sábado, 21 de junho de 2014

O teatro cósmico... Universo em suas mãos :










  Quando praticamos quaisquer atos conscientes de interação com qualquer face, aspecto cósmico interpretados pela humanidade de maneira microcósmica, realizamos o ato imaginário de representar a força superior moldando, alterando ou promovendo criações no espaço-tempo. Utilizamos de inúmeros símbolos para representar energias que possuem ligações concretas com nosso intuito, tal como os antigos Xamãs e suas metamorfoses animais, bruxas incorporando as forças estelares, magos tornando-se Deus num universo sintético em comunhão espelhada com o Universo onde deverá acontecer suas requisitadas mudanças, feiticeiros corrompendo a realidade e transformando sua consciência em parte do fluxo, também podemos comparar esse ato com o ofício de um físico, efetuando processos atômicos, buscando a compreensão e reproduzindo critérios cósmicos em escalas menores, compreendendo as ondas energéticas e suas atividades, recriando ações universais em níveis aceitáveis ou não.


 No decorrer da historia da humanidade, o ser humano sempre perpetuou tentativas de dominar as forças, sejam elas de qualquer aspecto, forma, na medida das limitações em seus respectivos períodos cronológicos. A representação dessa tentativa de controle/descontrole de forças podem ser encontradas nas mais diversas áreas de atuação humana, seja ela interpretada como ciência, para-ciência, arte ou misticismo, sempre nos deparamos com a mente tentando recriar processos, nos expressando uma tentativa inconsciente de dominar tais conceitos/ padrões ou pertencer, interagir com os mesmos de maneira mais intimista, de acordo com as linhas metodológicas que o Eu utiliza.


 O teatro. O Olimpo e o encontro com a Divindade :

  Dionísio, Homem-Deus, peregrino Celeste, libertador das mentes limitadas, vagou por diversas terras com sua ideia pessoal de Divindade, encontrando-se em cada ser vivo e admitindo o Divino em tudo que ele sentia. Denominado como o 'Anima-Mundi (Alma do mundo)' Deus que passou por todas as faces do ciclo de vida e morte, viu nos homens, o potencial para atingir as capacidades superiores e recriar a realidade celebrante, intensa e vibracional que ele via em si, em tudo divinamente desperto.


 Numa de suas lendas mais expressivas, O Deus da alegria perdeu o amor de sua eternidade e se viu impotente perante as condições naturais, pois, encontrou num mortal, seu estado emocional agradabilíssimo e viu a morte levar o amor de seus braços, nessa passagem, Dionísio criou o vinho e experimentou de uma nova forma de enxergar a vida, livre das consequências emocionais, abraçou a "ilimitação" dos sentimentos, recriando eventos, criando uma trama de existências até então impossibilidades de acontecer devido a entropia dessa realidade.
Dionísio criou o teatro...

 Encontramos esse processo inventivo e exageradamente voltado a exploração da psique em praticamente todas as formas de reprodução de processos cósmicos. Podemos enxergar isso em diversos rituais em culturas diferentes onde os seus preceptores representam potências, consciências e padrões de acordo com a necessidade em questão. Representamos o "impossível" de várias formas, com gestos, vozes, símbolos e imagens.
O ser humano em busca do impossível dentro de si, procura recria-lo a sua volta, tendo o surrealismo de sua mente impregnado e interpretado empiricamente.

" Disse Jesus: Eu sou a luz, que está acima de todos. Eu sou o “Todo”. O Todo saiu de mim, e o Todo voltou a mim. Rachai a madeira – lá estou eu. Erguei a pedra – lá me achareis."
                                      ( Evangelho apócrifo de Tomé)

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