quinta-feira, 26 de junho de 2014

Referências Lilithianas

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O relato exposto refere-se à visão moderna desse mito, e relaciona-se ao contexto judaico, havendo referências a ele no Antigo Testamento :
 
 Isaías :  
 
 14 : Os gatos selvagens conviverão aí com as hienas, os sátiros chamarão os seus companheiros. Ali descansará Lilith, e achará um pouso para si.
 
 
 
 
Enuma Elish :
 
A serpente que não pode ser encantada, aninhou-se em suas raízes,  e o pássaro Anzu aninhou-se em seus galhos, e a sombria Lilith construiu sua casa em seu tronco.
 
 
além de estar presente, com variações, em outros textos judaico como o Testamento de Salomão (séc. III), o Talmud (século V), em que aparece também uma terceira classe de demônios com forma humana e dotados de asas: os Lilinos.
 
 
  O Alfabeto de Ben Sira (século VII), em que se inscreve a versão mais popular e mais ingênua do mito, o Zohar (século XIII) que dá do mesmo a versão mais oculta, e a Cabala (por volta de 1600), onde vemos Lilith unir-se a Sammael (COUCHAUX, 1997).
 
 A origem do mito, no entanto, é longínqua, na Babilônia, onde foi transmitido pelos antigos sumérios aos semitas, seus sucessores, estando ligado aos grandes mitos da criação. Articula-se com o mito da Grande Deusa, também chamada Grande Serpente e Dragão, adorada sob diversos nomes: Astartéia, Istar ou Ishtar, Mylitta, Innini ou Innana.
 
 Inscrições encontradas nas ruínas da Babilônia (Biblioteca de Assurbanipal) informam
que Lilith, a Divina cortesã sagrada de Innana, a Grande Deusa Mãe, sendo por esta enviada para seduzir os homens na rua e levá-los ao templo da Deusa, a fim de que se realizassem os ritos sagrados de fecundidade(COUCHAUX, 1997).
 
 
  O vocábulo sumério “lil” está presente no nome do deus da atmosfera, Enlil, cujo sentido é “vento”, “ar” e “tempestade”( Atributo nominal para os Deuses que personificavam esse elemento) . 
 
  Lilith ( Numa visão posterior aos Semitas, herdeiros da cultura Suméria) é o vento ardente que, segundo crenças do povo, tornava as mulheres febris logo depois do parto, matando-as juntamente com seus filhos. Lilith foi “considerada uma das maiores forças hostis da natureza, parte do grupo mais temido entre os seres arcaicos : Três "demônios", um macho e duas fêmeas...” (COUCHAUX, 1997, p. 582).

" O tempo que tudo transforma, rochas em pó, ventos em tempestades."

@LillinKillith

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Lilith e a corrupção cultural














  Com o passar das eras, encontramos Lilith em variadas iconografias, aspectos psicológicos e esferas de atuação, o ser humano, a...través de conceitos corruptores interculturais, promovem ações depreciadoras, corrompendo as crenças e tradições de outras denominações. No caso da Deusa Suméria Lilith, a ação dos Hebreus foi extremamente agressiva, colocando-a no topo de seus mitos como uma figura nociva e maléfica. Estamos completamente familiarizados com a visão Hebraica de Lilith, apontando-a como a consorte de um anjo rebelado chamado Sammael, anjo que originalmente, não é parte integrante de uma suposta manifestação maligna da cultura Hebraica, só mais tarde com o princípio da corrupção da figura celestial Suméria Lilith que o mesmo apareceu como o lider de um exercito malach ( Mensageiros, arautos do Deus Hebreu) que se rebelou contra seu criador .


Motivo da corrupção de Lilith :

  Obviamente, encontramos na condição dos Hebreus e seus ancestrais, o motivo óbvio para a depreciação, pois, eles foram escravos por milênios consecutivos, das civilizações mais poderosas do oriente-médio, onde o culto a Lilith se manteve atuante e expressivo por eras, logicamente, as Divindades dos seus escravagistas se tornam seres nefastos que compactuaram com a atitude opressora contra o povo escravizado, nessa linha de raciocínio, os Hebreus, possuindo uma escrita fundamentada e arcaica, foram com o tempo, alterando os mitos de seus ancestrais Semíticos.

Lilith e a cultura Grega :

  Encontramos na cultura Grega, outro conflito cultural provocado pela disputa de poder e territórios com um povo que possuía uma forte influência das tradições Sumérias, Civilização onde Lilith tem como origem de culto e atuação. Civilização denominada como Persas, mantiveram o culto aos Deuses e Assakus ( Deuses menores, intercessores e agentes dos Deuses de Sumérios de hierarquia mais elevada)  de maneira muito forte e cotidiana, não se privando de conceitos arcaicos.
Os Persas foram o maior e mais poderoso reino de seu tempo, segundo dados históricos eles conquistaram quase todo território que era considerado como o mundo conhecido por eles, foi nesse contato, devido as investidas Persas e conquistas sobre o território Grego, onde começaram outra época de corrupção da iconografia, psique e culto a Lilith, comparando-a com a Daemon Succubus, uma intercessora e agente da Deusa Hera.

Succubus :

  Segundo o mito, Súccubus foi uma Daemon sintetizada por Hera, num período de extrema necessidade divina de punir os seres humanos, No mesmo ato, Zeus criou Íncubus , a Daemonia de Hera, foi criada para punir as mulheres que abusavam das características femininas com intuitos maléficos e indignos que ofendiam os Deuses Olimpianos, o Daemon de Zeus, foi criado no mesmo intuito, mas, focado na punição aos homens.

  As similaridades da posição Sacerdotal de Lilith dentro do culto de Inanna, favoreceram a confusão entre os mitos de culturas diferentes, sendo que as distinções fundamentais são notadas facilmente :

Sucubbus era uma Kakodaemon ( Intercessora, agente punitiva da Deusa Hera ). Lilith além de intercessora e agente construtiva e punitiva de Inanna ( Deusa Suméria do ciclo da vida) também era uma Deusa dos ventos, noite, ritos sexuais, comprovando a distância conceitual entre as duas figuras que foram comparadas num período de crise e guerra entre duas culturas, logo, a cultura que está sendo atacada, tende naturalmente a ofender e depreciar os Deuses do panteão cultuado pelo agressor.

Continua.

Lilith : Rainha dos Vampiros ...











 

 Num dos mitos mais controversos da mitologia Suméria, encontramos indícios curiosos sobre a interação da Deusa Lilith com os... míticos sugadores de sangue nas mais variadas culturas.
É dito nos mitos sumérios que seu consorte, foi Zu, o Deus-dragão dos desertos e tempestades, promoveu a ambição de dominar o Universo, tentando roubas as tábuas do destino, relíquia divina que promove o controle do mesmo, pertencente ao Deus Anu, senhor dos céus. Zu foi descoberto e sentenciado a extinção física, seu espírito seria aprisionado numa figueira, neste momento, Lilith entrou em ação, argumentando com a corte celeste e evidenciando sua incapacidade de continuar a existir sem seu consorte, a mesma pediu a Anu que também extinguisse seu corpo e trancafiasse sua alma divina junto com a de Zu na mesma figueira.


  Lilith era uma Deusa que manipulava o ciclo da vida, sob as ordens da Deusa Inanna, a mesma, sabendo de seus poderes divinos, construiu um plano que mudaria o rumo de sua existência e a de seu consorte. Seus corpos foram destruídos e suas almas aprisionadas na figueira, contudo, Lilith não permitiu a perpetuação daquela condição, utilizando de sua autoridade sobre o ciclo vital, fez as raízes da figueira crescerem até a casa dos mortos, reino da temível Deusa Ereshkigal e sua irmã Nahemah.


