quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
As Lágrimas de Serafina ..
Minhas lágrimas são a mais pura sinceridade, despejo sobre meu rosto as lamúrias do meu ser. Uma grande saudade me assola, sinto-me despedaçada, partida, incompleta, sempre quando estou triste, olho pela janela, orando por alguém que não tenho certeza da existência, mas em algum dia reservado a mim neste imprevisível futuro, eu encontre o que tanto almejo, a minha outra parte, espero que eu encontre essa saudade e essa dor angustiante passe.
Os anjos nada me falam sobre isso, apenas me pedem paciência. Os senhores da luz sussurram em minha mente, algo que não consigo entender, mas parece claro que não é chegada a hora, tenho que esperar, enquanto isso, observo os morcegos e choro, não sei o por que, por qual motivo, mas, quando vejo esse animal, essa dor aumenta e meu coração aperta, não consigo controlar minhas emoções. Quando estou muito triste, as fadas me visitam, as borboletas brincam a minha volta, pousam nos meus cabelos, gosto de conversar com elas, pequeninas amigas, a madre superiora já me proibiu, mas,os senhores da luz falaram em minha mente que não há problema, pois tudo faz parte da grande natureza Divina, desde fadas até o mais nefasto espirito.
Sonho repetidamente com uma linda mulher de cabelos alvos como a neve, com uma linda pomba branca em seu ombro, vestes claras e marcas em sua pele, desenhos em seus anti-braços e rosto, olhos claros como o meu, ela acarícia meus cabelos e diz que tudo ficará bem, ela me chama de filha e eu a chamo de mãe, não posso afirmar que ela é realmente a minha geradora, pois nunca a conheci. Uma vez eu conheci minha tia, mas, ela era muito diferente dessa mulher, o nome dela é Rouge Rotte, ela é linda e muito estranha, ela me dá medo. As madres superioras comportavam-se de maneira muito estranha no dia que ela me visitou, elas estavam mais apreensivas do que o normal, pareciam temer mais a minha tia do que o próprio Cardeal em uma de suas raras visitas ao convento. Espero que algum dia eu tenha uma família, a minha tristeza passe e tudo seja como em meus sonhos, Pelo sangue de Ana, Maria e Madalena...
( Serafina Samara Mello'beth )
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