quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Confronto noturno: A fome da floresta..



Os assassinos do sagrado coração...

especula-se muito sobre a origem e finalidade desse grupo de inquisidores, existem vários relatos sobre seus atos sanguinolentos, dizimaram familias pagãs que ainda perpetuavam o culto aos antigos, torturaram uma infinidade de pessoas pelo simples ato de pensar diferente ou por ter uma filosofia de vida contrária aos ensinamentos da “doutrina sagrada”. Pouco sabe-se da ideologia e conceitos desses homens, é notório que são peritos na arte da guerra e no combate contra forças ocultas, muitos deles são grandes soldados, sensitivos, até magos que foram poluídos pelo medo e se curvaram diante o trono do Deus invisível.

( Rouge Rote. Grão-sacerdotiza da L.L.L )

Mesmo com a densa neblina em volta deles, com o auxilios de sensitivos, os inquisidores poderam encontrar o grupo de pessoas incomuns que caminhavam pela noite Parisiense rumo ao Sacre Messaline, bordel da senhorita Rouge Rote, ainda um pouco perdidos devido a dificuldade visual, mas como lobos na penumbra, foram de encontro com Samira e os recentes conhecidos.

Bem próximo do grupo, todos ouvem o baralho de bater de asas, causando estranhesa:

Capitão Calith:
- Niila, dissipe a neblina agora!

Quando a neblina se vai, todos observam um pássaro no ombro de Calith, no seu bico havia um emaranhado de cabelos, rapidante o nefasto corsário, retira um boneco de palha que estava num dos bolsos da longa e grossa capanga negra, e enfia os cabelos dentro do misterioso artefato de palha. Num simples olhar do velho homem, seus servos se prostam em possição de combate, observando atentamente tudo a sua volta, virados em direções diferentes.
Calith profere uma lingua estranha e como efeito de seus dizeres mágicos, o boneco entra em chamas em suas mãos, mesmo queimando, ele segura o objeto sem nenhum medo, demostrando seu total controle sobre o fogo que não surtia danos a ele. Ouve-se não muito longe dali, gritos vindos do escuro bosque bem próximo às escadarias, logo todos percebem o clarão vermelho rapidamente vindo em direção a eles, neste momento descobre-se a finalidade do boneco, eram dois homens de armadura gritando desesperadamente, encendiados cruelmente pelo capitão Calith que sorria com uma satisfação tremenda ao ver tal cena. Os passos tornam-se rápidos e o eminente ataque está começando.

Eles observam três homens na parte superior da escada, armadurados e armados com brilhantes espadas. Abaixo, um homem de vestes claras portando uma bésta dourada e um distinto senhor com um grosso livro pendurado por uma tira de couro entrelaça em seu corpo, muita movimentação do bosque, insitando a suspeita que havia muitos homens de tocaia no local.

Samira:
Eu cuido dos covardes no bosque! Niila! cubra toda a mata com a mais densa neblina que puder criar !

Niila olha sutilmente pra Calith e ele move o rosto, num sinal de aprovação.

Niila:
- Vamos Samira, eu serei a própria neblina !

Samira vorazmente retira seu vestido, quase a ponto de rasgá-lo e segue nua ao combate, escorre sangue pela sua face, são lágrimas vermelhas de puro ódio. Niila some no ar e densa névoa toma todo o bosque.

Niila:

-Sou eu Samira, nesta forma posso sussurar em seus ouvidos, vou esfriar o ar a niveis extremos pra dificultar a respiração dos inimigos ocultos no bosque, consegue suportar?

Samira:

-Faça desse lugar um inferno de gelo !!!

Niila transforma o lugar numa tenebrosa floresta congelada,anda assim, coberta de névoa, Samira corre entre as árvores colocando as mãos nos troncos, como se procurasse algo. Gritos determinando avanço ecoam pelo ar e muitas flechas surgem, Niila empoe sua autoridade mágica sobre o vento e provoca forte corrente de ar contrária, dificultando o avanço das setas assassinas. Samira ao tocar uma árvore parece que encontra o que tanto procurava, fica de joelhos em frente a ela e abraça seu tronco, o pequeno pelotão avança dentro do bosque, mesmo com o frio e o forte vento contra eles.

Samira entra em transe e começa a cantar, sua voz é suave e fascinante, parando os inimigos que por instantes, admiram a beleza daquela canção que poderá ser a ultima de suas vidas.

Samira:

- Driádes ! Acordem irmãs, e nos ajudem a liquidar aqueles que me fizeram perturbar vossos sonos..

No mesmo instante, as árvores começam a estalar, como se rachassem de dentro pra fora...

Samira:

-Niila, volte ao normal e venha pra perto de mim.

Niila rapidamente obedece a bruxa que envocou as amas guardiães dos bosques.

Samira:
-Me abraçe ! Vou usar um encanto de invisibilidade, elas vão devorar todos que estejam nas matas, mesmo eu ou você, se ficarmos aparentes, elas não perdoariam...

As palavras de Samira faziam total sentido, os gritos eram pavorosos e as driades agarravam os homens e puxavam para o interior dos troncos das árvores que logo regeneravam-se, depois de pouco tempo, não havia mais ninguém na floresta, os espiritos da terra devoraram o corpo e a alma de todos aqueles que elas encontraram.

Niila:
-Nunca vi driades tão pavorosas, nem pareciam minhas irmãs da terra.
Samira:
-Devido o crescimento da cidade e a mudança de padrões, o medo e a fome do povo, as árvores captaram toda essa energia e as driades foram corrompidas pelos sentimentos negativos e acabaram regredindo sua consciencia a niveis ferais influenciadas por toda essa força mental. Até eu não aprecio importuná-las, sabendo disso, mas não tive outra opção, eram muitos e mesmo transformada em névoa elas sugariam você pra dentro de seu reino primitivo e seria parte do banquete.

Niila:
- Obrigada, agora voltemos, para ajudar meu senhor...

Samira:

- Já fizemos nossa parte, agora deixei-os cumprir a deles, estou exausta, fiz dois encantos poderodoros numa única noite, tenho que recuperar minhas forças , entrar em focus, zele pelo meu corpo, não irá demorar...

Niila:
Tudo bem, confesso que não estou bem, não seria útil, farei o que pede.

Samira, exausta entra em meditação para revitalizar-se, Niila entra em oração pedindo forças aos elementos. Nas escadarias, Calith parece surpreso com a figura em sua frente.

Capitão Calith:
- A quando tempo não encontro com um Mago branco, concordemos que esse lugar não é adequado a nossa embate.

O mago:

-Abrirei um portal, e nos enfrentaremos numa zona dimensional neutra, sem vantagens para nenhum de nós.

Capitão Calith :

-Parece justo:

Então os dois se teletransportam para um local desconhecido e os homens entram em combate corporal com os paladinos acima e o arqueiro que acompanhava o mago...

Um comentário:

  1. To passada... Eu tive um sonho igual ao que vc escreveu... To toda arrepiada!! Sonhei essa noite!!

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