  Depois de grandes adversidades e contratempos, Lilith e Zu conseguem adentrar nos salões reais da casa dos mortos e encontram Ereshkigal e sua irmã, A Deusa do mundo inferior, com seu temperamento sombrio e completamente desprovido de emoções, perguntou qual era o motivo da inoportuna presença deles. Lilith pediu a Ereshkigal que utilizasse de seus poderes e conhecimentos divinos para recobrar sua existência no reino dos vivos, a Deusa dos mortos concordou com o pedido, mas, Lilith e Zu teriam que cumprir responsabilidades muito difíceis eternamente para compensar o uso de seus poderes num ato de profanação das leis divinas, sendo assim, Lilith ficou responsável pelo ato de se livrar dos filhos de Nahemah, pois, a mesma possuía uma fertilidade extrema e concebia uma infinidade de filhos em pouquíssimo tempo (Nesse trecho da lenda, encontramos o motivo de um dos títulos de Lilith "Deusa do aborto") e zelar pela transição entre o mundo dos vivos e dos mortos, para que não haja problemas entre os dois reinos e possíveis intercorrências de mortos voltarem de maneira desordenada ao mundo dos vivos e os vivos adentrarem quando quiserem no mundo dos mortos. Depois do acordo, Ereshkigal usou de sua capacidade divina e tornou Lilith e Zu, seres existenciais, no entanto, eles se tornaram Deuses que não são vivos nem mortos, reinando entre os mundos.



ONDE OS MÍTICOS VAMPIROS ENTRAM NA HISTÓRIA ???


  Lilith tornou-se a Deusa regente da transição entre os planos, uma Deusa da vida e morte, obtendo o controle sobre o total processo existencial, possuindo a capacidade de manipulação do ciclo vital e pós-mortis. A interação de Lilith com os vampiros é ligada aos seres mais antigos na historia da humanidade que possuem hábitos nictófilos e dependência de fluído vital e total ausência solar para existir.


Gidim:

  Gidim são ditos como os primeiros "vampiros" da história da humanidade, seres que possuem uma passagem impactante na cultura Suméria, neste texto, irei anexar as capacidades e motivos para se tornar um Gidim :


* Gidins, os vampiros sumérios, são almas condenadas, amaldiçoados por motivos específicos a nunca entrarem no plano espiritual, tendo que voltar para seus corpos e vagar como não-vivos pela terra.

*Existem Gidins que conseguiram ir para o reino dos mortos, depois de obedecer a árduas tarefas e comportamentos, merecendo a redenção.

* Possuem a capacidade de invadir outros corpos e absorver os poderes de outros Gidins, tornando-se mais fortes .

* Gidins não podem se tornar Assakus ( Intercessores e agentes punitivos e construtivos de Divindades de casta superior ) por serem uma abominação a obra da criação dos Anunakis, com exceção de um(a) Deus(a) que tenha transcendido os padrões de vida e morte.

O QUE OS GIDINS TEM HAVER COM LILITH ????

  Lilith é a Deusa que controla a transição entre o mundo dos vivos e dos mortos, logo, possui a total autoridade sobre os seres entre-planos, como os Gidins, nesse sentido, podemos observar a primeira referência mítica sobre Lilith e sua posição de liderança sobre a casta de nictófilos amaldiçoados.

continua ...

terça-feira, 24 de junho de 2014

Filhos da Deusa límbica


 
 
 
 
 

  A prisão cósmica:


  Um local fora da atuação Divina masculina (Sol) que domina a realidade sensorial. O limbo pode ser interpretado como um local onde são encontrados todas as coisas que saíram da realidade sensorial, é denominado como Sheol em tradições Hebraicas, onde os espíritos dos mortos se dirigem ao desencarnar, afirmando a questão de total importância mística, nos dando a base da origem de nossa alma, como algo além das propriedades físicas, nos alertando sobre algumas doutrinas que teorizam erroneamente sobre a interação de nossa alma com um suposto ciclo existencial envolvido com padrões físicos, caso esse ciclo exista, ele não corresponde como uma interação construtiva à nossa natureza, sendo uma limitante em nossa evolução Metafísica, um método sensorial de aprisionamento e possível depreciação de nossa memória primordial com o intuito de efetuar uma permanência estendida nessa realidade, nos privando da contemplação de nossa origem Suprafísica, ocasionando a fixação de nossos conceitos em questões que produzem grilhões que nos trancafiam nessa condição de inércia quântica.



O Limbo e a mente :




  O Limbo é colocado como o destino escatológico da realidade, onde os dejetos da realidade são designados a chegar, esse conceito é reconhecido pela esfera da psicologia, relacionando-o com as emoções e toda atuação sensorial, criando uma analogia entre o mesmo e o inconsciente, sendo o local onde são despejados as informações ocultadas pelo SNC (Sistema nervoso Central), sistema orgânico de limitação sensorial que oculta cerca de 98% das informações que os sentidos assimilam e interpretam sobre a realidade.




  Através do embasamento neuropsíquico, podemos afirmar a condição Límbica como sendo o berço da sabedoria secreta, necessária para desmantelar a "Ordem Cósmica" opressora e estagnante, priorizando um controle escravagista relacionado com os aspectos evidenciados anteriormente, nessa linha de raciocínio, vemos o limbo como um destino muito diferente do que comumente evidenciado, afirmando sua inutilidade e função acumuladora de restos da realidade. Creio que esse conceito seja estimulado pelo controle de massa com o intuito de permanência Pandêmica nesse estado e total depreciação dos caminhos espirituais voltados a libertação dessa condição ilusória.





Lilith. O limbo e a liberdade :




  Lilith em muitos mitos, independente das vertentes onde ela é mencionada, seja de maneira benéfica, malévola ou ambas em comunhão, sempre demostrou um ideal libertário, ligado a independência e controle das propriedades sensoriais, nos dando um exemplo de dominação da própria realidade, nos mostrando o caminho para a verdadeira vida, transitando entre o fato e a ilusão com maestria, vagando entre os reinos da vida e morte como a Imperatriz libertadora dos paradigmas e conceitos escravagistas em seus amplos aspectos físicos e quânticos. Personificando o princípio feminino em muitas vertentes onde ela está presente, nos mostrando ser a 'Mãe Negra' primordial que liberta seus filhos dessa condição inerte para que os mesmos contemplem o reino "inconsciente" sem controle, ou seja, detentor da autentica evolução constante rumo ao seu Eu verdadeiro : Senhor dos mistérios e consciente dos segredos multiversais.





Lilith e a Salvação do aborto:



  'Mãe negra' que liberta seus filhos, antes de serem corrompidos pela realidade, Materna e infinita humana/mente/Divindade vista como rebelada, contudo, podemos ver que esse inconformismo é o que não permite a influência da inércia física, abortando suas crianças dessa condição ilusória, antes mesmo de aprenderem o que é ilusão. Levando-os para a verdadeira existência pura e desprovida de qualquer interação com a realidade-prisão.



  Seus esforços não se limitam aos puros não-nascidos, ela age como uma peregrina noturna ( Pensamento vagante do inconsciente/ Deusa caminhante entre vivos e mortos) promovendo a revolução, com o intuito do renascimento primordial, nos mostrando a antítese, como o reino das infinitas possibilidades e epicentro da sabedoria ilimitável, corrompendo a existência com sua atuação sussurrante, nos indicando o caminho onde as pedras nunca terminam e as adversidades nunca tem fim, um reino do paradoxo reunido, nos dando a oportunidade de evoluir numa constante e pertencer a um conceito/reino/dimensão que luta contra os limites e estagnações, nos tornando parte desse ideal, avistando-a como o farol para a liberdade visceral ...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Mão negra









Quando for tragado por seus pensamentos, cego pela luz que induz a fascinação de um por vir mais tranquilo, siga o caminho inverso.
 
Busque comungar com seus sentimentos mais profundos, recuse a luz que paira sobre sua consciência e caminhe por entre as sombras de si mesmo até que a trilha acabe e possa repousar no vazio.
 

Renuncie a longa e tortuosa escadaria de promessas de um futuro Divino, marcado pelas dores promovidas numa dita "elevação" árdua, saiba que pisará por caminhos viscosos, sentirá sob seus pés, a viscosidade da fria pele ofídica e sua inconstância traiçoeira.
 
