segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A mentira e a fé.













A mentira como conceito estratégico foi crucial para a proliferação do monoteísmo no mundo. Abandonar suas tradições e conceitos espirituais por uma libertação cômoda e conveniente demonstra o total declínio da humanidade, concebendo em suas mentes o medo do suposto castigo eterno e a condenação de seus espíritos, como conseqüência a transformação de milênios de espiritualidade pura em destroços e altares vazios. É triste olhar para traz e vê tanto sangue daqueles que acreditaram nas potências do universo, nos Deuses que personificaram a escuridão, à noite, o Sol e a Lua e muitos outros aspectos do universo e da natureza em si.
Muita sabedoria foi perdida nessa caminha árdua onde o tempo correu lentamente para aqueles que sofreram nas fogueiras e forcas. A aqueles que se isolaram em pântanos e florestas densas, aqueles que aceitaram a mentira como um manto, escondendo suas verdades, outros que fizeram a mentira como verdade, aceitando a condição demoníaca associada aos seus Deuses.
Tento pensar como uma pessoa que viveu o inicio da perca da crença no universo, na perca dos instintos como guia; Vem-me uma sensação de desespero, temor. Brotam perguntas: Será que iremos dançar para lua à noite, sem o rotulo de endemoniados ou loucos algum dia? “Uma pergunta que ecoa no mundo como esperança para aqueles que se escondem em pântanos e florestas densas, em mantos de mentiras ou verdades distorcidas”.

Um comentário:

  1. Sábias palavras caro amigo.
    Como não poderia deixar de ser, surpreendo-me a cada vez que leio algo seu. Despir-se do manto negro da ignorância humana, requer atitudes e responsabilidades para que posamos juntos trazer a luz de onde brota a escuridão.

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