluminado por explosões vulcânicas, labaredas de fogo provindas de fissuras rochosas.
Olho para todos os lados e tenho uma imagem obscura, mas, distinguível do local, passou pela minha cabeça o fato de eu ter morrido e estar fadado ao sofrimento no inferno, toda a minha fé e devoção aos Deuses foram postas a prova. Era escuro e montanhoso o local onde eu me encontrava era uma parte plana de uma montanha presumi no momento olhando para o alto e vendo a silueta iluminada por alguma fonte de claridade do outro lado da rocha. Foi um momento de muita emoção, gerada pelas lembranças das pessoas que gosto. Não deu tempo para cair lagrimas, ouvi sons estranhos vindo das sombras, Vi nitidamente seres que me lembravam humanos só que cobertos de um fluido negro que me lembrava petróleo com uma coloração opaca, alguns eram retorcidos, outros com braços de grande extensão e pernas mais curtas, outros andavam como lagartixas pelas rochas com uma facilidade impressionante, todos cobertos por aquele fluido negro e opaco. Corri bastante até chegar ao final da superfície onde estava, fiquei sem alternativa, pois era um penhasco que me parecia não ter fim. Decidi serrar os punhos e enfrentar, eram muitos, sabia que não daria conta.
Quando uma imensidão de “humanos” me encurralou, eu ouvi uma voz feminina ecoando por toda a extensão, uma língua desconhecida por mim , mas compreendi palavra por palavra de maneira inexplicável:
- Saiam! Ele está comigo...
Imediatamente as criaturas entraram em frestas e fugiram para as sombras, quando eu olho para trás , avisto uma mulher que por instantes que nunca esquecerei eu defini como uma Deusa . Corpo deslumbrante, perfeito, uma mulher ao extremo da sensualidade. Cabelos Dourados sempre em ondulando pelo ar, Havia cornos na altura de suas têmporas feitos com o seu cabelo, Voando e pousando com total doçura, pés descalços, existia uma coisa particular, ela tinha uma extensão óssea simulando saltos em seus calcanhares. Por seu corpo havia desenhos, como tatuagens de cor preta não compreendidas pela minha pessoa. Seus olhos eu não conseguia ficar muito tempo olhando para eles, eram hipnóticos, sem explicação.
Ela me perguntou:
- Está com quantos anos?
- 18 anos.
-Sabe quem eu sou?
-Presumo.
-Eu estou morto?
Ela me responde:
-Está temporariamente desligado do seu corpo físico.
Eu perguntei:
-qual o motivo pra isso ter acontecido?
- È a hora, o dia, o ano. Não confia em mim?
- Sim eu confio.
Logo minhas perguntas que brotavam (eram tantas que eu não sabia qual fazer) Foram interrompidas pelo movimentar de uma enorme formação rochosa do outro lado do penhasco, ao longe não consegui reconhecer o que se movimentava, quando chegou perto do nosso lado, tive a visão perfeita de um gigantesco castelo encima de uma rocha levitando no ar, desse castelo desceu uma ponte bem comprida que ligou o penhasco com o mesmo. Ela estendeu a mão para mim, naquele exato momento eu retrocedi no tempo com apenas um toque de sua mão segurando a minha, eu me vi uma criança nua, segurando a mão de uma figura materna, eu a peguei a mão e apertei bem forte, era nitidamente maior que um ser humano, caminhamos pela ponte e muitos olhos brotavam das trevas e ela sempre soberana, com um sorriso cruel olhando para as sombras, seu brilho era totalmente diferente daquele lugar mórbido.
Logo chegamos perto do grande portão de entrada, Fiquei com muito medo, ela me disse que não iria me lembrar de nada depois de entrar Lá, perguntei o porquê; disse-me que no futuro eu saberia. Quando o portão abriu o local tenebroso foi banhado por uma onda de energia branca, não consegui enxergar o que havia no interior, só lembro de entrar com ela e logo sair, pelo mesmo portão que entrei, perguntei a ela o que acontecer, ela me respondeu que se eu estava com ela ali naquele exato momento, estava feito, depois de voltar daquele segundo de mistério dentro daquele castelo, me vi adulto novamente, ela me disse que eu iria de volta para minha vida de ilusões e era pra eu nunca esquecer dela, pois ela nunca iria me desamparar.

domingo, 29 de novembro de 2009

O peso da bondade

O quanto à bondade pode afetar negativamente nossa vida? Perante a sociedade tal duvida é vista como monstruosidade, pensamentos insensatos criados por mentes maléficas. Como seria difícil a vida movida pela tediosa e pouco produtiva paz. O que seria dos ideais revolucionários sem os conflitos sócio-políticos que deram origem para tantas conclusões. Se ouve-se acordo entre Hitler e o mundo, tanta evolução tecnológica movida pela ganância teria sido perdida.
Fabuloso caos, sua tempestuosa desordem é movimento ao mundo improdutivo, como foice em lavoura seca. Fonte de inspiração a boêmios escorados em bares, rabiscos embriagados pela inconstância da vida que despreza as letras tortas recheadas de valor, enxergando somente da condição do criativo pensador decadente.
O quanto o sofrimento, desespero, fome, guerra nos proporcionou. Agora me diga sobre a bondade, o que nos trouxe?

domingo, 8 de novembro de 2009

Amor. Lilith e Sammael.

O amor está presente em ocasiões e questões onde esse sentimento teoricamente positivo não se integra a realidade dos determinados focos e suas particularidades únicas, é complicado como a praticamente impossível mistura de óleo com vinagre. Aceitar que o Deus grego do submundo e dos mortos, Hades foi tocado pela dádiva do amor, sua solidão e introspecção divina correspondente a sua personalidade foram incapazes de subjugar a vontade de possuir afetivamente a Deusa jovem, Perséfone. É um exemplo básico e reto para como esse sentimento age misteriosamente em qualquer realidade. Existem lendas onde Anjos se apaixonaram por mortais, Deuses, ditos superiores em todos os aspectos sucumbiram pelo amor por seres “inferiores” a sua classe. Amores sejam eles misteriosos, Divinos, humanos, animais, sempre é levado a patamares carnais. O sexo é prova do desejo da carne, do amor. da afetividade. Aquele sexo momentâneo com determinadas pessoas que mal sabe o nome, denomino como paixão momentânea, na minha humilde opinião interpreto como um grau inferior do amor. Coisas impossíveis são correlacionadas com o amor. Lilith e seu amor pela liberdade e a independência a incentivou a se desligar do seu consorte masculino de acordo com textos arcaicos. A quem diga que Caim não é filho de adão, é algo sem fundamentos concretos no conceito bíblico que nem faz sentido aprofundar o assunto. Mistérios do Amor.
A minha conclusão é com um pequeno poema de minha própria autoria.
“Amor sem limites criado pelos ventos da liberdade;
Encontro marcado pelo acaso, amor negado pelo primordial,
Sem limites, seus abraços;
A beira de um mar. Presença emocional abundante;
Muitos pedaços da união daqueles que exalam paixão,
Nascidos nas águas da rebeldia.
Amor. Lilith e Sammael”.