 
Derrame sobre seu corpo, as glórias do presente, incinere o passado nas fornalhas do seu ódio e forje suas intenções com o aço da vontade final.

Seja uno com seus egos, alimente-os com sua alma, dê suas angustias paras as feras.

Destrua o elo, destrua a escadaria eterna, sacrifique sua ascensão, seu regresso a uma consciência que lhe condenou, deixe a mão negra tocar sua alma.

Esteja na companhia de Putrefata, contemple as asas de Thanatos, ouça a voz de Átropos.

Não há medo, não há raiva, não há paixão, somente a Morte é nosso sentimento, a Morte é nossa atitude.

Manto de sombras sobre nossos ombros, sobre este manto, as patas de um corvo em repouso, olhando para um amanhã que não existirá ...

Honre a foice que te libertará.
 

Levantem-se...

O pai da mentira













  Labor'oratório, dedicando-se a sua criação mais espantosa, daria um novo rumo aos planos de Zeus, definindo critérios mentais cruciais para o desenvolvimento da raça submissa aos Deuses.  Empenhou sua intelectualidade celeste em prol daquela invenção sem forma, definindo o indefinível, imaginando o inimaginável  e produzindo o impossível. As eras passa...ram e a hora de entregar sua invenção estava chegando, sua condição imortal lhe daria todo o tempo do mundo, contudo, não a nada que se oponha ao Destino, ele teria que se apressar, nenhum inventor produz algo eficiente com a oposição do tempo.


   Hefesto temendo não conseguir, decidiu evocar seu fiel discípulo-inventor, então, Dolos : O daemon das artimanhas chegou rapidamente  ao grande salão da forja celeste. O Deus-inventor deixou diretrizes precisas para Dolos seguir e concretizar a tão prometida inovação, o mesmo seguiu quase todos os requisitos, mas, tomado por sua vontade de honrar e impressionar seu mestre, ele decidiu melhorar a criação.



 
 
O Deus regressou mais cedo que o esperado, para o desespero de Dolos, ainda desenvolvendo seus aperfeiçoamentos, o Daemon, demonstrando toda sua engenhosidade, terminou o feito isolando suas modificações, escondendo-a na mais profunda escuridão da mais nova criatura que seria o princípio de uma novo reino, denominado: Mente.



  Hesfesto decretou sua autoridade e deu vida a Alethia ( A verdade ), uma boneca sem traços, uma criatura sem forma, despreparada  para evoluir numa nova realidade que faria parte do equilíbrio das novas formas viventes que viriam depois, sintetizados por outro Deus .



 Alethia caminhou pelos planos da mente, unindo-se  as sensações, pensamentos que começaram a surgir, nossa Eva mental só tinha olhos para o mundo que fazia brotar seus novos companheiros e ignorou a imensidão escura e vasta que poderia explorar e influenciar.



  Nas sombras de Alethia, nos meandros da mente, a parte ocultada por Dolos, se envolveu com os míseros pensamentos sem sentidos deixados pelos desinteresses da verdade, quando Dolos se deu conta do erro, já era tarde, sua criação tomou rumos contrários aos planos de Hefesto e tomou pra si tudo aquilo que era visto como impossível, improvável e surreal :



  Kakodaemon Pseudos. Filho de Dolos.: Daemon dos enganos e artimanhas...


Ossos : A memória ancestral














Por séculos, várias culturas utilizam dos restos mortais humanos para ornamentar e promover determinadas funções dentro das várias vertentes de interação com o além-mundo, encontramos nas mais plurais formas de misticismo, uma gama diversa de funções onde os ossos possuem um profundo elo prático, simbolismo e propósito ligado a transição de informações e interações com os seres entre-mundos.


A bruxaria essencial, em suas variadas linhas oriu...ndas das origens pagãs Europeias, possuem uma relação muito concreta com a utilização de ossos. Encontramos na crença Stregone e nas práticas de Tosca, indícios preciosos sobre a utilização de ossos em várias áreas de sua maneira mística de vivenciar o espiritual. A Strega tinha uma ligação muito forte com as práticas de vidência, tendo uma ligação muito forte com o controle e obtenção da sabedoria do destino e conhecimento crítico evidenciado pelo passado.


A coruja era o animal que representava essa capacidade de transitar na memória do mundo e olhar nos meandros do futuro, a observação humana teorizou isso, devido a capacidade de rotação da cabeça dessa ave, conseguindo olhar para frente e para trás normalmente. Seus ossos eram utilizados em instrumentos de adivinhação construídos ritualisticamente, sua cabeça era o símbolo dessa transição entre o passado e o futuro, o mundo físico e o astral . As penas e ossos de suas asas eram usadas como símbolo de proteção e segurança nas viagens pelos meandros do destino e reinos espirituais.


Creio que o trabalho com as potências espirituais armazenadas nas penas e ossos desse animal, sejam a prática osteomante mais delicada dentre todas, pois, a funcionalidade trans-dimensional dessa criatura é muito abrangente, ter esses itens ou esse animal num ambiente, torna a telúrica muito sutil, tornando a realidade mais condicional a trajetos espirituais, portais entre-mundos, alquimizando o ambiente para uma condição mística muito poderosa e frequente ....


Continua ...

A Deusa Medusa















  Em tempos arcaicos, quando o mar era a suprema fertilidade dos homens, eles não plantavam com frequência e os filhos das ondas eram seus principais alimentos, a cultura pré-grega tinha um grande foco nos mistérios e personificações Divinas daquele reino. Período onde o Olimpo estava no mar, A Divina Eurinome e Ofion eram os Reis. Nesta era ofídica dos Deuses primordiais, encontramos os primeiros vestígios dessa figura emblemática da mitologia Grega, posteriormente interpretada como uma amaldiçoada Sacerdotisa de Athena, anteriormente aclamada como uma Deusa dos mares.
Filha de Keto ( Ceto) e Phorcys, Titãs marinhos, irmã mais jovem dentre as três filhas extremamente temidas desse casal .


 Dizem os mitos : Posidon era seu pretendente e os dois herdariam o Olimpo marinho. Posidon nesta época era o Deus do mar profundo, o submundo primordial localizado na região abissal marinha, era o Deus de Delfos, responsável pelas profecias. Athena, a Deusa da magia, originalmente, era filha de Posidon ( Em algumas versões, é falado que Hécate é sua mãe) era completamente oposta a essa união, pois, ela provavelmente não queria dividir a herança marinha com outros irmãos gerados por eles( Pois, a personificação da magia e mistérios espirituais da época era ligado ao mar, cultos, ritos funerários, ritualísticas centrais).


O conflito de irmãs Divinas :


 Numa versão do mesmo período, em extrema sincronia com o contexto central, Athena aparece como Stheno ( Stenia ) que dá origem ao epiteto : Athena Stheno ( A forte ), como sendo uma das irmãs mais velhas de Medusa ou Algol ( Em algumas intepretações, medusa é o título dado às três irmãs e a mais jovem é denominada pelo nome conhecido por denominar uma estrela da constelação de Perseus ).
 

 Furiosa e enciumada pelo fato de Posidon afirmar que a irmã mais jovem era mais bonita que ela, enfatizando a beleza de seu olhar, assim, escolhendo-a como futura consorte, Stheno amaldiçoa Medusa ( Algol ), promovendo uma macula da qual provocaria uma fertilidade grotesca em sua irmã, parindo filhos bestiais e impossibilitando-a de utilizar a beleza de seu olhar para conquistar Posidon, pois, seu maior encanto, daquele dia em diante, seria uma sentença de morte petrificadora. Algol completamente triste, se isola nas profundezas do submundo ( Mar profundo )


 Os antigos cultos interpretam Medusa/ Algol como uma Daemonia Nimphe integrada ao culto de Athena Stheno ( Stenia). agindo contra os atos de vaidade que prejudicam as mulheres humildes e protegendo as mulheres regidas por sua linha Divina.


 Medusa/Algol é ministra do culto ancestral de sua linha, sendo a Rainha e primeira Daemon de sua linhagem, a mesma representada com as Agathodaemons formando seu excêntrico cabelo, mostrando sua consciência imperando sobre toda a corte de Deuses inferiores ( Daemons) .


Discordialmente : Frater Constanzo ...

domingo, 22 de junho de 2014

A anunciadora vespertina :







  Inanna foi a Deusa Suméria que possuía a soberania sobre o ciclo da vida, responsável pelas colheitas e bênçãos relacionadas a fertilidade das mulheres, terra, também era atribuída a ela, o controle sobre as funções do corpo humano, sendo a regente do fluxo vital, os homens da época, rogavam a essa Deusa, pedindo disposição para enfrentar as tarefas diárias e batalhas. Seu símbolo maior, é a estrela vespertina/matutina, atestando sua integração com o ciclo solar, atestando sua existência dualista, relacionando-a  não só aos poderes e características diurnas, afirmando sua "I'limitação" abrangendo a obscuridade e mistério noturno como parte em sua realidade Divina. Inanna sendo representada como a Vespertina estrela que anuncia o nascer do Sol, superando-o num momento específico, nos faz entender sobre o papel que ela representa nessa trama cósmica, uma harmonizadora da atuação energética oriunda do Sol, contudo, também atuando como uma falha  nesse sistema, podendo disseminar o descontrole das características da fonte vital.


  A imagem que mais representa a atuação em diferentes aspectos de Inanna sobre a energia Solar, consiste na mesma sub-julgando um leão aos seus pés, essa imagem nos passa uma profunda representação iconográfica, nos levando a afirmações ainda mais enfáticas sobre ela. O leão é um dos maiores símbolos que podem representar o poder, soberania, absoluta majestade sobre a ordem cósmica, é o temível rei dominador, o Sol de seu sistema, sendo domado, suprimido, levado a terra, sob os pés da Deusa/Estrela/Vontade contrária aos valores convencionais instituídos por supostas forças superiores. Inanna nos mostra que é possível superar aquilo que imaginamos como superior, nos tira o véu da incerteza e nos influência a crer na mágica utopia, sendo ela a fonte dessa inspiração anárquica, possuindo em si, as características de uma governante que interage por vias marginais, sendo mais do que tudo, um ideal de busca pela viabilidade de nossa vontade focalizada em tudo que mais sonhamos, suavizando a atuação da realidade sobre nós, nos mostrando formas impossíveis de interagir, suprimir, dominar e moldar a nossa realidade de acordo com nossos desejos mais profundos, quebrando regras e paradigmas que atrofiam nossa visão filosófica e nos sufoca com questionamentos paradoxais.


  Ela força o sol a tocar a terra, pressionando-o, nos indicando o caminho para a benção solar em suas mais variadas atuações sob um aspecto místico, filosófico, psicológico e existencial como um todo, mostrando em seu ideal como uma trilha para conseguir abranger essa energia na sua realidade sem estar a mercê de seus conceitos e consequências, nos trazendo a luz da consciência suprema ao alcance dos nossos intelectos, promovendo a verdade e a libertação de conceitos instituídos por limitações coletivas induzidas pela soberania alienadora sendo interpretada como algo que não é somente um aspecto social humano, mas uma face da natureza universal que temos a necessidade de destruir para continuar a evoluir.


  Lilith é conhecida como a mão de Inanna, logo, afirmo que a mesma é parte dessa Deusa, sendo a personificação da vontade de Inanna, sendo sua representante e si mesma em movimento, atuando contra tudo que nos limita, imperando num reino sombrio "Inferno/Sheol/Ereshkigal(Casa dos mortos)/ Inconsciente", longe da atuação Solar "Soberania/Controle/Dominação/Alienação", recrutando, preparando, despertando seus "Assakus/Demônios/Daimonos/Rebeldes que se livraram dos grilhões do "pensamento coletivo/Deus/CicloCósmico e puderam pensar de maneira individual, encontrando sua particularidade cósmica que os colocam como novas estrelas vespertinas num céu ainda coberto pela "escuridão Solar".

Inanna and Lilith: Differences.








  Definitely, when doing some research and observations about the two Divine figures Sumerian, I could make some iconographic and conceptual features that may elucidate this question that plagues so many hikers: in fact, the first image is Lilith? I, in my humble knowledge, affirm that Yes. There are significant differences which refute the idea of Inanna is the d...eity of the first image in question, the first fact is the iconographic structure of Inanna in all arts found by anthropologists and scholars in their fields of research, the same always possessed garments and quirky adornments.

  The second point is related to body structure of Divine figures, we have to pay attention to the fact that Inanna has no Zoomorphic features, contradicting the link with the image in question. The more expressive counterpoint is found on the head of Inanna, his helmet adorned with horns, in all your images, has an open structure, indicating us symbolically, a connection with the whole personification of a universal female consciousness Some people talk about this image as being the Divine figure Ereshkigal, something completely unlikely, because the same does not have image, is said as "Invisible goddess" not having known iconography.

Why should we believe that the image in question is no doubt Lilith, exclusively?

 
 
 In your hands, we found two symbols that represent birth, immortality and authority over life, few Gods in their myths and cults were represented holding a pair of those symbols, known as the Ankh Sumerian, these arcs have a Aeônica representation, characterizing the existential cycle of divinity. Lilith in his myths, as well as Inanna, went to the underworld, however different manner: Lilith and her consort Zu had their bodies quenched by Anu, while Inanna died hit by "look of death": the mythical weapon that swept through both men and Gods under the orders of Ereshkigal. Inanna was revived by Enki, through the actions of two of its Mukils (beings created through its celestial science) that rescued his body and that of Dumuzi, bringing them back to the realms of Shamash (Sun, ball physics). Lilith and Zu, had their spirits imprisoned in a fig tree (tree linked to the cult of Lilith), escaped, using their last strength to connect the roots of the tree to the realm of the dead, resurfacing as being neither alive or dead, reborn by the power of Ereshkigal and assuming Divine positions in the price to be paid by entremundos favors of Ereshkigal. I believe that the image in question expressed better the idea that Lilith flashes in their myths, the pair of symbols of immortality, brings us to this paradoxical condition between existential States, duplicity is a very interesting point animal to reflect too, representing the performance of Lilith in parallel dimensions. Hands, wings and elmo of Lilith:

Elmo:

  His helmet of horns, tells us about his individuality, conscious and unconscious, as a being outside of the standards related to natural processes, being a deity who has transcended both the concept of life as death, completely, becoming independent.

Wings:

  Its wings pointed down, provides us with the allusion of his performance on the lower spheres, maestral being a dominant of the ways of the House of the dead/Inferno/Unconscious.

Hands:

  The hands pointed at the sky, holding symbols that represent the Divine condition of a being, a degree of duplicity, tackles the issue of his performance in the two castes that control all Divine cosmic order, being owned, because their experiences and past occasions, both the kingdoms of life, the death, showing us a goddess who interacts with the two polarities of the existence, being a manifestation of the feminine principle of physical and metaphysical manner. A goddess who evolved to extremes, and sentenced the paradoxical condition both promotes confusion and plural interpretations ...

"Be and be on Lilith, it doesn't matter: Breeze, wind or storm."

Lilith and the cultural corruption.

 
 
 
 

  Over the ages, we found Lilith in varied Iconographies, psychological aspects and spheres of activity, the human being, through concepts, promote cultural actions inter corrupters depreciadoras, corrupting the beliefs and traditions of other denominations. In the case of the Sumerian goddess Lilith, the action of the Hebrews was extremely aggressive, putting it... at the top of their myths as a harmful and evil figure. We are completely familiar with the Hebrew vision of Lilith, pointing to as the consort of a rebellious Angel called Sammael, Angel originally, is not an integral part of an alleged malignant manifestation of Hebrew culture, only later with the principle of corruption of the heavenly figure Sumer Lilith that appeared as the leader of an army malach (Messengers, heralds of the Hebrew God) who rebelled against his creator.

Reason of corruption of Lilith:

  Obviously, we found in the condition of the Hebrews and their ancestors, the obvious reason to the depreciation, because they were slaves for millennia in a row, most powerful civilizations of the Middle East, where the cult of Lilith remained active and expressive for eons, logically, the Deities of their slavers become harmful beings that compactuaram with the oppressive attitude against the people enslavedin this line of reasoning, the Hebrews, having a written and reasoned and archaic, were over time, changing the myths of their Semitic ancestors.

Lilith and the Greek culture:

  Found in the Greek culture, another cultural conflict caused by the power struggle and territories with a people who possessed a strong influence of Sumerian traditions, where Lilith Civilization originates from worship and practice. Civilization known as Persians, bringing the cult of Gods and Assakus (lesser gods, intercessors and Sumerian gods agents of higher hierarchy) of Sumerian origin of way too strong and not everyday depriving of archaic concepts.

  The Persians were the largest and most powerful Kingdom of the time, according to historical data they conquered almost all territory was considered as the world known to them, was in contact, because the Persian assaults and conquest on the Greek territory, where they began another era of corruption of iconography, psyche and cult of Lilith, comparing it with the Succubus Daemon, an intercessor and agent of the goddess Hera.

Succubus:

  According to the legend, Súccubus was a Daemon synthesized by Hera, in a period of extreme need divine to punish humans, in the same Act, Zeus created Íncubus, the Daemon of Hera, was created to punish women who abused female characteristics with evil intentions and unworthy which annoyed the gods Olympians, the Daemon of Zeus, was created in the same orderbut, focused on punishment to men.

  The similarities of the Priestly position of Lilith in the worship of Inanna, favored the confusion between the myths of different cultures, and the fundamental differences are noticed easily: Sucubbus was a Kakodaemon (Intercessor, punitive agent of the goddess Hera). Lilith as intercessor and constructive agent and punitive of Inanna (Sumerian goddess of the cycle of life) was also a goddess of wind, night, sexual rites, proving the conceptual distance between the two figures that have been compared in a period of crisis and war between two cultures, the culture that is being attacked, naturally tends to insult and belittle the gods of the Pantheon worshipped by the aggressor.

Continues ...

Feiticeiros: Arautos do destino...







 (Fata+Officium):

Feitiço

Fata (Latim):

Destino

Officium (Latim):

Serviço, Atividade, habilidade

Feitiço:

Capacidade em lidar com o destino de algo ou alguém.

(Feitiço+Ária)

Ária (Latim):
Melodia vocal ou instrumental, em geral bastante ornada...

Feitiçaria :

Metodologia pragma e/ou dogmática com a finalidade de proferir efeitos ilusórios e/ou espirituais num determinado alvo, objetivo requerido.
Feiticeira(o):

(Feitiço+Ceifeira)

Ceifeira : aquela que decide o Destino final, a Deusa Romana da Inevitabilidade final.
 



 Compreendendo a definição primordial da palavra, podemos definir uma diretriz inicial para essa majestosa viagem oculta ao mundo da feitiçaria, podemos ter uma ideia mais clara sobre sua origem e propósito real. Defino os feiticeiros, como raros seres, capazes de lidar com princípios cósmicos esquecidos e desconsiderados no decorrer da evolução religiosa e cultural em nossa existência física, arautos do destino, possuindo o dom de moldar a realidade, através de seus dogmas, metodologias pessoais de interação com os reinos sutis e forças do ciclo cósmico da criação e destruição, contudo, no decorrer da historia da humanidade, a feitiçaria e seus praticantes, foram estigmatizados, postos numa posição extremamente marginal, foram retirados de suas posições de autoridades espirituais. De acordo com a origem nominal, decifrando-a e definindo através do verdadeiro sentido da palavra e suas variações, podemos afirmar a prática, tendo uma evidente ligação com o culto da Tria Fata ( Deusas Romanas do destino), tendo seus conceitos desvirtuados pela diabolização do cristianismo, transformando os Sacerdotes mais poderosos e honrados da historia do ocultismo em tenebrosos devoradores de almas, nictófilos.




 Vamos enxergar o assunto de uma maneira geral, colocando a feitiçaria e seus praticantes num ponto de vista mais amplo, assim, podemos encontrar em diversas culturas, desde as mais arcaicas, até as mais recentes, os praticantes da "Magia caída" que ainda apavora os seres demasiadamente corajosos e céticos deste mundo. Quando se fala de feitiçaria, sempre encontramos definições taxativas, relacionando os praticantes com o hábito de coesão de vários sistemas mágicos multiculturais, sintetizando uma metodologia pessoal para cometer suas tentativas de modificação de algum fator ou coloca-o numa postura pragmática, ligado a filosofias de mão esquerda e outras formas de interação mística infernalista, todo esse conceito moderno, depositou um grande peso sobre os ombros da prática, corrompendo sua essência de religação com o Destino e a capacidade de alteração do mesmo, enxergo claramente, como a feitiçaria aponta para as questões mais tradicionais dentro de qualquer estilo misticista, pois, o feiticeiro, tem dentro de si, possui o instinto primitivo muito aflorado, tendo uma espantosa inclinação pra tudo que é arcaico, o contraponto que coloca a feitiçaria num patamar relacionado com a "miscigenação" de conceitos religiosos é relacionado com a aptidão natural do adepto do ofício de assimilar todas as informações coerentes a ele, pois, o feiticeiro tem um objetivo muitíssimo complicado e concreto, logo, ele busca o aperfeiçoamento de seus métodos, tendo o Destino como um princípio cósmico acima de qualquer coisa existente, ele se vê no direito de utilizar tudo que lhe é útil para alcançar seu objetivo, levando-o cada vez mais próximo de sua essência mística.

Mago x Feiticeiro

 
 
 
 
 
 
                             " O feiticeiro dar-se ao diabo." " O diabo dar-se ao mago."

 Afirmações impactantes que leitores ocultistas se depararam em suas aventuras pelos meandros místicos de Eliphas.

  Quando observo tais conceitos, começo a refletir sobre a atuação do feiticeiro e seu cotidiano psicológico/psico-mágico. O diabo como alegoria central de toda propriedade maligna comportamental sugestionada por culturas com base em conceitos morais influenciados por textos arcaicos transformados em leis sacras utilizadas por impérios em ruínas, procurando uma estratégia conveniente pra tirar de seus ombros a incompetência de sua administração a beira de um colapso, pode representar o conceito instintivo humano, desprovido de qualquer limitação oriunda de ideologias de controle coletivo, buscando a libertação em amplos aspectos, utilizando o dito "mal" como a mais pura forma de atuação/ Imagin'Ação , ligado a feral interpretação da realidade imposta por nossa condição mental inconsciente.  

  Interpreto o feiticeiro como um agente contra cultural, diferente do Mago e sua racionalidade analítica, observando o todo criando considerações filosóficas, trazendo pra si tais conceitos e sintetizando questões sobre o mesmo, construindo dogmas baseados nessa observação, reproduzindo a nível proporcional a sua capacidade sensorial os processos da natureza como um  todo, transformando tudo em conhecimento baseado em ciclos existenciais, num processo mnemótico natural de nosso centro nervoso que muitos chamam de "Alquimia mental".

  O feiticeiro segue sua instintividade, buscando algo além da experimentação dos processos naturais, sejam eles internos ou externos, seu comportamento impetuoso em amplos aspectos, proporciona a ele, a necessidade da atuação incisiva, entregando-se aos seus interesses, "dando-se ao diabo" : Proporcionando a atuação intima com a esfera dos desejos e padrões inconscientes da mente, interagindo com a base dos processos. Misturando-se ao fluxo, sendo o ciclo, fazendo parte do mesmo, diferente do mago que prefere estar com o fluxo, sem perder sua concepção pessoal.

Razão x Instinto :

  O mago e seu questionamento, observando e criando paradigmas, evoluindo ideias, desenvolvendo sua presença na realidade, nos dá uma noção do conceito de controle e organização dos fatores que influenciam nossa realidade, tornando-se Deus, manipulando sua criação.

  O feiticeiro interage com suas questões de maneira inconsciente buscando a ideia e definição impossibilitada pelo senso comum, buscando estar em sintonia consigo mesmo sem perguntas ou qualquer limitação conceitual que possa prejudicar esse nível de sintonia, ignorando o controle, sendo o processo em sua perspectiva natural, sem limites ou bloqueios, sem dúvidas, seguindo sem pensar nas possibilidades, sendo a nascente, o córrego e o desaguar.

" Enquanto o Mago, analisa a árvore sagrada, questionando sua sacralidade, o feiticeiro masca suas raízes e contempla a beleza proporcionada pela altura de sua copa e furor de sua mente extasiada."
 

sábado, 21 de junho de 2014

Genesis de Leviatã


" El, Deus dos Semitas, consagrou Yam-Nahar, como o senhor de todos os Deuses. Yam, Deus dos mares e rios, decretou sobre o mundo um governo tirânico, buscando a soberania com punho de ferro."



Yam, Divindade originada do panteão Sumério, possui uma atuação muito interessante nas lendas evidenciadas  no 'Épico de Baal', onde o mesmo usou de toda sua fúria e capacidade destrutiva para se auto proclamar o Deus dos Deuses. Baal, Deus das tempestades travou uma batalha cataclísmica com o senhor das águas, pois, Asherá, consorte de El e mãe dos Deuses, ofereceu-se como sacrifício para Yam-nahar, com o intuito apaziguador, buscando evitar a morte de sua família celestial.



Yam / Lotan / Leviatã


 No épico de Baal,  é narrado a mítica batalha entre o principe Divino, filho de El ( Deus pai entre os Semitas, comparado e identificado como um epiteto de Anu, o Deus do céu Sumério) e seu tio ( Na maioria das versões mitológicas, pois, o mesmo é comparado pelos especialistas em mitologia como  um epiteto de Ea, o Deus das águas da mitologia da qual a Semita deriva) Yam, Deus dos mares e rios, dominador das propriedades relacionadas ao seu elemento.



 As águas eram ligadas com o Caos em basicamente todas as culturas do oriente médio, pois, tais conceitos descendiam  da mitologia Suméria, onde encontramos o Caos  em sua forma original, representado como uma imensidão  aquática e seus Deuses primordiais   eram criaturas ofídicas/draconianas que personificavam o elemento e seus estados ambientais em suas iconografias e esferas de atuação.



 Yam, como descendente de Tiamat,  o mesmo fez parte da mitologia e cultura Suméria, possuindo atuação profunda nos mitos posteriores como um poderoso antagonista Divino, arauto da destruição. Demostrando sua absoluta atuação, personificando o Caos primordial, assim, como Tiamat e Apsu em mitos Sumérios, Yam incorpora seus atributos em conjunto, sendo o senhor e personificação do mar ( Tiamat ) e soberano das regiões profundas, abismais (Apsu ).



   A mãe dos Deuses, tentando terminar com o conflito, vai até ele, com o intuito de sacrificar-se para que sua família não fosse aniquilada. Baal, na tentativa de evitar a morte de Asherah e enfrentar Yam,  depara-se  com o mesmo numa forma completamente bestial definida como Yam-Lotan ( Mito que derivou o culto desse epiteto nas regiões litorâneas do mar mediterrâneo) Um Dragão cataclísmico com inúmeras cabeças, Baal decepou as cabeças com uma espada forjada por dois servos de El, até  que sobrasse apenas uma, Yam vagou para seu palácio nas profundezas do mar e  concentrou todo o poder, enfrentando Baal como uma serpente colossal ( Essa forma de Yam foi cultuada e denominada pelos povos litorâneos, tendo o culto central na antiga Ugarit, como Leviantan/Leviatã).


 Surgiu sobre o mar, provocando desastres naturais, enfrentando Baal, mas, o mesmo desferiu dois golpes brutais que fizeram Yam  entrar em torpor e desaparecer nas profundezas de Apsu ( Águas produndas/ Abismo).

Moloch: O Rei do "abominável" povo de Amom:

 
 


  
 
 
 
 
 Encontramos pela primeira vez, dentro das crenças Semitas, a existência dessa Divindade. Moloch, o Deus do fogo, senhor do batismo ígneo, teve sua origem nos cultos nomades do mediterrâneo e foi integrado a diversas civilizações sedentárias no decorrer das adaptações desses povos errantes em diversas partes daquelas terras.

Moloch foi um Deus muito difundido na crença Fenícia (Melkarth), Cartaginenses(Baal-Meleque) e Amonitas (Malcom), sua marca notável, consistia num ídolo de bronze onde eram efetuados os ritos de fertilidade, método de adoração Solar primitiva.



O batismo de fogo :

Originalmente, os métodos ritualísticos desse majestoso culto eram bem diferentes do comumente abordado pela historia, O ídolo Solar de Moloch tinha uma função batismal peculiar, envolvendo um elemento pouco comum nos ritos de passagem infantil, ao invés de utilizar o elemento água, como seus ancestrais Semitas, enquanto nômades, os povos envolvidos na crença posterior de Moloch, utilizavam o fogo como elemento de iniciação das suas crianças:

"... Embora, nos tempos dos reis posteriores, as crianças foram realmente dadas a Moloch e queimadas como ofertas, mesmo entre os israelitas, mas, anteriormente, de nenhuma maneira se segue a partir deste, que "A passagem para Moloch" ou "Passar pelo fogo", significou abate e queima com fogo..."

"... Fazendo passar através do fogo' denotando o ato principal de envolver-se pelo fogo sem se queimar, em Fevereiro eram efetuadas purificações através do fogo, pelo qual as crianças foram consagradas a Moloch; uma espécie de batismo ígneo, que precedeu o sacrifício. Em Fevereiro foi praticado entre as mais diferentes nações sem estar conectado com sacrifícios humanos, e, como a maioria dos ritos pagãos, sem dúvida a adoração de Moloch assumiu diferentes formas em diferentes momentos e entre diferentes nações. "

Keil-Delitzsch, Comentário ao Antigo Testamento, vol 1, o Pentateuco (Grand Rapids, Eerdmans, 1980), página 416-417

Moloch e o Judaísmo :

* No Septuaginta.é denominado Moloch, a primeira menção: Lev XVIII 21, onde o israelita está proibido de sacrificar qualquer dos seus filhos a Moloch, da mesma forma, em Lv XX. 2-5, é decretado que um homem que sacrifica a sua descendência a Moloch, será morto.


* Em I Reis XI. 7, é dito que Salomão construiu um lugar alto para Moloch na montanha, está defronte de Jerusalém."


* Em I Reis XI. 7 chama Moloch de "Abominação dos filhos de Amom"( Conotando sua origem cultista sacrifical infantil nos reinos Amonitas). era anteriormente assumido que este culto foi conceitualmente reproduzido dos fragmentos conhecidos sobre a crença precedente, mas, pouco se sabe sobre a religião Amonita.



O Kronos Cartago. O Moloch Fenício:

* O historiador romano Diodoro e outros historiadores antigos relataram o sacrifício de crianças feito pelos Cartaginenses: "Havia na sua cidade uma imagem de bronze de

Cronos inclinado, estendendo suas mãos com as palmas para cima, de modo que cada uma das crianças, quando colocada nela, rolava para baixo e caia numa espécie de poço escancarado e cheio de fogo".

A arqueologia comprovou o desbravar e influências Fenícias em várias regiões Europeias, com maior presença nos territórios Gregos, em busca de metais para sustentar a necessidade comercial oriental. Nesse período de contato, o culto de Kronos foi fundido ao Moloch ( Que já havia sido mesclado com os conceitos pagãos do culto a Baal), surgindo a Divindade mais sanguinolenta da historia do Paganismo :

Malik-Baal-Kronos

O culto desse epiteto oriundo da fusão dos três cultos, ocorreu, segundo especialistas, após o contato da cultura Fenícia com as tradições do culto Cartago a Kronos( Deus da fertilidade, agricultura, ciclo da vida na visão Cartaginense). Os Cartagos possuíam influencias do povo de Tiro e seu culto a Melkath ( Um epíteto de Moloch), nessa questão,

encontramos uma tradição em extrema metamorfose ciclíca, onde os fragmentos do misterioso culto Amonita acabaram unindo-se, formando um novo culto, conceitualmente próximo a origem Amonita iconograficamente diferentes, contudo, efetuando um resgaste aos princípios abrasadores do costume sacrifical posterior a sua origem nas tradições batismais, resgatando o Deus Malcom, seu primeiro nome e forma de culto ligada a queima de crianças, surgindo aproximadamente, no período de fixação dos povos nômades do oriente médio.

Os príncipes de Moloch:



Dizem os mitos Amonitas, que toda mulher era desvirginada por Moloch e que seu primeiro filho era uma cria do Deus Solar e o mesmo reivindicava a presença dos seus príncipes, esse conceito mítico era relacionado com a origem sacrifical no culto de Malcom, onde o Deus, como um Rei eterno, não permitia que seus filhos crescessem e pudessem reclamar seu trono, eternizando-os como crianças, encontramos mais uma vez, uma similaridade profunda com o mito de Kronos, Deus que devorava seus filhos pra garantir a perpetuação de sua posição suprema.
 

O pentagrama :

 
 
 
 
 
 
 
 


  Muito é dito, quando o tema é abordado, atribuem múltiplas funcionalidades práticas para esse majestoso símbolo...

* Invocação, desenvolvimento de forças internas ...

* Evocações de consciências cósmicas, forças sombrias e entidades ancestrais

* Proteção mágica

* Equilíbrio microcósmico

  Observando a origem desse símbolo extremamente usual em varias vertentes mágicas, encontraremos informações cruciais para a evolução de nosso conhecimento sobre esse símbolo disseminado profundamente nas crenças místicas mais variadas. Creio na suma-importância dessas informações em nossas vias interpretativas, adaptando-se à nossas referenciais e verdades relativistas.

O símbolo de Vênus ( O esplendor )

  Encontramos na mitologia Greco-Romana as lendas mais envolventes e cultos onde este símbolo é implementado com lugar de destaque, representando a vibro'Ação de determinadas Divindades sobre a realidade.

  O nascimento de Vênus é um ponto marcante e extremamente interessante, quando contemplado com um olhar analítico :

" Foi a cobiça do tempo (Cronos/Saturno/Kronos) ao reivindicar sua soberania sobre o todo, atacando seu pai: O Céu ( Ouranos/Urano/ Céos), sendo o responsável pelo nascimento da força que habita em todas as consciências. Céu foi castrado e suas partes intimas caíram nas ondas do mar ( Talassa/Titã Marinha) , fertilizando-a, trazendo uma inabalável e suprema forma que era a mais bela das artes do Universo, o amor e a beleza personificada numa só perola, surgindo com um brilho inesgotável, fascinando até o mais brilhante e poderoso dos astros ( Hélios/ Sol), seguindo-a desde então : A realidade segue os sinuosos passos de Vênus/Afrodite, seu esplendor movimenta e comanda o caminho Solar ..."

  O pentagrama era o símbolo central que definia a presença da Deusa Vênus, a mãe do amor e da paixão, Deusa da beleza e sedução, preceptora da primavera, senhora das flores.

Mas, encontramos esse símbolo num outro culto muito peculiar :

A desenfreada dança ígnea de Sabázio :

  Sabázio é um Deus Frígio incorporado ao culto Grego, sendo comparado a Dionísio, filho de Zeus, possuindo um mesmo aspecto de nascimento : Seu pai copulando com uma sobrinha, semeando-a sob a forma de uma serpente( Existem uma infinidade de variantes mitológicas, principalmente quando se fala de Dionísio, o mesmo possui mais de 500 epítetos de culto ).

  No vasto culto de Dionísio encontramos uma profunda utilização do pentagrama, denominado como : " Pata de touro/cabra/bode", o símbolo representando a energia sexual, violenta, intensa e incontrolável, ligando nossa consciência aos aspectos mais sombrios e bestiais da nossa mente, principal rito da " Caravana Bacante ( Sacerdotisas de Dionísio ) era feita sobre circunstâncias ligadas ao símbolo.

  Coletividade constituída por seres descontrolados e bestiais, influenciados e enlouquecidos pela presença do Deus do fogo e sexo ( Dionísio) ou por sua própria natureza libertária e demais Deuses sexuais que personificam os ciclos férteis da terra, denominados como Deuses com mitos profanos que abordam uma ideia de comportamento amoral, sendo desprezados por sua conduta pela maioria dos Deuses de sua genealogia, habitando as florestas e promovendo sua liberdade, nos evidenciando um sentido de liberdade e intimismo com nosso Eu feral .

Pentagrama e o Astro-ciclo .

  Conclusivamente, abordo sobre a origem semiótica, encontramos nos meandros arcaicos da astrologia a interpretação dos ciclos estelares que nos abençoaram com esse símbolo magnífico, sendo uma interpretação microcósmica de um processo revolucionário, sob o olhar astrológico :

  Vênus possui uma complicada movimentação, envolvendo noções temporais espaciais, diferenciadas aos conceitos dos quais estamos acostumados, onde a extrema distância nos dá uma falta noção de transito da estrela, pois, a mesma se encontra numa distância colossal e sofre uma influência gravitacional diferente da ocasionada a terra.

  O pentagrama, originalmente, é baseado na observância feita pelos astrólogos em seus estudos de interpretação celeste, catalogando as posições da mesma e definindo um padrão geométrico oriundo da movimentação da estrela num ciclo denominado como : Sinódico ou Pentagonal.

  Para findar o símbolo nos céus, Vênus percorre em linha reta uma determinada distância em 8 anos terrestres, cumprindo esse feito em 5 ciclos com mudanças de transito, ocasionando essa manifestação cósmica geométrica, proporcionando a idealização do pentagrama em suas mais variadas esferas de atuação.

  Existe uma grande importância em nossa realidade, quando se trata de nossos hábitos ocultistas, carregar um símbolo e não ter consciência de sua origem, é privar sua consciência da importância representativa em questão, provocando uma limitação nas funcionalidades do mesmo, pois, sua mente possui uma inclinação inconsciente a priorizar o que você conhece. O movimento das estrelas, segundo afirmações astrológicas, influencia uma vasta cadeia de eventos relacionados com a interação da energia celeste propiciada pelos planetas e estrelas envolvidos nessa "dança". Vênus como uma ministra do esplendor e anunciadora Solar, nos fornece uma alusão a questões progressistas relacionadas ao ciclo da vida, sendo uma impulsionadora e inspiradora de novos tempos e renovações conceituais, quebra de barreiras, paradigmas, promovendo uma analogia com o símbolo, encontramos o pentagrama numa posição importantíssima, com uma semiótica ligação a evolução constante de suas capacidades pessoais e representatividade no ciclo existencial.

O teatro cósmico... Universo em suas mãos :










  Quando praticamos quaisquer atos conscientes de interação com qualquer face, aspecto cósmico interpretados pela humanidade de maneira microcósmica, realizamos o ato imaginário de representar a força superior moldando, alterando ou promovendo criações no espaço-tempo. Utilizamos de inúmeros símbolos para representar energias que possuem ligações concretas com nosso intuito, tal como os antigos Xamãs e suas metamorfoses animais, bruxas incorporando as forças estelares, magos tornando-se Deus num universo sintético em comunhão espelhada com o Universo onde deverá acontecer suas requisitadas mudanças, feiticeiros corrompendo a realidade e transformando sua consciência em parte do fluxo, também podemos comparar esse ato com o ofício de um físico, efetuando processos atômicos, buscando a compreensão e reproduzindo critérios cósmicos em escalas menores, compreendendo as ondas energéticas e suas atividades, recriando ações universais em níveis aceitáveis ou não.


 No decorrer da historia da humanidade, o ser humano sempre perpetuou tentativas de dominar as forças, sejam elas de qualquer aspecto, forma, na medida das limitações em seus respectivos períodos cronológicos. A representação dessa tentativa de controle/descontrole de forças podem ser encontradas nas mais diversas áreas de atuação humana, seja ela interpretada como ciência, para-ciência, arte ou misticismo, sempre nos deparamos com a mente tentando recriar processos, nos expressando uma tentativa inconsciente de dominar tais conceitos/ padrões ou pertencer, interagir com os mesmos de maneira mais intimista, de acordo com as linhas metodológicas que o Eu utiliza.


 O teatro. O Olimpo e o encontro com a Divindade :

  Dionísio, Homem-Deus, peregrino Celeste, libertador das mentes limitadas, vagou por diversas terras com sua ideia pessoal de Divindade, encontrando-se em cada ser vivo e admitindo o Divino em tudo que ele sentia. Denominado como o 'Anima-Mundi (Alma do mundo)' Deus que passou por todas as faces do ciclo de vida e morte, viu nos homens, o potencial para atingir as capacidades superiores e recriar a realidade celebrante, intensa e vibracional que ele via em si, em tudo divinamente desperto.


 Numa de suas lendas mais expressivas, O Deus da alegria perdeu o amor de sua eternidade e se viu impotente perante as condições naturais, pois, encontrou num mortal, seu estado emocional agradabilíssimo e viu a morte levar o amor de seus braços, nessa passagem, Dionísio criou o vinho e experimentou de uma nova forma de enxergar a vida, livre das consequências emocionais, abraçou a "ilimitação" dos sentimentos, recriando eventos, criando uma trama de existências até então impossibilidades de acontecer devido a entropia dessa realidade.
Dionísio criou o teatro...

 Encontramos esse processo inventivo e exageradamente voltado a exploração da psique em praticamente todas as formas de reprodução de processos cósmicos. Podemos enxergar isso em diversos rituais em culturas diferentes onde os seus preceptores representam potências, consciências e padrões de acordo com a necessidade em questão. Representamos o "impossível" de várias formas, com gestos, vozes, símbolos e imagens.
O ser humano em busca do impossível dentro de si, procura recria-lo a sua volta, tendo o surrealismo de sua mente impregnado e interpretado empiricamente.

" Disse Jesus: Eu sou a luz, que está acima de todos. Eu sou o “Todo”. O Todo saiu de mim, e o Todo voltou a mim. Rachai a madeira – lá estou eu. Erguei a pedra – lá me achareis."
                                      ( Evangelho apócrifo de Tomé)

Mente/ Mentir : Nada é verdadeiro...

 
      Tudo o que somos é resultado do que pensamos. Buda (563a.C-483ª.C)



                                                     
 A mente num conceito geral, funciona como a grande ministra das funções físicas, seja na comunicação de sistemas orgânicos que constituem um corpo ou através dos mais variadas filosofias e crenças que limitam ou libertam o ser humano, produzem paradigmas, dogmas que desenvolvem pontos cruciais em nossa conformação psicológica, delimitando o que podemos fazer, como atuamos com nossas questões pessoais e externas. Evoluindo essa questão com minha capacidade lógica, estou desenvolvendo um processo, uma série de sinapses neurais ( Comunicações entre células nervosas) interpretadas por nosso organismo como ordens inconscientes e/ou conscientes sendo registradas a nível genético, dependendo da complexidade das questões e necessidades, essa informação gera energia ou necessidade da mesma.

 Pensar é uma via relativista mais complexa do que imaginamos, abrangendo muitas questões delicadas, quando se dispõe a desenvolver pensamentos, existe uma vasta interação prejudicial ou compensatória, as ciências mentais atestam a veracidade disso, em determinados estudos afirmando determinadas linhas de pensamentos, onde tais conceitos são vantajosos e outros podem desequilibrar suas funções psicológicas, podendo adquirir problemas psiquiátricos( A nível neurológico, quando seu comportamento começa a causar desequilíbrios fortes o suficiente para causar alterações nos níveis elétricos e químicos do seu cérebro, ocasionando lesões e disfunções geralmente irreversíveis, contudo, com o devido tratamento, a convivência possa ser harmônica ).

O universo é mental :

 A metafisica afirma que toda a realidade é ligada de maneira subatômica, somos constituídos de uma interação constante de conformações físicas interagindo através de ondas vibratórias numa coesão organizada coletivamente possuindo núcleos delimitados por funções eletromagnéticas que condensam energia e massa em padrões distintos ( Corpos em suas múltiplas formas). Todo corpo é fisicamente individual mediante a interpretação limitante das funções sensoriais ( SNC oculta em média 98% das informações receptadas por seus sentidos e armazena as mesmas no que a ciência ocidental denomina como "DNA descartável").


 O DNA é um banco de dados primordial, superando o computador mais poderoso do mundo com uma diferença absurda, possuímos toda uma rede de acúmulos informativos sensoriais, nenhum detalhe de sua existência passa despercebido de sua capacidade de assimilação de dados atuante, interpretando informações subatômicas ao seu redor sem a necessidade de vias convencionais de aprendizado ( Sentidos conscientes ). Nessa premissa que estudiosos teorizam e comprovam cada vez mais as capacidades extra-sensoriais admitidas em linhas místicas, nos mostrando a importância do desenvolvimento de nossas habilidades latentes oriundas de nossa ligação com o Tempo-espaço.
Somos constituídos subatomicamente por 99,9% energia e 0,01% de massa ( Calcule de maneira atômica / Continuamos sendo energia ).

 É energia é influenciada por ondas, estímulos vibratórios que provocam as mais variadas reações, mudanças morfológicas, biofísicas e psicológicas ( estatura, densidade dérmica, resistência óssea, imunologia, personalidade, caráter, índole, cerne, inclinações filosóficas/conceituais)

 Pensar é influenciar a realidade : Imagin'Ação ...


 Assim, como absorvemos e somos influenciados pelas ondas e reações subatômicas, também possuímos a capacidade de emanar nossas vibrações pessoais, invertendo essa trama, pois, pensar é provocar uma constante reação vibratória constituída por pulsos elétricos e estímulos químicos que irradiam os mesmos tipos de variações na realidade sensorial incomum. Nosso equilíbrio/desequilíbrio mental é de suma-importância nas intenções pessoais em relação ao meio que vivemos e objetivos que abraçamos independente da diretriz que escolhemos, variando de acordo com a necessidade em questão. Nossa relação com as funções internas possuem uma importância maior do que toda a condição mantida por conceitos adquiridos e estimulados em nossas vidas. Nessa reta tortuosa de raciocínio, admito que a religião ( Religação ) de mais importância no caminho é o intimismo e busca constante de comunhão com o fluxo de padrões instituídos por sua capacidade imaginativa, sobretudo, a sintetização de uma via pessoal de interpretação sem influencias externas, tornando-o uma quebra num sistema padronizado. Perpetuando sua individualidade entre muitos acúmulos de pensamentos estendidos pela rede exo-esqueletal subatômica, deixando a condição de ponte vibratória, condicionando sua realidade energética como um pilar de recepção e envio de informações construtivas.


 O Vazio da mente : O graal psico-mágico ...


 Inúmeras filosofias orientais buscam pelo estado mental neutro, possuindo intuitos que afirmam uma harmonia e controle do meio e de suas funções pessoais através do condicionamento, melhorando sua caminhada evolutiva em amplos aspectos da sua existência. A ausência de pensamentos seria a total estagnação das capacidades vibratórias conscientes, levando-o a condições sensoriais que priorizam o contato com toda sua realidade inconsciente ( Banco de dados ) unindo sua consciência ao inconsciente, tornando sua constituição informativa e condição interpretativa coesa com sua capacidade analítica. Acredito que seja uma experiência notável e transcendente que possa revolucionar sua existência como um todo, evoluindo o Eu em comunhão com todas as multi-funcionalidades da sua existência, num epicentro de revoluções pessoais que poderíamos interpretar como o Nirvana Budista ou a condição Supra-Divina afirmada na filosofia.



                            "Cada pensamento seu é uma coisa real : Uma força."
                                             Prentice Mulford (1834-1891)